Pedro (fora da) Caixinha: técnico folião e fãpokerstars proMourinho expõe ideias e quer Bragantino selvagem

No Brasil há um ano, português conversa com o ge, se vê como um técnico "global", elogia comida e música do país, instala comitê no elenco e diz o que falta: "Gostaria muitopokerstars proganhar títulos"

Por Bruno Cassucci e Danilo Sardinha — Bragança Paulista, SP


Pedro Caixinha caminha com chinelos confortáveis. Entrapokerstars prouma sala do CT do Red Bull Bragantino e, como um bom anfitrião, estende a mão para cumprimentar um por um da equipepokerstars proreportagem do ge. A postura épokerstars proalguém feliz e à vontade na casapokerstars proque está há pouco maispokerstars proum ano. A conversa épokerstars proquem tem trabalhado para fazê-la crescer e deseja uma estadia longa.

Abre Aspas: Pedro Caixinha fala sobre o Bragantino e filosofiapokerstars protrabalho

À frente da equipepokerstars proBragança Paulista, o português Pedro Caixinha, já um fã da comida e do carnaval brasileiro, foi destaque no Brasileirãopokerstars pro2023. O Massa Bruta, mesmo sem ser um dos favoritos ao título, brigou pelo caneco na reta final e garantiu vaga na pré-Libertadores. Nesta quarta, às 21h30, ele tentapokerstars procasa inverter a vantagem do Botafogo (perdeu por 2 a 1 no Rio) para chegar à fasepokerstars progrupos.

O treinador diz ter recebido propostas para deixar o Bragantino no fim do ano, mas recusou as ofertas. Prorrogou o contrato com o clube até 2025pokerstars proolhopokerstars provoos mais altos.

– Eu gostaria muitopokerstars proganhar títulos com o Red Bull, gostaria muito que esse projeto pudesse crescer e, a seu tempo, viesse a ser o que é o Leipzig, na Alemanha. É uma equipe que disputa todos os títulos, que tem essa condição. Nós ainda não temos. Se quiser falarpokerstars prosonhos, é poder conquistar títulos, fazer crescer o projeto e estar no patamar do que representa o Leipzig dentro do grupo, mas no contexto da Alemanha – destacou.

Pedro Caixinha, técnico do Red Bull Bragantino,pokerstars proentrevista ao Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

Aos 53 anos, Caixinha é mais um português que desembarcou por aqui. Mas, como ele mesmo se define, se tornou um cidadão do mundo. Deixou Portugal há 16 anos e, antespokerstars prochegarpokerstars proterras brasileiras, passou por sete países como técnico ou auxiliar.

Em 1h20pokerstars proconversa com o ge, Pedro Caixinha falou sobre as impressões que tem tido do futebol brasileiro e da cultura local. A relação com os técnicos portugueses no Brasil e com o amigo José Mourinho também foram assunto do bate-papo. Assim como a forma que enxerga o futebol, as referências, o trabalho no Bragantino e as experiênciaspokerstars prooutros países.

  • Nome completo: Pedro Miguel Faria Caixinha
  • Nascimento: Beja, Portugal - 15/10/1970 (53 anos)
  • Carreira: Beja-POR sub-19 (técnico), Vasco da Gama-POR (técnico), Sporting-POR (auxiliar técnico), Al-Hilal-ARA (auxiliar técnico), Panathinaikos-GRE (auxiliar técnico), Rapid Bukarest-ROM (auxiliar técnico), seleção da Árabia Saudita (auxiliar técnico), Leiria-POR (técnico), Nacional-POR (técnico), Santos Laguna-MEX (técnico), Al-Gharafa-CAT (técnico), Rangers-ESC (técnico), Cruz Azul-MEX (técnico), Al-Shabab-ARA (técnico), Santos Laguna-MEX (técnico), Talleres-ARG (técnico) e Bragantino-BRA (técnico).
  • Principais títulos: Campeão mexicano Clausura (2015, com o Santos Laguna), bicampeão da Copa MX Apertura (Santos Laguna,pokerstars pro2014, e Cruz Azul,pokerstars pro2018), campeão da Supercopa MX (Cruz Azul,pokerstars pro2019), e campeão da Campeónpokerstars proCampeones (Santos Laguna,pokerstars pro2015).
  • Prêmios individuais: eleito o treinador do mês do Brasileirão 2023 (setembro e outubro).

Praias, comida e carnaval: Pedro Caixinha revela conhecimentopokerstars proBrasil no Abre Aspas

ge: Você tem pouco maispokerstars proum ano no Bragantino e esse trabalho ainda estápokerstars proandamento. Nesse tempo à frente do clube, do que você mais se orgulha e há alguma frustração?

Pedro Caixinha: – O que me orgulha muito é aquilo que podemos traduzirpokerstars prodados e estatísticas do nosso comportamento. Fomos a equipe mais intensa no defender para a frente, no ataque à bola, a equipe que mais recuperava a bola no campopokerstars proataque. Ser a melhor equipe nessas vertentes, num comportamento que é nosso, quer dizer que estamos no caminho daquilo que definimos. Isso nos deixa satisfeitos.

