Bárbara Santos, Beatriz Ferreira, Keno Marley, Wanderley Pereira e Tatiana Chagas são representantes da Bahia, que soma quatro medalhas olímpicas no boxe: duasonabet para que sirveouro, umaonabet para que sirveprata e umaonabet para que sirvebronze. No total, o Brasil tem oito e a 28ª posição no rankingonabet para que sirvemedalhas na modalidade. O desempenho dos baianos, portanto, pode alavancar a posição do país.

O especial do ge contou nas primeiras reportagens a importânciaonabet para que sirveLuiz Dórea na formaçãoonabet para que sirvetalentosonabet para que sirveSalvador. Mas há outros trabalhosonabet para que sirveexcelência dentro e fora da capital baiana. Um deles vemonabet para que sirveConceição do Almeida, cidade que fica a 160 kmonabet para que sirvedistância da capital e com 15.974 habitantes.

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Há 12 anos, o professor Marcos Silva queria queonabet para que sirvecidade natal pudesse desfrutar do boxe, algo que só era possível à época no municípioonabet para que sirveCruz das Almas, que fica a 20 kmonabet para que sirvedistânciaonabet para que sirvesua terra. Por isso, começou a dar aulas para moradores locais. Mal sabia ele a proporção que o trabalho tomaria.

Em Paris, o "Almeida", como também é chamado o município, será representado por Keno Marley,onabet para que sirve23 anos, já experienteonabet para que sirveOlimpíadas, e o estreante Wanderley Pereira,onabet para que sirve22 anos.

Atualmente, o professor Marcos Silva,onabet para que sirve38 anos, líder da Academia Oásisonabet para que sirveBoxe, usa um espaço cedido pela prefeitura para tocar o projeto e lapidar os cercaonabet para que sirve100 talentos que treinam no local.

- Hoje temos também Reidner Barbosa e Cristiano Pereira [irmãoonabet para que sirveWanderley], que foi campeão ano passado pelo WBC,onabet para que sirveSão Paulo. Estão tentando uma vaga na seleção brasileiraonabet para que sirveboxe. Reidner tem 22 anos, e o Cristiano, 23 - conta Marcos Almeida.

Keno Marley é o principal atletaonabet para que sirveConceição do Almeida. Ele convive com a rotinaonabet para que sirvetreinos desde os 13 anos, quando deixou a cidade e partiu para São Pauloonabet para que sirvebusca do sonho olímpico. Em Paris, Keno vai disputar os Jogos pela segunda vez (ficouonabet para que sirvequinto lugaronabet para que sirveTóquio),onabet para que sirvebusca da primeira medalha para, quem sabe, encerrar aonabet para que sirvecaminhada no boxe olímpico.

- A medalha olímpica é o que me faz estar aqui. Já fui medalhista mundial, sul-americano, pan-americano, continental, e o que falta para mim é essa medalha olímpica. A tendência é que eu dispute boxe profissional após a Olimpíada, mas é algo a ser analisado. Tenho foco total nas Olimpíadas - garante.

Keno tem 23 anos e já foi vice-campeão mundial,onabet para que sirve2021. Também conquistou duas pratasonabet para que sirveJogos Pan-Americanos,onabet para que sirve2019 e 2023, além do título nos Jogos Olímpicos da Juventudeonabet para que sirve2018. E quer mais. Contudo, para isso, vai precisar superar seu principal adversário, o cubano Julio César La Cruz.

- Eu sempre lutei para ser campeão,onabet para que sirvebusca do ouro. Já fui vice-campeão mundial, luta bem disputada. Tenho lutado contra os melhores do mundo. O pódio já é possível, mas quero muito mais. Estou lutando pelo ouro. É uma linha tênue que falta. Já conquistei a vaga, e tenho condiçõesonabet para que sirvechegar no ouro. A luta no Pan-Americanoonabet para que sirveSantiago [dianteonabet para que sirveJulio César La Cruz] foi contra o atual campeão olímpico [Keno perdeu a final]. Mostra que estamosonabet para que sirveníveis iguais. Atleta duro, mas estou provando que estamosonabet para que sirveníveis iguais - garante.

