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Quando a LOUD abriu vantagem no primeiro jogo contra a Karmine Corp, válido pela Rodada 2 do torneio, a sequênciarpc pokerrounds vencidos ficourpc pokersegundo plano, porque os berrosrpc pokerJojo Todynha se sobressaíramrpc pokermeio à vibração da torcida. Na arena, na transmissão, nas redes sociais, todos queriam saber quem era a dona daquela garganta potente.

— Tem uma torcedora da LOUD gritando muito. Calma, filha, vai perder as cordas vocais — escreveu o insiderrpc pokerValorant "Noyn"rpc pokerpublicação no Twitter.

— Quem é que está gritando igual a uma bezerra no microfone da transmissão? — surpreendeu-se o streamer Victor "Coringa" enquanto fazia watch party da partida.

O perfil do timerpc pokerValorant da G2 Esports fez graça com os gritos da torcedora:

Quando a série terminou, com vitória para a LOUD por 2 a 0, o perfil oficial do Valorant fez uma enquete sobre quem tinha sido o MVP do confronto e incluiu a "fã gritando" entre as opçõesrpc pokerresposta. Ela teve 39,2% dos votos da enquete, vencendo Erick "aspas", Cauan "cauanzin" e Felipe "Less", jogadores da LOUD.

Um usuário no Twitter respondeu à enquete e comentou:

— Amanhã ela não terá qualquer voz.

Ainda com voz, Jojo Todynha contou um poucorpc pokersua história ao ge logo após a vitória da LOUD, na sexta-feira. Ela é fã da organização brasileira e começou a jogar e assistir a campeonatosrpc poker2020, no primeiro ano da pandemiarpc pokerCovid-19.

— Foi um meiorpc pokerfuga para não surtar dentrorpc pokercasa. Jogava com amigos e tudo mais. Quando eu comecei, eu passei a acompanhar o cenáriorpc pokerLoL primeiro. A LOUD entrou logorpc pokerseguida [no CBLOL]. Aquilo ali me motivou, porque eu estava entrando no jogo e começando a aprender direito. Eu já acompanhava, mas não sabia jogar, nem jogava, só ia por contarpc pokernamorado. Depois que voltaram os presenciais, eu falei: 'Eu vourpc pokertodos'. É a minha felicidade, é a minha verdadeira paixão.

Ela contou que se interessou por LoL, apesarrpc pokero namorado jogar, ao ser bombardeada com anúncios do game no YouTube.

— Eu assistia videoaularpc pokercursinho no YouTube e aparecia sempre anúncio do LoL: 'Venha jogar League of Legends'. Eu falei: 'Quer saber? Me irritei, estou aqui'. Eu comecei a jogar. Eu já acompanhava, porque meu namorado jogava. Às vezes ele me arrastava. Eu não gostava muito, não entendia nada. Mas, durante a pandemia, eu comecei a jogar, me encantei e não saio dos esports nunca mais.

— É porque eu precisavarpc pokeruma formarpc pokerescapar. Anorpc pokercursinho, todo mundo estava ficando maluco, pandemia, a gente nem sabia se iria fazer provar. Eu falei: 'Eu preciso me desestressarrpc pokeralguma coisa, eu preciso viver alguma coisa, eu preciso estarrpc pokeralguma coisa', porque senão eu iria me matar.

E isso, segundo a estudante, não é uma forçarpc pokerexpressão.

— O jogo me salvou. De verdade. A minha mãe nunca me apoiou no mundo dos games e, hoje, ela fala que eu só estou viva por conta disso.

Ela assiste à LOUD nos torneiosrpc pokerFree Fire e acompanha a equipe no CBLOL. Por serrpc pokerSão Paulo, comparece ao estúdio onde acontecem as partidas e vai aos eventosrpc pokerLoL.

— Ter um time para torcer me motiva a criar projetos, a ajudar. No CBLOL eu criei projetorpc pokerjuntar torcida da LOUD. Eu usava o meu Twitter o tempo inteiro para chamar torcida e arrumar ingresso. Na final a gente se matou para achar ingresso. Eu bolei tudo isso porque eu precisava achar uma fuga e precisavarpc pokeralgo para me apoiar para me manter viva.

— A depressão quase me matou e a LOUD e os esports me salvaram.

Isso porque, conforme a estudante, a pandemia acentuou um quadrorpc pokerdepressão que ela já tinha.

— Chegou a pandemia, acabourpc pokervez. Eu não tinha vontaderpc pokerlevantar, não tinha vontaderpc pokerfazer nada. Jogar me motivava. Era vestibular, não sabia se iria acontecer ou não, estudava e não sabia se iria rolar. Era falta dos amigos, porque eu saía muito e não podia sair, não podia ver ninguém. Eu precisavarpc pokeruma fuga.

Jordana está no terceiro ano da faculdaderpc pokerGeografia na Universidaderpc pokerSão Paulo (USP) e se tornou uma torcedora símbolo da LOUD, agora conhecida mundialmente. Quando a reportagem do ge percorreu a arquibancada do Ginásio do Ibirapuerarpc pokerbusca da dona do grito, outras pessoas já apontaram quem era: Jojo Todynha, chamando-a assim mesmo.

— Meus amigos me comparam muito com a Jojo Todynho, porque eu sou meio extravagante. Eu grito muito. Eu sempre fui assim, meio louquinha. Antes dos esports. O apelido vem antesrpc pokeresports. Sempre me chamavamrpc pokerJojo Todynha, você é louca, você é igual a Jojo Todynho. Eu falei: 'Quer saber? Vou criar o nick, vou usar no Twitter, vou entrar nos negócios'. É Jojo Todynha!

Perguntadarpc pokeronde vem a energia para tanta vibração, Jordana dá uma resposta quase filosófica, exaltando a comunidade da qual faz parte.

— Eu acho que a força é principalmente por conta da torcida da LOUD não estar no Estadorpc pokerSão Paulo. Muita gente não pode vir, principalmente amigos que eu fiz nas redes sociais. Eu sei que eles não podem vir, e eu grito por mim e por eles.

A LOUD voltará a jogar neste domingo, às 14 horas (no horáriorpc pokerBrasília), contra a norte-americana NRG,rpc pokersérie válida pelas quartasrpc pokerfinal do VCT LOCK IN.