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Por Bruno Giufrida, Cahê Mota, Leonardo Lourenço, Marcelo Braga e Raphael Zarko — São Paulo


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O jogo é um popular jogos betx freebet Aviator online que ganhou muita atenção nos últimos anos. Tudo tem a ver com prever o percurso do objeto voador, e os jogadores podem ganhar pontos prevendo exatamente onde ele irá pousar mas você já se perguntou como seria possível predizer resultados? Neste artigo vamos explorar as possibilidades para fazer previsões sobre este tipo ou qual será sua chance betx freebet {k0} tornar-se profissional nisso mesmo!

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Antes betx freebet mergulharmos betx freebet {k0} prever o resultado do jogo, é essencial entender a mecânica. O Aviator envolve um objeto voador que se move num padrão aleatório e os jogadores têm para predizer onde ele vai pousar nível diferente; cada fase tem seus obstáculos únicos ou desafios: Para prever seu desfecho você precisa compreender as características dos objetos voando como eles interagem com esses mesmos problemas!

Reconhecimento betx freebet padrões

O reconhecimento betx freebet padrões é a chave para prever o jogo Aviator. Você precisa identificar os testes padrão no movimento do objeto voador e entender como ele interage com obstáculos, uma vez que você identifica esses dados pode usá-los pra predizer onde eles vão pousar; No entanto não será fácil reconhecer modelos – mas são necessárias muita prática ou paciência betx freebet {k0} dominar isso!

Análise dos dados

A análise betx freebet dados é outro aspecto crucial da previsão do jogo Aviator. Você precisa analisar os resultados dos jogos anteriores para identificar padrões e tendências, analisando-os você pode determinar o resultado mais provável no game com base betx freebet {k0} informações sobre as decisões tomadas por ele; a analise também poderá ajudálo na identificação das barreiras que podem afetar seu movimento aéreo ou melhorar sua precisão nas previsões feitas pelo objeto voador?

Tornando-se um profissional.

Tornar-se um profissional na previsão do jogo Aviator leva tempo e prática. Você precisa passar horas jogando o game, analisando os dados identificando padrões betx freebet identificação também é necessário manter atualizado com as atualizações da partida que podem afetar a mecânica dos jogos ou seus resultados; tornarmo -nos profissionais não será fácil mas possível através das suas dedicaçãos betx freebet {k0} relação à persistência deles!

Ferramentas e recursos

Existem várias ferramentas e recursos disponíveis que podem ajudá-lo a prever o jogo Aviator. Você pode usar software betx freebet análise dos dados para analisar os resultados do game, identificar padrões ou utilizar as mesmas online com informações betx freebet {k0} tempo real (dados) além disso existem diversas comunidades on line onde você poderá se conectar aos outros jogadores compartilhando dicas sobre estratégias:

Conclusão

Em conclusão, prever o jogo Aviator é possível mas leva tempo e prática. Você precisa entender a mecânica do game para reconhecer padrões betx freebet análise dos dados que você pode fazer com dedicação ou persistência; Com isso betx freebet {k0} mente podemos nos tornar um mestre na previsão da partida no Aviator: lembre-se sempre há espaço pra melhorar!

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Rafinha chega acelerado no espaço anexo à salabetx freebetimprensa do São Paulo. Não era pressa — tanto que ficou por maisbetx freebetduas horas sentado e com disposição para falarbetx freebettudo —, mas é o jeitão intenso do paranaensebetx freebetLondrina. Caçulabetx freebetsete irmãos, o Rafinha que leva "bonde"betx freebet20 amigos para os jogos vive os últimos diasbetx freebetuma trajetória que começou no salão embetx freebetcidade.

Aos 39 anos, com desejobetx freebetjogar o máximobetx freebetquatro mesesbetx freebet2025, Rafinha já olha para o futuro: também quer ser treinador. Não descarta se juntar ao amigo Filipe Luís, ex-companheirobetx freebetFlamengo, mas revela convitesbetx freebetJorge Jesus ebetx freebetoutros companheiros da vitoriosa passagem alemã.

Rafinha no Abre Aspas: aos 39 anos, lateral-direito brinca: "Sou o último dos moicanos" — Foto: Marcos Ribolli

Ao Abre Aspas, do ge, lembrou do primeiro contratobetx freebetR$ 700 — e da emoção da mãe ao saber do valor para aquele guri entãobetx freebetcabelos cacheados —, foi franco sobre a zoeira com os brasileiros no Bayern depois do 7 a 1 e saiu do sério mesmo quando falou das denúnciasbetx freebetJohn Textor, que o tinha como um dos potenciais acusados. Próximo ao adeus dos gramados, vai levar esse espírito vencedor — e cobrador — para a beira do campo.

– Sou chato, mas sou campeão. Melhor ser assim do que um simpático que não ganha nada.

Rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

betx freebet Ficha técnica

  • Nome: Márcio Rafael Ferreirabetx freebetSouza;
  • Nascimento: 7betx freebetsetembrobetx freebet1985,betx freebetLondrina (PR);
  • Carreira: Coritiba, Schalke 04, Genoa, Bayernbetx freebetMunique, Flamengo, Olympiacos, Grêmio e São Paulo. Fez quatro jogos pela seleção brasileira;
  • Principais títulos: pelo Coritiba, bicampeão paranaense (2003 e 2004); no Bayern, entre 2012 e 2019, um Mundialbetx freebetClubes, uma Liga dos Campeões, sete Bundesligas, quatro Supercopas da Alemanha, quatro Copas da Alemanha e uma Supercopa da UEFA. No Flamengo, uma Libertadores, dois Brasileiros, uma Supercopa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana e um Carioca. No São Paulo, venceu a Copa do Brasilbetx freebet2023 e a Supercopa do Brasil. Com a seleção brasileira, foi medalhabetx freebetbronzebetx freebet2008.

ge: Como anda a cabeça para o fimbetx freebetcarreira?

