blaze crash demo Mensagens mostram que Caboclo pedia para funcionária providenciar vinhos na CBF eblaze crash demoviagens a trabalho

É o que revelam conversasblaze crash demoWhatsApp entre o dirigente e a funcionária, que no mês passado apresentou uma denúnciablaze crash demoassédio sexual e moral contra ele à Comissãoblaze crash demoÉtica da CBF. Por causa dessa denúncia, revelada pelo ge, Caboclo está afastado da presidência da entidade desde o dia 6blaze crash demojunho. Ele nega as acusações.

Cópias dessas conversas, às quais o ge teve acesso, foram anexadas ao processo. Na acusação, a funcionária afirmou que Rogério Caboclo trabalhava frequentemente alcoolizado. Ele nega. Outros depoimentos prestados tanto à Comissãoblaze crash demoÉtica quanto ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público do Rioblaze crash demoJaneiro citam o consumoblaze crash demoálcool do dirigente.

Na última sexta-feira, o ge revelou o conteúdo do depoimento da funcionária à Comissãoblaze crash demoÉtica da CBF. Ela detalhou uma rotinablaze crash democonsumoblaze crash demobebida alcoólica por parte do dirigenteblaze crash demohorárioblaze crash demotrabalho,blaze crash demoviagens eblaze crash demoeventos nos quais aparecia publicamente, como reuniões com clubes e federações.

Em resposta à reportagem, a defesa do dirigente afirmou que "o presidente Rogério Caboclo nega veementemente o consumoblaze crash demobebida alcóolica durante o expediente, seja na CBF oublaze crash demoviagens".

Em 4blaze crash demofevereiroblaze crash demo2020, os dois estavamblaze crash demouma viagem a trabalho quando se deu o seguinte diálogo:

12h19 - Funcionária:
Os pilotos chegaram e o trânsito melhorou. Já pedi para as pessoas nos encontrarem no lobby para sairmos.

12h20 - Rogério Caboclo:
Ok. Descemosblaze crash demo5'.

12h21 - Funcionária:
Ok.

12h28 - Funcionária:
Chefe, estou fazendo seu check out. Os vinhos você paga à parte ou posso faturar? 

12h28 - Rogério Caboclo:
Fatura.

No depoimento que deu à Comissãoblaze crash demoÉtica, a funcionária contou que durante as viagens a trabalho era orientada a pedir garrafasblaze crash demovinho emblaze crash demoprópria conta nos hotéis, para não lançar o consumo na contablaze crash demoCaboclo. De acordo com ela, o dirigente dava o valor correspondenteblaze crash demodinheiro para que ela pagasse as bebidas anotadas no quarto dela. Uma conversablaze crash demoWhatsApp ocorridablaze crash demo11blaze crash demofevereiroblaze crash demo2020 ilustra essa situação.

13h18 - Rogério Caboclo:
Vc pede um vinhoblaze crash demouns 100 até 150 euros no seu quarto e leva para o meu. Assim, eu pago no final. Meu quarto está debitado na Conmebol.

13h21 - Funcionária:
Ok!

Tanto na denúncia quanto no depoimento que prestou à Comissãoblaze crash demoÉtica da CBF, a funcionária afirmou que era orientada a deixar garrafasblaze crash demovinho na sala do presidente e no banheiro do gabinete da presidência. A conversa a seguir ocorreu no dia 5blaze crash demomaioblaze crash demo2020:

15h41 - Rogério Caboclo:
Pode pôr vinho lá?

15h47 - Funcionária:
Coloquei 3 garrafas hoje mais cedo! Tirei uma que estava vazia para jogar fora também.

15h59 - Rogério Caboclo:
Ok.

Outra conversa desse tipo foi registrada no dia 4blaze crash demojunhoblaze crash demo2020:

13h38 - Rogério Caboclo:
Pode repor os vinhos?

13h39 - Funcionária:
Oi, Chefe! Coloquei 3 lá. Umblaze crash democada.

O último registroblaze crash democonversas desse tipo éblaze crash demo11blaze crash demofevereiroblaze crash demo2021, quando o dirigente eblaze crash demoassistente pessoal estavam no Catar para acompanhar a disputa do Mundialblaze crash demoClubes.

10h11 - Rogério Caboclo:
Onde vc está?

