Aos 50 anos, Oswaldo Giroldo Júnior, o Juninho, prefere respirar antesestudo sobre apostas esportivasbuscar novo rumo profissional. Depoisestudo sobre apostas esportivasdez anos no Ituano, ele foi escolhido como diretorestudo sobre apostas esportivasDesenvolvimento da CBF no início da gestão Rogério Caboclo e logo substituiu Edu Gaspar,estudo sobre apostas esportivas2019, como coordenador da Seleção.
Abre Aspas: Juninho Paulista fala sobre Copaestudo sobre apostas esportivas2022 e elogia Tite
Desligado no fim da Copa do Catar, o ex-jogador, campeão do mundo pelo São Paulo e pela seleção brasileiraestudo sobre apostas esportivas2002, concedeu entrevista ao Abre Aspas, do ge, e rememorou o que passou ao ladoestudo sobre apostas esportivasTite e companhia.
Prodígio do "expressinho"estudo sobre apostas esportivasTelê no São Paulo no início dos anosestudo sobre apostas esportivas1990, Juninho começou no futebolestudo sobre apostas esportivassalão do Juventus-SP aos seis anos, mas quase largou tudo pelas negativas no campo no tradicional clube da Mooca paulista e também no Corinthians. Com apoio do pai, ex-vendedorestudo sobre apostas esportivasalumínio e donoestudo sobre apostas esportivasbancaestudo sobre apostas esportivasjornal, fez trabalho especial para engordar - saiu dos 55 kg para 58 kg com remédio todos os sábados e três refeições pesadas por dia - e se tornar um dos extraséries do seu tempo.
Com a experiênciaestudo sobre apostas esportivasquem teve o pai como empresário na carreira - eestudo sobre apostas esportivasquem olha para trás e vê algumas desvantagens nessa relação no desenvolvimento da carreira -, Juninho passa a limpo os quatro anosestudo sobre apostas esportivasCBF com reflexões sobre Neymar, Daniel Alves e a escolha do novo técnico do Brasil.
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- Nome: Oswaldo Giroldo Júnior
- Profissão: ex-jogador, foi coordenador da seleção masculina principalestudo sobre apostas esportivasfutebol
- Idade: 50 anos
- Carreira: Seleção brasileira, Ituano, São Paulo, Middlesbrough, Atléticoestudo sobre apostas esportivasMadrid, Vasco, Flamengo, Celtic Rangers, Palmeiras, Sydney FC
ge: Depois da eliminação do Brasil, discutiu-se aquela imagem do Tite saindoestudo sobre apostas esportivascampo logo após os pênaltis contra a Croácia. Qual aestudo sobre apostas esportivasavaliação daquele episódio?
Juninho: – Nos pênaltis, ele estava com todo mundo e tinham vários jogadores ali. Quando terminou, eu já parti para os jogadores que estavamestudo sobre apostas esportivascampo. E ele ficou com esse pessoal todo. Foi uma tristeza muito grande para ele. Acho que foi um dos piores momentos da vida dele, da carreira. Teve a Bélgica, mas (antes da Copaestudo sobre apostas esportivas2022) teve um ciclo inteiro, a confiança era muito grande nesse período. Tudo caiuestudo sobre apostas esportivascima da cabeça dele. Sempre caiestudo sobre apostas esportivascima da cabeça do treinador primeiro essa eliminação. Mesmo assim ele ficou ainda com o pessoal ali próximo, não teve essa atitudeestudo sobre apostas esportivasentrarestudo sobre apostas esportivascampo, mas ele é muito introspectivo.
– Ele foi sofrer sozinho, foi chorar sozinho. Estava lá no vestiário e até ele ficou espantado quando, no outro dia, tiveram essas notícias. Ele até perguntou depois: “Pô, mas fiz alguma coisa errada?” . Eu falei: "Não,estudo sobre apostas esportivasmaneira nenhuma”. Cada um sofre da maneira que sente na hora, né? Na hora você não pensa nessa obrigação, na hora você quer viver o seu luto.
A impressão que dava eraestudo sobre apostas esportivasque vocês tinham uma confiança muito grande do título. Como foi lidar com a tristeza no vestiário?
– Foi uma situação muito difícil. Eu ainda tinha outras preocupações,estudo sobre apostas esportivasver como a gente iria fazer a organização dali para frente. Mas a comissão técnica estava só tentando enxergar o que aconteceu. Iniciamos bem a Copa, tivemos alguns problemas durante a primeira fase. A gente tinha programadoestudo sobre apostas esportivaspoupar os atletas contra Camarões, e aí chegou bem nas oitavas. O Neymar chegou bem, a volta do Danilo… E no jogo das quartas, a Croácia nos surpreendeu.
