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Por Camila Alves — Recife


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The main issue with Brahms: The Boy II's big reveal is that it completely reframes the original. The twist that the real Brahms was alive and there was nothing supernatural is what made it work, but The Boy II bizarrely goes out of its way to undermine all that.
Bell continued that the next movie will reveal that Brahms Heelshire survived the events at the end of the first installment, and that it will reveal what he has been up to; while expressing plans for the character and his doll counterpart to appear in the film.

Amel Majri estava cercada por câmeras, mas não ouvia nada ao redor. Ignorou o barulho, como se a própria vida dependesse disso. Manteve os braços rígidos, firmou os pés no chão e sentiu o coração queimar por dentro, enquanto assistia ali a única cena que importa. Era Maryam,novibet 365filha, com um pequeno uniforme azul e levando nas costas a palavra que a deixará marcada na história: "Maman".

Foi assim, na cumplicidade entre mãe e filha, que Amel Majri se tornou a primeira jogadora da história da França a se apresentar com uma criança pequena na seleção.

Ela esteve comigo o tempo todo. Eu pude levar minha filha para os treinos da seleção.
— conta a atleta, com um sorriso no rosto, como se não acreditasse ser possível viver algo assim.

Presente na delegação da Copa, Amel virou mãe no dia 5novibet 365julho do ano passado e voltou ao futebolnovibet 365dezembro, cinco meses após o nascimento da filha. Ali, poderia parecer impossível o retorno a tempo do Mundial, mas a história mudou - ou pelo menos tem mudado. Às vésperas do torneio, a França chegou ao CTnovibet 365Clairefontaine com dezenasnovibet 365atletas. Entre elas, Amel e a filha.

É como estarnovibet 365casa, enquanto eu treino, ela está bem cuidada.
— contou a jogadora,novibet 365entrevista coletiva na época.

Amel Majri com a filha, Maryam, nos braços, durante sessãonovibet 365fotos da seleção da França para a Copa Feminina — Foto: Divulgação / Seleção da França

O centronovibet 365treinamento francês passou por adaptações para acomodar atletas com crianças pequenas e assim tem sido também na Copa. Somente o primeiro passo, mas que o técnico Hervé Renard incentiva para acompanhar um movimento ainda maior.

É preciso ter uma estrutura organizada, com babás. Não vai afetar o time, e psicologicamente importa. Para ela ter paz e performar bem, as duas coisas precisam estar associadas. Há progresso sendo feitonovibet 365termosnovibet 365suporte e nós vamos alcançar o que elas têm nos Estados Unidos. Talvez um dia terminaremos com quatro ou cinco crianças entre nós, e não será um problema — diz Renard.

Mulheres atletas ainda enfrentam resistência dos clubes, exigências do alto rendimento e dificuldades para a adaptaçãonovibet 365parceiros ou parceiras com o início da maternidade, mas aos poucos a história começa a mudar.

Maryam nos braços das jogadoras da França, enquanto Amel, na ponta direita, observa a cena — Foto: Divulgação / Seleção da França

Amel Majri, aliás, está longenovibet 365ser a única neste Mundial. Seis seleções participantes procuraram e receberam auxílio da Fifa para viajar com crianças na Copanovibet 3652023, enquanto outras dezenasnovibet 365mulheres organizaram viagens por conta própria.

Em contato com a reportagem, a Fifa diz ainda que também trabalhounovibet 365contato com as seleções para:

  1. Identificar instalações nos estádios para que as mães pudessem amamentar;
  2. Garantir a disponibilizaçãonovibet 365cadeirasnovibet 365criança para os carros;
  3. Organizar transportes especiais para crianças na chegada;
  4. Trabalhar com as equipes para encontrar as famílias e amigos após os jogos.

Ao longo das últimas semanas, Alex Morgan, Chrystal Dunn e Julie Ertz estiveramnovibet 365viagem com a seleção dos Estados Unidos, preenchendo corredores com carrinhosnovibet 365bebê durante a Copa.