Pedro Caixinha, técnico do Red Bull Bragantino, participou do Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

– Teve algo que não nos frustrou, mas nos deixou tristes: a quantidadepokerstars proeliminações que tivemos no mata-mata. A equipe ainda não aprendeu a chegarpokerstars prosituaçõespokerstars prodefinições. Não só no mata-mata, mas tambémpokerstars projogos importantes sentimos a pressão, o compromisso e a responsabilidadepokerstars proonde esse jogo pode nos levar. É aí que temos que atuar um pouco mais no convencimento dos jogadores. Foram as semifinais do Paulistão, a segunda fase da Copa do Brasil, as oitavaspokerstars profinal da Sul-Americana e três ou quatro jogos do Brasileiropokerstars proque a equipe poderia chegar ao G-4. Demorou a chegar e poderia ter chegado à liderança do Brasileirão, nem que fosse por um parpokerstars prohoras. Não conseguimos dar essa resposta. É aí que temos que começar a trabalhar mais a equipe, nesse contextopokerstars proestresse competitivo elevado.

Isso é essencialmente algo emocional?

– Isso passa, essencialmente, por mim. Fui eu que não os foquei, não os convenci da maneira mais clara ou criei uma pressão excessiva sobre eles. Ou preparei o jogo tendopokerstars proconta muitos fatores emocionais. Ou por não conter tantos fatores emocionais. Meu dever é prepará-los melhor. Espero que, neste ano, a preparação seja melhor nesse sentido quando estivermos diante desse mesmo contexto. Queremos dar uma resposta diferente. Controlar tudo o que se passa num jogopokerstars profutebol é praticamente impossível, mas, aquilo que dependerpokerstars pronós, temos que controlar.

O Bragantino chegou próximopokerstars protítulos, mas ainda não conseguiu uma grande conquista. O que falta para esse objetivo se confirmar?

– Falta continuar a construir, cimentar, fazer crescer essa mentalidade vencedora. A equipe foi muito regular no Brasileirão. Foi onde teve mais ver a regularidade e foi onde teve mais regularidadepokerstars protermos competitivos, comportamentais epokerstars proresultado. A equipe foi muito regular, mas queremos que tenha ainda mais consistência na abordagem do jogo, na forma como joga e que tenha sempre a vontade no dia a dia, crie o hábitopokerstars proganhar.

Pedro Caixinhapokerstars protreino do Bragantino — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

– É importante criar o hábitopokerstars proganhar, ter uma mentalidade vencedora. Há um conjuntopokerstars profatores que buscamos para criar essa mentalidade. Quando isso for criado, com naturalidade, algum troféu poderá aparecer. Vamos estar envolvidospokerstars proquatro competições, temos objetivos claros para todas elas. Vai ser no jogo a jogo. Apesarpokerstars protermos definidos metas pontuais, queremos que a equipe tenha esse crescimento. Os comportamentos eles já colocam, mas queremos ver mais paixão, mais fome, mais vontadepokerstars proganhar. Vamos querer que os comportamentos sejam feitospokerstars proformas mais selvagens, agressiva e coletiva para poder ganhar jogos. É isso o que queremos nesse crescimento da equipe. Construir, competir e conquistar.

Você trabalhapokerstars proum clube que investe, principalmente,pokerstars projovens. Como você lida com essas diferençaspokerstars progerações e como faz para gerir isso?

– Eu tenho passado mais tempo com os meus jogadores do que passo com os meus filhos. Os jogadores, grande parte deles tem a idade dos meus filhos. Conhecer os meus filhos é meio caminho andado para conhecer os nossos jogadores. Não podemos esquecer que somos a equipe mais jovem. Pelo menos, no ano passado, fomos a equipe mais jovem do Brasileirão. Era praticamente uma equipe sub-23. Há coisas que nos beneficiamos muito disso e há outras que possam ser desvantagens, que nós queremos que sejam vantagens também. Uma das grandes vantagens é convencê-lospokerstars prorelação a esse processo e saber interagir com eles. Saber chegar com eles e conhecê-los para saber como pensam a vida, como vivem a vida e como é que eles vivem a vidapokerstars profunção, por exemplo, do que é redes sociais. Depois, convencê-los que o nosso jogo representa uma marca.

Pedro Caixinha, técnico do Red Bull Bragantino, no Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

– A nossa marca é uma bebida energética. Logo, nosso jogo tem que ser energético. Gostapokerstars procorrer riscos. É proativo. Procurar sempre aquilo que é o ganhar. Para procurar o ganhar, tem que constantemente atacando. Ou atacamos o gol, ou atacamos a bola ou atacamos o jogo. Essa juventude nos dá isso.