– E aí eu falando a minha visão técnica, a Croácia nos surpreendeu no primeiro tempo ficando muito com a bola. Não deixando o Brasil ficar com a bola, e isso é uma coisa que irritava o Tite, a gente não ter a bola e a Croácia conseguiu controlar bem o jogo, principalmente no meio campo. Eles não ofereceram perigo, mas também não deixaram a gente oferecer perigo.
– No segundo tempo, isso melhorou um pouco, a gente chegou algumas vezes antesestudo sobre apostas esportivassair o gol do Neymar. Depois, surge um monteestudo sobre apostas esportivassituação. "Pô, deveria ter feito isso, deveria ter feito aquilo". Mas, cara, se a gente for ver o lance, são algumas sequências que você fala: "Meu, isso aqui parece estar escrito". É complicado. Se a gente jogarestudo sobre apostas esportivasnovo contra a Croácia, que já provou ser uma excelente seleção, porque não é normal chegarestudo sobre apostas esportivas(fases) finaisestudo sobre apostas esportivasCopa anosestudo sobre apostas esportivassequência, é muito difícil... Mas, se a gente jogar contra a Croácia da maneira que jogou, provavelmente vai ganhar noveestudo sobre apostas esportivasdez.
Antes da Copa, um dos debates era se o Vini Jr seria titular ou não do Brasil. O Tite demorou muito para ter confiança nele?
– Acho que o Tite foi ganhando confiança aos poucos no Vinicius. Falava muitoestudo sobre apostas esportivasamadurecimento. Eu acho que o processo do Vinícius na Seleção foi o que ele teve no Real Madrid. Foi ganhando confiança aos poucos, como no Real. Lá, ele sofreu muito no início, não estava bem, não jogava do jeito que ele estava jogando e do jeito que ele joga hoje. Às vezes, fazia um jogo bom e fazia um jogo ruim.
– Eu acho que na Seleção foi o mesmo processo. Chegou não se destacando tanto, foi ganhando espaço, ganhando a confiança do Tite, sendo um pouco mais regular, entendendo um pouco mais a ideiaestudo sobre apostas esportivasjogo. Eu lembro que o Tite conversava bastante com o Ancelotti nesse aspecto, principalmente quando ele começou a se destacar no Real. Conversava para poder repetir o posicionamento e as funções na Seleção.
A convocação do Daniel Alves foi a mais debatida. Como foiestudo sobre apostas esportivasparticipação nesse caso?
– Foi um tema bastante discutido. Nas primeiras viagens, o Fábio Mahseredjian (preparador físico) e o Guilherme (Passos, fisiologista) se assustaram com a performance do Daniel. Tanto que ele não foi convocado nessas duas convocações antes da Copa. Por conta da performance, da forma física dele, então foi falado para ele. Desde então, o Dani fez tudo aquilo que nós sugerimos, da parte fisiológica e física. Mas foi realmente uma discussão grandeestudo sobre apostas esportivastorno dele. Na nossa avaliação, ele merecia a convocação. Eu acho que também um pouco por faltaestudo sobre apostas esportivasconcorrência nesse nível. Acho que também pelo que ele representava, para os atletas e para a Seleção, pela resposta que deu quando estava mal. Então, a minha opinião final eraestudo sobre apostas esportivasque deveríamos convocar.
Vocês consideravam que a Seleção tinha um grupo jovem, que precisavaestudo sobre apostas esportivasfiguras como o Daniel? Ele até brincou que poderia ser o tocadorestudo sobre apostas esportivastantam...
– Também. Era um caraestudo sobre apostas esportivasgrupo, que agrega. Mas, se precisasse, colocaria sem pensar. Foi nessas condições. O Danilo machucou, aí tinha duas opções táticas: o Militão e ele. Num jogo, foi opção do Militão pela característica do jogo. No outro, foi ele. Quando entrou, ele correspondeu. Na minha opinião, na Copa, não tivemos nenhum ponto fraco por ele estarestudo sobre apostas esportivascampo.
Antes da Copa, houve aquele caso do Malcom e do Claudinho, que foram chamadosestudo sobre apostas esportivasvolta pelo Zenit, deixaram a Seleção e nunca mais foram convocados. Aquele episódio acabou pesando contra?
