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Por Rodrigo Fonseca —casa de apostas 7kBelo Horizonte

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O goleador é figura emblemática na história do Atlético-MG. Dario, Reinaldo, Guilherme, Jô, Diego Tardelli, Lucas Pratto são nomes fáceis na memória do torcedor alvinegro, principalmente entre os mais novos. Porém, essa históriacasa de apostas 7kgols e idolatria começou nas primeiras décadas do século passado. Depoiscasa de apostas 7kMáriocasa de apostas 7kCastro, primeiro grande artilheiro do clube, surgiria no Galo um atacante, ainda garoto, pronto para ser protagonistacasa de apostas 7ksua época.

Ele era o nome maiorcasa de apostas 7kseu tempo no futebol mineiro. Ídolo do Atlético antes mesmocasa de apostas 7kcompletar 20 anos. Um craque capazcasa de apostas 7kdriblar os adversárioscasa de apostas 7kcampo, mas um "refém" da marcação cerrada da torcida nas ruascasa de apostas 7kBelo Horizonte, reflexo da gigante popularidade adquirida a cada gol com a camisa alvinegra. A escalada relâmpago na carreira foi parada subitamente. Os diascasa de apostas 7kglória deram lugar um dos maiores dramas vividos dentro e foracasa de apostas 7kcampocasa de apostas 7kMinas há exatos 80 anos: Guará e a cabeçada fatal.

4casa de apostas 7kjunhocasa de apostas 7k1939

Era mais um domingocasa de apostas 7kfutebolcasa de apostas 7kBelo Horizonte. Em campo, Atlético-MG x Palestra Itália, hoje Cruzeiro. Um duelo cheiocasa de apostas 7kexpectativas. Afinal, era diacasa de apostas 7kclássico. O Galo tinha Guará, um jovem atacantecasa de apostas 7kapenas 23 anos e que já era a principal figura da equipe. O Palestra contava com Caieira, zagueiro contratado para impedir as jogadas do craque alvinegro. O cronômetro marcava seis minutos do primeiro tempo. Naquele instante, o tempo parou para Guará.

Um choquecasa de apostas 7kcabeça com Caieira deixou o "Perigo Louro" desmaiado no gramado do antigo estádio Antônio Carlos,casa de apostas 7kLourdes. Foi uma dramática recuperação. Foi o fimcasa de apostas 7kum craque. E o nascimentocasa de apostas 7kum mito, apesar da curtíssima carreira. Oitenta anos depois, o GloboEsporte.com recupera essa história, trazendo trechos da biografia do atacante, resgatando as manchetes dos jornais da época e ouvindo pessoas que conviveram ou pesquisaram a históriacasa de apostas 7kGuará para entender os motivos que fizeram daquela jovem estrela uma das lendas do futebol mineiro.

O craque

As palavras sãocasa de apostas 7kAry Barroso, famoso compositor brasileiro, mineirocasa de apostas 7kUbá assim como o ídolo atleticano, e autor do prefácio do livro "Cabeçada Fatal", do jornalista Antônio Tibúrcio Henriques, que conta a históriacasa de apostas 7kglória e dramacasa de apostas 7kGuaracy Januzzi.

Guará, ao centro, e companheiroscasa de apostas 7kAtlético-MG — Foto: Reprodução livro Cabeçada Fatal

Ainda adolescente, Guará já chamava a atençãocasa de apostas 7ktimescasa de apostas 7kUbá e Miraí. Tinha apenas 17 anos quando foi descoberto pelo Atlético. Em pouco tempo, já era considerado o maior jogador mineiro no final dos anos 1930. Coube a ele ocupar a lacuna deixada por ninguém menos que Máriocasa de apostas 7kCastro, integrante do memorável Trio Maldito, composto ainda por Jairo e Said. Surgia o craque e a fama.

