Há poucas semanas, dirigentescasas de apostas via pixalguns dos maiores clubes do país se reuniram no Riocasas de apostas via pixJaneiro e debateram a necessidadecasas de apostas via piximplantaçãocasas de apostas via pixregrascasas de apostas via pixFair Play Financeiro no Brasil, um movimento chave que as equipes da Espanha iniciaram há dez anos e que, para Alonso, se tornou um marco da evolução dos clubescasas de apostas via pixlá.

– A gente vinhacasas de apostas via pixuma situação caótica. Metade dos clubes estavacasas de apostas via pixrecuperação judicial, com dívidas só crescendo. “Bola pra frente, o (presidente) seguinte vai pagar”. E ninguém pagava – diz elecasas de apostas via pixentrevista ao ge.

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O primeiro passo nessa transformaçãocasas de apostas via pixLa Liga foi uma lei federal que obrigou os clubes a vender os direitoscasas de apostas via pixtransmissãocasas de apostas via pixbloco, não maiscasas de apostas via pixforma individual. Para o executivo, isso permitiu um aumento substancialcasas de apostas via pixreceitas. Mas era preciso determinar algum controle para que esse dinheiro não escorresse pelo ralo.

– Se você incrementar as receitas e não colocar um controle financeiro, ia acontecer o que vinha acontecendo antes, os clubes iam torrar o dinheiro. Iam gastar hoje no elenco pra ganhar hoje. Mas isso mudou com incrementocasas de apostas via pixreceita e controle financeiro. Eles adotaram a regra para tornar sustentável o futebol.

Foram determinadas, então, regrascasas de apostas via pixfiscalização orçamentária para os clubes.

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Hoje,casas de apostas via pixmaneira resumida, a La Liga determina um tempo para gastos com salários para atletas e comissões técnicascasas de apostas via pixaté 70% das receitas previstas na temporada. O descumprimento impõe sanções, a principal delas o impedimento do registrocasas de apostas via pixjogadores até que um equilíbrio seja encontrado nas contas.

Alonso afirma que a liga é inflexível:

– Primeiro caso foicasas de apostas via pixPedro León, no Getafe (em 2014). Clássico: finalcasas de apostas via pixjanela, todo mundo nervoso. Getafe consegue contratar no último momento, mas eles não tinham custocasas de apostas via pixelenco disponível. Era para ser a estrela do time. Não pode (registrar). Deu polêmica. Foi bom para todo mundo entender que era para valer.

Ele cita outro caso, bem mais ruidoso.

– Tanto que o Barcelona não conseguiu inscrever o Messi (em 2021). O Barcelona não queria perder o Messi, a gente não queria que o Messi fosse embora. Mas não podíamos abrir a mão da regra.

– O Fair Play é uma regra que se adota para garantir sustentabilidade a longo prazo,casas de apostas via pixtodo o ecossistema do futebol. (Antes)casas de apostas via pixmédia eram 150 denúncias por anocasas de apostas via pixfaltacasas de apostas via pixpagamento, nas primeira e segunda divisões. Agora tem zero demandas por atrasos a atletas – diz.

Esse modelo fez com que a liga espanhola tivesse um saltocasas de apostas via pixseus valorescasas de apostas via pixdireitoscasas de apostas via pixtransmissão. O campeonato, que há dez anos era vendido por 900 milhõescasas de apostas via pixeuros por temporada, hoje tem contrato avaliadocasas de apostas via pix3 bilhõescasas de apostas via pixeuros anuais.

Alonso aponta muitas semelhanças entre o futebol espanhol no momento da implantação das regrascasas de apostas via pixFair Play e o do Brasil, hoje. Clubes altamente endividados, calotes entre equipe e com atletas, subvalorização do produto, dirigentes pressionados a entregarem resultados imediatos por condições políticas.

– Cresci vendo esse tipocasas de apostas via pixpresidente,casas de apostas via pixcomportamento, as manchetescasas de apostas via pixjornais, os atrasos aos jogadores. Era o dia a dia do futebol espanhol. Isso só mudou com regras – conta.