– Eu vou falar por mim: não gostei da atitude deles. Falei isso para eles. Entendo a situação, mas falei com eles e com o empresário deles.
– Os dirigentes (do Zenit) estavam pressionando muito, foram muito firmes com os dois atletas, pegaram muito forte, com os dois, até (de maneira) desumana,estudo sobre apostas esportivasameaça mesmo,estudo sobre apostas esportivasrescindir contrato, coisas fortes. Foi pressão grandeestudo sobre apostas esportivascima deles, mas fiquei chateado com a decisãoestudo sobre apostas esportivasabrir mão da seleção brasileira.
Caso parecido foi do Gabriel Magalhães, que pediu dispensa pelo nascimento do bebê?
– São escolhas. Eu passei por isso. Nasceu um filho meu, fiquei esperando na Inglaterra e no dia seguinte vim ao Brasil porque tinha machucado o meu joelho e precisava me recuperar o mais rápido possível. A minha esposa ficou lá 40 dias sozinha, com a ajudaestudo sobre apostas esportivasbabá. Isso prejudicou? Na horaestudo sobre apostas esportivaspesar você vai colocar tudo na balança e é inevitável, você vai colocar tudo isso na balança. Vem o outro, joga e aí aconteceestudo sobre apostas esportivasperder um pouco espaço.
Qual foi o momento que mais exigiuestudo sobre apostas esportivasvocê no cargo?
– Tivemos a questão dos times ingleses que nos prejudicou mais ainda porque os argentinos peitaram os clubes e se apresentaram. Foi uma questão tambémestudo sobre apostas esportivaseu ter falado com com alguns jogadores brasileiros nesse sentido, por conta dessa “irresponsabilidade” dos jogadores argentinos para com seus clubes.
(Nota da redação: durante a pandemia, por regras sanitáriasestudo sobre apostas esportivascada país, os clubes da Premier League não liberaram os atletas).
Você sugeriu que eles peitassem também?
– Não é que eu sugeri, mas a gente conversou: "Pô, os jogadores argentinos estão vindo. Por que a gente não pode vir?”. Porque iria ter um confronto Brasil x Argentina. Então foi nesse sentido, mas nãoestudo sobre apostas esportivaspeitar. Tanto é que ninguém veio, né?
A Copa América foi outro momento mais tenso?
– Foi, tinha aquela questão da desistênciaestudo sobre apostas esportivasum país, a indefiniçãoestudo sobre apostas esportivasonde iríamos jogar e,estudo sobre apostas esportivascima da hora, o Rogério (Caboclo) tentando trazer essa Copa América para o Brasil no momento pandêmico complicado. E com opiniões diversas dos jogadores, da própria comissão técnica. Esse elo entre a parte técnica e a parte administrativa eu também sofri um pouco para falar com o Rogério, para resolver essa situação. Foi uma parte bem complicada.
– A parteestudo sobre apostas esportivasorganizaçãoestudo sobre apostas esportivasamistosos, por contaestudo sobre apostas esportivasnão ter equipes qualificadas da Europa para jogar, era uma coisa que eu ia buscar muito. Tentavaestudo sobre apostas esportivasuma maneira ouestudo sobre apostas esportivasoutra, entravaestudo sobre apostas esportivascontato. Às vezes, (sugeria) se pudesse jogar com uma equipe reserva a Liga das Nações e fazer um jogo (contra o Brasil) com uma equipe principal, também não era possível. Foram situações bem complicadas para você poder tentar organizar bons jogos.
Nesse caso da Copa América, muitos jogadores não queriam atuar. Você tomou um lado?
– Eu tomei lado porque também não achava conveniente trazer a competição para o Brasil faltando uma semana para começar. Eu acho que foi uma irresponsabilidade. Não se faz uma competiçãoestudo sobre apostas esportivasuma semana.
– E, assim, iria nos prejudicar muito porque a gente precisavaestudo sobre apostas esportivasjogo, precisava estar com essa equipe. Só que naquela situação, falandoestudo sobre apostas esportivasfutebol, organização, campeonato, não deveria ter. E aí (houve) toda essa turbulência, mas o Rogério, na maior das boas intenções, trouxe a Copa América. Teve um conflito porque houve um pedido, a gente tinha feito um pedido para que pudesse voltar atrás, mas acho que a situação já estava muito bem encaminhada para ter essa competição aqui.