Vencedor com o Atlético da primeira competição interestadual profissional do Brasil,casa de apostas 7k1937, o torneio Campeão dos Campeões - conquista imortalizada no hino do clube e que reuniu, além do Galo, o Fluminense, a Portuguesa e o Rio Branco, times que conquistaram os estaduais do Riocasa de apostas 7kJaneiro, São Paulo e Espírito Santo -, Guará, a cada dia, se tornava uma referência ainda maior do futebolcasa de apostas 7kMinas Gerais. Foi o jogador mais bem pago do futebol mineiro, na época: 18 contoscasa de apostas 7kluvas e 800 mil réis por mês.

Guará e os Campeões dos Campeõescasa de apostas 7k1937 — Foto: Reprodução livro Cabeçada Fatal

Guará marcou 168 gols pelo Atlético, números que o colocam na quarta posição na lista dos maiores artilheiros da história do clube. Nas oito décadas seguintes, somente dois jogadores fizeram mais gols que Guará no Galo: Reinaldo (255) e Dario (211). Antes, dele, apenas Máriocasa de apostas 7kCastro, com 195 gols. Foi campeão mineirocasa de apostas 7k1936, 1938 e 1939. Ninguém fez mais gols pelo Atlético no clássico com o Cruzeiro do que o "Perigo Louro". Foram 26.

- O Guará foi um fenômenocasa de apostas 7ktermoscasa de apostas 7kpopularidade. Ele tinha a missãocasa de apostas 7ksubstituir Máriocasa de apostas 7kCastro. Alémcasa de apostas 7ktudo, ele chegacasa de apostas 7kum momentocasa de apostas 7kque o Atlético havia perdido a hegemonia para o Villa Nova, campeãocasa de apostas 7k33, 34, 35. O Guará chegacasa de apostas 7k1933, com 17 anos. Já no ano seguinte, se torna titular. Os números do Guará falam por si só, o cara que mais marcou gols contra o Cruzeiro, no período que jogou intensamente,casa de apostas 7k34 a meadoscasa de apostas 7k39, foi artilheiro do timecasa de apostas 7ktodas as temporadas. Ele um cara veloz, com sensocasa de apostas 7kcolocação, chutava com as duas pernas, não tinha muita estatura, mas marcava golscasa de apostas 7kcabeça. Ele caiu nas graças da torcida, que estava carentecasa de apostas 7ktítulos ecasa de apostas 7kum ídolo - conta o jornalista e escritor Eduardo Murta, autor do livro "Os Dez Mais do Atlético".

Em citação no livro "Cabeçada Fatal", o diário "Ahora"casa de apostas 7kBuenos Aires, na Argentina, à época, ao analisar o futebol brasileiro, definiu o atacante do Atlético como o novo Leônidas da Silva, destaque da seleção brasileira na Copa do Mundocasa de apostas 7k1938.

"Su figura principal (do Atlético) es Guará, extraordinário centro-foword cuya fama se equipara a lacasa de apostas 7kLeonidas." (Diário Ahora,casa de apostas 7kBuenos Aires, 1938, citado no livro Cabeçada fatal)

A réplica da camisacasa de apostas 7kGuará, a touca originalcasa de apostas 7kcrochê, marca do ídolo, e a histórica faixacasa de apostas 7kCampeão dos Campeões — Foto: Arquivo Pessoal/ Gabriel Januzzi

Guará era uma celebridadecasa de apostas 7kBelo Horizonte. As páginas do livro-biografia registram que o casamento do jogador com Amélia Lage “parou o trânsito” na capital:

"Centenascasa de apostas 7kpessoas ali estavam para assistir à entrada e saída do novo casal".

Amélia e Guará, ex-Atlético-MG — Foto: Arquivo pessoal/ Déa Januzzi

Déa Januzzi, filhacasa de apostas 7kGuará, não viveu a fase futebolística do pai. Mas cresceu ouvindo histórias que impulsionaram o jovemcasa de apostas 7kUbá à condiçãocasa de apostas 7kum mito do esporte mineiro.

- Ele jogou muito pouco tempo. Nesse pouco tempo, ele fez 168 gols. Até hoje, ele é o quarto maior artilheiro do Atléticocasa de apostas 7ktodos os tempos. Ele é considerado um gênio do futebol - destaca Déa Januzzi, jornalista e filhacasa de apostas 7kGuará.

