- Moraes, você é brabo.

Moraes é o lateral que atuava no Juventudefluminense e athletico paranaense palpite2022. A mensagem éfluminense e athletico paranaense palpiteum dos apostadores. Depoisfluminense e athletico paranaense palpiteaceitar participar do esquema que está sob investigação, o jogador fez acordo com o Ministério Públicofluminense e athletico paranaense palpiteGoiás e admitiu envolvimento no esquema dos jogos do Campeonato Brasileiro das séries A e Bfluminense e athletico paranaense palpite2022 e tambémfluminense e athletico paranaense palpitealguns jogosfluminense e athletico paranaense palpiteestaduais deste ano.

+ Penalidade Máxima: entenda investigação sobre esquemafluminense e athletico paranaense palpiteapostas

- Eu tô com contato no Campeonato Mineiro, tô com contato no Campeonato Paranaense, tô com contato no Campeonato Paulista - diz Thiago Chambó, um dos articulados do esquema,fluminense e athletico paranaense palpitematerial recolhido pelo MP-GO.

+ Acusado mudoufluminense e athletico paranaense palpiteendereço para não ser descoberto: 'Nem minha família sabe'

Segundo os promotores, o grupo investigado era liderado por Bruno Lopes, que se apresentava como empresáriofluminense e athletico paranaense palpitejogadores. Os suspeitos se dividemfluminense e athletico paranaense palpitedois núclelos: o dos apostadores, que aliciavam atletas para forjar lances durante os jogos e que ainda faziam as apostas nos sites, e também o núcleo dos financiadores. Cabia a esse grupo fornecer o dinheiro para o pagamento dos jogadores aliciados.

- O que nós percebemos é que os apostadores se uniam aos jogadores aliciados pra tentar manipular as apostas para garantir um ganho elevado, um volume elevado. Um ganho financeiro mesmo e que foge da sorte inerente ao jogo. Os jogos manipulados eram eventos encomendados e você busca lucrarfluminense e athletico paranaense palpitecima disso - diz o promotor Fernando Cesconetto, do MPfluminense e athletico paranaense palpiteGoiás.

A investigação começoufluminense e athletico paranaense palpitenovembro do ano passado. O presidente do Vila Nova,fluminense e athletico paranaense palpiteGoiânia, Jorge Hugo Bravo, descobriu que jogadores do clube estavam sendo aliciados pelo grupofluminense e athletico paranaense palpiteapostadores antesfluminense e athletico paranaense palpiteum jogo contra o Sport pela série B do Campeonato brasileiro. Ele juntou provas da tentativafluminense e athletico paranaense palpitemanipulação e procurou os promotores que combatem o crime organizado no estado.

Oficial da Polícia Militar, Jorge Hugo Bravo descobriu que o jogador Marcos Vinícius Alves Barreira, apelidadofluminense e athletico paranaense palpiteRomário, tinha sido aliciado. Em depoimento aos promotores, o atleta contou como foi a proposta.

• Promotor: O Bruno (chefe) falou que era pra cartão ou pênalti?
• Romarinho: Cartão vermelho ou pênalti.
• Promotor: Por quanto?
• Romarinho: Primeiro ele falou R$ 300 mil, depois falou R$ 150 mil e dava um entradafluminense e athletico paranaense palpiteR$ 10 mil e depois pagava o resto depois do jogo.

O plano não deu certo, porém. Na ocasião, Romário soube que não iria mais para o jogo, mas como já tinha recebido o adiantamento pela fraude, ele tentou conseguir outro atleta para o seu lugar na armação.

A partir dessa denúncia, o MP começou a investigar o Vila Novo e outros dois jogos da mesma rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A Operação Penalidade Máxima teve a primeira etapafluminense e athletico paranaense palpitefevereiro. Bruno Lopes, articulador do grupo, chegou a ser preso e reconheceu a combinação para que jogadores cometessem pênaltis nas três partidas e a quadrilha faturasse com as apostas.

O Fantástico exibiu depoimentofluminense e athletico paranaense palpiteBruno, contando sobre a armação para pênaltis nos jogos e sobre quanto gastou entre apostas e aliciamentofluminense e athletico paranaense palpitejogadores.

- Se juntar tudo dá uns R$ 400 mil - diz Bruno.

Houve apreensãofluminense e athletico paranaense palpitecelularesfluminense e athletico paranaense palpiteBruno,fluminense e athletico paranaense palpitejogadores e muitos outros envolvidos. Foi quando o MPfluminense e athletico paranaense palpiteGoiás se deu conta do tamanho do esquema.

- Nós temos elementos aqui que,fluminense e athletico paranaense palpiteapenas uma rodada, o lucro que os apostadores tiveram foifluminense e athletico paranaense palpiteR$ 700 mil - diz o promotor do MP.

