Na denúncia à Justiça, o Ministério Público do Estado (MPE) acusou 4Lanblackjack vivoter passado a mão nas nádegasblackjack vivoGiovana. Pelo crimeblackjack vivoimportunação sexual, previsto no artigo 215-A do Código Penal, o ex-jogador, campeão do 2º Split do Campeonato Brasileiroblackjack vivoLoL (CBLOL)blackjack vivo2017 pela Team One, recebeu uma penablackjack vivo1 anoblackjack vivoprisãoblackjack vivoregime aberto, substituída por prestaçãoblackjack vivoserviços à comunidade. Por ainda ser uma decisãoblackjack vivo1ª instância, cabe recurso.

Naquela noite, cercablackjack vivo30 pessoas participavamblackjack vivouma festa na casablackjack vivobrTT e Giuliana "Caju", noiva dele na época,blackjack vivoSão Paulo, segundo contou o hexacampeão do CBLOLblackjack vivodepoimento. 4Lan disse que participava da festa ao ladoblackjack vivoamigos e da namorada.

No depoimento, Giovana relatou que estavablackjack vivopéblackjack vivoum pequeno corredor da casa, ao ladoblackjack vivouma amiga chamada Thaís, assistindo a um jogoblackjack vivocartas com pessoas sentadas no chão. Ela narrou que 4Lan passou por trás delas, e as duas se entreolharam assustadas, pois o ex-jogador teria colocado a mão nas nádegasblackjack vivoambas.

Ela disse que, depois disso, contou o que havia ocorrido para o namorado, o streamer Rafael "Rakin", que procurou 4Lan para tirar satisfações. Diante da situação tensa, brTT expulsou 4Lan da festa.

Giovana sustentou ter certeza que 4Lan tinha passado a mão nas nádegas dela eblackjack vivoThaís. No caso dela, acrescentou que o ex-jogador ainda fez "gestoblackjack vivoapertar suas nádegas já na direção da cintura" e que ele seria o único que passou por trás das duas naquele momento.

Já Thaís, apontada no processo como testemunha, relatou que, quando estava ao ladoblackjack vivoGiovana, "sentiu esbarrão, mas não viu quem esbarrou" e disse que "não lhe passaram a mão nas nádegas". Ela contou ainda que, naquele momento, havia três pessoas próximas e "não sabe quem esbarrou".

Foi ao olhar para o trio que Thaís viu 4Lan, que, segundo a testemunha, se aproximoublackjack vivoGiovana, colocando-se atrás dela. Logo depois, conforme o relato, Giovana já olhou assustada para Thaís e,blackjack vivoimediato, contou que 4Lan havia passado a mão nas nádegas dela.

Também ouvidoblackjack vivojuízo, Rakin relatou que estavablackjack vivouma área externa, depoisblackjack vivouma partidablackjack vivopôquer na casa, quando Giovana e Thaís se aproximaram para contar o que havia acontecido. Ele disse que notou a namorada com carablackjack vivochoro e a amiga com "feição desesperada".

Rakin disse que, ao falar com 4Lan, o ex-jogador teria perguntado: "eu fiz isso?". Na sequência, teria se desculpado. Ele comentou, no depoimento, que 4Lan "parecia claramente não saber o que fazia".

Depois da expulsão, 4Lan retornou à festa e quis conversar com Rakin, pedindo desculpablackjack vivonovo e alegando que não havia feito aquilo e que Giovana "era maluca". Para Rakin, 4Lan "parecia embriagado ou drogado".

Em depoimento, brTT disse que soube pelas pessoas da festa que 4Lan havia passado a mão na namoradablackjack vivoRakin e que, diante da confusão, pediu para o ex-jogador ir embora. Ele alegou que não poderia afirmar se 4Lan estava embriagado.

Já 4Lan disse que estava na festa com amigos e a namorada quando, "de modo surpreendente", Rakin chegou com agressividade, mas pensou que era brincadeira. Foi nesse momento que o ex-jogador disse ter sido informado da acusação. Ele contou ter perguntado a um amigo se havia passado a mãoblackjack vivoGiovana, e o amigo não lhe respondeu, "talvez se sentindo pressionado". O ex-jogador ainda acrescentou ter sido vaiado por uma rodablackjack vivoconvidados e depois expulso por brTT.

4Lan saiu e posteriormente voltou para tentar conversarblackjack vivonovo com Rakin, mas o streamer disse que estava nervoso e que seria melhor falarblackjack vivooutro momento.