– Juntando isso com o que nós chamamospokerstars procomitê dos jogadores, que é uma coisa que já existia no ano passado, mas queremos criar ainda mais neste ano. Em sistemas democráticos, todos nós temos representantes. Queremos que o grupo eleja os seus próprios representantes para criar essa interação muito mais próximas. Que sejam eles, por exemplo, naquilo que é nossa definição dos objetivos, dos momentos críticos do jogo. Que sejam eles que acompanhem isso, que exijam isso, que estejam convencidos e apliquem isso. Há alguma coisa a falar com a parte técnica? É esse comitê. Há alguma coisa a falar com a parte diretiva? É esse comitê. Se for falar com a parte médica, é esse comitê.

Abre Aspas: Pedro Caixinha falapokerstars prosucessopokerstars protécnicos portugueses e amizade com Mourinho

Como funciona esse comitê no trabalhopokerstars procampo? Da parte técnica e tática, qual abertura você dá para discussões com seus atletas?

– Nós queremos que seja semprepokerstars proformapokerstars prodiálogo, não um monólogo. Ano passado, tivemos aqui muitos monólogos. Neste ano, já começamos com alguns e queremos que essas coisas se transformempokerstars prodiálogo. Às vezes, o jogador jovem, um pouco mais imaturo, ainda não com o total conhecimento do treino e do jogo, é pouco interventivo, pouco participativo a questionar. Nós, treinadores, temos que ser questionados também. Esse comitê tem a ver um pouco com aquilo que é representatividade, que pode levar os outros.

Pedro Caixinha, técnico do Bragantino — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

– O que eu entendo ser uma equipe que tenha total liberdade, capacidade, adaptabilidade e entendimento do jogo? É aquela que, cada vez menos, tenha intervenção da nossa parte. Aquilo que nós fazemos aqui ao nível do treino, quando vão ao jogo eles não precisam estar à esperapokerstars prosinais externos. Isso é nossa responsabilidade, mas queremos que também seja responsabilidade dos jogadores dentro do campo. Se nós fomentarmos essa comunicação, discussão e diálogo, eles vão conhecer mais do treino e do jogo, vão nos questionar mais, vão fazer essa transferência para o jogopokerstars prouma maneira mais facilitada.

– É nesse sentido que queremos que seja a intervenção feita da parte do jogador e,pokerstars proparticular, daquilo que é o jogador para criarmos também lideranças dentro do campo. Entendemos que nos faltaram, e faltam ainda, lideranças importantes. É importante ter líderes, ter treinadores dentropokerstars procampo. Queremos fomentar aqueles que tenham essas características ou esse potencial.

Quantos jogadores fazem parte desse comitê?

– São eles que vão eleger. Acho que é importante, por exemplo, ter o grupopokerstars procapitães. Lembro do (Luiz Felipe) Scolari, quando estavapokerstars proPortugal, ele falou quando foi questionado sobre a questão dos capitães. Ele dizia, com toda a razão, que tinha diferentes líderes. Remeteu-se às lideranças que tinhapokerstars pro2002. Dizia que, por exemplo, o Cafú era o capitão porque tinha a braçadeira e tinha marcada essa liderança. Mas dava uma bola ao Rivaldo, ele liderava um jogo. O Roberto Carlos, se calharpokerstars prolevantar o bom ambiente do outro lado, também é um tipopokerstars proliderança. O Ronaldo Fenômeno, dê a bola e ele decide um jogo também. É um outro tipopokerstars proliderança. Ou seja, ter diferentes tipospokerstars proliderançapokerstars proum grupo acho que é importante.

Técnico Pedro Caixinha e meia Lucas Evangelistapokerstars protreino do Bragantino — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

– É importante essa maior participação, envolvimentopokerstars protodos. Aquilo que foi feito no primeiro ano foi muito bom, mas agora é importante começar crescer. Sabemos que este ano vai ser mais difícil, por isso estamos tentando ser o mais detalhista possível. Este ano é importante entrar na fase dos detalhes. No ano passado, eram mais os comportamentos globais, que já temos claros. Agora, queremos mantê-los, mas entrar na parte dos detalhes.

Quadro Abre Aspas recebe o técnico português Pedro Caixinha — Foto: Marcos Ribolli

O trabalho no Brasil exigiu desenvolver algumas áreas?

– Em todos os países há idiossincrasia. Acho que a forma como este clube está organizado e a forma como esta marca está organizada, facilita todo o processo. Quando facilita todo o processo é porque ele é pensadopokerstars procima para baixo epokerstars probaixo para cima. Ou seja, já existe uma filosofia. Eu não vim aqui mudar nenhuma filosofia Red Bull. A filosofia Red Bull está muito clara, muito marcada, e o Pedro Caixinha não é ninguém para dizer que agora vai ser desta maneira oupokerstars prooutra maneira. Eu apenas tinha traços muito comunspokerstars protermos daquilo que era a minha formapokerstars prover o jogo, que as equipes que eu liderava jogavam muito próximo da maneira Red Bull.