Áine O'Gorman, da Irlanda, carrega James, que fez um anonovibet 365idade. Ivana Andrés, da Espanha, tem uma recém-nascida, e Zhang Xin, da China, um meninonovibet 365seis. São mães no Mundial, assim como Melanie Leupolz, da Alemanha, Konya Plummer e Chayne Matthews, da Jamaica, que tem três.

novibet 365 Mulheres abandonam o futebol

Elas são mulheres que forçam mudanças nos bastidores do futebol feminino, seis anos após a FIFPro — Federação Internacionalnovibet 365Jogadores — expor a realidade: atletas abandonam o futebol cedo demais, antes mesmonovibet 365atingir o ápice da carreira. Os principais motivos? Mau pagamento dos salários e o desejonovibet 365iniciar uma família, visto como incompatível com a vidanovibet 365atleta.

Não acho que essa seria uma decisão que elas precisam tomar.
— disse Ali Riley, da Austrália, quando entrevistada para o relatório,novibet 3652017.

Chrystal Dunn, atleta da seleção dos Estados Unidos, com o filho — Foto: Arquivo Pessoal

Naquela época, apenas 61 das 3.600 atletas entrevistadas tinham filhos, e 61% delas não receberam apoio durante a gravidez. Só 8% delas, pornovibet 365vez, receberam pagamentonovibet 365clubes e/ou da federação nacional no período.

  • 61% das atletas disseram que não receberam suporte para o cuidado da criança.
  • 8% receberam pagamentosnovibet 365clubes ou federações durante a gravidez.
  • 3% dos clubes forneceram suporte.
  • 14,5% das atletas com filhos tiveram apoio fornecido pelo governo.
  • Ninguém confirmou se a federação nacional forneceu suporte.

No Brasil, Tamires é exemplo deste cenário. Referência na defesa da seleção para o Mundial, a lateral-esquerda chegou a abandonar o futebol por três anos - ainda no início da carreira — quando engravidou do filho Bernardo. Tinha 21 anos e chorou por dias, sem conseguir vislumbrar futuro no próprio sonho.

As pessoas pensaram que eu iria me aposentar e que o futebol não era mais para mim, e por um momento eu mesma acreditei nisso.
— disse a brasileira,novibet 365entrevista à FIFA durante o Mundial.

Tamires e o filho, Bernardo, com a camisa da seleção brasileira — Foto: Vitor Milanez/CBF

Nos Estados Unidos, a mudança tem sido constante. A campeã olímpica Alex Morgan, por exemplo, recebeu apoio da seleção quando engravidou da filha, Charlie — com a garantianovibet 365licença maternidade e o pagamentonovibet 365uma babá para acompanhá-la nos treinos e viagens. Morgan apareceu como referência pornovibet 365história, mas faz questãonovibet 365mostrar que as conquistas vêmnovibet 365antes até.

— Christy Rampone, Amy Rodriguez, Shannon Box, Mark Graph abriram o caminho para ajudar as jogadoras atuais a terem mais apoio e melhores recursos para serem mães e continuarem jogando.

Só o fatonovibet 365termos o apoio da nossa Federação nos ajudou e nos permitiu voltar ao pontonovibet 365que precisávamos voltar depois da gravidez e do parto.
— disse a atacantenovibet 365coletiva na Copa, quando questionada sobre a própria experiência.

Alex Morgan abraça a filha Charlie, quando se reencontraram na Copa — Foto: Arquivo Pessoal

À medida que o futebol feminino cresce —novibet 365interesse, qualidade e investimento —, outros países procuram seguir os mesmos passos.

Na Espanha, a Associaçãonovibet 365Atletas consultou a FIFPronovibet 3652019, quando iniciou as negociações para regulamentar o tema no país. Ali, a entidade convocou uma equipe multidisciplinar para desenvolver o FIFPro Parental Policy — documento baseado na convenção da Organização Internacional do Trabalho e utilizado como guia para a Fifa e outras organizações que propõem a regulamentação da maternidade.

