Atual campeã sul-americana sub-20,sorte do flamengocompetição realizadasorte do flamengo2019, no Chile, a "La Tri", como é chamada a seleção do Equador, vive lento processo que conta com influênciasorte do flamengotreinadores estrangeiros, ciclosorte do flamengoinvestimento na base e, claro, a consequente experiência internacionalsorte do flamengojogadores que se destacam e saem do país para mercados mais competitivos.

Quer ver um dado relevante? Confira a tabela abaixo:

O quadro mostra que apenas as seleções da Argentina e a do Brasil somaram mais pontossorte do flamengoEliminatórias desde 2002, um marco na geraçãosorte do flamengoAléx Aguinaga e cia. Foi naquela classificatória que o Equador venceu o Brasil pela primeira vez. Foisorte do flamengo2001, na altitudesorte do flamengoQuito, contra o timesorte do flamengoFelipão, que seria campeão na Coreia do Sul e no Japão. Em 2004, o timesorte do flamengoDunga perderia a invencibilidade na competição para os equatorianos. São as duas únicas derrotas brasileiras no confronto.

- Esse é aquele momentosorte do flamengoque a gente se dá contasorte do flamengoque pode vencer qualquer um. Vencer o Brasil, uma seleção sempre tão poderosa, tantas vezes campeã do mundo, nos demonstrou que poderíamos chegar a Copa e assim foi - recorda Aguinaga, ao ge.

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Resultados gerais do Equadorsorte do flamengoCopas:sorte do flamengo2002 foi 24º;sorte do flamengo2006, teve a melhor posição, com a 12º colocação; no Brasil,sorte do flamengo2014, terminou 17º

Hoje com 53 anos, Aguinaga não cultiva o cabelo grande e o rabosorte do flamengocavalo que o marcava nas maissorte do flamengo100 convocações para a seleção do Equador e na Copasorte do flamengo2002. Ele foi treinador no futebolsorte do flamengoseu país e no México, onde é ídolo pelo que fez no Necaxa (terceiro lugar no Mundialsorte do flamengoClubessorte do flamengo2000). Ele participa do debate que alimenta o noticiário e também torcedores pelas redes sociais.

- Por tradição o futebol equatoriano tem muitos treinadores estrangeiros. Existe muito pouca confiança no treinador equatoriano. Eles (dirigentes) preferem contratar para treinadores estrangeiros, porque se as coisas vão mal a culpa é desse treinador estrangeiro. Se é um equatoriano a culpa vai para os diretores que confiaram ao técnico equatoriano. Não se tratasorte do flamengoincapacidade, mas é simplesmente um tema político,sorte do flamengoproteção - analisa Aguinaga.

Ao longosorte do flamengoquase 90 anossorte do flamengohistória da seleção equatoriana, houve mais treinadores estrangeiros do que deste país sul-americano - para ser mais preciso, são 23 técnicossorte do flamengofora do país e 12 nascidos no Equador. Fora desta conta, ainda há dois técnicos com dupla nacionalidade - um equatoriano-argentino e outro argentino-equatoriano.

Houve duas ondas mais recentes, a dos colombianos e outra dos argentinos. A primeira inauguradasorte do flamengo1995 com Francisco "Pacho" Maturana, histórico treinador da Colômbiasorte do flamengoHiguita, Valderrama, Rincón e cia, e foi até Reinaldo Rueda. Hoje, o treinador é Gustavo Alfaro, ex-técnico do Boca Juniors. É o sexto argentino a comandar a seleção do Equador.

Já classificada para a Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira enfrenta o Equador nesta quinta-feira, às 18h, com transmissão da TV Globo, do SporTV e do ge

Antessorte do flamengoAlfaro, a Federação Equatorianasorte do flamengoFutebol contratou Jordi Cruyff. O filho do lendário ex-jogador e treinador holandês, que faleceusorte do flamengo2016, assumiu pouco antes da pandemia, não deu um treino e muito menos entrousorte do flamengocampo. O que provocou protestos diversos. Sixto Vizuete, o último treinador equatoriano a dirigir a "Tri", citou nomessorte do flamengotécnicos reconhecidos no futebol local.

- É muito difícil que os dirigentes pensem num técnico equatoriano. Eles só olham para a Europa. Não sei que análise que fizeram. Os estrangeiros trazem até carregadorsorte do flamengoágua e o profissional daqui não levamsorte do flamengoconta. Isso deve mudar - disse à imprensa do país há um ano e meio.

Ex-zagueiro da seleção equatoriana, com passagem por Flamengo, Grêmio, Atlético-MG e Vasco, Frickson Rafael Erazo se aposentou aos 33 anos. Hoje, estuda direito e quer se tornar advogado. Com a vivênciasorte do flamengoquem foi treinado por estrangeiros na "La Tri" esorte do flamengoquem sentiu outra competitividade fora do seu país, ele vê esse intercâmbio como decisivo para futebol nacional mais forte.