O Caboclo estava envolvido num escândaloestudo sobre apostas esportivasacusaçãoestudo sobre apostas esportivasassédio sexual que acabou o tirando da CBF. A gente lembra que ele foi até o vestiário da Seleção no diaestudo sobre apostas esportivasque a história foi revelada pelo ge, numa situação inusitada. Como foi aquele momento, como isso atingiu o grupo?
– Foi ruim, né? Tinha dado toda aquela situação. Ele foi, ninguém falou nadaestudo sobre apostas esportivasrelação a isso. Só que ele queria falar no vestiárioestudo sobre apostas esportivasCopa América. E aí eu conversei com ele: "Rogério, aqui não é o momentoestudo sobre apostas esportivasse falarestudo sobre apostas esportivasCopa América. Nós estamos entrando para um jogoestudo sobre apostas esportivasEliminatórias". Aí ele respeitou, fez o discurso, conversou com os jogadores no vestiário. Mas não se falouestudo sobre apostas esportivasCopa América, inclusive estava o Cafu, que foi embaixador da Copa América, que concordou.
Você trabalhou com dois presidentes da CBF, primeiro o Rogério Caboclo e depois com o Ednaldo Rodrigues. Algum deles tentou influenciarestudo sobre apostas esportivasconvocação?
– Zero, nada. O que teve foi uma situaçãoestudo sobre apostas esportivasum jogador do Flamengo. Porque era a equipe que a gente mais convocava jogador. O Landim (presidente do Flamengo) ia lá, ou o BAP (Luiz Eduardo Baptista, ex-presidente do Conselhoestudo sobre apostas esportivasAdministração do Flamengo) e falava: "Pô, quatro jogadores?!".
– Aí falavam (pelo Flamengo): “(Já convocou) três jogadores, leva um, leva outro”. E aí, numa das convocações, teve um pedido para não levar um ou outro jogador a mais dessa instituição. Não vi como algo tão grave assim, né? Por conta dos problemas das convocações das equipes brasileiras.
– Na nossa época, tinham mais jogadores do Flamengo na nossa lista. Era sempre muito complicado. “Ah, desequilíbrio técnico…”. Eu até acredito, você leva umestudo sobre apostas esportivasum time, leva três do outro, você vai causar um desequilíbrio técnico. Mas,estudo sobre apostas esportivasalguns momentos, a gente sempre usou o bom sensoestudo sobre apostas esportivasnão levar mais do que dois jogadores por equipe.
Quando você saiu da CBF houve uma passagemestudo sobre apostas esportivasbastão?
– Não teve. Até agora não tem um coordenador. Estão a Claudinha (Faria, gerente administrativa) e o Hamilton (Correia, administrador), praticamente comandando ali o setor, com o Thomaz Araújo e o Bruno Baquete (analistasestudo sobre apostas esportivasdesempenho), o Guilherme Passos (fisiologista), que ficaram da comissão passada. Então não teve uma transição. Mas deixamos muita coisa automatizada no nosso setor, com padrões.
Há um temorestudo sobre apostas esportivasque processos criados pela comissão técnica antiga sejam perdidos nesse momento? Pelo peso da derrota para a Croácia fica aquela coisaestudo sobre apostas esportivas"nada mais serve".
– Essa é a nossa cultura. Ela ainda é muito forte por resultado. Mas está melhorandoestudo sobre apostas esportivasclubes, os dirigentes estão entendendo mais. Mas ainda falta muita coisa para gente tirar essa cultura do resultado. É claro que você tem que ter o resultado, isso não quer dizer que o processo esteja errado. O processo que foi feito na CBF com a permanência do Titeestudo sobre apostas esportivasdar um ciclo inteiro pra ele, foi um processo correto.
– Essa comissão permanente do dia a dia é um processo correto. Você vai perguntar para os principais treinadores do Brasil e eles vão chancelar esse processo. Estatisticamente temos vários exemplosestudo sobre apostas esportivasque quando esse processo é bem feito, consistente e duradouro, quando a filosofia do treinador permanece durante um período, sem muitas trocas, esse período vai ser vencedor. A gente tem vários exemplos. Hoje, o mais recente é do Luís Castro, no Botafogo, que foi muito criticado no começo no Estadual.