Sucesso dentro e foracasa de apostas 7kcampo, Guará não estava no auge da carreira. No entanto, a fama já tomava contacasa de apostas 7ksua vida. E tinha muito ainda por vir. A começar pelo clássico com o Palestra Itália.

Para deter o "Perigo Louro", o Palestra contava com Caieira, um dos grandes defensores da época. O encontro estava marcado. Dia 4casa de apostas 7kjunhocasa de apostas 7k1939, há exatos 80 anos, pela segunda rodada do Campeonato da Cidade. Belo Horizonte amanheceu com o tempo fechado. O jogo estava ameaçadocasa de apostas 7knão acontecer. Mas a bola rolou. E rolou apenas por seis minutos. Foi quando o tempo parou para o atacante do Atlético.

O choque

"Ia a partida entrar no seu sexto minuto (...). A uma brilhante defesacasa de apostas 7kCafunga, o público aplaude freneticamente (...). O arqueiro vai repor a bolacasa de apostas 7kcirculação. Envia-a no sentido da parte central do gramado. Lépido, Guará foge à marcação. Salta o Perigo-Louro para cabecear para trás. No mesmo instante, Caieira impulsiona o corpo e ergue-secasa de apostas 7kbusca da pelota (...). O zagueiro palestrino não alcança a bola. Sua testa vaicasa de apostas 7kencontro à cabeçacasa de apostas 7kGuará".

A narração é do livro "Cabeçada Fatal". Os momentos seguintes foramcasa de apostas 7kdrama, angústia, tensão, sofrimento, desespero, comoção. O craque estava estirado no gramado, sem a menor reação, inconsciente. O climacasa de apostas 7kcelebração no estádio Antônio Carlos deu lugar ao completo silêncio.

Livro Cabeçada Fatal conta a históriacasa de apostas 7kGuará — Foto: Rodrigo Fonseca

"O Perigo-Louro cai inerte sobre o relvado verde do estádio atleticano. Seus músculos ficaram contraídos (...). Guará não dava o menor sinalcasa de apostas 7kencontrar-se consciente. (...). Era uma comovente cena. (...) De momento a momento, piorava o estadocasa de apostas 7ksaúde do Perigo-Louro, agoracasa de apostas 7kcompleto estadocasa de apostas 7kcoma." (Livro Cabeçada Fatal)

Vítimacasa de apostas 7ktraumatismo craniano, Guará foi levado ao Pronto Socorrocasa de apostas 7kBelo Horizonte. Ele foi transferido para o Hospital São José. A torcida fez vigília na porta. O atacante passou 72 horascasa de apostas 7kestadocasa de apostas 7kchoque. Depois, oscilava entre momentos lúcidos e períodos inconscientes. Em processocasa de apostas 7krecuperação, e ainda internado, recebeu a visitacasa de apostas 7kCaieira. Ao todo, foram 23 dias hospitalizado.

Guará, reencontro com Caieira — Foto: Reprodução livro Cabeçada Fatal

Na imprensa

"Todos os jornais movimentaram os seus repórteres. Todos eles estavam atentos, acompanhando a marcha do tratamento".

O relato acima é do livro "Cabeçada Fatal", e é comprovado nos acervos do jornais da época, inclusive os diárioscasa de apostas 7koutros estados, como o Riocasa de apostas 7kJaneiro. O jornal "O Globo" noticiou o drama do "famoso atacante do Atlético".

— Foto: Reprodução O Globo, 5/6/1939

Jornal O Globo destaca romaria, preocupação do governador e missa para Guará — Foto: Reprodução O Globo 7/6/1939

Todos queriam notíciascasa de apostas 7kGuará. O hospital precisou se adaptar:

"O númerocasa de apostas 7ktelefonemas era impressionante. Registraram-se, certa ocasião, maiscasa de apostas 7kmil chamados. Foi preciso que duas telefonistas ficassem entregues tão somente ao trabalhocasa de apostas 7kconceder informações sobre o acidente sofrido por Guará." (Livro Cabeçada Fatal)

Folhacasa de apostas 7kMinascasa de apostas 7k8casa de apostas 7kjunhocasa de apostas 7k1939 — Foto: Reprodução Folhacasa de apostas 7kMinas/ Acervo Biblioteca Pública Estadualcasa de apostas 7kMinas Gerais

Após deixar o hospital, tentou por várias vezes retomar a carreira. Porém, as jogadas e os gols que fizeram dele craque não o acompanharam. Arriscou-se no Botafogo, Flamengo. Ficou apenas seis meses. Foi para o Siderúrgica. O futebol que lhe deu fama se recusava a ficar ao seu lado.