"O Keno é bastante técnico, espera o momento certoonabet para que sirvedar os golpes dele. Só vai na boa", analisa professor Marcos Silva.

Ao longo da caminhada, o pugilista baiano também precisou lidar com um drama familiar. Jeremias, irmãoonabet para que sirveKeno e principal incentivador, foi assassinadoonabet para que sirve2021. Keno Marley passou por um tratamento pós-traumático até voltar aos ringues.

“Tive um transtorno pós-traumático, precisei fazer tratamento psiquiátrico e pensei atéonabet para que sirvetirar minha vida. Foi um momento péssimo”, disse Kenoonabet para que sirveentrevista ao site Olimpíada Todo Dia.

Na categoria meio-pesado (até 80 kg), o Brasil será representado pelo baiano Wanderley Pereira. Também naturalonabet para que sirveConceição do Almeida, o pugilista, apesaronabet para que sirveser estreante nos Jogos, se vê pronto para ser campeão na modalidade.

- Tenho potencial para estar entre os melhores, para ganhar o ouro olímpico. E venho provando nos campeonatos que já venho disputando. Estou sempre no pódio, sempre entre os melhores - destaca Wanderley.

Além das palavras, o currículo realmente o credencia a buscar o pódio olímpico. Medalhaonabet para que sirveprata nos Jogos Pan-Americanos e vice-campeão mundial (até 75 kg), ambas no ano passado, Wanderley chega com bons númerosonabet para que sirveParis.

Wanderley seguiu o caminhoonabet para que sirveKeno e saiuonabet para que sirveConceição do Almeida para São Pauloonabet para que sirvebusca do sucesso no boxe. Após somar vitórias e conquistas, passou a defender a Seleção,onabet para que sirve2020.

"O Wanderley é uma misturaonabet para que sirveBrasil com boxe cubano, tem um molejo, mais solto. Wanderley vai para dentro", analisou o professor Marcos Silva.

Fã do pugilista norte-americano Terence Crawford, Wanderley Pereira também é conhecido como Holyfield por causa do ex-atleta baiano Reginaldo Andrade, o "Holyfield", multicampeão no início da décadaonabet para que sirve1990. O encontro entre os homônimos ainda não aconteceu, mas é uma metaonabet para que sirveWanderley. Quem sabe não acontece para celebrar uma medalha olímpica?

Lembra da históriaonabet para que sirveAdriana Araújo contada no primeiro episódio desta série? Pois bem. Ela segue impactando e inspirando a carreiraonabet para que sirveoutras atletas. Uma delas é Tatiana Chagas,onabet para que sirve31 anos, classificada para Paris na categoria até 54 kg.

Nascida e criada no bairro do Uruguai,onabet para que sirveSalvador, Tatiana conta que, inicialmente, procurou um novo esporte para melhorar a autoestima. E o boxe surgiu como opção a partir do bronze conquistado por Adriana Araújo,onabet para que sirveLondres 2012.

- Com 18 anos tinha acabadoonabet para que sirveconcluir o ensino médio e estava procurando emprego. Também tinha autoestima baixa porque eu era gordinha, pesava 82, 83 quilos. Aí, entrei na capoeira, fiquei algum tempo, mas não era o que queria. Mas, um ano antes das Olimpíadas, vi uma reportagem da atleta Adriana Araújo na televisão, fiquei curiosaonabet para que sirvesaber sobre o boxe, não conhecia. Comecei a pesquisar, falei para a minha mãe que queria fazer - lembra Tatiana.

Inicialmente, a baiana teve dificuldadeonabet para que sirveencontrar um espaço para treinar diante dos altos preçosonabet para que sirveacademias particulares e as dificuldadesonabet para que sirveencontrar um localonabet para que sirvetreino gratuito. A partir daí ela parouonabet para que sirveuma academia que dava aula para crianças, e, depois, na Champion,onabet para que sirveLuiz Dórea. E quis o destino que um desencontro com o treinador abrisse outras portas para a atleta.