– O processo da Seleção foiestudo sobre apostas esportivasexcelência. Éramos nove ali na comissão permanente, esse processoestudo sobre apostas esportivasdia a dia foi super importante e tudo isso está lá registrado. O Gilmar Rinaldi começou com isso, aí veio o Edu Gaspar e deu essa continuidade. Tudo o que você faz tem que estar lá, não é você trabalhar um período, fecha seu computador e leva embora todas as informações. É o que acontecia, não ficava nada para a CBF. Hoje não.
É possível ter sucesso sem ter esse ciclo longo? Ancelotti vai ter aí dois anos, talvez.
– Tudo é possível. O cara chegar com seis meses e ganhar a Copa do Mundo é possível. É futebol, no futebol acontece isso. A probabilidade ela é menor? Muito menor! Pode acontecer dentro desses 10%, desses 5%, pode acontecer. Só que a probabilidade é infinitamente menor do que se tiver um processo mais longo. "Ah, um processoestudo sobre apostas esportivasdois anos pode ser eficaz?". Pode, mas noestudo sobre apostas esportivasquatro anos a probabilidade (de vitória) é maior.
O Ednaldoestudo sobre apostas esportivasalgum momento te perguntou: o que eu faço, quem contrato?
– Não. Não conversamos, não perguntou. O foco todo estava na Copa, apesarestudo sobre apostas esportivaso Tite ter anunciado que não ficaria pós-Copa. Na minha opinião, a gente teria tempo para isso. Talvez o presidente pudesse, nesse períodoestudo sobre apostas esportivasque o Tite anunciou aestudo sobre apostas esportivasnão permanência, começar láestudo sobre apostas esportivascima alguma coisa. Na minha função era mais difícil você falar (sobre o próximo técnico). Mas, na minha opinião, teríamos tempo. A Copa terminouestudo sobre apostas esportivasdezembro, o compromisso do Brasil foi no finalestudo sobre apostas esportivasmarço, então teríamos esse tempo hábil para para poder exercer essa escolha.
Como vê esse processo agoraestudo sobre apostas esportivasescolhaestudo sobre apostas esportivastécnico, com a espera do Ancelotti?
– É até complicado, porque talvez eu possa ser mal interpretado pelas pessoas, até pelo próprio presidente, às vezes se torna um pouco antiético eu falar tendo esse conhecimentoestudo sobre apostas esportivasestar lá. Mas acho que é importante dar uma opinião e sem críticas nenhuma. Não é fácil, a situação do Ednaldo para a escolhaestudo sobre apostas esportivasum treinador não é fácil.
– Se eu tivesse naquela cadeira, eu também não teria uma convicção. Eu iria procurar, conversar, entrevistar. Mas hoje eu não teria essa convicção. Tem que conversar, ver qual é a proposta, o que espero da seleção brasileira. Qual a primeira opção? Treinadores brasileiros, essa seria a minha primeira opção. Ir atrásestudo sobre apostas esportivastreinadores brasileiros. Na entrevista, eu não sentindo firmeza e não tendo essa convicção, aí eu partiria para um estrangeiro.
– Partiria para os melhores do mundo, e o Ancelotti é um dos melhores do mundo, né? Já provou isso. Ele conhece o jogador brasileiro, trabalhou com vários jogadores que inclusive estão sendo convocados e que tem uma um carinho muito grande por ele. É um cara também que é um gestorestudo sobre apostas esportivasgrupo excelente, por todos os relatos dos jogadores que já trabalharam com ele. É um nome muito forte, mas quanto mais tempo esse treinador estiver trabalhando com esses jogadores, entender o processoestudo sobre apostas esportivasuma seleção brasileira...
– Não é um processoestudo sobre apostas esportivasclube, você vai ter cinco períodos nos ano com dez dias com esses atletas. Então, como é que eu vou trabalhar nesse sentido, como é que eu coloco a minha cara na seleção brasileiraestudo sobre apostas esportivasdez dias? Quer dizer, 50 diasestudo sobre apostas esportivas360 dias. Quanto mais tempo eu puder trazer um treinador para ficar fazendo esse processo, na minha opinião, será melhor.
Por que priorizaria os treinadores brasileiros?
– Porque o treinador brasileiro é capacitado. Tem treinadores brasileiros capacitados para treinar a seleção brasileira.
Surpreende a essa altura do ano o Tite ainda estar sem time? O resultado o prejudicou nesse sentido?
– O resultado prejudicou muito. Porque mesmo ainda lá fora tem pessoas que só olham o resultado. Porque às vezes não conhece muito esse processo. Vai contratar um treinador e eles só olham os resultados. Por isso que eu falo da importância do agente.