- Esse acidente terminou por mitificar o Guará. Acabou a carreira do Guará. Ele sai do hospital no fimcasa de apostas 7kjunho, só vai retornar a jogar no meio do segundo semestre,casa de apostas 7kum amistoso com o América, que ele joga seis minutos. Só volta a jogar no ano seguinte,casa de apostas 7k1940. Depois, ele para por seis meses. Nunca mais se firmou. Passa rapidamente pelo Botafogo, retorna para o Atlético. Depois, vai jogar no Flamengo por pouco tempo. Vai para o Siderúrgica. A cabeçada “matou" o jogador - diz o jornalista e escritor Eduardo Murta.

Guará, ex-Atlético-MG — Foto: Arquivo pessoal/ Déa Januzzi

Aos 23 anos, encerrou a carreira. Foi funcionário da Câmara Municipalcasa de apostas 7kBelo Horizonte. Faleceucasa de apostas 7k19casa de apostas 7knovembrocasa de apostas 7k1978, aos 62 anos, vítimacasa de apostas 7kproblemas cardíacos.

- Depois do acidente, ele tentou alguns bicos, até virar funcionário da Câmara Municipal. Ele era um homemcasa de apostas 7khábitos muito simples, tinha maniacasa de apostas 7kconferir chaves e trancas, amava um Pássaro-Preto que tinha, só andava a pé ecasa de apostas 7kônibus, nunca teve carro. Ele preferia caminhar e sentir a popularidade - recorda a filha Déa Januzzi.

- Ele era singular. Tinha um rádio. Ele ouvia os jogos do Atlético com o rádiocasa de apostas 7kcima da geladeira, no mais profundo silêncio. Ele não gritava, não chorava, não xingava. Ele gostavacasa de apostas 7kouvir as vozes do locutorescasa de apostas 7krádio, o meiocasa de apostas 7kcomunicação que o consagrou. A popularidade continuou por muitos anos, mas ela ia diminuindo. Os antigos reconheciam ele na rua. Hoje, ele é lembrado por causa do Troféu Guará, da Rádio Itatiaia - acrescenta.

Em 1939, poucos meses antes do trágico acidente, a revista carioca O Globo Sportivo lançou o concurso nacional "Crack Absoluto do Brasil". Em meio a concorrentes cariocas, Guará foi um intruso e ficoucasa de apostas 7kquarto lugar.

— Foto: Reprodução O Globo Sportivo, 31casa de apostas 7kmarçocasa de apostas 7k1939 (Acerco Biblioteca Nacional)

Em entrevista à revista O Globo Sportivo,casa de apostas 7kagostocasa de apostas 7k1943, Guará falou sobre a carreira e se definiu:

casa de apostas 7k "Eu sou os goals do Atlético."

Guará, ex-Atlético-MG; revista O Globo Sportivo,casa de apostas 7k27/8/1943 — Foto: Reprodução O Globo Sportivo,casa de apostas 7k27/8/1943 (Acerco Biblioteca Nacional)

Para sempre Guará

Oitenta anos depois, a memóriacasa de apostas 7kGuará segue vivacasa de apostas 7kMinas Gerais. Uma ruacasa de apostas 7kUbá o homenageia. Sua imagem faz partecasa de apostas 7kuma seleçãocasa de apostas 7klendas que compõem a fachada lateral da sede do Atlético. Ele também dá nome a uma das principais premiações do futebol mineiro, concedida desde 1962 pela Rádio Itatiaia.

Imagemcasa de apostas 7kGuará na fachada da sede do Atlético-MG — Foto: Rodrigo Fonseca

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