Rafinha: — É difícil, esse momento é o mais difícil para um atleta. Colocar um ponto final, pendurar as chuteiras. Esse ano eu perdi metade da temporada porque tive duas lesões graves e comecei a jogar no finalbetx freebetjulho. Então, falei "não é justo", preciso terminar bem. Claro que eu vou querer até o meio do ano que vem ou até depois dos estaduais. Mas quero terminar bem esse ano. Terminar bem fisicamente para, com o São Paulo, chegar a um acordo para que possa ficar mais alguns meses e aí sim terminar minha carreira.

Rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

— Mas eu estou tranquilo nessa parte. Quanto a renovar o contrato ou com negociação das coisas, não esquento com isso, não. Estou com 39 anos e acho que essa é a parte mais fácilbetx freebetse resolver. Acho que é mais uma questão minha mesmo, fisicamente e mentalmente também estar preparado, porque é uma responsabilidade muito grande jogar no São Paulo. Mas eu vou analisar depois que acabar o último jogo do campeonato, a gente senta e conversa com calma.

Pensarbetx freebetparar é algo que dói ou você também pensa que já estábetx freebetsaco cheiobetx freebettudo?

— Tem hora que chegobetx freebetcasa e, não vou mentir, choro ali escondido, porque é complicado, né? São 20, 21 anosbetx freebetfutebol profissional, o jogo ali, é um detalhe. O gostoso é ali, a resenha, o convívio, as amizades que você faz. Claro, as conquistas ficam eternizadas nos lugares, mas o que envolve o futebol é também o ambiente, a parceria, o companheirismo, os amigos que você faz durante essa caminhada.

— Claro, a gente vai continuar no esporte, mas você sair desse meio é complicado. Às vezes dá aquela tristezabetx freebetsaber que vou ter que parar. Mas também sou consciente que existe vida fora do futebol. Tenho amigos que pararam recentemente e falaram desse lado muito gostoso, sem ter limitação para fazer nada, poder ficar tranquilo, dormir sem ter hora para treinar no outro dia.

Esse processobetx freebetpararbetx freebetjogar é individual ou você compartilha com a esposa, com pessoa mais próximas?

— Eu já conversei com a minha família desde o ano passado. É que quem vê a carcaça aqui por fora acha que está tudo bem, mas, após os jogos, os treinamentos, o corpo já começa a mostrar e ter as reações. Não é a mesma recuperação, as dores aumentam muito. E um lateral, tanto direito quanto esquerdo, com 39 anos, hojebetx freebetdia no futebol, não existe. Eu sou um dos últimos moicanos da minha geraçãobetx freebetlateral.

– Cara, me sinto privilegiadobetx freebetter tido uma carreira como eu tive. É difícil também. Eles (familiares) gostambetx freebetme acompanhar nos jogos e sempre por onde passei fui campeão. E eles também sofrem muito. Sofri muito com as derrotas que eu tive na minha vida, que não foram poucas, mas já venho preparando minha família desde do ano passado, estão cientesbetx freebetque está chegando a horabetx freebetme despedir também dos gramados.

Rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

O que é que dóibetx freebetvocê?

— Eu nunca tive lesão muscular na minha carreira. Só que agora,betx freebetum tempo para cá, ano passado, no penúltimo jogo contra o Atlético-MG, no Mineirão, eu acabei tendo uma lesão que rompi o ligamento importante atrás do joelho e aí me complicou muito. Eu tive que fazer um tratamento muito intenso para poder jogar a final contra o Palmeiras,betx freebetfevereiro.

– Fiz algumas manobras que, fosse há dez anos, eu não faria para poder jogar aquele jogo, mas depois acabou piorando a situação. Depois daquele jogo contra o Palmeiras eu fiz muito tratamento, infiltração, muitas coisas fortes para poder jogar aquele jogo e aí depois do jogo piorou. Depois não consegui mais correr, fazer as coisas que eu estava fazendo na basebetx freebetremédio. Então isso aí me travou um pouco. Eu nunca tive lesão muscularbetx freebetligamentos,betx freebettendão, nada dessas coisas.

– Quando eu volto, treino duas semanas, joguei contra o Novorizontinobetx freebetcasa, perdemos nos pênaltis. Volto depoisbetx freebetduas semanas, estreia da Libertadores e quebro a perna. Aí fiquei quatro meses parado. Tive problemasbetx freebettorçãobetx freebettornozelo ou pancada, mas nunca coisa gravebetx freebetficar três, quatro meses parado, e esse ano aconteceu. Hoje eu estou jogando, mas sinto que não estou 100%, porque fiquei muito tempo parado.

A gente está falando da dificuldade no fim da carreira. Mas e o início, foi difícil também?

— O meu começo foi terrível. Jogando futebolbetx freebetsalão com dificuldade, sem ter tênis, sem ter vale-transporte para ir treinar. Se a gente falarbetx freebetdificuldade, eu vou ficar aqui até amanhã, porque a minha infância foi triste. Passei necessidade, passei apuros mesmo, mas tinha esse sonho. Não vou mentir, nunca tive assim: "ah, quero jogar na Europa, jogar na Seleção, ter aquele título". Não, cara, eu queria virar jogador para poder dar uma vida melhor para minha família.

– Eu gostavabetx freebetjogar bola, mas sabia que jogando futebol, fazendo aquilo ali, ia ser bem remunerado. Mas não tinha essa ambição. Meu pensamento era totalmente outro. Era poder jogar, ganhar dinheiro para poder levar comida para minha casa. Minha mãe comer, meus irmãos comerem. Somosbetx freebetsete, e a gente não tinha nem o que comer. Então era esse era meu objetivo maior.

rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

Quando foi que você percebeu que estava ajudando muitobetx freebetcasa, colocando comida na mesa?

— Foi no Coritiba, quando eu assinei meu primeiro contrato profissional. E aí eu falei para minha mãe quanto ia ganhar e ela ficou desesperada: "Meu Deus, não acredito que vai ganhar isso tão novinho. Estou trabalhando aqui há tanto tempo e não consigo".

— Cara, para você ter ideia, meu primeiro salário foi R$ 700. Em 2004. E aí tinham o seu Kruger, que trabalhava no Coritiba e que já faleceu, ele era diretor da base e inteirava também. A gente morava no Couto Pereira, jogava no profissional, mas morava no Couto Pereira. Eu não tinha apartamento para morar e às vezes ele me dava mais uns R$ 200, R$ 300 por mêsbetx freebetpresente. "Vai lá, compra tal coisa para você, compra um chocolate, uma camisa, compra alguma coisa".

