carlinhos maia apostas esportivas O som do silêncio na Bélgica

Era a segunda volta da corrida longa da Fórmula 2. Os carros passavam pelo trecho mais rápido da pista, o complexo Eau Rouge-Raidillon. O francês Giuliano Alesi perdeu o controle do carro no meio do trecho (possivelmente por um furocarlinhos maia apostas esportivaspneu) e rodou para o lado interno da pista. Sem controle, seu carro acabou no meio do traçado. Pegocarlinhos maia apostas esportivassurpresa, o compatriota Anthoine Hubert desviou, tocou no adversário e bateu forte nos pneus. Na volta, acabou atingido pelo americano Juan Manuel Correa. Assim que os carros pararam, um enorme silêncio se abateu sobre Spa-Francorchamps. Era claro que o acidente era grave.

Aqui no Brasil, eu estava na cabinecarlinhos maia apostas esportivastransmissão, ao ladocarlinhos maia apostas esportivasGuto Nejaim. Estávamos gravando ao vivo o VT inédito que iria ao ar no SporTV 2 neste sábado. Começávamos a situar a corrida quando tomamos um susto. O corte da imagem na transmissão. O som da pancada. O silêncio. Fiquei arrepiado. Comecei a procurar sinais positivos naquelas imagens. Qualquer movimento, qualquer esperança. Nada. Apenas os movimentos desesperadoscarlinhos maia apostas esportivasJuan Manuel Correa no cockpit. Coberto por uma placa após o choque com os pneus, não dava para ver o que restou do carrocarlinhos maia apostas esportivasAnthoine Hubert. Se já não bastassem as imagens, minutos depois chegou o aviso do cancelamento da corrida. Era quase que uma confirmaçãocarlinhos maia apostas esportivasque algo terrível havia acontecido.

Na Fórmula 1 ecarlinhos maia apostas esportivassuas categorias, o show não pode parar. Quando para, é porque algo sério aconteceu. Levou pouco maiscarlinhos maia apostas esportivasuma hora para a notícia ser confirmada. Aos 22 anos, Hubert não havia resistido aos ferimentos. Mais silêncio. Você trabalha no automático. É quando é necessário ser o mais profissional possível. Buscar informações, imagens, preparar matérias. É quase que uma proteção. Uma tentativacarlinhos maia apostas esportivasnão deixar a ficha cair. Tarefa inócua. Invariavelmente ela cai. Não tem jeito. Uma hora você desliga. É aquele momentocarlinhos maia apostas esportivasque um abraçocarlinhos maia apostas esportivassua esposa ecarlinhos maia apostas esportivassua filha significam um enorme alento.

Tenho 14 anoscarlinhos maia apostas esportivascarreira. E vivi essa situação três vezes desde que comecei a trabalhar com automobilismo,carlinhos maia apostas esportivasposições distintas. A primeira delas foi a mais impactante. Em 2007, estavacarlinhos maia apostas esportivasInterlagos para cobrir a decisão da Stock Car. A corrida já tinha terminado, o trabalho quase encerrado. Assistíamos à corrida da Light na salacarlinhos maia apostas esportivasimprensa quando aconteceu o acidente que matou Rafael Sperafico. Lembro como se fosse hoje: quando desci ao pit lane para correr atráscarlinhos maia apostas esportivasmais informações. Um silêncio ensurdecedor. Não se ouvia nada. Todos se olhavam, meio que tentando entender o que havia acontecido. Doloroso.

Na segunda vez, comentava na transmissão do GP do Japãocarlinhos maia apostas esportivas2014 pela Rádio Globo, quando aconteceu o acidentecarlinhos maia apostas esportivasJules Bianchi. A terceira vez foi neste sábado. Em comumcarlinhos maia apostas esportivastodas elas? O silêncio. Por outro lado, é a hora que todos os envolvidos com o automobilismo se sentem muito próximos. Quase que como uma grande família. É como perder um ente querido. Barreiras, rivalidades, brigas? Ficam pra depois. Pra outro dia. É horacarlinhos maia apostas esportivasdar força. De confortar. De quebrar o silêncio.

É hora tambémcarlinhos maia apostas esportivaslembrar aquela frase que estampa toda credencialcarlinhos maia apostas esportivaseventoscarlinhos maia apostas esportivasesportes a motor: "Motorsport is dangerous". Esportes a motor são perigosos. Cada vez menos, é verdade. Mas acelerar a 300 km/h dentrocarlinhos maia apostas esportivasum carro tem um risco inerente. Não tem jeito. Nunca haverá 100%carlinhos maia apostas esportivassegurança neste tipocarlinhos maia apostas esportivasesporte. Todo mundo que vive no meio, trabalha ou é apaixonado por velocidade sabe disso.

O que não diminui a dorcarlinhos maia apostas esportivasouvir o som do silêncio.