Pedro Caixinha, sorridente,pokerstars proentrevista ao Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

– O Red Bull, por determinadas razões, procura um treinador com determinadas características. O clube já tem essa filosofia, o treinador tem essa filosofia, agora aqueles quepokerstars profato desenvolvem e são os principais atores para colocar essa ideiapokerstars proprática são os jogadores. Os jogadores também têm que ter essas características. Quando é assim, é tudo mais fácil.

Ainda hoje há treinadorespokerstars proquem você tenta se espelhar,pokerstars proquem tenta se aprofundar e absorver conteúdo?

– Qual é no seu entender aquela equipe, no contexto internacional, que mais tem vindo a se destacar?

Manchester City, do Guardiola.

– O Manchester City já vem há algum tempo. Mas e agora?

Bayer...

– Bayer Leverkusen, do Xabi. O que o Xabi e apokerstars proequipe estão fazendo que possa ser uma tendência no jogo e que todos nós temos a aprender? Porque é atual, está a dar resultados, é primeiro na Bundesliga. O que o Arteta fez no Arsenalpokerstars protermospokerstars procrescimentopokerstars proum projeto? O que o Liverpool fez nos seus tempos? O que o Manchester City faz? O que o Real Madrid faz na Espanha? O que as equipes que vencem na América do Sul fazem? Quais as tendências que essas equipes têm? Por trás dessas equipes, há treinadores. E nós gostamospokerstars proestar atualizadospokerstars protermos do que são essas tendências para poder ajudar e agregar uma peça àquilo que são nossas ideias. Há coisas que se veempokerstars proum e, se são boas, por que não aplicar? Uma peça que está a faltar no meu quebra-cabeça pode deixar a imagem mais clara e bonita.

Pedro Caixinha tem 53 anos e comanda o Red Bull Bragantino — Foto: Marcos Ribolli

Você já conhece bem o projeto do Bragantino. Mas neste um ano no futebol brasileiro, conhecendo outras equipes e outros projetos, como enxerga os projetos que há no futebol brasileiro?

– O que eu vejo é que há uma grande alteração dos clubes para SAFs, o que já lhes dá uma dinâmica diferente. Vejo que, no ano passado, dos treinadores que começaram o Brasileirão e chegaram até o fim, foram quatro ou cinco só. Ou seja, houve muitas alterações. Mas penso que, cada vez, há uma maior preocupaçãopokerstars proter uma linha, uma orientação comum. Isso, para mim, épokerstars profato importante. Isso que defendo, isso que desejo que todos os colegas possam ter.

– Graças a Deus, encontramos este momento e esta relação empática que temos aqui no clube e com todas as pessoas que fazem partepokerstars protodas as estruturas. É assim que gostopokerstars proviver a vida. Assim que acho que nós podemos dar mais. Isso não quer dizer que haja menos pressão, porque nós somos os primeiros a colocar pressão. Quando faleipokerstars prouma culturapokerstars proexigência, a culturapokerstars proexigência é a culturapokerstars proexigir o máximopokerstars procada umpokerstars pronós. Somos nós que criamos essa cultura.

Técnico Pedro Caixinhapokerstars protreino do Bragantino — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Você passou como técnico ou auxiliar por diferentes países. México, Portugal, Escócia, Arábia... Se tivesse que apontar uma peculiaridade, algo que você só encontrou no Brasil, seja na organização do futebol, seja no trato com os atletas, qual seria a peculiaridade? O que o Brasil tempokerstars proúnico?

– Eu diria que há similaridades com o Méxicopokerstars prodois pontos. Primeiro: naquilo que é o clube que fui encontrar, na forma como está organizado e nos permite ter esse dia a dia, essa relação, esse crescimento e este caminhar juntos. Depois,pokerstars protermos daquilo que é competitividade do Brasileirão ou do Campeonato Mexicano, apesarpokerstars prohaver uma grande diferença. Ambos são muito competitivospokerstars protermos daquilo que é a incerteza do resultado. Existe aqui um fator, que já existia lá, mas aqui existe mais, que é a intensidade competitiva. Ou seja, ter que jogar muitos jogos, muitas competições. A medida que isso vai caminhando para o final, ainda se adensa mais esse volumepokerstars projogos. É um fator que não encontreipokerstars promais nenhum lado.

No trato com os jogadores brasileiros, tem muita diferença para um jogador português, um jogador argentino, um jogador mexicano?

–Onde encontrei mais diferençaspokerstars prochegar ao jogador foi na Escócia. Por várias razões. Quando cheguei à Escócia, fomos comprados pelo Rangers por um milhãopokerstars proeuros. Estávamos no Catar. Então, chegar um treinador do Catar para o Rangers, um treinador português... (balança a cabeça como se isso gerasse dúvidas). Teve um choque inicial. A forma como eu abordei, comecei a trabalhar, foi logo muito diretiva, muito clara e muito exigente. Não negociei um pouco as coisas, não analisei e entrei muito logopokerstars profrente. Não procurei o primeiro passo do convencimento. Aí aprendi muito que o convencimento era fundamentalpokerstars protermospokerstars propoder depois vencer a inércia inicial.