– O Tite precisa ser visto dessa maneira que ele é. Ele tem capacidadeestudo sobre apostas esportivascomandar qualquer clube na Europa, do tamanhoestudo sobre apostas esportivasum Manchester City,estudo sobre apostas esportivasum Real Madrid. Ele tem essa essa condição.
– O que que pode atrapalhar é o idioma, principalmente na Inglaterra. Particularmente, acho que atrapalhou o Felipão no Chelsea. Porque com o Felipão, o Tite é muita comunicação. Tem que passar por um intérprete para passar aestudo sobre apostas esportivasfala. Isso já quebra muito.
Sempre houve críticas do tipo “o Neymar manda na seleção brasileira”, “o Tite era protetor”...
– Todas (críticas) mentirosas.
O Tite cobrava do Neymar? Você também? Havia situaçõesestudo sobre apostas esportivasque o Neymar devia se comportar igual aos outros, não ter regalias?
– O Neymar olha o Messi na seleção argentina com regalias. Ele olha o Cristiano Ronaldo na seleção portuguesa com algumas regalias. E aí ele vem para a seleção brasileira e é humanamente normal, porque está no nível desses jogadores, que tente algum tipoestudo sobre apostas esportivasregalia. Por ser tecnicamente o melhor jogador do Brasil. Só que aí cabe a nós mostrarmos a ele que algumas situações que não prejudique, ok. Outras, não. Na maioria dos casos, ele vai fazer o que fazem todos os jogadores.
– Foi assim que o Felipão fez com o Ronaldoestudo sobre apostas esportivas2002. Era uma referência técnica também para o grupo. E o Neymar entendeu perfeitamente, zero problema.
Abre Aspas: Juninho Paulista fala sobre privilégiosestudo sobre apostas esportivasNeymar na Seleção
Que tipoestudo sobre apostas esportivasregalias?
– Coisas bobas que não prejudicariam a gente.
Aquela coisaestudo sobre apostas esportivasacessoestudo sobre apostas esportivasamigos e familiares ao hotel, por exemplo?
– Não, isso é uma das coisas que não podia. Cara, você está 30 dias ali focado naquilo que você tem que fazer. Houve a permissãoestudo sobre apostas esportivasfamiliares no momento certo, nãoestudo sobre apostas esportivastodo momento. Foi uma coisa que eles observaramestudo sobre apostas esportivas2018 e que não deu tão certo e a gente mudou. Masestudo sobre apostas esportivastermos disciplinares foi zero, Neymar, como qualquer outro jogador, foi zeroestudo sobre apostas esportivasproblema disciplinar. Isso é muito mérito nosso também. A geração é diferente da anterior, é diferente da minha, não é "não porque não”. Tem que ter embasamento.
Em alguns momentos foi mais delicado lidar com isso com o Neymar?
– Eu sempre procuro evitar os conflitos. Eu acho que o conflito sempre é ruim para as duas partes. Mas foi sempre muito tranquilo. Na hora que tinha que falar as coisas menos importantes, o Luis Vagner (ex-gerente da Seleção) falava, e as coisas um pouco mais importantes eu iria falar. Masestudo sobre apostas esportivastodo momento houve uma aceitação muito boa.
Ele é, alémestudo sobre apostas esportivaslíder técnico, uma liderança moral para os atletas?
– Nós tínhamos várias dinâmicas,estudo sobre apostas esportivasouvir um pouco esses atletas. O Neymar era um dos que mais falava. Sempre tentou incentivar, mostrar aquilo que ele pensava, nessas reuniões no vestiário também. Claro que ele é muito mais um líder técnico, mas ele consegue também essa liderança foraestudo sobre apostas esportivascampo.
Como é seu futuro agora? Volta para o Ituano, vai para outro clube, para fora?
– No momento eu não estou pensandoestudo sobre apostas esportivastrabalho. Eu quero dar uma respirada. Encerrei minha carreira, já peguei o Ituano na sequência, sendo administrador, foram dez anos seguidos no Ituano e os primeiros anos me exigiram muito mais tempo. Trazendo pessoas da minha confiança para o clube consegui ter um pouco maisestudo sobre apostas esportivastempo. E aí vim para a CBF, mudei para o Rio, fiquei sozinho no Rio durante todo esse período. Foi um período bem sacrificante, agora eu quero ter um tempinho para mim. Estar mais próximos da família. Para o Ituano, não pensoestudo sobre apostas esportivasvoltar para o dia a dia, talvez voltaria com uma com uma consultoria. Mas não mais com a responsabilidade do dia a dia.