- Com quatro meses treinando, professor Binho me levou na Champion, mas Dórea não estava. Voltei para casa, continuei treinando na sede. Aí um outro amigo falou que ia me levar na academiaonabet para que sirvePopó. Quem dava aula era o irmão dele, Nilton Freitas. Chegando lá, fiz o teste para treinar e acabei passando. Com seis meses treinando fui para o primeiro Brasileiro, fui medalhaonabet para que sirveprata.

- Aí a academiaonabet para que sirvePopó fechou, penseionabet para que sirvedesistir, mas meu amigo Fabrício me levou na Champion. Cheguei lá e conheci o professor Marquinhos, que dava aula à tarde. Comecei a treinar com ele, que gostouonabet para que sirvemim. Treinei com ele até a Seleção me chamar,onabet para que sirve2020, quando eu vim para São Paulo - complementou.

Na Academia Champion, seu mentor foi Marco Antônio Moreira Santos,onabet para que sirve55 anos, conhecido como Marquinhos. O grande mestreonabet para que sirveTatiana trabalhou por oito anos com Dórea, no bairro Cidade Nova. Mas desde a pandemiaonabet para que sirvecovid-19 o promissor treinador criou o seu próprio projeto, o Instituto Triunfar, no mesmo bairro.

O projeto ainda não tem instalações prontas (construção é tocada à baseonabet para que sirvevaquinhas e rifas), mas os treinamentos improvisados deram tão certo que ele ganhou elogios do técnico da seleção brasileira, Mateus Alves, que o classificou como "um dos maiores formadoresonabet para que sirveatletas do Brasil". Tatiana já é considerada uma realidade olímpica, inclusive.

- No rosto, na vontade, a gente sabia que era uma guerreira, que nunca desiste. Então a gente começou a tocar o treinamento, focar, várias batalhas, todo ano medalhando, sempre atrás da convocação que não chegava, mas chegou. E hoje mostrou que merece estar no lugar onde está. Primeira do Brasil, campeã sul-americana, prata no Pan-Americano e passaporte garantido para Paris - disse o técnico principal da seleção baianaonabet para que sirveboxe.

O sonhoonabet para que sirveTatiana Chagas é conquistar uma medalha olímpica para deixar a mamãe Tânia orgulhosa. É por ela que a baiana entra no ringue e treina todos os dias.

"Ela é meu ponto fraco. Tudo que faço é pensandoonabet para que sirvedar o melhor para ela, para a minha família, e espero dar mais orgulho para ela", disse Tatiana.

O técnico Marquinhos está cheioonabet para que sirveconfiança na aluna. E se a medalhaonabet para que sirveouro não vier, que seja com prata ou bronze.

- Tatiana estáonabet para que sirveboas mãos. Disputando muitas competições fora, fazendo campings fora do país. A tendência é chegar forte nas Olimpíadas e, com féonabet para que sirveDeus, trazer uma medalha para a Bahia - projeta Marquinhos.

Quem também está no "radar da medalha" é a baiana Bárbara Santos. Técnico da seleção brasileira, Mateus Alves considera que ela está no "rastroonabet para que sirveconquista", classificação dos atletas que regularmente alcançam resultados expressivos.

- A gente pega o atleta e faz um comparativo nas grandes competições internacionais que foi. A Bárbara Santos foi medalhista mundialonabet para que sirvebronze, campeã dos Jogos Sul-Americanos e Pan-Americanos. Se candidata a uma possível medalha olímpica, inclusive é cabeçaonabet para que sirvechave nos Jogos Olímpicos - explicou.

Bárbara Santos está classificada na categoria até 66 kg e também vemonabet para que sirveum projeto socialonabet para que sirveboxe da capital baiana, realizado na Academia Nocaute, no bairro Pernambués. Aluna do famoso professor Mone Nocaute, ex-treinador da seleção brasileira, a atleta precisouonabet para que sirvemuita determinação para lidar com as dispensas até se firmar na Seleção.

- A Bárbara foi uma atleta que passou muita dificuldade. Foi convocada três vezes, dispensada, e, depois da terceira convocação, conseguiu se firmar. Está comigo desde o início, vemonabet para que sirveoutra modalidade. Começou o boxe comigo e teve essa confiançaonabet para que sirvemesmo indo para a Seleção querer saber como fazer o melhor - opina Mone.