Português Pedro Caixinha é técnico do Bragantino — Foto: Marcos Ribolli

– Aqui, penso que foi fácil a forma como nós chegamos aos jogadores, como eles nos receberam. Mas teve a ver também muito com a preparação prévia. Tivemos o acordo no fimpokerstars pronovembro (de 2022), fomos à casa-mãe,pokerstars proSalzburg (Áustria), fomos claramente conhecer aquilo que é a filosofia Red Bull. Chegamos aqui e conhecemos cada um dos departamentos, nos reunimos com cada um dos departamentos. Começamos a trabalhar isso durante o mêspokerstars prodezembro. Em 2pokerstars projaneiro, parecia que já trabalhávamos aqui há uma eternidade.

Algo que os treinadorespokerstars profora do Brasil falam bastante quando chegam ao país é a questão do calendário, com muitos jogos, e a arbitragem. Isso é algo que também incomoda?

– Não. Nada. Quando viemos para o projeto, a única coisa que peço... A CBF tem lá os processospokerstars prolançar quatro, cinco rodadas e estarmos um pouco à espera quando elas vêm. Um detalhe importante é o planejamento. O planejamento não envolve só os jogos. Em função dos jogos, posso planejar os treinos. Em função dos treinos, posso enquadrar o equilíbrio dos diaspokerstars prodescanso, por exemplo. Gostopokerstars proter essa informação antecipadamente. Mas penso que quem vem ao Brasil, já sabe que vai ter, pelo menos, quatro competições. Ou, ao menos, três competições. Então, está a criticar a si mesmo, porque sabe o que vem.

– Dos árbitros, não tenho nada a referir. Nada mesmo. Nunca falei sobre os árbitros durante o jogo. Procuro ter uma postura afável. Aprendi também durante o processo, ao longo desses anos, que aquilo que não posso controlar e não dependepokerstars promim, não pode alterar aquilo que é meu focopokerstars promaneira nenhuma. Os árbitros têm que ter a liderança do jogo. Às vezes, vão errar. Às vezes, vão acertar. Às vezes, vão utilizar bem a ferramenta do VAR. Às vezes, vão utilizar mal. Mas a minha relação com eles e, muito menos, as minhas queixas com eles, podem ser ali momentâneas no jogo, sem grande exuberância. Penso que tive esse cuidado e vou continuar a ter. Respeitar aquilo que é mais um elemento do jogo, que é o árbitro.

Pedro Caixinhapokerstars proentrevista ao Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

Se a CBF decidisse ouvir mais os treinadores, quais sugestões você daria?

– Na CBF nós não temos isso, mas na Federação Paulista tivemos uma reunião prévia para a preparação desse Paulistão. Uma coisa que falávamos para o Paulistão e pode ser levada para o Brasileirão tem a ver com o estado do gramado. Há equipes que têm que sairpokerstars proseu próprio estádio para jogarpokerstars prooutro estádiopokerstars proque as condiçõespokerstars programado não são as melhores. Penso que a uniformização do campopokerstars projogo é uma medida importante, não ter que me preocupar se tem mais largura ou profundidade. Acho que deveria estar claramente definido o tamanho do gramado. E também a rega, ou antes do aquecimento ou depois, no final da primeira parte, antes do início do segundo tempo. Uma uniformização dessa regra (é necessário). Assim, sabemos quando vamos jogar como visitante quais são as condições do terrenopokerstars projogo. O espaçopokerstars projogo melhora o espetáculo, a dinâmica do jogo. A qualidade do jogo praticado, que jé é grande, com essas medidas pode ser melhor ainda.

Vem acontecendo debates sobre a prática do jogopokerstars programados sintéticos. O que você pensa sobre isso?

– “Fifa approved”. Se a Fifa aprova, quem sou eu para dizer “not approved”. Há estudos que dizem que (o sintético) pode ser mais perigoso para lesões? Sim. Há agora uma normativa na Europa, porque existiu um “boom”pokerstars programados artificiais e agora eles serão proibidos. Em qual lado está a verdade, eu não sei. Temos que nos adaptar a isso. Não fazemos treino nessas superfícies quando vamos lá jogar, é preciso se adaptar no momento. “Fifa approved”, nada a dizer. Vamospokerstars profrente.

Pedro Caixinha, técnico do Bragantino,pokerstars projogo do Brasileirão — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Você faloupokerstars propadronização dos campos. Tem algum exemplo que você viveu nessa primeira temporada aqui que possa exemplificar essa questão?

– Não. Um ou outro estádio não tinha o gramado nas melhores condições, como o Mineirão, quando fomos jogar a primeira vez contra o Atlético-MG. O próprio Maracanã sofreu com algumas questões dessas e levou à alteração do nosso jogo, que coincidia com a proximidade da final da Libertadores.