– Então, nem nos sonhos mais otimistas ia imaginar que a minha carreira ia acontecer. Saí do Coritiba para ir para o Schalke 04 do dia para a noite. Saíbetx freebetCuritiba para a Alemanha, no norte da Alemanha. Foi uma mudança muito rápida.

O quebetx freebetmãe fazia?

— Minha mãe trabalha no banco, era copeira. Ela trabalhou a vida inteira nos bancosbetx freebetLondrina. Fazia café para o pessoal. O meu pai faleceubetx freebet2002. Logo que eu cheguei no Coritiba. Meu pai era assim... Participavabetx freebetcasa, às vezes tinha uma confusão lá com a minha mãe, aí saía e estava sempre assim, tinha as idas e vindas dele.

– Não ficava muito com a gente, mas tenho maior carinho, sempre tive muito respeito. Não era um pai muito presente, porque éramosbetx freebetsete e ele também trabalhava muito porque tinha que sustentar, ajudar minha mãe no trabalho. Ele ficava um pouquinho e saíabetx freebetcasa também para fazer os trabalhos dele. A única coisa é que o meu pai não me viu jogar. Meu pai acompanhou quando eu era molequinho, só pegou a fase ruim. Não teve o prazerbetx freebetpoder desfrutar da vida boa que eu pude dar para minha família.

Rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

Esse "último dos moicanos" dialoga como com aquele garotobetx freebetcabelo cacheado, lateral agudo e jovem?

— Às vezes dá até saudade. Eu tinha cabelo para caramba, agora até meu cabelo caiu. Cabeludo, tirava maior onda (risos). Mas eu procuro passar para os meus filhos. Tenho uma filhabetx freebet15 anos, umabetx freebet11, umbetx freebetcinco e umbetx freebetdois. Quero dar tudo, fazer tudo pelos filhos, dar sempre o melhor, mas eu sou muito pé no chão. Eu gostobetx freebetdar as coisas para os meus filhos, mas mostrando para eles como é difícil ter aquilo ali.

– Quem sabebetx freebetonde veio, sabe pra onde vai, né? Faço as coisas, mas sempre: "Olha, para ganhar isso aqui tem que fazer isso". Então, sempre mostrando o outro lado para não ter tudo fácil, porque na minha vida foi tudo difícil.

— Eu tive que fazer o corre para ajudarbetx freebetcasa, para ser o homembetx freebetcasa, para sustentar minha família toda, para poder dar uma boa vida para os meus filhos. Eu falo para todos eles, até sobrinho: "Dá valor, porque é complicado e para ganhar isso aí é difícil". Eu gosto muitobetx freebetfazer essa comparação da minha época com abetx freebethoje. É claro que é um tempo totalmente diferente, mas eu gosto muitobetx freebetdeixar essa importância do que significa para você ganhar tal coisa, tal presente, tal brinquedo. Eu gosto muito disso.

Como caçula, imagino que tenha havido sacrifício da família para ajudar na carreira. Como foi?

— Tudo o que vivi na minha vida eu sempre levei todos eles comigo. O que eu vivi, eles tiveram o prazerbetx freebetviver também. Viajar, andarbetx freebetavião, ir para a Europa, comerbetx freebetrestaurante bom e conhecer praia legal. Eu pude oferecer para minha família e meus amigos todos.

– Eu achava que era justo fazer isso, porque eles eram muito por mim. Eu não tenho um amigobetx freebet20 anos. Os meus amigos são todos que eram amigos dos meus irmãos e através deles viraram meus amigos. De 50 anos, 55, 60, 40 anos... Eu não tenho amigobetx freebet25 anos. Esses caras que me ajudaram quando eu era criança, vendia garrafa para arrumar vale-transporte. Às vezes dava o vale-transporte para mim e ia trabalhar a pé, trabalharbetx freebetbicicleta. Quantos amigos fizeram isso!

– As minhas irmãs às vezes tiravam da cartelabetx freebetvale-transporte do mês para dar um dinheiro para mim. "Olha, pega esse vale-transporte e troca por um dinheiro para cachorro-quente ou pelo suco". Era complicado, com sete, ainda! Se tirassebetx freebetum ali, ia faltar. Minha casa era uma refeição só. Ou era almoço ou era a janta. Não tinham duas refeições. Não sabia o que era isso. Natal, Ano Novo, era uma bandejabetx freebetiogurte. Cada um tomava um. E minha mãe nada.

rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

– Não estou exagerando não. Minha família sempre foi assim mesmo, no limite. Eu canseibetx freebetver minha irmã... Não tinha fraldas, essas fraldasbetx freebethojebetx freebetdia, descartáveis, nunca tive isso. E às vezes, para suprir a falta do leite que não tinhabetx freebetcasa, minha mãe me dava água doce. "Está cansado? Dorme. Dorme que passa a fome". E essas coisas assim marcam muito. Depois que você começa a ver o outro lado, começa a ganhar um dinheiro e ver as coisas isso marca muito. Falarbetx freebetinfância é f... Você me quebra aqui.

E você carrega muitos deles no seu dia a dia?

— Então muita gente fala: "Pô, o Rafinha só anda com 10, 15". Levo mesmo, levo para todo lado. Tem amigo meu que não tem um chinelo para usar e eu levo pra todo lado. Levo para a Alemanha, levo para a França. E às vezes minha mãe: "Pô, você prefere levar os amigo do que osbetx freebetcasa?". Os caras me ajudaram tanto, estavam comigo na fase ruim, estão comigo até o fim.

Isso às vezes é malvisto nos clubes, no ambiente do futebol?

— Não é malvisto, mas assusta. Porque jogador é visto como o cara que tem sempre 20 pessoas do lado. E os caras acham que a pessoa só quer aproveitar. "Ah, o cara só anda com dez, 15. Se ele tiver dinheiro, está todo mundo perto dele". Não, no meu caso não. E eu também não julgo ninguém. Quem sabe? Você conhece o cara desde criança para falar? Ninguém conhece.