O ex-jogador sustentou que não estava embriagado, apesarblackjack vivoter ingerido bebida alcoólica, e confirmou que chegou pertoblackjack vivoGiovana e Thaís,blackjack vivorazão da "própria passagem da casa", mas disse que "em nenhum momento sequer esbarrou nelas". Durante o inquérito policial, 4Lan também já havia negado a acusação.

Para a condenação, o juiz Marcello Ovídio Lopes Guimarães, da 18ª Vara Criminalblackjack vivoSão Paulo, levoublackjack vivoconsideração a palavra da vítima e os relatos das testemunhas.

— A prova é a mesma, na essência, desde o início. A vítima [Giovana],blackjack vivojuízo,blackjack vivomodo sincero, detalhado e verossimilhante, confirmou que o réu [4Lan] lhe passou a mão nas nádegas e ainda apertou suas nádegas na direção da cintura. Sempre que ouvida no feito, disse firmemente a vítima [Giovana] sobre tal situação — escreveu o magistrado, para na sequência, na decisão, listar os relatos das testemunhas que, segundo ele, confirmam a versãoblackjack vivoGiovana.

— Toda a prova é no sentidoblackjack vivoque o imputado [4Lan] agiu mesmoblackjack vivomaneira indevida, incorrendo no delito tipificado na inicial. De se dizer que o próprio réu [4Lan] anotou que foi vaiadoblackjack vivorodablackjack vivoconvidados e teveblackjack vivosair da festa, alémblackjack vivoter perguntado a um amigo se tinha mesmo feito aquilo, ao que o amigo sequer respondeu. Assim, tem-se que o tal amigo nem ao menos respondeu negativamente ao questionamento do réu [4Lan], e essa pergunta foi feita também a Rafael [Rakin]. Essa situação é indicativablackjack vivoque o imputado [4Lan] poderia mesmo estarblackjack vivoalgum modo embriagado ou sem saber exatamente o que fizera. De qualquer modo, se embriaguez havia, era voluntária, não sendo capazblackjack vivoexcluir culpabilidade.

O juiz ainda se manifestou sobre a alteração na versãoblackjack vivoThaís. No inquérito policial, Thaís disse que 4Lan também havia passado a mão nas nádegas dela, assim como fez com Giovana. Em juízo, porém, Thaís alegou não saber ao certo quem esbarrou nela e anotou que ninguém lhe passou a mão nas nádegas.

O magistrado considerou que isso não alterava a prova desfavorável a 4Lan, porque Thaís sempre afirmou que o ex-jogador se colocou atrásblackjack vivoGiovana e que, logo depois, a amiga já a olhou assustada e lhe contou que 4Lan havia passado a mão nas nádegas dela. O juiz apontou que 4Lan não é acusado, naquela ação judicial, por qualquer ação contra Thaís e que Giovana é a única vítima,blackjack vivomodo que "a prova desfavorável ao réu [4Lan]blackjack vivorelação à ora vítima [Giovana] éblackjack vivotodo suficiente para a responsabilização do imputado [4Lan], lembrando-se ainda da fulcral importância, nos delitos sexuais, das palavras da vítima, muito relevantes, mormente quando amparadas por outros elementosblackjack vivoprova, como é o caso dos autos".

— O delito se consumou, com o ato libidinoso indicado na denúncia, caracterizando o delitoblackjack vivoimportunação sexual — destacou Marcello, que condenou 4Lan a 1 anoblackjack vivoprisãoblackjack vivoregime aberto, substituído por prestaçãoblackjack vivoserviços à comunidade, considerando que o ex-jogador é réu primário e não possui antecedentes criminais.

A sentença éblackjack vivo1ª instância e cabe recurso. O advogadoblackjack vivo4Lan, Luiz Felipe Domingues Macedo Galvão Moura, disse ao ge que irá recorrer, mas que não poderia dar mais detalhes porque o processo correblackjack vivosegredoblackjack vivojustiça.

Depois da publicação da primeira matéria sobre a condenação, 4Lan se pronunciou no Twitter e disse que não aceitaria algo que não fez.

— Não posso falar muito, pois [o processo] estáblackjack vivosegredoblackjack vivojustiça. O que posso dizer é que não vou aceitar algo que eu não fiz. Vou morrer falando que eu não fiz essa porra, porque eu realmente não fiz. Eu não vou desistir e irei recorrer até o último recurso, se necessário — escreveu o ex-jogador na rede social.