– O jeitinho existe no mundo inteiro, não é só brasileiro. O tipocasas de apostas via pixdirigente era muito parecido, presidencialista. Cobrado por torcida, vai lá e contrata não sei quem para ganhar hoje. O tempo inteiro nas mídias, muito protagonista.

Recentemente, os clubes brasileiros se organizaram numa tentativacasas de apostas via pixcriar uma liga profissional. A discussão, porém, não levou a uma unidade, e hoje dois grupos diferentes negociam principalmente os direitoscasas de apostas via pixtransmissãocasas de apostas via pixseus blocos. Alonso entende que o melhor caminho écasas de apostas via pixuma liga unificada, mas o cenário atual, com a divisão entre Libra e Liga Forte União, como um avanço.

– Antes tinha cada um por si, agora existem dois grupos. É mais fácil acertar dois grupos do que um por um. Estão mais próximoscasas de apostas via pixfazer uma liga do que estavam antes – afirma ele, que chegou a apresentar o exemplo da La Liga, ao lado do presidente da entidade, Javier Tebas, a uma plateiacasas de apostas via pixcercacasas de apostas via pix40 presidentescasas de apostas via pixclubes brasileiros.

– Dissemos que a gente partiacasas de apostas via pixuma situação parecida com a deles, e para a gente deu certo. Com adaptações ou não, pode funcionar. (Hoje) mantemos relação cordial com eles e estamos abertos a colaborar, mas não estamos trabalhando diretamente com nenhum dos dois grupos.

Para a La Liga, com organização e profissionalismo, o futebol brasileiro tem potencial para se colocar entre oscasas de apostas via pixmaior receita do mundo, um ranking que hoje é dominado por ligas europeias.

– Te falo a opinião do presidente da La Liga, ele falou aos clubes aqui: “Eu enxergo o futebol brasileiro no Top 5 mundial,casas de apostas via pixreceitas”. Ele tem uma noção do valorcasas de apostas via pixcada ligacasas de apostas via pixoutros mercados. Ele repetiu, enxerga no Top 5 do mundo – relata Alonso.

Para ele, o futebol brasileiro tem características que são rarascasas de apostas via pixoutros mercados, a principal delas é a competitividade que permite que muitos clubes tenham condiçõescasas de apostas via pixdisputar e vencer títulos durante a temporada.

– O Brasileiro começa com oito clubes como aspirantes reais a ganhar o campeonato, e pode aparecer um nono. Isso é muito atrativo. A incerteza do que vai acontecer. Para o produto, fora a qualidade do jogo, é muito atrativo. Se você consegue dar uma envelopada melhor e levar para outros países... você já caminhou muito com a marca do futebol brasileiro, o Brasil já é futebol.

Alonso acredita que o melhor caminho para ampliar receitas é com buscacasas de apostas via pixoutros mercados. Ele cita, mais uma vez, a La Liga como exemplo.

Segundo ele, a vendacasas de apostas via pixdireitos internacionais corresponde a 40% do que a liga arrecada – eram 20% dez anos atrás, quando o torneio tinha valor três vezes menor.

– Se você transformar essa paixão, a competitividade, a incerteza, e melhorar as condições aqui, como qualidade dos gramados, por exemplo, e consegue fazer com que os clubes não precisem vender seus talentos tão cedo, a competitividade vai permanecer, e a qualidade vai melhorar – afirma o executivo.

– São muitos clubes tradicionais, longo históricocasas de apostas via pixcraques. Tem uma narrativa. Te garanto quecasas de apostas via pixqualquer país que gostecasas de apostas via pixfutebol, isso vai pegar.

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A La Liga entende que é por aí que pode crescer mais. Para isso, buscou parceiros locaiscasas de apostas via pixmercados prioritários, como EUA, China e Emirados Árabes, e criou joint ventures para explorar esses lugares.

Recentemente, recuperou um projetocasas de apostas via pixrealizar partidas oficiais da competição fora da Espanha – os EUA são o alvo. Essa ideia foi abortada anos atrás por causa da reação da federação da Espanha e da Fifa. Mas Alonso diz que essas barreiras foram superadas:

– Nosso parceiro demandou à Fifa e argumentou, chegaram num acordo que abriu essa possibilidade. Estamos recuperando o projeto. Não sei se vai acontecer neste ano ou no próximo, mas é provável que ele aconteça. Provavelmentecasas de apostas via pixMiami, como no projeto original – conta.