– Esses caras estão comigo desde quando eu era criança, moleque. E às vezes assusta, por exemplo, quando cheguei aqui no São Paulo, eu falei: "Meu bonde é grande". Eu ia falar: "Olha, precisobetx freebetingresso".

Você acha que a garotada hoje chega com essa mesma fome que você, um garoto que ganhava R$ 700, chegou naquela época?

— Chega, sim, a molecada chega com vontadebetx freebetvencer,betx freebettriunfar na vida,betx freebetchegar a virar um profissional. Mas, assim, claro, com outras situações. Tem umas coisas que, no meu modobetx freebetver, atrapalham um pouco, que é a rede social, às vezes muita informação, entendeu? Às vezes o moleque não tem mais aquela dificuldade que tinha na época que eu subi pro profissional.

– Hoje o moleque sobe para o profissional ganhando muito dinheiro. Não são todos, mas tem alguns que acham que já está resolvido. Não estou falando do São Paulo, estou falando no geral. Tem muita informaçãobetx freebetrede social,betx freebetempresário,betx freebetclube. Às vezes o clube também faz muita coisa por esses atletas e deixa o moleque tranquilo, numa situação privilegiada.

— Não é que falta fome, mas se deixa levar um pouquinho, entendeu? Às vezes o torcedor fala bem, fala mal e a molecada está aí no meio nessa coisabetx freebetrede social. Isso aí hoje é uma coisa que pode atrapalhar. E atrapalha. Mas pode atrapalhar no futuro também, porque não são todos que têm cabeça.

–O cara fala ali na rede social, ele pode ter jogado uma merdabetx freebetjogo, não fez nada, não acertou um passe no jogo. Mas vai na rede social e todo mundo fala que ele jogou bem, ele acredita que está tranquilo. E se ele arrebenta no jogo, mas na rede social, no Instagram, falam que jogou mal, ele vai acreditar. Eu conheço vários que estão tentando desligar um pouquinho da rede social e está melhorando muito o desempenhobetx freebettreinos e jogos. Acho que isso é coisa que pode atrapalhar essa garotada que está subindo. Na minha época não existia isso, então é diferente. Não tem como julgar também.

Você já precisou pegar no pé, na orelhabetx freebetum, para alertar?

— Já, eu só não falo o nome porque não é legal. Mas já. Muito, muito, muito, muitas vezes. O cara nem fala nada, mas você nota no semblante. Joga o jogo mal, outro dia chega com a cabeça baixa. Aí quando faz um gol, joga bem, chega no jogo, faz um montebetx freebetjogada boa, já chega... Então a gente sabe, não precisa falar. Eu falo pra eles: "Está te fazendo bem ficar vendo alguém te xingando, te esculachando? Se não faz bem, para que você vai ficar vendo?".

— Às vezes o que eu não gosto é quando acaba um jogo, porque tem jogador que já vai direto para o telefone, ver o que falaram... Cara, isso não é saudável. Não é só moleque não, viu. Jogadores experientes fazem isso. Não é aqui no São Paulo, ébetx freebettodo lugar. Na Europa faz. Acaba o jogo, vai ver o que os caras estão falando, se estão falando bem, se estão falando mal. Hojebetx freebetdia, muitos estão deixando a identidade ser moldada pela rede social.

— Se o cara fala que você é bom, você acredita que é bom. Se o cara fala que você é ruim, você acredita que é ruim. Não é o que você faz durante a semana inteira, o trabalho que você faz ou o esforço que você faz. O sacrifício que passou no começo da tua vida... Pô, com todo respeito, a gente respeita jornalistas, esses que têm canal no Youtube, respeito tudo, mas como que eu vou deixarbetx freebetfazer o que eu faço, mudar minha carreira, mudar minha vida, meu jeitobetx freebetjogar, por que um torcedor que tem um canal no YouTube falou que eu tenho que bater na bola mais fraco, mais forte?

– Eu jamais vou fazer isso. A gente respeita, cada um pode falar o que quiser. Mas, assim, a minha personalidade, minha identidade ninguém vai mudar. Eu escuto, pode falar. Mas vou deixarbetx freebetfazer porque alguém falou, da internet? Ah, com todo respeito, nunca. Nunca na vida!

– Ex-jogador eu gostobetx freebetescutar. O cara que já viveu o que eu já vivi. "Pô, se tivesse batido na bola desse jeito, se tivesse marcado aqui...". Aí é legal. Mas tem uns também que falam algumas besteira, mas também a gente respeita, cada um tembetx freebetopinião. O cara falou coisa boa, eu gostobetx freebetescutar. Mesmo que seja um cara que não ganhou nada na vida, mas se é um cara mais velho, eu gostobetx freebetescutar. O que jogou futebol merece respeito. Agora, torcedor ou pessoa que tem canal aíbetx freebetclube e falar o que o cara tem que fazer, o que o cara é incapazbetx freebetfazer? Não, isso não dá valor.

Como você consegue se blindar das críticas?

— Eu não vejo. Até brincam comigo que chego todo dia sorrindo. "O Rafinha está com a vida boa". Não é, por que eu vou ficar vendo uma coisa se eu sei que não vai me ajudarbetx freebetnada? Se o cara fala que eu sou bom demais ou ruim demais, no outro dia vou ter que treinar igual, jogar igual, fazer as minhas obrigações iguais.

— Para que vou me estressar com isso? Rafinha não joga nada? Paciência. Rafinha está velho? Paciência. Rafinha é craque, vou fazer o quê? Eu levo a minha vida. O que eu tenho que fazer, eu tenho traçado. Treino todos os dias, me dedico ao máximo, sou profissional. Então assim, eu vou deixarbetx freebetir? Não, jamais, estou fora. Isso não me pega, deste veneno eu não tomo não (risos).

Aqui no Brasil você virou alvobetx freebetcomentários maldosos nas redes sociais por, supostamente, ter sido "entregadorbetx freebetisotônico" no Bayern. No título cariocabetx freebet2021, você comemorou entregando isotônico para os companheiros. Aquilo te irritou ou você leva essas coisas na brincadeira?