Você foi para o Middlesbroughestudo sobre apostas esportivas1995. A Premier League não tinha esse statusestudo sobre apostas esportivashoje. Quando chegou a proposta, como foi a reação?
– A proposta me fez pensar bastante, mas eu acreditei muito no Bryan Robson, que era uma referência no futebol inglês e era o treinador do Middlesbrough. Naquela Copa Umbro que nós fizemos com a Seleçãoestudo sobre apostas esportivas1995 (a Seleção venceu a Inglaterra na finalestudo sobre apostas esportivasWembley por 3 a 1) ele era o auxiliar do Erickson na seleção inglesa e aí ele me viu jogar. Ele queria mudar o patamar do time, sempre foi um cara que gostouestudo sobre apostas esportivasjogar, queria jogadores com essa característica. Ficou seis meses esperando até encaixar no "work permit" da Inglaterra. Naquela época, você tinha que ser jogadorestudo sobre apostas esportivasseleção e nos últimos dois anos ter participadoestudo sobre apostas esportivas75% dos jogos para ter a permissãoestudo sobre apostas esportivasjogar na Inglaterra.
– Então ele teve que esperar, me convencer desse projeto e isso me impactou bastante. Veio para o Brasil. Tive uma reunião com ele, me trouxe fita cassete do campeonato inglês. E aí olhando a fita cassete, eu tinha até dor no pescoço. Era a bola saindo do goleiro, ia para frente e não tinha muita bola no chão. Mas acho que por ele, pelo projeto, eu acreditei, eu falei: “eu vou”. Não tive também outras grandes propostas para que eu pudesse balancear. Na época falaram: "Poxa, Juninho, você vai sair do São Paulo, que você está se destacando, para ir para uma equipe pequena na Inglaterra?!". Eles falaram do Arsenal, que na época tinha demonstrado interesse, mas não chegou nada. Aí encontrei um futebol inglês totalmente diferente da fita. Cara, o que eu tinhaestudo sobre apostas esportivasespaço lá para jogar era impressionante. Uma coisa é você olhar o futebol inglêsestudo sobre apostas esportivasfora, aquela correria,estudo sobre apostas esportivaslançamentos. E outra coisa é você estarestudo sobre apostas esportivascampo. Eu comecei a encontrar muito espaço para jogar.
Uma vez o Telê disse que você era o Zico dos anos 1990. Lembra disso?
– Não lembro. Era muito, né? (risos). Meu ídolo era o Zico. Você olhava para o Telê, assim, sempre com muito respeito. Você não chegava para falar com o Telê, só se ele viesse falar com você. Quem ia falar era Muller, Toninho Cerezo, os caras mais experientes. Eu tinha o Telê como um ícone ali. Eu ficava muito envergonhadoestudo sobre apostas esportivaschegar e falar. E sempre escutava com muita atenção, né? Foram alguns toques que me marcaram.
– Ele falou do Toninho Cerezo: "Repara ele jogando, você vai ver que ele vai receber 80% da bola livre, olha a movimentação”. E eu fui copiando. Eu sempre fui um jogador com muita objetividade. Pegava a bola, sempre era muito vertical. Acredito que ele gostava dessa característica, sempre me incentivava isso. Eu acho que me prejudiquei na carreira um pouco por causa disso. Tinha jogo que dava certo, tinha jogo que não dava tão certo, mas o jogo que não dava tão certo eu insistia.
–No lugarestudo sobre apostas esportivaspegar uma bola, dar um passe simples, adquirir confiançaestudo sobre apostas esportivasnovo… Não, mesmo mal no jogo, eu queria ter essa objetividade. Telê tinha a questão técnicaestudo sobre apostas esportivasquerer melhorar a individualidade do atleta, era absurdo isso nele. De ficar ficar depois do treino, com já consagrados. Com Cafu, já na Seleção, com Cerezo, Alemão, e sempre insistindo.
Seu pai foi seu empresário na carreira, como era essa relaçãoestudo sobre apostas esportivasoutra época?
– Ele era. A gente só foi ter um outro procurador quando eu fui para a Inglaterra, que nós tivemos um agente que era italiano, o Antonio Caliendo, que foi agente do Dunga. Só essa época que nós tivemos um procurador diferente. O restante sempre foi ele. Mas ainda existia a "lei do passe", então você ficava preso aos clubes. Os empresários não tinham tanto poder como tem hoje, era mais tranquilo.
