TIMES

Por Bruno Giufrida — São Paulo


de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

tickets pokerstars

uso pesado. Uma desvantagem potencial dessas excelentes botas trabalho é que às

Os argentinos Germán Cano, do Fluminense, e Jonathan Calleri, do São Paulo, são destaques no futebol brasileiro. Em 2022, a dupla, junta, marcou 71 gols: 44 para Cano e 27 para Calleri. Mesmo diante do ótimo desempenhoseus clubes, porém, nem passaram perto da lista do técnico Lionel Scaloni para a Copa do Mundo, que cortou dois nomes do ataque já no Catar.

Mas, por que os centroavantes tão valorizados no Brasil não tiveram chance? Nem mesmo com os cortesNicolás González e Joaquín Correa, que acabaram vetados pelos médicos nesta quinta-feira e foram retirados da lista26 nomes da Argentina.

Cano e Calleri brilham no Brasil; na Argentina, são pouco lembrados — Foto: ge

As opções da Argentina para a mesma posição do ataqueque Cano e Calleri atuam são Lautaro Martínez e Joaquín Correa, da InterMilão, e Julián Álvarez, do Manchester City. O segundo acabou cortado na quinta-feira.

Veja, abaixo, os números do trio na temporada 2022/2023 do futebol europeu, que ainda está na metade:

  • Lautaro Martínez: 21 jogos, oito gols e cinco assistências;
  • Joaquín Correa: 18 jogos, três gols e três assistências;
  • Julián Álvarez: 20 jogos, sete gols e duas assistências.

Como a temporada europeia ainda está na metade, é impossível comparar os números do trio com a dupla que atua no Brasil, que tem muito mais jogos e gols. A ausênciaCano e Calleri na Copa do Mundo, porém, vai muito alémnúmeros.

Lautaro festeja gol pela InterMilão — Foto: Getty Images

Com um trio convocado atuando na Europa, o técnico Lionel Scaloni, acreditam jornalistas que acompanhamperto da seleção argentina, apostou na experiência e no nível dos adversários que Lautaro, Correa e Álvarez costumam enfrentar. Guido Glait, da TyC Sports, por exemplo, citou o casoGabigol, estrela do Flamengo, fora da listaTite no Brasil.

– Eu poderia perguntar por que na seleção brasileira não está o Gabigol. E acredito que seja a mesma situação. Ele foi à Europa e não foi protagonista como é aqui na América do Sul.

– Acho que essa é a questão. Tirando a Copa Libertadoresque há confrontos internacionais, no Campeonato Brasileiro se joga contra 10, 15 times inferiores, tirando os cinco, seismelhor nível – disse o jornalista.

German Cano comemora gol durante partida contra o São Paulo — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Glait diz ainda que outros jogadores que se destacam no futebol argentino também não foram cogitados por Scaloni justamente por causa do nível sul-americano.

– Na Argentina, o Cano não é cogitado para a seleção porque basicamente joga numa liga mais fraca se comparada com as europeias. Hoje os atacantes da Argentina são Messi, Di María, Lautaro Martínez, Julián Álvarez... Também não são cogitados jogadores que atuam na Argentina, exceto o goleiro Armani. E isso acontece com o Campeonato Brasileiro, que não é considerado uma ligaelite,nível competitivo para uma Copa do Mundo.

Raphael Sibilla, correspondente da Globo na Argentina, cita o exemplooutros dois argentinos que se destacaram no futebol brasileiro: Conca e Montillo, por Fluminense e Cruzeiro. Apesarboas temporadas e momentos decisivos no Brasileirão, a dupla nunca foi chamada para uma Copa do Mundo.

– O caso deles se parece com osMontillo e Conca, que arrebentavam no futebol brasileiro, mas não eram considerados para a seleção, exceto no Superclássico das Américasque apenas jogadores do continente eram convocados.

– Para esta Copa, Scaloni convocou três jogadores que podem atuar como centroavante, Lautaro Martínez e Joaquín Correa, que fizeram partetodo o ciclo e que possuem uma boa experiência na Europa, e Julián Álvarez, revelado pelo River e que está no City, e que é considerado uma das joias do futebol argentino – explicou.

CalleriFluminense x São Paulo — Foto: Andre Durão

Sibilla destaca ainda o fatoa dupla não ter tido tanto sucesso atuando pelo futebol argentino.

– Cano é ídolo no Independiente Medellín, da Colômbia, sendo o maior artilheiro da história do clube. No Brasil faz chover gols desde que chegou. Os 44 marcados só neste ano são uma marca das mais impressionantes. Mas na Argentina, Cano é um jogador pouco conhecido. Pesa o fatoele não ter sido revelado por um dos grandes do país, pois é da base do Lanús e por lá fez apenas dois gols24 jogos. Ele também passou pelo Chacarita Juniors e Colón antessair do país.

– O que acontece no futebol brasileiro tem pouca repercussão na Argentina, por isso não foi nem temadebate o fatoCano estar ou não na seleção. O mesmo vale para Calleri, que apesarter tido uma boa passagem pelo Boca, a referência que se tem dele no país são dos anosinsucesso na Europa antesregressar ao São Paulo – completou Sibilla.

Sem Cano e Calleri – e até sem apelo pela dupla –, a Argentina estreia na Copa do Mundo contra a Arábia Saudita, na terça-feira, às 7h (de Brasília), no Lusail. Depois, encara México e Polônia.

Veja também

Mais do ge