Quatro anos depois, a Federação da Espanha assinou um acordo para articular a idanovibet 365familiares e filhos das jogadoras da Seleção ao Mundial na Austrália e Nova Zelândia, investindo 15 mil euros (R$ 80,4 mil) por atleta,novibet 365acordo com o jornal AS, da Espanha, para levá-los com a delegação.

A Federação Espanhola fez um grande esforço para trazer nossas famílias para perto. No meu caso, como Mateo ainda não tem nem dois anos, ele pôde ficar no hotel comigo.
— conta Irene Paredes, mãe do pequeno Mateo e integrante da Espanha.

Irene Paredes, da seleção da Espanha, carrega nos braços o filho Mateo — Foto: Reprodução / Espanha

novibet 365 Há dois anos... as primeiras regras da Fifa

O movimento expandiu-se pelo mundo somente há dois anos,novibet 3652021, quando a Fifa estabeleceu padrões mínimos trabalhistas para serem seguidos no futebol feminino. Foram cinco mudanças no Regulamentonovibet 365Status e Transferêncianovibet 365Jogadores e, entre elas, a implementaçãonovibet 365direitos ligados à gravidez e à maternidade no futebol. As regras determinam:

  • Licença maternidade mínimanovibet 36514 semanas com remuneração, com pelo menos oito semanas a serem tiradas após o nascimento do bebê.
  • A validade do contrato não pode estar sujeita à gravidez ou ao fato da atleta exercer os direitosnovibet 365maternidadenovibet 365uma forma geral.
  • A jogadora grávida pode escolher continuar a prestar serviços desportivosnovibet 365forma alternativa, assim como determinar a datanovibet 365inícionovibet 365sua licença maternidade e o retorno à atividade após o término da licença.
  • Os clubes têm obrigaçãonovibet 365fornecer instalações adequadas para uma jogadora amamentar e/ou ordenhar o leite materno após o retorno da licença maternidade.

Amel Majri, da seleção da França, com a filha Maryam no embarque para a Copa do Mundo feminina — Foto: Arquivo Pessoal

O Artigo 6 também prevê a possibilidadenovibet 365registrar uma jogadora fora da janelanovibet 365transferências, seja para substituir uma atletanovibet 365licença ou para reintegrar uma que a completou. No Brasil, a janela nacional não se aplica no feminino, mas o Cruzeiro se respaldou na regranovibet 3652022 para inscrever a atacante Fernanda Tipa, do Famalicão,novibet 365Portugal, após o encerramento da janela internacional.

Fernanda Tipa foi inscrita pelo Cruzeiro após vitória do clube na FIFA — Foto: Divulgação/Cruzeiro

Antes disso, as regras foram testadas pela primeira veznovibet 3652021, quando a islandesa Sara Bjork Gunnarsdottir tirou licença maternidade, e o Lyon - seu clube - se recusou a pagá-la com o salário completo. Sob o auxílio da FIFPro, Sara acionou a equipe na Fifa e venceu o julgamento, sendo o time condenado a pagar 82 mil euros, referente à diferença entre os salários devidos e o que foi pago.

— Esse caso foi muito importante porque foi o primeiro (e até agora o único) teste dos regulamentos da Fifa, e a conclusão foinovibet 365que eles são aplicados mesmonovibet 365questões reguladas a nível nacional. Deixou claro que as jogadoras têm direito ao salário completo durante a gravidez, mesmo que não joguem — diz a representante legal da FIFPro, Alexandra Gomez Bruinewoud,novibet 365exclusiva ao ge.

Foi uma grande jogadora e um grande clube, e a notícia se espalha muito rápido, então o caso nos ajudou a espalhar a informação sobre proteção na maternidade.
— ressalta Alexandra Gomez Bruinewoud ao ge.