– Falando ainda nisso, temos aquilo que é a possibilidade da definição do calendário com um pouco maispokerstars proespaçopokerstars protempo. Que seja mais democrático na tomadapokerstars prodecisões. Vamos lembrar que o Campeonato Brasileiropokerstars pro2023 terminavapokerstars pro3pokerstars prodezembro. De repente, passou para 6. Ok, não tem problema, a gente se adapta. Mas toda vez que há alteraçãopokerstars proum jogo, ele envolve duas equipes. Não tem que ser só o time da casa a decidir. A outra equipe não tem voz para decidir? Em Portugal e na Europa, por exemplo, há um entendimento entre as duas equipes sempre que há alteração, com exceção feita a situações climáticas, que já está regulamentado. Acho que tem que haver uma abordagem mais democrática, não “eu posso, quero, mando, defino.”

Pedro Caixinha durante treino do Bragantino — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Quais impressões você tinha do Brasil e foram confirmadas? E o que você encontrou aqui que não imaginava, que te surpreendeu positivamente ou negativamente?

– Acho que todas as grandes impressões são positivas. Eu só tinha conhecido o paíspokerstars pro2014,pokerstars proSão Paulo, quando estava no Santos Laguna-MEX. Aqui foi o sorteio da Libertadores e nós viemos. Acho que as Datas Fifa ajudaram muito. Tive a oportunidadepokerstars proter aqui a minha família,pokerstars proparticular a minha mulher, e conheci aquilo que é a beleza que vocês têm como país. A oportunidadepokerstars prodesfrutarpokerstars propraia, porque eu adoro praia. Tive várias oportunidadespokerstars proconhecer o Rio. É uma cidade que passei a adorar. Conheci Búzios, Canoas, que é muito próximopokerstars proAlagoas e abaixopokerstars proMaceió. Depois do fim do campeonato, conheci também Trancoso-BA. Todos destinospokerstars propraia, todos destinos fantásticos, onde desfrutei muito. Procuro também conhecer aquilo que é a realidade cultural, geográfica do país. Com isso, entender muito mais facilmente aquilo que são as pessoas e o próprio futebol. Quer queira, quer não, ele não pode estar desassociado daquilo que são as pessoas locais.

Da nossa cultura, o que te agrada? Em relação à culinária, à música...

– Começamos pela música. Tenho um grande amigo, que é da minha cidade, o António Zambujo, um grande músico português. Começou agora, curiosamente, a digressão aqui no Brasil. Vai tocar com alguns músicos brasileiros. Vamos ver se o calendário me dá oportunidade para poder acompanhá-lo. Gosto muito e sempre gostei muito da música brasileira. Obviamente, quando são alguns tipospokerstars promúsica que tocam no balneário (vestiário), já não me identifico tanto (risos). Mas, no geral, a música brasileira,pokerstars proautores brasileiros, eu gosto muito, me identifico muito. Também, a própria músicapokerstars procarnaval. Sempre gostei muito daquilo que era músicapokerstars procarnaval. Eu próprio fui um foliãopokerstars procarnaval.

Tudo joia! Pedro Caixinha se divertepokerstars proentrevista ao Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

– Naquilo que é parte gastronômica, eu gosto muitopokerstars promariscos. Tive a oportunidadepokerstars propoder deliciá-los, que nessas zonas é mais carne. Carne que,pokerstars profato, é muito boa. Eu gostopokerstars profazer churrascospokerstars procasa. Só ainda não tive a oportunidadepokerstars proprovar a feijoada. A tão famosa feijoada, que acho que é servida às quartas e aos sábados aqui. Ainda não tive a oportunidadepokerstars proprovar, mas quero.

Quando chegou ao Brasil, você tinha o desejopokerstars proconhecer o Carnaval. Realizou esse desejo?

– Consegui, sim. Consegui ir com a minha mulher, com os meus assistentes. O clube nos deu essa possibilidade. Fomos assistir ao desfile no sambódromopokerstars proSão Paulo e, obviamente, é uma coisa que gostamos muito. Dizem que o do Rio é bem melhor. Quem sabe um dia possamos ter a oportunidadepokerstars proconhecer o sambódromo do Rio, durante o Carnaval. É totalmente diferente do nosso carnaval. Toda aquela exuberância, toda aquela organização, todo aquele conjuntopokerstars procores, aquele conjuntopokerstars promovimentos, aquelas músicas... Isso mexe conosco.

O que mais faz faltapokerstars proPortugal?

– Em primeiro lugar, aquilo que é família, sem dúvida. Depois, a questão gastronômica. Aquilo que normalmente sinto mais saudade é do meu peixe, do meu marisco,pokerstars provisitar restaurante A, B, C ou D. Portugal é tão pequeno que eu gosto, por exemplo,pokerstars proirpokerstars proum restaurantepokerstars proAlgarve, outropokerstars proLisboa, outro na Comporta, determinado restaurantepokerstars proFátima, no Porto... Eu gostopokerstars profazer o meu roteiro gastronômico. Quando estou afastado mais tempo, é isso que sinto falta. Depois, da minha casa. Da minha casa como tal, do meu espaço,pokerstars prosentir que esse é meu espaço, é minha casa,pokerstars procuidar dela, do meu cão. É basicamente isso que sinto falta.