Nota da redação: o "passe" do jogador, hoje chamadoestudo sobre apostas esportivasdireitos federativos, era vinculado ao clube, que tinha instrumentos jurídicos para "prender" o jogador mesmo sem acordoestudo sobre apostas esportivasrenovação contratual.
– Olhando agora, com toda essa essa minha experiênciaestudo sobre apostas esportivaspassar por dirigente e tudo mais, eu acho que faltou um pouco maisestudo sobre apostas esportivasexperiência, tanto para mim como para o meu pai. E o meu pai falava isso: “Filho, não sei tudo, vamos procurar alguém para poder nos ajudar”.
– E eu sempre quis que meu pai tomasse conta disso. Falei: “Não, pai, vamos juntos. A gente não precisa, não. Você vai aprendendo, a gente vai tocando". E sempre tinha gente procurando. Sempre tinha empresários vindo e perguntando, mas eu sempre tive essa ideia. Hoje, talvez com uma pessoa que pudesse agregar, eu acho que talvez eu teria tido uma carreira um pouco diferente, teria procurado um time grande na Europa para poder jogar. Porque eu tinha me destacado no Middlesbrough nessa época. Fomos para o Atléticoestudo sobre apostas esportivasMadrid, que é um time grande, mas não demos continuidade.
Você falaestudo sobre apostas esportivasnegociar melhores contratos ouestudo sobre apostas esportivasportas mais abertas?
– De ter portas mais abertas. Porque a gente tinha a ideiaestudo sobre apostas esportivasque “se o clube me quer, ele vai vir me buscar”. E não é bem assim. Às vezes você precisa mostrar para o clube quem está disponível, teria que ter essa parte do trabalho também que hoje muitos agentes fazem. Então eu acho que faltou isso nessa época da minha carreira.
Abre Aspas: Juninho Paulista relembra Telê Santana e fala sobre ter pai como empresário
Você soubeestudo sobre apostas esportivaster perdido alguma oportunidade específica?
– Eu fui o primeiro atleta brasileiro a ir para a Premier League. Tinha o Mirandinha, mas ainda não era a Premier League. Eu tive dois anosestudo sobre apostas esportivasmuito destaque no Middlesbrough. Lembro na épocaestudo sobre apostas esportivasquando o Middlesbrough caiuestudo sobre apostas esportivas1997, eu estava muito preocupado com a Copa do Mundoestudo sobre apostas esportivas1998. Eu falei: "Poxa, se eu ficar num clubeestudo sobre apostas esportivassegunda divisão, talvez eu não tenha essa visibilidade toda e o Zagallo não me chame para a Copa”. E isso me preocupou. Então a minha vontade era ir para um mercado mais visível, principalmente para o Brasil. Naquela época, a Inglaterra não tinha esse mercado e a Espanha tinha. E o Atléticoestudo sobre apostas esportivasMadrid veio atrásestudo sobre apostas esportivasmim através do Paulo Futre (ex-jogador português).
– Só que eu não tinha a dimensão do que eu estava representando na Premier League naquele momento. Eu me lembro que na época veio o Tottenham e veio o Liverpool, e parece que tiveram pedidos para o Steve Gibson, que era o presidente da época e é até hoje o dono do Middlesbrough,estudo sobre apostas esportivasque não me deixasse sair da Inglaterra, que tentasse me negociar com um clube inglês.
– Eu me adaptei muito bem ao jogo da Premier League. Então, talvez seria um ponto, talvez o Atlético Madrid me oferecendo mais do que o Liverpool estava me oferecendo, talvez fosse um momentoestudo sobre apostas esportivaseu abrir mão um pouco dessa dessa visibilidade e continuar na Inglaterra, porque eu tinha conquistado um mercado importante.
Em termosestudo sobre apostas esportivascontrato foi o maior daestudo sobre apostas esportivascarreira na Inglaterra?
– Não, o maior da carreira foi no Atléticoestudo sobre apostas esportivasMadrid. O Middlesbrough foi muito maior do que o São Paulo estava me oferecendo, por exemplo. Tinha a lei do passe e você tinha que negociar com o clube, então eu me lembro que o meu contrato estava terminando e o que eu almejava receber e o que o São Paulo queria me pagar era muito distante. E aí veio o Middlesbrough me pagando quatro vezes mais do que São Paulo estava oferecendo. Foi um momento financeiro também importante para mim.