— Isso aí foram uns caras que começaram a brincar lá no Riobetx freebetJaneiro falando que eu era entregadorbetx freebetGatorade. Eu falei: "Pô, velho, que loucura". Cara, que Deus o tenha, tinha o Jorginho e o Denir (massagistas do Flamengo, já falecidos), os caras brincavam muito comigo: "Que história é essabetx freebetGatorade?". Começaram a falar, mas eu não estava ligadobetx freebetqual era o motivo.

– Depois que eu fui entender que os caras falaram que era porque eu ficava no banco no Bayern e ficava entregando água para os caras. Aí no dia da final que fomos campeões cariocas, tinha uma bolsa e um carrinhobetx freebetGatorade, e os cara lá: "Vai, Rafinha, entrega para a rapaziada". Aí eu peguei o carrinho, comecei a entregar para todo mundo. E aí viralizou.

– E foi bom demais, depois eu arrumei um patrocínio fera da Gatorade, me contrataram, fiz propaganda na Copa do Mundo. Fiz um contratobetx freebetdois anos, coisa mais linda do mundo (risos). Fiz um contrato fera. Mas vou fazer o quê? Vou brigar? Vou achar ruim? Até hoje brincam, mas foi bom demais, me deixou grande (risos). Fiz muitos jogos pelo Bayern, isso não existe.

Essa imagem do alemão durão, a Copabetx freebet2014 meio que desmistificou, né? Com os caras brincando, todos simpáticos aqui no Brasil. Você tinha uma impressão e mudou quando conviveu com eles?

— As pessoas vendem uma imagembetx freebetque alemão é frio, que eles não gostambetx freebetdar risada. Mas eles tiveram duas guerras, é normal, o pessoal mais antigo é muito sério,betx freebetdisciplina. Alemão é trabalho e casa, casa e trabalho. Não tem esse calor humano igual aqui.

– No Brasil você conhece alguém num dia e parece que é o melhor amigo do cara. Alemão para te levar na casa dele você tembetx freebetconhecer há cinco anos. Para ter confiançabetx freebetvocê, leva tempo. Mas eu amo aquele país, tenho muitos amigos, e os caras brincam, ainda mais jogador, tiram onda, tiram sarro. Um país espetacular. Claro, cultura, civilização dos alemães ébetx freebetoutro mundo. Um país espetacular.

Qual a leitura que você faz do ambiente do futebol brasileiro? Acha um ambiente hostil?

— Ah, cara, essa pressão é gostosabetx freebetviver,betx freebettorcida,betx freebetcampeonato,betx freebetdecisões,betx freebetsempre terbetx freebetestar ganhando, isso á uma delícia, todo jogador sonhabetx freebetviver essa pressão.

– Tem torcedor que acha que tem o direitobetx freebetfazer cobranças que não existem, botar dedo na cara, tacar pedra, chutar carro, bater. Isso não existe. O cara perde um jogo e não pode ir no restaurante. Você trabalhabetx freebetUber, errou o caminho ontem e hoje vou te matar porque errou o caminho? Todo mundo só acerta? O atletabetx freebetfutebol no Brasil tem isso, se ele erra alguma coisa, tem se ser cobrado pelo treinador, mas torcedor ameaçar, bater, ameaçar filhos, isso aí é um absurdo.

Você passou por algo assim no Brasil?

— Não passei, às vezes pega pressãobetx freebettorcida que quer cobrar resultado, aí sim. Mas quando vai para a violência, perde a razão. Isso eu sou contra.

rafinha abre aspas — Foto: Marcos Ribolli

E aquele tipobetx freebetvisitabetx freebetlíderes torcedores organizados no CT?

— Não, isso aí acontece. Time grande é isso, joguei no Flamengo, Grêmio, Coritiba, estou no São Paulo. Os caras querem que o time seja campeão. Cobrar é legal, no estádio, acha que o time não está rendendo. Mas às vezes o cara vem cobrar no CT com respeito, conversar, se ele ver o que a gente faz na semana, com certeza não vai protestar. Mas é errado, imagina a gente vai no trabalho do torcedor protestar? Tudo tem que ter limite. Ele paga ingresso, sem a torcida a gente não é nada. Mas nadabetx freebetameaçar e baterbetx freebetjogador. Isso não é futebol. No Brasil, isso tinha que melhorar muito.

E como foi pra você os últimos meses antes do rebaixamento no Grêmiobetx freebet2021?

— Eu tenho um carinho grande pelo Grêmio, tinha muita vontadebetx freebetjogar no Grêmio, ebetx freebet2021 fui para lá. Cara, ficamos seis meses, do começo ao meio do ano, top. Campeões gaúchos, ganhamos a Recopa Gaúcha, classificamosbetx freebetprimeiro na Sul-Americana, estava tudo perfeito. Era pandemia, não tinha torcida, e o time ganhando. Perdemos alguns jogos no Brasileiro, primeiro saiu o Renato Gaúcho porque o Grêmio saiu na pré-Libertadores, Thiago Nunes chegou, fomos campeões, perdeu quatro jogos no Brasileirão e foi mandado embora.

– Chegou o Felipão, ficamos um período sem ganhar e foi muito difícil. Não conseguia ganhar e, quando ganhava, os outros também ganhavam. Vou confessar, foram os cinco meses mais difíceis da minha vida. Nunca tinha passado por aquela situação, o Grêmio só com fera, um ambiente espetacular, um timebetx freebetpessoas boas. E aí o pessoalbetx freebetfora insistiabetx freebetcriar uma imagem que era um grupo que não estava nem aí com nada, mas pelo contrário. Sofremos muito naquele segundo semestre, o que terminou no rebaixamento. Não merecíamos passar por aquilo.

– Mas tenho só gratidão ao Grêmio, saláriobetx freebetdia, nunca atrasou, o time na zona do rebaixamento e tudobetx freebetdia, os torcedores na rua reconheciam nosso comprometimento. Foram mesesbetx freebetsofrimento. Fico triste ter terminado daquele jeito, mas tenho um carinho grande. Tenho muitos amigos lá. Prefiro ficar com as lembranças boas.

Qual o tamanho do Bayernbetx freebetMunique nabetx freebetvida?

