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Na reta finalarbety oficial2015, então aos 20 anosarbety oficialidade, Matheus saiu da base alviverde para ser titular no profissional. Seu segundo jogo foi logo a semi da Copa do Brasil, contra o Fluminense. Era um aquecimento para a decisão contra o Santos, que o eternizou entre os palmeirenses.

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O volante ficou conhecido entre os torcedores por marcar bem Lucas Lima e colocar o então meia do Santos "no bolso". Após quase nove anos daquele jogo histórico no Allianz Parque, Matheus Sales se diverte ao contar que continua recebendo mensagens pelo feito.

– Ali, sendo bem sincero, mudei minha vidaarbety oficialtodos os sentidos – contou, ao ge.

– A maioria dos palmeirenses que encontro é a mesma história, do Lucas Lima no bolso. Em rede social, os comentários e directs são a mesma história. Graças a Deus eu saí do Palmeiras com um carinhoarbety oficialtorcedor, porque nunca recebi muita crítica, ameaça. Por conta disso, por este jogo, eles sempre tiveram o carinho comigo.

– Daqui a pouco estou parandoarbety oficialjogar, e a história não muda (risos). Para mim é gratificante. Querendo ou não, a gente marca o nomearbety oficialum clube gigantesco no cenário mundial. Eu posso falar que tenho o nome marcado na história do Palmeiras. Isto ninguém vai apagar – completou.

Matheus Sales chegouarbety oficial2009 ao Verdão, quando a base do clube ainda não recebia os holofotes atuais. Ele já estava no último anoarbety oficialsub-20 e tinha dúvidas do que aconteceria naarbety oficialcarreira até ser chamado pelo técnico Marcelo Oliveira para fazer parte do elenco profissional.

O clima nos primeiros jogos que realizou no Allianz Parque ainda está na memória do volante, hoje com 28 anosarbety oficialidade.

– O que marcava muito é que eu não era acostumado, na semifinal e na final, eu entrava no Allianz, ouvia o hino nacionalarbety oficialolhos fechados. Quando abria o olho, não cabia ninguém no estádio, lotado. E passa um filme na cabeça. Um mês antes, eu estava o jogando o Paulista Sub-20, não sabia o que ia acontecer.

O Palmeiras decora as paredes tanto da Academiaarbety oficialFutebol quanto do Allianz Parque com fotosarbety oficialsuas conquistas. E quando visitou a arenaarbety oficial2022, pelo Goiás, Matheus Sales ouviu perguntasarbety oficialseus colegas ao ver fotos do volante comemorando tanto o título da Copa do Brasil quanto do Brasileirãoarbety oficial2016.

– Tinham várias fotos, aí o pessoal falava: "Pô, Sales, você estava aqui?", e eu: "Estava". Ter fotos suas no vestiárioarbety oficialum clube gigante, as pessoas dando parabéns, é algo que não tem preço.

A brincadeira dos torcedores acabou rendendo algumas provocações nas redes sociais com Lucas Lima na época. O meiaarbety oficial2018 se transferiu para o Palmeiras, quando Matheus Sales ainda era vinculado ao clube, mas estava emprestado.

Na época do anúncio, houve uma interação entre os dois nas redes sociais, depoisarbety oficialLucas Lima escrever: "Nadaarbety oficial#TáNoBolso, agora é #TáNoPorco".

Matheus entrou na brincadeira, mas os dois nunca falaram sobre o assuntoarbety oficialreencontros. O volante pediu ao meia no ano seguinte à Copa do Brasil para trocarem camisas e ainda guarda o uniformearbety oficialLucas Lima emarbety oficialcasa no Brasil.

– Nunca parei para conversar sobre isso. A gente se cumprimentava (como adversários), dava risada, e tal, mas nadaarbety oficialparar para falar jogando contra. Até no ano seguinte (2016), ele ainda estava no Santos, tenho uma camisa delearbety oficialcasa que pegueiarbety oficialum jogo. Foi no Paulista, se não me engano.

– (O Santos) Era o melhor futebol do país, era o melhor time jogando naquela época. E acabou que minha história foi feitaarbety oficialcima deste time. Tenho muito respeito pelo Santos, por eles, mas acabou que o destino quis assim. E no momento que eles estavam no auge, jogando o melhor futebol do Brasil, foi quando Deus me escolheu para mudar minha vida – afirmou.

Matheus Sales hoje avalia que poderia ter mais paciência à esperaarbety oficialmais oportunidades nos anos seguintesarbety oficialsua trajetória no Palmeiras. Ele a partirarbety oficial2017 rodou por equipes brasileiras, como Bahia, América-MG, Figueirense, Novorizontino, Coritiba, Goiás e Atlético-GO.

Ao fim da última temporada, o meio-campista entendia que estava pronto para viverarbety oficialprimeira experiência fora do Brasil. Veio a oferta para jogar no Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul.

Inicialmente, Matheus viajou com Thiago Sales, seu irmão e empresário, e teve que se adaptar ao fusoarbety oficial12 horas para falar com os filhos e esposa. Logo depois, porém, a família se juntou a ele na Ásia, e apesar da diferençaarbety oficialcultura, a experiência tem agradado.

– Na primeira semana, a questão do sono era bem complicada. Às vezes eu estava 17h, 18h, e não aguentavaarbety oficialsono. Ia dormir, acordava 1h da manhã e virava a noite acordado (risos). Mas consegui me adaptar depois – recordou.

– Nunca tinha saído do país, escolhi vir para cá e está sendo muito bom, diferentearbety oficialtodos os aspectos. De começo a adaptação é complicada, estou fazendo inglês intenso para me facilitar bastante. Minha vontade é cumprir o tempoarbety oficialcontrato e se possível ficar mais – detalhou o jogador, que assinou por dois anos, com possibilidadearbety oficialrenovar por mais um.

Entre os elogios, Matheus Sales diz que o povo coreano foi receptivo, e a cidadearbety oficialUlsan lhe passa segurança para criar a família.

A adaptação ainda esbarra na língua, mas no clube há um tradutor para ajudar nas orientaçõesarbety oficialcampo, e na rua os aplicativos com tradução simultânea ajudam, enquanto ele faz aulasarbety oficialinglês, também.

Apesararbety oficialdificultar, não tem impedido que Matheus earbety oficialfamília saiam e aproveitem a cidade. Já a comida local é um pouco mais difícilarbety oficialse acostumar.

– Tem bastante coisa parecida com o Brasil, tem um mercado aqui que conseguimos coisas bem parecidas com o Brasil, só o arroz e o feijão que são muito diferentes e minha mulher conseguiu trazer do Brasil. No clube ou viagens, hotéis e concentração, não tem muito o que fazer. Aí comemos massa, preparam uma carne, um frango para estrangeiros que não são acostumados – detalhou.

– Tudo que eles comem é diferente da gente, muito apimentado. No clube teve um almoço diferente, que acontece uma ou duas vezes na semana. Para os estrangeiros preparam o que estamos acostumados, e eles aqui estavam comendo enguia. E eu nunca nem comi no Brasil. São coisas diferentes do que estamos acostumados, mas é uma experiência muito boaarbety oficialviver, está sendo bem bacana – concluiu.

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