Elenco do Bragantino e o técnico Pedro Caixinha — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Você demonstra valorizar muito as relações interpessoais também no trabalho. De que forma você tenta atuar para criar esse ambiente que fique agradável para todos, mas que não seja um ambientepokerstars propermissividade? Que haja cobranças, mas haja essa boa relação?

– O primeiro ponto é a definiçãopokerstars proregras. Todos nós,pokerstars procasa, temos nossas próprias regras. Dentropokerstars proum clube, também tem que ter essas regras. São regraspokerstars protermospokerstars prodisciplina. Acho que tem que passar muito por aquilo que é responsabilização, cada vez mais. Mas não é uma responsabilização que tenha que ser imposta. Tem que haver responsabilidade com máxima liberdade. Todos sabem qual é o caminho e todos sabem o que se espera dele a percorrer esse mesmo caminho.

– Criar essas regras, inicialmente, não foi tão difícil. O grupo já estava com as coisas muito claras. O clube tinha isso ainda mais claro. O mais importante foi definir essa regra, onde há uma regrapokerstars proabertura para todos. Ao mesmo tempo, há uma culturapokerstars proexigência. Se cumprirmos as regras, fica sempre tudo muito mais fácil. Há um conjuntopokerstars proregras que nós chamamospokerstars procomportamentospokerstars projogo, sobre os quais é aquilo que é nossa matrizpokerstars projogo, que são as principais referências. Sobre as quais os jogadores sentam e baseiam o seu jogo para poder ter mais liberdade para jogar. Isso que queremos.

Técnico Pedro Caixinha antespokerstars proBragantino x América-MG — Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

Um dos países pelo qual você passou foi a Arábia Saudita. Como vê essa idapokerstars protreinadores e grandes jogadores para o país?

– É um projeto muito claro que estápokerstars procurso, chama-se 2030, do príncipe herdeiro. É um projetopokerstars proabrir a Arábia ao mundo e colocar a Arábia no mundo. Eu estive lá pela primeira vez antespokerstars pro2010 e notei uma clara evoluçãopokerstars protermos da cultura, princípio epokerstars protermos do que eram restrições que existiam, com total respeito ao que é cultura saudita e muçulmano. Na primeira vez que fui, nós íamos ao McDonald’s e aqui tinha a fila da família e, logo ao lado, tinha a fila dos solteiros. Eu estava sozinho e tinha que ir para essa fila. Em 2020, já não havia essa divisão, poderia estar toda a gente a conviver, já havia cinemas, espetáculos. Esse projeto 2030 épokerstars prodesenvolvimento da Arábia Saudita. Uma das formaspokerstars procolocar um país na escala mundial é por meiopokerstars proeventos esportivos.

Você voltaria a viver e trabalhar na Arábia?

– Aprendi a viver o aqui agora. Estou muito satisfeito aqui, muito feliz aqui. Onde fui mais feliz no futebol foi onde eu tive um projeto. E um projeto precisa ter tempo. Coincidentemente, foi quando conseguimos conquistar títulos, no Santos Laguna, onde estive três anos, e no Cruz Azul, onde estive dois. Ambos no México. Não gostopokerstars proser saltimbanco, andar para aqui, andar para ali. Gostopokerstars prome sentir bem, ter essa empatia recíproca com as pessoas e continuar no tempo para fazer crescer esses projetos. Me sinto bem aqui, não tenho vontadepokerstars prosair. Existiram ofertas nesses últimos meses, maspokerstars protermos do que é minha gratidão, minha palavra, o reconhecimento pelo projeto, decidimos ficar.

Essas propostas foram do Brasil?

– É indiferente falar... Você tem que ser muito éticopokerstars prorelação a isso, independentemente se foram do Brasil ou do exterior, foram propostas para mudança.

Pedro Caixinha apresenta ideias ao quadro Abre Aspas — Foto: Marcos Ribolli

Historicamente, Portugal forma muitos treinadores. De uns anos para cá, temos notado isso cada vez mais no Brasil, com a vindapokerstars promuitos portugueses para cá. Como você vê esse movimento?

– Hoje, Portugal, alémpokerstars protreinadores, têm jogadorespokerstars provariados e grandes campeonatos. Isso não começou com Mourinho, sendo ele o primeiro expoente máximo. Não começou com Abel (Ferreira) e (Jorge) Jesus, que permitiram a entradapokerstars prooutros portugueses no mercado brasileiro. Começou com o professor Carlos Queiroz e o professor Jesualdo Ferreira, atravéspokerstars prolevar o conhecimento da universidade para o campopokerstars projogo. Tem a ver com a evolução do que eram as comissões técnicas.