— Ah, eu vivi um sonho. Vivi o auge da minha carreira lá. Trabalhei com Guardiola, Ancelotti, Jupp Heynckes e Niko Kovac. Eu desfrutei muito do futebol, foi onde mais vivi o futebol, era campeão todo ano, ganhei os maiores títulos do futebol, a Liga dos Campeões, fui campeão do mundo, Supercopa da Europa, ganhei muitos Campeonato Alemão, Copa, Supercopa...

– Fora os títulos, que marcam, o respeito que consegui ganhar naquele time, nos últimos quatro anos,betx freebet2015 a 2019, virei o terceiro capitão, foi um período especial, joguei só com fera do lado, a bola chegava redonda, todo fimbetx freebetsemana a Allianz Arena com 80 mil pessoas, cara,betx freebetverdade... É um filme que eu queria voltar e começar do começo. Não me arrependobetx freebetnada, vivi intensamente, não via a horabetx freebetir treinar, o time era muito bom, unido forabetx freebetcampo. Ganhei tudo o que tinhabetx freebetganhar no Bayern.

E existe um combinado que você fará um jogobetx freebetdespedida?

— No meu último jogo, eu não joguei. E aí o Rummenigge falou: "Você tem que jogar um último jogo no Bayern". O treinador fez as escolhas dele, um cara nosso foi expulso e ele não me botou no meu último jogo. Tivemos essa conversa. O Bayern me deixou essa porta aberta para eu fazer o último jogo. E fui para lá no ano passado, o jogo dos dez anosbetx freebettríplice coroa, e falaram que estão me esperando para eu fazer o último jogo.

E daí vem o reconhecimento sobre você num trecho grande da biografia sobre o Guardiola, né?

— Ali foi o carimbo. Eu até brinco, o Guardiola só carimbou, botou no livro dele, reconheceu firma ali que aquele momento para o clube, para o time, para aquela grupo eu era muito importante. Ele coloca no capítulo do livro dele: "Rafinha, o mais importante". É complicado falar, quem sou eu para falar uma coisa dessa, quem falou foi ele, o melhorbetx freebettodos (risos). Brincavam comigo: "Só porque o Guardiola falou".

– Mas é o carinho e respeito que teve por mim,betx freebetme colocar neste pedestal como o mais importante daquele time que só tinha fera, eu era peixe pequeno, mas com ele foram maisbetx freebet120 jogosbetx freebettrês anos, foi o treinador que eu mais joguei na minha carreira. Ele falava que eu era um jogador que ele podia contar sempre, que jogando ou não jogando eu estava sempre com a mesma cara.

– Eu estava no Bayern, sendo treinado pelo Guardiola, meu concorrente era o Philipp Lahm, aí ele coloca o Lahm no meio-campo para eu jogarbetx freebetlateral-direito. Vou falar o quê? Abracei aquela situação, foram três anosbetx freebetaprendizado, onde desfrutei do futebol. É gostoso demais jogarbetx freebettime bom, com treinador bom, sabendo que você vai ganhar.

Neste ano tivemos os dez anos da vitória da Alemanha por 7 a 1 contra o Brasil na Copa do Mundobetx freebet2014. Como foi viver isso lá do outro lado?

— Eles tiraram muita onda, meu Deus do céu. O Thomas Müller nem se fala. No começo tudo bem, o Dante estavabetx freebetférias, mas quando ele voltou o negócio ficou sério, o cara estava ferido. Eles brincavam: "Aí Rafinha, escapou". O Dante ficava no veneno. Eu falava: "Calma, Bahia". Toda hora soltavam piadinha.

– Às vezes falavam: "Olha, Rafa, dia 7". O Dante um dia falou: "Por favor, parem com essa brincadeira que não é legal". Mas não tinha como. Eu não participei, então eu falava: "Para, o Dante está triste". Mas no começo eles tiravam onda. Tinham dez deles lá, não tinha como achar ruim. Foram campeões do mundo, ganharam do Brasil e depois da Argentina. Filho, vai falar o quê? Boateng, Neuer, Philipp Lahm, Schweinsteiger, Toni Kroos, Müller, Götze, Mario Gómez... Todo mundo estava lá.

E você vendo o jogo, o que achou?

— Então, eu não vi o jogo, estava no avião voltando para a Alemanha. Não esqueço quando o piloto falou que o Brasil tinha perdido por 7 a 1, ninguém achou que era verdade. Todo mundo achou que era brincadeira. Infelizmente aconteceu, é triste, tinha muito amigo nosso, desvaloriza a gente, né? Quem está fora do Brasil sente. Complicado.

Mas você consegue entender aquele jogo?

— Os caras já sabiam muita coisa, desde 2006 quando perderam a Copa na Alemanha, reformularam a seleção,betx freebet2010 perdem a semifinal para a Espanha ebetx freebet2014 eles estavam preparados. Lembro que o Klose falava: "Rafinha, a gente já sabia o que ia fazer".

– Estava tudo desenhado, não fizeram força para fazer gol. Mas é triste, não gostobetx freebetfalar disso, falarbetx freebetfora é fácil, quem estava lá fica marcado, é ruim, os caras têm história linda no futebol, não pode acabar a carreira dos caras por causabetx freebetum jogo. Falam que o jogo mais difícil na Alemanha foi contra a Argélia. Eles falavam lá. Os alemães estavam preparados para ganhar aquela Copa.

Você tem uma coisa meio mal resolvida com a seleção brasileira? Fez a base inteira, Mundial Sub-20, medalhabetx freebetbronze nas Olimpíadas, teve a dispensa. É algo mal resolvido para você?

— Não é mal resolvido. Uma vez eu pedi para ser desconvocado da Seleção. Quem sou eu para falarbetx freebetSeleção, né? Minha históriabetx freebetSeleção é muito curta. Eu joguei oito anos no Bayern e tive muito pouca chance, essa é a coisa. Eu tenhobetx freebetagradecer ao Dunga, a ele eu sou grato. Quando eu estava no Schalke 04, ele me acompanhava e me levoubetx freebet2008, competindo com Maicon e Daniel Alves.

– E me levava várias vezes para a Seleção. A ele eu sou grato, me convocou e me botou para jogar. Mas faltou uma Copa do Mundo para mim, eu tinha que ter jogado uma Copa do Mundo. Foram 14 anosbetx freebetAlemanha, um na Grécia, um na Itália, tinha experiência, joguei muitas decisões, faltou uma Copa.