Moraes, lateral que jogava no Juventudefluminense e athletico paranaense palpite2022, contou como foi o primeiro contato. Vitor Yamazaki, do grupofluminense e athletico paranaense palpiteapostadores, o procurou:

- Mano, você vai querer fazer? Eu tenho um dinheiro bom, a gente vai pagar R$ 30 mil, a gente vai te mandar R$ 5 mil antes do jogo e depois manda o restante, se der certo.

Nos jogosfluminense e athletico paranaense palpiteprimeira divisão as apostas eram maiores, como explicou Bruno, o líder do grupo.

- É muito relativo. Eu falei para eles, depende muito. É uma aposta que você faz. Casada com time grande, aí você coloca lá R$ 500, R$ 1 mil. Agora, se for time pequeno lá, a casa deixa colocar R$ 200, R$ 300...

O Fantástico mostra também que quando o atleta não cumpria o combinado, o grupo entravafluminense e athletico paranaense palpitedesespero. Segundo o MP-GO, os apostadores esperavam ter lucro milionário.

- Na antepenúltima rodada da série A do Campeonato Brasileiro, foram múltiplas apostas realizadas. E se esperava num dos grupos receber um lucrofluminense e athletico paranaense palpiteR$ 2 milhões por essas apostas - contou o promotor do MP.

A reportagem lembra quando Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos, deveria, pelo acordado com o grupo, ter levado cartão amarelo. Segundo a investigação, o jogador tinha recebido R$ 50 mil antecipados, mas não cumpriu.

Na rodada seguinte, ele deveria ser expulso contra o Botafogo para acertarfluminense e athletico paranaense palpite"dívida" com o grupo. Bauermann recebeu o vermelho, mas só depois que o árbitro encerrou o jogo. Pelas regras dos sistesfluminense e athletico paranaense palpiteapostas, o cartão não é contabilizado.

- Mano, você vai me pagar tudo. Eu te pedi. Eu confieifluminense e athletico paranaense palpitevocê, mano. E você me desonroufluminense e athletico paranaense palpitenovo, mano - diz um dos integrantes do grupo ao jogador do Santos.

Numa trocafluminense e athletico paranaense palpitemensagens entre integrantes do grupo, um dos participantes, ainda não identificado, aparece com arma anunciando qual seriafluminense e athletico paranaense palpiteatitude caso um jogador não cumprimisse o combinado.

- Falar pra ele aqui, fio. Essa aqui é pra você. Essa aqui é prafluminense e athletico paranaense palpiteirmã. É, viado. Aqui com "nós" é só assim. Venha! - diz uma das mensagens com ameaças.

Nessa etapa da investigação, 13 jogos foram denunciados pelo MP à Justiça: oito da Série A, um da Série B, dois jogos do Campeonato Paulista e dois do Campeonato Gaúcho. O Ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu para a Polícia Federal abrir inquérito para ajudar na investigação. O Governo Federal prepara Medida Provisória para regulamentar as apostas esportivas.

Na investigação do MP, os sitesfluminense e athletico paranaense palpiteapostas são considerados vítimas do esquema. Jogadores envolvidos foram afastados dos clubes. Quatro deles fizeram acordofluminense e athletico paranaense palpitecooperação com o MP e se tornaram testemunhas do processo. São eles: Kevin Lomónaco (zagueiro do Bragantino), Moraes (lateral-esquerdo do Atlético-GO e agora emprestado ao Aparecidense-GO), Nikolas Farias (volante do Novo Hamburgo-RS) e Jarro Pedroso (atacante do Interfluminense e athletico paranaense palpiteSanta Maria).

Os dois primeiros receberam dinheiro para receber cartão amarelo, enquanto os outros dois foram pagos para cometer um pênalti. Além deles, outras duas pessoas estão no “Rolfluminense e athletico paranaense palpiteTestemunhas e Informantes”.

- Na verdade, ele entroufluminense e athletico paranaense palpitecontato comigo mesmo. E pediu para eu fazer o pênalti. Só que ele estava insistindo e eu falei que não ia fazer - contou Nikolas, um dos jogadores que fez acordo.

Nas imagens às quais o Fantástico obteve acesso, existe ainda o seguinte diálogo:

Promotor: Então como é que você me explica isso aqui?

Aparece a imagemfluminense e athletico paranaense palpiteNikolas comentendo pênalti na partida entre Bento Gonçalves e Novo Hamburgo, pelo Gauchão. Depois, o áudiofluminense e athletico paranaense palpiteNikolas:

- Aqui é papofluminense e athletico paranaense palpitehomem. Se eu falei que vou fazer, eu vou fazer. É isso aí. Eu sabia que iria entrar no jogo, então, não tinha erro.

Confrontado, Nikolas recuou e admitiu participação no esquema:

– A cada vez que eu negava, ele ia "então faça isso, faz aquilo". Até que aceitei o do pênalti - contou Nikolas.