– O futebol evolui todos anos, como todas as áreas da vida. As tendências do jogo, do treino,pokerstars prochegar aos jogadores e convencer os jogadores, da comunicação, da globalização, uma vez que trabalhamos muito fora do nosso país. Esse conjuntopokerstars proformação que chega a nós como treinadores portugueses. Juntando os casospokerstars prosucesso do Mourinho, numa escala global, os casospokerstars prosucesso do Jesus e do Abel no Brasil, obviamente, podem abrir portas a pessoas como eu e muitas outras que depois vieram. Depois, a estar com a mão na massa e resultados fazem ou não a diferençapokerstars protermospokerstars procontinuidade e abrir portas.

Há comunicação entre os portugueses que trabalham no Brasil?

– Procuro ter essa comunicação, mas, quer queiramos ou não, há uma maior proximidade com A, B, C ou D. Quando tenho essa possibilidade, eu faço. Com o Abel (Ferreira), tive um conhecimentopokerstars procircunstâncias. Somos adversários, mas quando o Palmeiras esteve presentepokerstars prodois Mundiaispokerstars proClubes,pokerstars proum deles foi derrotado por uma equipe mexicana e,pokerstars prooutro, estevepokerstars proviaspokerstars projogar contra uma equipe mexicana. Perguntem ao Abel onde ele conseguiu os relatórios dessas equipes mexicanas. Ou seja, essa interação tem que existir entre colegaspokerstars proprofissão, ainda mais colegaspokerstars proprofissão portugueses. Se um tem informação, por que não compartilhar com o outro? Eu vejo as coisaspokerstars prouma maneira totalmente aberta.

Abel Ferreira e Pedro Caixinhapokerstars produelo entre Palmeiras e Bragantino — Foto: Marcos Ribolli

Essa relação hoje é estritamente profissional?

– É. Só conheci o Abel pessoalmente aqui. O contato que tive com ele foi nos três jogos que fizemos. Com o Luis Castro (ex-Botafogo), eu tinha uma relação mais próxima, apesarpokerstars pronão estar com ele há muitos e muitos anos. O Ivo eu conhecia porque foi meu colegapokerstars proclube. O António Oliveira eu não conhecia. O Armando Evangelista eu não conhecia, mas mantive muito esse contato e essa relação. O Pepa eu não conhecia. Eu saí há 16 anospokerstars proPortugal e não tive oportunidadepokerstars proter tanto contato com eles. Quem era um pouquinho mais contemporâneo comigo era o Luis Castro, apesarpokerstars proser um pouquinho mais velho. Comecei relativamente novo como auxiliar, mas hoje, com 53 anos, sou mais velhopokerstars prorelação a esses colegas.

Você ainda mantém amizade com o José Mourinho? Tem falado com ele?

– A última vez que trocamos alguma mensagem foi quando jogamospokerstars procasa contra o Flamengo. É uma pessoa que nos deu muitopokerstars protermos daquilo que era o treinador português. Há dois tipospokerstars protreinadores no futebol: aqueles que foram jogadores, quer queira ou quer não, têm outro estatuto. E tem aqueles que vêm por outra via, que vêm por uma via acadêmica, como foi o caso do Mourinho, como foi meu caso. Isso também abre portas, como ele nos abriu, para pessoas que não tinham tanto o contexto do futebol, não eram ex-jogadores, mas tinham o conhecimento, a capacidadepokerstars profazer coisas importantes no futebol.

José Mourinho está sem clube desde que deixou a Romapokerstars projaneiro — Foto: Getty Images

– Essa relação surgiu com ele por um treinadorpokerstars proquem fui auxiliar por muito tempo, o José Peseiro. Eles foram colegas da faculdade. O que ficou ali, através deles, foi o conhecimento e ficou essa relaçãopokerstars proproximidade com uma pessoa que eu admiro muito. Foi uma pessoa fundamental para nos fazer abrir (a mente) e ver as coisaspokerstars prouma maneira diferente e, indiscutivelmente, com tudo aquilo que conquistou e tem para conquistar.

Em suas entrevistas, você fala muito do que aqui e agora, mas gostaria que você falassepokerstars prosonhos pessoais e profissionais que você tem.

– Sempre fui muito ambicioso, sempre adorei ganhar. Mas sei que ganhar custa muito, dá muito trabalho. Por isso, temos essa dedicação, para que vençamos a inércia e possamos estar mais pertopokerstars proconseguir. Falandopokerstars prosonhos, eu gostaria muitopokerstars proganhar títulos com o Red Bull, gostaria muito que o que é esse projeto pudesse crescer e, a seu tempo, viesse a ser o que é o Leipzig, na Alemanha. É uma equipe que disputa todos os títulos, que tem essa condição. Nós ainda não temos. Se quiser falarpokerstars prosonhos, é poder conquistar títulos, fazer crescer o projeto e estar no patamar do que representa o Leipzig dentro do grupo, mas no contexto da Alemanha.

E fora do futebol?

– Agora que meus filhos estão na faculdade, minha mulher pode estar mais tempo comigo. Eu sou um cidadão do mundo. Onde estiver bem, onde tiver muito boas condiçõespokerstars protrabalho, vou estar feliz. Estar feliz é o mais importante, desfrutar o que faço no dia a dia.