Amônio Silva,onabet para que sirve46 anos, o Mone Nocaute, criouonabet para que sirveacademiaonabet para que sirve1999, depoisonabet para que sirvetrabalhar com Luiz Dórea. Desde então emplaca atletas com participações importantesonabet para que sirveciclos olímpicosonabet para que sirvesucesso (de 2016 a 2021).

A reportagem do ge tentou entrevistar Bárbara Santos ao longo da produção desta série, mas a agenda cheia da atleta, entre viagens e competições, dificultou o processo.

Até aqui, a série Boxeonabet para que sirveOuro contou histórias que elevaram à Bahia ao topo deste esporte no país. Mas há muitos atletasonabet para que sirveoutros estados que também deixaram o sangue nos ringues e merecem destaque. Para isso, nada mais justo que listar os outros cinco pugilistas brasileiros classificados para buscar o pódioonabet para que sirveParis.

• Até 50kg - Caroline Almeida;
• Até 57kg - Jucielen Romeu;
• Até 57kg - Luiz Oliveira;
• Até 51kg- Michael Douglas;
• Acimaonabet para que sirve92kg- Abner Teixeira.

Assim como os baianos, todos eles se preparam sob liderança do técnico Mateus Alves, que comanda a Seleção permanente e tem uma meta traçada para Paris: trazer pelo menos três medalhas para repetir o feitoonabet para que sirveTóquio 2021, na maior campanha da história do país no boxe.

- Nesses últimos 15 anos tivemos resultados expressivos. De modo geral, desde Londres, quando conquistamos três medalhas olímpicas. A gente vem tendo resultados expressivosonabet para que sirvecada evento. Tivemos a melhor campanha dos Jogos Sul-Americanos da históriaonabet para que sirve2022, a melhor dos Jogos Pan-Americanosonabet para que sirve2023... Temos um grupo que vem quebrando muitas marcas. Também fizemos a melhor campanha nos Jogosonabet para que sirve2021, temos o melhor resultadoonabet para que sirvemedalhasonabet para que sirvemundiais nos últimos dez anos na história do boxe brasileiro.

"Então, é uma equipe já maduraonabet para que sirverelação a pressão. Obviamente que existe uma pressão para não ficar abaixoonabet para que sirveTóquio, mas a gente vem lidando bem", completa Mateus Alves.

A Equipe Olímpica Permanente comanda a preparaçãoonabet para que sirveSanto Amaro, Zona Sulonabet para que sirveSão Paulo. O objetivo é oferecer a todos os atletas uma instalaçãoonabet para que sirvealto nível e todo o suporte necessário ao longo do ciclo olímpico.

- Todo mundo recebe toda infraestrutura e investimento, salário, habitação, alimentação. Oferecemos uma estrutura profissional, com um controleonabet para que sirvecargaonabet para que sirvetreinamento,onabet para que sirvecalendário internacional, damos a mesma possibilidade para atletas desenvolverem no mesmo nível das potências do mundo. Passamos o ano inteiro lutando circuito europeu, fazendo training camps internacionais - iniciou o treinador do Brasil.

- Os atletas só treinam, não precisa ninguém trabalhar, ninguém precisa fazer outro tipoonabet para que sirveatividade. Casa, comida, médicos, suplementos, nutrição, tem tudo para se desenvolverem. Fazer um processoonabet para que sirvetrabalho unificado, com investimento financeiro, é o que vai dar o retorno da medalha -complementou.

Joilson Santana, Luiz Dórea, Acelino Popó Freitas, Adriana Araújo, Robson Conceição, Hebert Conceição e Bia Ferreira são apenas alguns dos muitos personagens baianos que elevaram a força do boxe brasileiro.

Agora, Bia, Keno, Wanderley, Tatiana e Bárbara vão atrás do sonho olímpico para elevar o nome do estado mais uma vez. E a menosonabet para que sirve50 dias da Olimpíadaonabet para que sirveParis, a série Boxeonabet para que sirveOuro deseja ótimas vibrações para os atletas baianos e todos os brasileiros que subirão aos ringues para fazer história.