copa mundo 2026 A Seleção que nada cria, tudo copia

A pressa é enorme e o esforço dos jogadores é gigante para se chegar ao gol, mas quando se analisa a tomadacopa mundo 2026decisão nas ações da partida se percebe um jogo raso e burrocopa mundo 2026alguns momentos. É impossível não sentir a ausênciacopa mundo 2026um jogador capazcopa mundo 2026concentrar a habilidade do passe improvável e a inteligência para acelerar ou cadenciar o jogo conforme necessário. É o tal do jogador genial, que tem muita técnica e uma leitura apurada da partida, conferindo-lhe a lucidez para ditar o ritmo do jogo. Mas aonde se encaixaria esse jogador no modelocopa mundo 2026hoje? A cópia e reproduçãocopa mundo 2026conceitos táticos que nada favorecem o talento brasileiro não dão espaço para o verdadeiro camisa 10 reaparecer. E pra mim é isso que afasta a Seleção do brilho que o torcedor espera.

Mas a crisecopa mundo 2026identidade da Seleção Brasileira vemcopa mundo 2026bastante tempo. O fracasso nas Copascopa mundo 20262010 e especialmentecopa mundo 20262014 escancararam o atraso no entendimento tático e físico do jogo brasileirocopa mundo 2026comparação com as seleções europeias. O futebol se tornou muito mais especializado na última década e os europeus entenderam bem antescopa mundo 2026nós que a velocidade na execução das ações do jogo, na maioria das vezes, prevaleceria ao talento sem intensidade. Os jogos foram gradativamente se tornando mais rápidos e recentemente, mais verticais. O aspecto físico se tornou indispensável para competir - e o futebol não vai retroceder neste quesito.

Na verdade, poucos são os países que conseguem revelar gênios dignoscopa mundo 2026vestir a 10 (pensando numa épocacopa mundo 2026que o 10 era genial). Não é por acaso que o modelo tático mais reproduzido no mundo não dá espaço pra esse camisa 10, criador, atuar. Tenho minha convicçãocopa mundo 2026que ele foi criado justamente por quem não dispunhacopa mundo 2026jogadores assim.

O Brasil era celeirocopa mundo 2026camisas 10. A partir do momentocopa mundo 2026que o mercado europeu passou a valorizar os pontas, as categoriascopa mundo 2026base ceifaram os meias dos seus times. Se o menino tem talento, vira ponta, e com sorte, vai render centenascopa mundo 2026milhões… é tudo o que importa.

Daí vem um efeito cascata. A Seleção Brasileira está carentecopa mundo 2026craques porque o futebol brasileiro aceitou se resumir a servir um jogo que não é nosso e que desvaloriza as características do futebol popular, do nosso craque que vinha das ruas. Ao mesmo tempo, os clubes aderiram ao modelo tático europeu porque o brasileiro esteve parado no tempo. Ou seja, o princípio do problema da Seleção é a ideiacopa mundo 2026jogo.

Na faltacopa mundo 2026uma escola verdadeiramente brasileira, oucopa mundo 2026um treinador transcendental, a Seleção usurpa identidades alheias para conseguir, pelo menos, competir. Viveu isso com todos os treinadores que assumiram a Seleção desde 2014, sendo Fernando Diniz a única exceção, comcopa mundo 2026ideia autoral - e que pode ser mais explorada, ou ainda, lapidada, por melhor dizer.

É urgente que o Brasil desenvolvacopa mundo 2026própria escolacopa mundo 2026jogo. Que ela seja discutida, debatida, implementada. Por certo, não será unânime, mas ela deve priorizar o desenvolvimento e a valorização do jogador criativo e pensador, levandocopa mundo 2026consideração a agilidade a disciplina tática que o jogocopa mundo 2026hoje requer.

O “país do futebol” deveria ser o oráculo das ideiascopa mundo 2026jogo. No entanto, a realidade traz uma nova geraçãocopa mundo 2026treinadores que embora competentes, embasam seu jogocopa mundo 2026conceitos estrangeiros e pouco agregamcopa mundo 2026inovação.

O que estou propondo não é simples. Promover o retorno daquele jogador genial, cerebral e habilidoso exigiria uma adaptação do atleta à velocidade do futebol atual. O jogo evoluiu e não vai voltar atrás: a agilidade e a capacidade física vão ser cada vez mais aprimoradas. E é justamente aí que surge o grande problema a ser solucionado pelo visionário que ousar desenhar uma forma brasileiracopa mundo 2026jogo moderno: como servir a um futebol intenso ao mesmo tempo que a genialidade brasileira historicamente é muito mais cerebral que física?

Se possível for, a escola brasileira revolucionaria o futebol mundial e devolveria ao nosso país aquele jogo encantador do qual o torcedor tanta sente falta. Mas a tarefa é árdua e ousada. O plano passa por desenvolver e estabelecer um modelocopa mundo 2026jogo brasileiro atualizado, testar a aplicabilidade dele, convencer os clubes a incentivá-los nas categoriascopa mundo 2026base e formar treinadores que se convençam da ideia. Nada fácil. Exige trabalho. Enquanto isso, ficamos a torcer para que tudo volte a funcionar na Seleção como passecopa mundo 2026mágica.