Tite reconheceu os méritos dos argentinos, mas lamentou o que tratou como antijogo do adversário, que "picotou" a decisão com faltas.

– O sentimento éroleta duplatristeza, mas primeiroroleta duplareconhecimento do outro lado. Se não for assim, a gente faz do futebol como o que ganha é bom e o que perde é terra arrasada. Temos que olhar o outro lado. Aqui tem um profissional que tem um poucoroleta duplalastro para saber reconhecer o outro lado. Teve o trabalho, a qualidade técnica individual, teve as estratégias, teve o seu tempo, e fez um enfrentamento, com efetividade e conseguiu conquistar. Prefiro reputar e reconhecer o outro lado pelo valor da vitória – declarou o técnico.

– O que vou falar é que teve um jogo picotado, que a gente queria jogar, mas o que tinha era antijogo, cavando faltas o tempo todo, demora para bater, árbitro... não deu ritmo, a gente queria jogar. A estratégia foi picotar, enfim. Defensivamente é uma equipe muito bem postada, com o goleiro vindo muito bem, com uma linharoleta duplaquatro com qualidade, peçaroleta duplareposição importante. Volto a dizer: tem mérito do outro lado. Tem só esse fator que talvez estivesse se referindo o César (Sampaio, auxiliar), que é o antijogo, mas temos que passar por cima disso – completou.

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Assim como já havia feitoroleta duplaoutros momentos da Copa América, o técnico fez críticas à organização do torneio. Desta vez, porém, falou especificamente sobre Alejandro Domínguez, presidente da entidade:

– O tempo junto, sim (foi importante). A organização da competição, muito rápida, ficou devendo muito. Qualidade dos gramados... nós quase perdemos o Wevertonroleta duplaum treinamento, porque o gramado trancou e ele teve luxaçãoroleta dupladedo, foi uma exposição dos atletasroleta duplacimaroleta duplapouco tempo, o que é impossível diante da grandeza da competição. Estou falando especificamente sobre o responsável, Alejandro, que é o presidente da Conmebol. Estou falando dele, por ter organizado uma competiçãoroleta duplatão curto espaçoroleta duplatempo

A derrota na final da Copa América foi a quintaroleta duplaTite no comando da Seleçãoroleta dupla61 jogos desde 2016. Antes, ele já havia perdido duas vezes para a Argentina (em amistosos).

O próximo compromisso do Brasil serároleta duplasetembro, contra o Chile, pelas Eliminatórias.

Veja outros trechos da entrevista coletivaroleta duplaTite:

– O que eu posso falarroleta duplarelação à seleção brasileira é que ela fez esses 40 dias juntos fazendo o melhor trabalho possível, utilizando muitos jogadores importantes, tento alternânciasroleta duplamovimentos táticos e escalações. A mim compete trabalhar e demonstrar no campo. A análise, com crítica ou elogio, é a critérioroleta duplavocês, não meu.

– Você me faz uma pergunta que e contextual eroleta duplacimaroleta duplauma campanharoleta duplasete jogos. Eu estou com a emoção do jogo agora, e qualquer respostaroleta duplacima do conjunto todo tem que ser analisado para ter uma profundidade. Então, o que eu posso te dizer a grosso modo é que a utilizaçãoroleta duplatodos os atletas convocados é um fator extremamente importante. E nós colocamos isso desde o início como objetivo. Era vencer, sim, mas também oportunizar esses atletas. Esse foi um dos aspectos importantes.

– (A imagem) Diz que existem adversários, não inimigos. O futebol, dentro do campo, ele te traz isso. O legado maior que o esporte te dá é que ele tem o lado humano, o ladoroleta duplaeducação,roleta duplaamizade, que transcende (o resultado). Então, quando teve a confraternizaçãoroleta duplaoutros jogadores e também entre nossa comissão técnica,roleta duplarelação à comissão técnica adversária, ela passa também uma mensagem para o público. Passa uma mensagemroleta duplaconduta,roleta duplaque pela maior dor que se tenha, tem que ter resignação e conhecimento. Não é palavra para ser bonito ou para justificar derrota. Não estamos falando. Estamos assumindo erros e falhas, mas tem uma coisa que transcende. Talvez esteja falando aqui o Adenor, professorroleta duplaEducação Física, o pairoleta duplafamília, o educador, que possa passar conduta, que se perde, que tem dignidaderoleta duplaperder e reconhecer o outro lado. Talvez essa forma como foi visto do Neymar com o Messi e outras tantas possam mostrar a grandeza do esporte.

– Nós tínhamos previsto já as alternativas que eles tinhamroleta duplaataque, e o Di María era uma delas. A iniciação do Paredes também era uma delas. Alternar o zagueiro, também. O desenho permanecia o mesmo, no 4-4-2. O que tinha é o reconhecimento. Venceu, temos que ter essa grandeza do reconhecimento, por mais dolorido que seja, por mais difícil que seja, mas precisa ter a grandeza do esporteroleta duplareconhecer o outro lado.

(César Sampaio, auxiliar) – Não encaro dessa forma. Os números muitas vezes não traduzem o que acontece no campo. Em jogos oficiais, duas vitórias e uma derrota. Perdemos um amistoso. Nem sempre o resultado final traduz o que foi o todo, e existem algumas maneirasroleta duplavencer e se disputar uma partida. Perdemos o ganhamos dentro do nosso modelo. Não queremos ganhar a qualquer custo. Então, parabenizo a Argentina, mas dentro do nosso modelo, algumas coisas não cabem. A gente não entende dessa forma e jamais usaríamos dessas maneirasroleta duplase vencer para conseguir êxito.

(César Sampaio, auxiliar) – Para mim, a lição é que nós temos que nos adaptar ao que o jogo pede e que nós temos um grande grupo. Muitas vezes, os momentos adversos as pessoas se distanciam da gente, mas nesse grupo foi ao contrário. Destaco isso. Triste, arrebentado pela derrota, mas muito orgulhoso por fazer parteroleta duplaum gruporoleta duplahomensroleta duplavalores, princípios, que vão muito alémroleta duplaganhar ou perder. O amor por vestir a camisa da seleção brasileira, por defender a nossa bandeira mundo afora.

(Tite) – Quando o César se remete a isso, eu passo para o público o seguinte: poucosroleta duplavocês sabem o que se passa dentro da preparação nossa, das ações, dos comportamentos dos atletas, das condutas, da lealdade. O que a gente tenta externar é exatamente essa capacidade. O esporte te traz uma lição muito forte, porque resiliência é um ponto que tem que ter. Um só vence, os outros têm que ter resiliência.