Dos 28 listados por Gustavo Alfaro para essa data Fifa, a distribuição é a seguinte:

• 9 jogam na Europa
• 7 no Equador
• 5 nos EUA
• 4 no México
• 1 na Colômbia
• 1 no Chile

- Obviamente que jogar no futebol brasileiro significa se adaptar a um futebol muito competitivo. Precisamos mostrar competência para jogarsorte do flamengoalto nível e é isso que o jogador equatoriano está procurando. Tomara que daqui a pouco mais jogadores possam ir para o Brasil, para grandes clubes, e, claro, para a Europa. Assim, acrescenta à nossa seleção numa Copa - torce Erazo, "El Elegante", apelido que ganhou no Equador pelo estilo refinado como defensor.

Reportagem do site "Bendito Fútbol", do Equador,sorte do flamengo2017, mostra impressionante crescimento do êxodosorte do flamengoequatorianos para o futebol brasileiro. Desde Polo Carrera, no Fluminense, em 1966 até 2008 eram somente oito equatorianos a tentar a sorte no Brasil. De 2008 até 2017, um salto: 21 jogadores do Equador desembarcam no Brasil.

Especialista no mercado sul-americano, com entrada no Equador, o agentesorte do flamengojogadores Bernardo Escansette participou das negociaçõessorte do flamengoArboleda e Joao Rojas para o São Paulo, Sornoza, Orejuela e, mais recentemente, Pineida para o Fluminense, e, por último Bryan Garcia para o Athletico. Ele vê resultado da valorização da base no futebol local.

- É um investimento impulsionado por um clubesorte do flamengoparticular, o Independente del Valle. Um clube-empresa que forma, vende atletas e reverte essa receitasorte do flamengoinfraestrutura e metodologiasorte do flamengotrabalho. Uma fábricasorte do flamengojogadores. E o sucessosorte do flamengohoje, com cada vez mais equatorianos no exterior, se justifica por esse trabalho. Esses atletas estão atingindo seu ápicesorte do flamengomaturação no momento. Ao contrário dos brasileiros, que com 17 ,18 ou 19 anos estouram, os equatorianos maturam e atingem uma alta performance com 25 anossorte do flamengoidadesorte do flamengodiante - avalia o empresário.

O IDV (Independiente del Valle) citado por Escansette foi campeão da Sul-Americanasorte do flamengo2019 depoissorte do flamengoapostarsorte do flamengoprojetosorte do flamengoimportação que culminou com a conquista contra o Colón, da Argentina, nas mãos do espanhol Miguel Angel Ramírez. O substituto escolhido foi Renato Paiva, técnico português que treinava a equipe B do Benfica.

Um entusiasta dessa renovação é o empresário Michel Deller, homem-forte do Del Valle e com influência no conselho técnico da federação equatorianasorte do flamengofutebol. Em 2010, a FEF inaugurou a "Casa da Seleção", nos moldes do centrosorte do flamengotreinamento que atende a diversas categorias do seu clube.

Foi com Maturana que o Equador venceu a Argentina pela primeira vez,sorte do flamengo2006, no estádio Atahualpasorte do flamengoQuito. Jogadores daquela época contam que aprenderam mais sobre cuidados com a preparação física, alimentação e capacidadesorte do flamengoconfiar na própria capacidade técnica

Depoissorte do flamengodar empurrão e toque colombiano nesse processosorte do flamengoevolução, "Pacho" Maturana vê os equatorianos num caminho sustentável para seguir crescimento no futebol continental. Aos 72 anos, Maturana se diz homemsorte do flamengosorte por ter começado este projeto.

- Tive essa sortesorte do flamengoestar lá,sorte do flamengoser muito bem recebido. Demos nosso melhor, mesmo que naquele momento não tenhamos conseguido atingir nosso objetivo (a seleção do Equador ficousorte do flamengosexto lugar, a quatro pontos da zonasorte do flamengoclassificação). Mas criamos base que posteriormente seguimos com tudo que foi feito na escola colombiana. Passaram Luis Fernando Suarez, Herman Dario Gomez, Reinaldo Rueda... eles conseguiram capitalizar esse trabalho e formaram equipe para deixar um país sentir orgulho - conta Maturana ao ge.

Com larga experiênciasorte do flamengoseleções - Maturana foi também auxiliarsorte do flamengoRafael Dudamel na Venezuela e voltou à seleção colombianasorte do flamengooutro cargo -, o treinador também faz parte do gruposorte do flamengoestudos técnicos da Conmebol. Ele conta como essa trocasorte do flamengoinformações ajudou os vizinhos sul-americanos.

- No Equador eles usaram guia que a Conmebol confeccionou para a formaçãosorte do flamengojogadores. Foi uma ajuda da Conmebol, mas que eles aproveitaram, eles buscaram essa ajuda e evidente que nesse processo os treinadores são importantes, assim como os jogadores, sempre se desenvolvendo - analisa Francisco Maturana.