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O depoimento ébet3652um relaxado e bem-humorado Juha Tamminen. Pouco depoisbet3652sair da saunabet3652casa na gelada Finlândia. A temperatura está próximabet3652zero grau, mas o trabalho segue a todo vaporbet3652Hämeenlinna, cidadezinha a 100 km da capital Helsinque.
Provavelmente você não conhece esse jornalista e fotógrafo finlandêsbet365262 anos, mas possivelmente já esbarrou com algumas das muitas fotos que ele coloca nas redes sociais. Um acervo rico do futebol mundial, mas principalmentebet3652jogadores brasileiros - dos mais conhecidos a praticamente anônimos, o que lhe faz recorrer à internet para identificar muitos.
O próprio Juha conta como ele faz esse trabalho:
Uma das raridades ébet3652Romário. O herói do tetracampeonatobet36521994 no iníciobet3652sua trajetória na Seleção,bet36521987, quando marcou o primeiro gol com a camisa amarelinha, nos 3 a 2 sobre a Finlândia, num amistoso no estádio Olímpicobet3652Helsinque. Romário nunca tinha visto essa foto e se surpreendeu com o registrobet3652Juha: "Que fotão", comentou o atual senador da República.
Há outros do início dele no Vasco,bet3652Renato ainda no Grêmio, Raí no São Paulo, Mauro Silva no Bragantino, Ricardo Gomes no Fluminense... O arquivo pessoal do finlandês, que trabalhou nas Copasbet36521990 a 1998, tem milharesbet3652fotos dos anos 1980, 1990 e ainda um pouco do início dos anos 2000. Trabalho que começou nos anos 1980 no Brasil, mais precisamente no Riobet3652Janeiro. Foi um dos destinos que ele encontrou para fugir do inverno europeu.
Desde 2012, depoisbet3652comprar uma máquinabet3652scanner capazbet3652digitalizar 12 fotosbet3652boa resoluçãobet365230 minutos, ele dedica horas do seu dia para digitalizar todo esse acervo. Em temposbet3652#fiqueemcasa, ele dobrou essa quantidadebet3652fotos escaneadas. Hoje, calcula que já contabiliza cercabet3652200 mil fotos escaneadas - e sempre catalogadas com data, local e possíveis identificados.
- Pensei que levaria quatro anos digitalizando tudo que tenho. Mas já faço isso há oito anos. Sóbet3652abril já foram umas cinco mil. Na quarentena, como não tem nada aqui, o campeonato está parado (na Finlândia), e eu fazia os jogos a cada dois dias, começo às 8h30 e vou até 23h escaneando. São umas 15hbet3652trabalho. Mas acho que vou levar mais quatro anos para digitalizar tudo - estima Juha.
"Iurrá" - é assim que se pronuncia o nome Juha - veio ao Brasil a primeira vezbet36521981 como turista mochileiro. Foi ao Maracanã e assistiu a dois jogos - Vasco x Internacional e Fluminense x Américabet3652Natal, numa semana no Riobet3652Janeiro. Passou também por Argentina, Chile, Equador, Paraguai. México... rodou e rodou até voltar à Cidade Maravilhosa. Desistiu do Rio no início dos anos 2000 depois quebet3652casa na Ilha do Governador foi assaltada três vezes.
É difícil resumir essa trajetóriabet3652poucas linhas, mas lá vai. Como jornalista e também fotógrafo, escreveu para publicações estrangeiras - Guerín Sportivo, World Soccer e Don Balón - e volta e meia viajava para cobrir, além dos Mundiais, competições sul-americanas e europeias. No Brasil, ainda fotografou GPsbet3652F-1 com Senna e Piquet - uma outra parte desse acervo, ainda não digitalizado, também tem raridades do carnaval carioca.
Juha pegou amizade com alguns boleiros brasileiros. Até hoje fala com Paulo Victor, ex-goleiro do Fluminense, e se diverte ao lembrarbet3652históriasbet3652Josimar,bet3652Romário ebet3652passagensbet3652times e da Seleção pelo seu país. Ele foi tradutor do Botafogobet36521985, com Valdir Espinosa, que faleceu neste ano, e parte daquele time que seria campeãobet36521989. Ali, ganhavam um novo torcedor.
- Acabei virando botafoguense, estava naquele títulobet36521989 e lembro bem do Josimar, que era muito engraçado. Aconteceu um caso com ele aqui, uma injustiça. Ele tinha um cordãobet3652ouro e havia duas mulheres filandesas, que estavam no lugar onde estava o time e depois iam para o hotel do time. Depois, a polícia foi e achou que ele tinha roubado. Josimar ficou nervoso, mas foi uma denúncia falsa das mulheres - lembra o fotógrafo.
Com Romário, dois anos depois, o problema foi encontrar algum lugar para sair depois do jantar da seleção brasileira na passagem pelo gelado país europeu.
- Ele queria sair, mas não teve jeito. Não tinha o que fazer. Dava para ver ali as aventuras que ele ia ter depois (risos) - recorda, com certo cuidado para as partes publicáveis das histórias que acompanhou.
Foi o Baixinho que proporcionou um dos dias mais marcantes da carreira, no Maracanã com 150 mil pessoas, na final da Copa Américabet36521989, contra o Uruguai. O golbet3652Romário deu o título à seleção brasileirabet3652Sebastião Lazaroni.
Com cercabet3652200 pastas e caixasbet3652papelão guardadas ao longobet3652maisbet365230 anosbet3652fotografia, Juha também vai contribuir para a criaçãobet3652um museu do esporte na Finlândia. Aquilo que começou com pedidosbet3652fotos antigasbet3652jogadores finlandeses - hoje ele trabalha para a federaçãobet3652futebol do país - virou hobby e terapia nos tempos difíceisbet3652coronavírus.
- Outro dia coloquei foto do Unión Española do Chile no Twitter. Em 10 minutos as pessoas identificam os jogadores. Outro dia aconteceubet3652duas crianças que fotografeibet36521984 me mandarem fotobet3652hoje. É incrível.
Veja a foto a qual ele se refere:
Tem muito mais no site https://juhatamminen.photoshelter.com/index. No Instagram @retrofootballtamminen e no Twitter TamminenJuha.
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