A intenção é a transferir um jogo que tenha um time grande contra um menor, com mando do menor.

– No primeiro projeto, era Girona x Barcelona, com o Girona mandante. É um timecasas de apostas via pixestádio menor, contra um time grande, e ainda bancar os sócios que têm cadeira para que eles fossem a Miami.

A inspiração é nas próprias ligas americanas, a NBA e a NFL, que passaram a explorar mercados estrangeiros com partidascasas de apostas via pixtemporada regular – na última semana, o Brasil recebeucasas de apostas via pixSão Paulo a primeira partida da ligacasas de apostas via pixfutebol americano na América do Sul.

Apesar dessa evolução da liga da Espanha, casos estrondososcasas de apostas via pixracismo abalaram a imagem do futebol do país. O enfrentamento do atacante brasileiro Vinícius Jr., que se tornou a maior vítimacasas de apostas via pixintolerância nos estádios espanhóis, aumentou a exposição.

Depoiscasas de apostas via pixuma reação claudicante no início, a La Liga reforçou o combate ao racismo, segundo Alonso.

– O que realmente virou o jogo foi o caso do Viniciuscasas de apostas via pixValência. Tem mudado muito, para o bem. A gente vinha trabalhando contra o racismo, mas não comunicamos bem e não estava sendo visto. A gente estava denunciando. Indo no Ministério Público, cedendo nossos advogados para defender o Vinicius. Passando as imagens e todos os recursos para identificar essas pessoas. Mas o Ministério Público não estava dando prosseguimento. Realmente não estrava acontecendo nada.

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Ele reafirma o papel da liga, que segundo o executivo não tem competência para aplicar punições nesses casos.

– O torcedor vai comparar que a CBF incluiu regra que tira pontos, fecha arquibancadas, mas a CBF tem esse poder, a gente não tem. Só podemos denunciar e dar visibilidade, educar, colocar nossos recursos para tentar evitar que isso aconteça.

– Quem tinha podercasas de apostas via pixpunição era a federação. Se eles querem, eles podem fazer. E na parte penal, polícia e Ministério Público. O clube pode sancionar torcedor, banir, mas é decisão do clube. A gente recomenda. Os clubes felizmente entraram nisso, estão sendo mais assertivos – completa.

Alonso celebrou a condenação recentecasas de apostas via pixtrês torcedores identificados como os que ofenderam Vinicius no jogo contra o Valencia,casas de apostas via pixmaiocasas de apostas via pix2023. A sentença,casas de apostas via pixjunho, determinou a prisão por oito meses, alémcasas de apostas via pixmultas e da proibiçãocasas de apostas via pixfrequentarem estádios por dois anos.

– Por tudo o que aconteceu antes, as ações do Viniciuscasas de apostas via pixcolocar tudo à vista, por nossa partecasas de apostas via pixajudá-lo com recursos, pela denúncia social, virou pauta nos jornais, o Ministério Público tomou a ação que todos demandavam. Isso passa a mensagemcasas de apostas via pixque não há mais impunidade – afirma Alonso.

Ele entende que já foram superadas as tensões entre o jogador e a La Liga:

– A gente tem um trato habitual com o entorno do Vinicius e ele entendeu a posição da Liga, que estamos ao lado dele. Por algum motivo, isso não tinha chegado a ele. Nosso presidente foi infelizcasas de apostas via pixdeclarações que fez depois do jogocasas de apostas via pixValência, ele reconheceu e pediu desculpas.

O executivo afirma que houve mudança, mas que o combate ao racismo seguirá.

– Infelizmente, é provável que outros casos aconteçam. Vamos continuar fazendo a nossa parte, dentro das nossas competências. Felizmente não é toda a sociedade, são alguns elementos. O país é racista? Não. Tem racistas? Tem. É uma realidade mundial, temos que batercasas de apostas via pixfrente para que cada vez tenha menos.