Sara Bjork, atleta que defendeu seus direitos como mãenovibet 365ação contra o Lyon na Fifa — Foto: FIFPro

novibet 365 No Brasil... uma história recente

No Brasil, somentenovibet 365junho deste ano as mulheres atletas passaram a ter os direitos maternos regulamentados — através da Lei Geral do Esporte.

  • § 10. Os contratos celebrados com atletas mulheres, ainda quenovibet 365natureza cível, não poderão ter qualquer tiponovibet 365condicionante relativo a gravidez, a licença-maternidade ou a questões referentes à maternidadenovibet 365geral.

O Regulamento Nacionalnovibet 365Registro e Transferêncianovibet 365Atletas, formulado pela CBF, menciona esta mesma regra, válida para jogadoras e também técnicas mulheres. Os contratosnovibet 365ambas, portanto, não estão sujeitos ao fatonovibet 365estarem grávidas, a engravidarem ou estaremnovibet 365licença maternidade.

As jogadoras têm lutado por seus direitos. Discriminaçãonovibet 365gênero não é mais aceita, então todas as organizações tiveram que se adaptar e precisam continuar se adaptando.
— defende Alexandra Gomez Bruinewoud, representante legal da FIFPro.

novibet 365 Seleções, adoção e o futuro

Alex Morgan, por exemplo, transformou-senovibet 365uma dessas jogadoras. Preenchida pelo amor da filha Charlie, tornou-se voz ativa na luta por direitos, pressionando por maior apoio às mulheres no futebol. No início do ano, durante a açãonovibet 365Sara Bjork Gunnarsdottir contra o Lyon, a americana compartilhou medidas básicas que considera como necessárias para apoiar atletas com filhos e filhas.

  1. Fornecer um quarto individualnovibet 365hotel nas viagens;
  2. Fornecer um quartonovibet 365hotel para a babá;
  3. Fornecer assentos no avião para o bebê e a babá;
  4. Fornecer refeições na viagem para o bebê e a babá;
  5. Fornecer um espaço privado no jogo para o bebê e a babá.

Em três décadasnovibet 365futebol feminino, os maiores avanços ocorreram somente nos últimos três anos.

São mudanças comemoradas, mas carentesnovibet 365evolução. E as entidades sabem disso. A FIFPro, por exemplo, defende que as regras sejam aplicadas para seleções nacionais, e aponta a necessidadenovibet 365licença para pais e mães não grávidas - no casonovibet 365casais homossexuais —, além da faltanovibet 365regulamentação para casosnovibet 365adoção ounovibet 365aborto.

— Na minha visão, o aborto espontâneo poderia ser regulamentado com um período mínimonovibet 365descanso antesnovibet 365retomar as atividades, assim como apoio psicológico. O aborto induzido, devido anovibet 365natureza controversa, é algo que talvez seja melhor deixar para ser resolvido a nível nacional, dependendo da lei aplicada — diz Alexandra Gomez Bruinewoud.

A Fifa informa,novibet 365contato com a reportagem, que o Conselho da entidade,novibet 365março deste ano, autorizou a administração a explorar possíveis novas medidas regulatórias.

Alexandra Gomez Bruinewoud: "Jogadoras merecem o suporte e segurança que foi negado a Sara." — Foto: FIFPRO

Enquanto barreiras são derrubadas, as mães se multiplicam. Veem direitos começarem a enfim virar realidade. Entre elas, na concentração da Jamaica, Konya Plummer prende os olhos no filho Zid. Abre um sorriso e comemora, durante a Copa do Mundo, o aniversárionovibet 365um ano do filho. Lembranovibet 365quando pensou que tudo havia acabado para si, mas descobriu: era só o começo da história.

Quero que meu filho saiba que sou forte, que sigo o que acredito e que amo o que faço.
— Konya Plummer,novibet 365entrevista à Fifa.

Konya Plummer com o filho nos braços enquanto deixa o ônibus da Jamaica — Foto: Divulgação / Jamaica

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