Qual Copa?

— Abetx freebet2014, o Maicon estava bem, mas estava machucado, mas Maicon e Daniel Alves eram superiores a mim naquele momento. Agorabetx freebet2018 eu tinha que estar naquela barca, respeitando quem foi, mas eu estava muito preparado, na preparação da Copa eu tinhabetx freebetter tido mais oportunidades. Aí, Felipão me levou numa convocação antes da Copabetx freebet2014, mas o grupo já estava fechado, o Parreira mesmo me falou, Felipão queria me testar, mas o grupo estava fechado...

Mas você entende quando acontece uma convocação por afinidade?

— Difícil falar. Cara, a seleção brasileira é o ponto mais alto para nós, nem sempre vão os que estão melhores no momento. Conta muito confiança do treinador, isso também é válido, mas acho que a Seleção precisa ser momento.

Ser mais contestador te atrapalhou com Tite?

— Não, meu negócio com o Tite foi diferente. Ele me ligou uma vez, disse que acompanhou a pré-temporada no Bayern nos Estados Unidos, me elogiou, gostariabetx freebetsaber meu sentimento com a Seleção. Eu fui claro: "Olha, professor, obrigado, sóbetx freebetestar me ligando já está ótimo. Mas eu pedi para ser desconvocado porque não me via concorrendo. Eu era quarta opção. Dois machucaram e o quarto era eu. Eu não fazia parte da disputa".

– Às vezes improvisavam o Fabinho, do Monaco, e não me convocavam. Então eu falei: "Se você me convocar, eu gostariabetx freebetir se tivesse continuidade, se me desse umas duas ou três convocações para me ver jogar". Se ele me levasse, eu ia fazer minha parte, confio muitobetx freebetmim, eu ia ajudar, estavabetx freebettitular no Bayern. Ele disse que não garantia convocação, mas entendeu meu desejo. A gente estava indo num jantar, eu e o Lincoln, que é meu amigo. Ele entendeu. Teve umas duas convocações, ele não chamou, ebetx freebetjunhobetx freebet2017 ele me convoca para dois amistosos na Austrália, nossa que viagem pertinho, lá na Austrália, contra a Argentina e a Austrália.

Abre Aspas: Rafinha se ressentebetx freebetnão ter jogador Copa e mostra mágoa com Tite por 2018

– Beleza, joguei uns três minutos contra a Argentina e depois contra a Austrália joguei o jogo inteiro. Na minha concepção, fui bem. Volto para a Alemanha e na convocação seguinte ele não me convocou. Outra convocação, ele não me convocou. Eu falei: "Cara, tem algo errado". Ele falava que eu estava no radar. No final do anobetx freebetnovo, a penúltima antes da Copa, aí eu desisti, larguei.

— Eu tinha falado para ele no telefone que só gostariabetx freebetir se tivesse sequência. Assim, aconteceu, não me chamou mais, não tive mais oportunidades, fiquei chateado. Faltou uma Copa do Mundo. Joguei Sub-17, Sub-20, mas faltou. Podia ter ajudado todo mundo, estava jogando num nível altíssimo no Bayern. Merecia, né? Fiz uma carreira espetacular.

Você teve convites da seleção da Alemanha? O seu pedidobetx freebetdesconvocaçãobetx freebet2015 foi por isso?

— Não, isso foi depois, eu pedi a desconvocação antes. Aí o Joachim Low e o Hansi Flick (auxiliar) foram no Bayern, e o Philipp Lahm estava saindo da seleção e disse que o cara que poderia substituí-lo era eu. Eles vieram, falaram que iam fazer todo projeto, eu já estava com o passaporte na mão, eu abracei, falei: "Estou dentro". Falei por telefone, que eu queria jogar pela Alemanha, que estava zangado, que no Brasil não tinha oportunidade. Eles vieram firmes. Aí finalbetx freebet2015 ia ter uma convocação, Alemanha contra a Bósnia. E lá eles avisam um mês antes, falaram que eu seria convocado. Mas fui bunda-mole, pulei para trás. Eu tinha vontadebetx freebetjogar pelo Brasil uma Copa do Mundo, não pela Alemanha.

– Fiqueibetx freebetcima do muro. Os jogadores falaram que queriam que eu jogasse. Mas quando surgiu o boato que ele ia me chamar, o coração falou mais alto. Não é que me arrependo, mas queria jogar no Brasil. Falei para os caras do Bayern que eu não me sentia confortável. E já tinha feito tudo.

Faria diferente hoje?

— Ah, se soubesse que eu não ia ser convocado, eu teria ido, teria jogado a Copa do Mundobetx freebet2018 pela Alemanha, mas eu queria pelo Brasil. Fui convocado (para as Eliminatórias), mas para a boa que era a Copa, eu não fui.

Como torcedor do Brasil, como vê a Seleção e o momento do Neymar?

— Eu comecei a torcer muito mais para a Seleção agora que o Dorival está no comando. Com o Fernando Diniz também já estava torcendo bastante. A gente tem que torcer para o Brasil voltar a vencer, a conquistar títulos. É o país do futebol, o mundo deve ao Brasil, a gente precisa voltar aos trilhos e tenho certeza que o Dorival fará um grande trabalho, que os jogadores rendam na Seleção o mesmo que rendem nos clubes. A Seleção está bem servida.

— E sobre o Neymar, a gente tem que tratar o Neymar com muito mais carinho, o torcedor e a imprensa às vezes pegam muito forte com ele. Neymar é o melhor que nós temos agora depoisbetx freebetRonaldo, Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo, essas feras que passaram, ele é o melhor que temos.

– Temos que cuidar do Neymar, igual Portugal cuida do Cristiano Ronaldo, igual a Argentina cuida do Messi. Não estamos fazendo isso. Todos que estão na Seleção são bons, mas igual o Neymar não tem, é o melhor que nós temos. Temos que fazerbetx freebettudo para sele voltarbetx freebetalto nível, aí teremos grandes chancesbetx freebettrazer algo para o Brasil. Ele é o único que nós temos que faz diferença.

