Por Sandro Meira Ricci

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O legado da Copa do Mundo para a arbitragem

Riomr jack aviatorJaneiro


Mais tempomr jack aviatorbola rolando, menos gol anuladosmr jack aviatorcampo por impedimento, mais rigor com puxões dentro da área e incentivo à presença da arbitragem feminina no futebol masculino. Esses são os legados que a Copa do Catar deixou para a arbitragem.

Os acréscimos na Copa do Mundo foram exagerados, porém necessários já que os árbitros nunca conseguiram banir a cera e a demora nos reiníciosmr jack aviatorjogo. A Fifa claramente quis demonstrar às seleções que iria recuperar a maioria do tempo perdido com cera, substituições, cobrançasmr jack aviatorfaltas e laterais, e comemoraçõesmr jack aviatorgol.

Missão dada, missão cumprida. Os árbitros seguiram à risca a orientação e fizeram a Copa com mais minutosmr jack aviatorjogo da história da competição. Em média, as partidas no Catar tiveram 102 minutos, quatro minutos a mais do que na Copamr jack aviator2018. Resta saber se esses quatro minutos a mais representaram efetivamente mais tempomr jack aviatorbola rolando, quando se compara ao tempo totalmr jack aviatorjogo. A Fifa ainda não disponibilizou esse dado.

Szymon Marciniak, árbitro da final da Copa do Mundo 2022 — Foto: Reuters

O númeromr jack aviatorgols anulados pelo impedimento semi-automático subiu drasticamente da Copamr jack aviator2018 para esta. Foram oito gols anulados por impedimento pelo VAR contra nenhummr jack aviator2018. Claramente, a linha para os bandeiras foimr jack aviatordeixar seguir que o VAR anularia, se fosse o caso. Isso é melhor para o futebol, para as transmissões, para o público no estádio e para os jogadores, que podem comemorar normalmente enquanto o VAR checa o lance.

Essa seria uma ótima linha a ser seguida no Brasil. Chegamr jack aviatorbandeira desafiando o VAR. Levanta só na certeza. Na mínima dúvida, deixa o gol ser comemorado, e o VAR fazer seu trabalho. Vai aumentar o númeromr jack aviatormudançasmr jack aviatordecisão, mas serámr jack aviatorbenefício do espetáculo, como foi na Copa.

Impedimento que anulou o penalti — Foto: Reprodução

Aproveitando o tema sobre impedimento semi-automático, esse é um legado que a Copa deixa somente para Confederações muito ricas e dispostas a investir pesado na arbitragem nesse sentido. Não me parece que essa tecnologia chegará tão cedo ao Brasil.

Houve 24 pênaltis nesta Copa, muitos deles por agarrões dentro da área. A Fifa demandou rigor dos árbitros contra agarra-agarra e eles passaram do ponto. Muitos pênaltis marcados por pouco contato e sem impacto, e outros não marcados apesar do impacto. A orientação parece ter sido clara, mas a aplicação deixou a desejar. De qualquer forma, esse é um legado que provavelmente será seguido no próximo Brasileirão, apesar da realidademr jack aviatorconfrontação, intolerância e desrespeito perante árbitros mais rigorosos nesse sentido.

Por fim, a presença da arbitragem feminina no futebol masculino foi uma realidade tímida na Copa do Catar. Fez história, sim, mas poderia ter sido um livromr jack aviatorvários capítulos. Infelizmente, por motivos outros ao mérito, a Fifa decidiu conceder apenas um jogo a quatro das seis mulheres que lá estiveram representando a arbitragem.

Stéphanie Frappart, árbitra francesa: a primeira mulher a conduzir jogomr jack aviatorCopa do Mundo masculina — Foto: REUTERS/Hannah Mckay

O Brasil, que há bastante tempo já utiliza arbitragem feminina, especialmente para bandeirarmr jack aviatorsuas competições masculinas, precisa fortalecer a presença feminina no apito no próximo Brasileirão. A mundialista Edina Alves Batista é a única mulher a apitar na Série A e, mesmo assim, ainda apita poucomr jack aviatorcomparação aos homensmr jack aviatorsua mesma categoria. É preciso normalizar a participação das mulheres no apito e pararmr jack aviatortransformar essa presençamr jack aviatorum eventomr jack aviatorgala.