10h12 - Funcionária:
No meu quarto

10h18 - Rogério Caboclo:
Pode descer no FIFA? 

10h19 - Funcionária:
Ok

10h19 - Rogério Caboclo:
Leve os ingressos

10h24 - Funcionária:
Estou aqui

10h28 - Rogério Caboclo:
Pede um vinho

11h11 - Funcionária:
Avisa quando estiverem descendo, por favor?

No mês seguinte, marçoblaze crash demo2021, ocorreu a conversa gravada pela funcionária na sala do presidenteblaze crash demoque ele pergunta se ela se masturba. O áudio desse diálogo foi revelado pelo "Fantástico" no dia 6blaze crash demojunho, datablaze crash demoque Caboclo foi afastado da presidência da CBF pelo Conselhoblaze crash demoÉtica da entidade.

No dia 1ºblaze crash demoabril, a funcionária gravou outra conversa, na qual o dirigente admite que "foi um erro" ter usado o termo "cadelinha" e ter oferecido biscoitoblaze crash democachorro para ela. Esse diálogo foi revelado pelo "Esporte Espetacular" no dia 11blaze crash demojulho.

Na defesa que apresentou à Comissãoblaze crash demoÉtica, Rogério Caboclo citou o depoimentoblaze crash demoum garçom da CBF, que declarou:

– [Nas] pouquíssimas vezes serviu bebida alcóolica ao presidente Rogério Caboclo, e sempre por ordem da assessora [...], exceção apenas ao períodoblaze crash demoque a senhorita [...] se afastou do trabalho, quando então qualquer pedido nesse sentido lhe era feito diretamente pelo presidente; [e] que nunca se sentiu constrangido nessas demandas.

Também foi anexada ao processoblaze crash democurso no Comitêblaze crash demoÉtica uma sérieblaze crash demonotas fiscais que atestam a comprablaze crash demovinhos por parte da CBF entre fevereiroblaze crash demo2020 e junhoblaze crash demo2021. O ge teve acesso aos documentos, que foram publicados inicialmente pelo jornal "O Estadoblaze crash demoS. Paulo". O rótulo que aparece mais vezes é o português "Cartuxa Reserva", citado pela funcionáriablaze crash demodepoimento como o preferidoblaze crash demoRogério Caboclo. Segundo as notas fiscais, cada garrafa custa entre R$ 350 e R$ 450.

Rótulos muito mais caros também eram comprados com frequência, segundo mostram os comprovantes. No dia 9blaze crash demojulhoblaze crash demo2020, a entidade pagou R$ 999 por cada uma das 12 garrafas do chileno "Clos Apalta 2015". Só nesse dia, a CBF gastou maisblaze crash demoR$ 16 milblaze crash demo24 garrafasblaze crash demovinho. Em 19 maioblaze crash demo2020, a CBF comprou cinco garrafas do italiano "Sassicaia 2014" por R$ 1.850 cada.

Também foram anexadas ao processo duas notas fiscais emitidasblaze crash demo30blaze crash demojunho, 24 dias depois do afastamentoblaze crash demoRogério Caboclo da presidência da CBF. Uma delas, no valorblaze crash demoR$ 10.380, detalha a comprablaze crash demoseis garrafasblaze crash demo"Cartuxa Reserva" a R$ 450 cada, e mais seis garrafasblaze crash demo"Clos Apalta 2015" por R$ 1.280 cada. Mas as notas informam que os pagamentos foram feitos nos mesesblaze crash demomarço e abril, portanto antes do afastamentoblaze crash demoCaboclo.

"A gestão do presidente Rogério Caboclo na CBF cortou despesas e aumentou a receita da entidade. Para isso, um dos critérios adotados foi o da eficiência nos gastos. Os vinhos comprados estão todos dentroblaze crash demoseu valorblaze crash demomercado. As aquisições ocorreram para abastecer eventos sociais, que são comuns e frequentes na entidade.

A sra. Manuella Vidalblaze crash demoAlmeida, coordenadorablaze crash democompras da CBF, afirmoublaze crash demodepoimento à própria Comissãoblaze crash demoÉtica que as comprasblaze crash demobebidas alcoólicas abasteciam os eventos da entidade e que nunca viu Caboclo bebendo.