– Querem criticar? Critiquem quando ele jogar mal. Parembetx freebetfalar da vida privada. Se pinta o cabelobetx freebetamarelo ou azul, se a chuteira dele é verde, deixa ele à vontade. O Neymar é nosso craque, joguei contra e a favor. Tembetx freebetcuidar deste moleque, se ele não jogar bem, aí falem. Não tem ninguém igual ao Neymar. Ele 50% é melhor que muitos. Torço para que esteja bembetx freebetnovo. Ele é a nossa salvação.

Você trabalhou com Guardiola e Ancelotti, que já foram especulados para treinar a Seleção. Qualbetx freebetopinião sobre treinador estrangeiro para comandar o Brasil?

– Não, não, não, não gostaria. Pode ser o Guardiola, qualquer um, que eu não gostaria. Temos bons treinadores e treinador da Seleção tem que ser brasileiro. Com todo respeito aosbetx freebetfora, mas nós temos boa escolabetx freebettreinadores, bons treinadores aqui. É que o nosso torcedor, a imprensa quer resultado imediato e isso é o que falta para nós.

No relatório do Textor no ano passado, do 5 a 0 do Palmeiras sobre o São Paulo, você é um dos citados. O que você achou daquilo?

– Eu tive vontadebetx freebetfalar algumas boas para ele, viu? Vou ficar quietinho, não vou responder, não. O São Paulo já fez a parte dele, mas ele foi um irresponsável, né?! As falas dele, o que ele diz ébetx freebetuma irresponsabilidade muito grande. Um cara do calibre dele, respeitado no futebol europeu, dar umas falas daquelas e acusar essa situação foi bem irresponsável, mas não foi falar, não.

– O São Paulo vai tomar as providências. Um dia vou encontrar com ele pessoalmente e converso, estou com o inglêsbetx freebetdia e ele vai entender. Mas foi irresponsável, porque não pode acusar um jogador profissional e o São Paulo Futebol Clubebetx freebetuma situação daquelas.

Ebetx freebetque maneira você vê esse novo cenáriobetx freebetrealidade das apostas no meio do futebol, que tem causado episódios delicados?

– Eu vivi issobetx freebet2010 na Itália. As pessoas falavam e eu não acreditava. É chato, estraga o futebol. Eu estava no Genoa quando teve esse escândalo na Itália. É uma coisa que a gente entende a situaçãobetx freebetcada um, mas não apoio e não passo pano, é horrível. Mas vi alguns garotos falando que estavam sem dinheiro, salário atrasado, isso e aquilo e vem a tentação, sem comida para a família, vem a fraqueza para abraçar a situação que acaba a carreira dele.

– É certo? Horrível, erradíssimo. Tem tanto paibetx freebetfamília que sofre, não tem um centavo no bolso e não faz nadabetx freebeterrado, não rouba. Não é certo, quem errou tem que ser punido e mancha o espetáculo. Imagina você entrar no campo para dar a vida e o outro estar na intençãobetx freebetfazer um pênalti, fazer uma coisa.

– E mais errado ainda quem induz o outro a fazer uma merda dessa e estraga a carreira por causabetx freebetR$ 30 mil. É um dinheirão? É, mas vai acabar a carreira por causa desse valor? Então, as pessoas que participam são erradas, mas também muito errado é quem induz.

Já falamosbetx freebetBayern, Seleção, Grêmio, e agora vamos falarbetx freebetFlamengo... O que você tem no seu coraçãobetx freebettudo o que viveu neste mundo Flamengo?

– Quando vi onde eu estava me metendo, eu vi que o negócio era muito maior do que eu imaginava. O Flamengo é um absurdo. Naquele momento, era a vontade dos torcedores que o Flamengo conquistasse uma coisa grande.

– Começamos a treinar durante a Copa América, e as pessoas parando na rua, por todo lado o Riobetx freebetJaneiro inteiro Flamengo. Estreei contra o Goiás um domingo 11h da manhã. Nunca tinha jogado neste horário na minha vida. Primeira bola que eu pego, eu domino, dou chapéubetx freebetum, chapéu no outro, dou uns toquesbetx freebetcabeça e foi meu cartãobetx freebetvisitas. Ganhamos por 6 a 1 e o bicho pegou. Na quarta-feira, já era jogobetx freebetvolta contra o Athletico-PR e perdemos nos pênaltis.

– No fimbetx freebetsemana, fomos jogar contra o Corinthians e a torcida foi pegar a gente no aeroporto, protesto. Pensei: "Rapaz do céu, o que é isso? Duas semanas só que estou aqui". Fomos enfrentar o Emelecbetx freebetGuayaquil. Eles fizeram 1 a 0. O Diego quebrou a perna e no fim ainda tomamos um gol: 2 a 0. Falei: "Meu irmão, a casa caiu". Não podíamos ser eliminados.

– Fomos para o jogo do Emelec, depois do Morro da Mangueira era sinalizador para caramba, uma loucura. Abrimos 2 a 0 no primeiro tempo e acabamos levando para os pênaltis. Logo pensei do jogo com o Athletico-PR. Antesbetx freebeteu bater, o cara errou o pênalti, eu fui bater firme cruzado e fiz. Em seguida, o Emelec errou e depois daí eu realmente cheguei. Começou a minha vida no Flamengo.

Quem mais te impressionava naquela time?

– Era muito cara bom. O nosso ataque era a cara daquele time. Everton (Ribeiro) comigo na direita, Arrascaeta com Filipe na esquerda, Bruno Henrique e Gabigol. A "cozinha" era muito arrumada, o time encaixou. Aí, ninguém segurou mais a gente. Daí para frente, foi só alegria. Mas é aquilo: oito anos e meiobetx freebetBayernbetx freebetMunique ebetx freebetum mêsbetx freebetFlamengo vivi tudo isso que contei. Imagina se sai da Libertadores?

Rafinha ergue troféubetx freebetcampeão carioca — Foto: Marcelo Cortes / Flamengo

Vocês têm um grupobetx freebetWhatsapp deste elenco. Conversando entre si, vocês têm noção do tamanho do que esse time representa?

– Hoje, depoisbetx freebetalguns anos e muitos saíram, outros já pararam, temos noção do que foi aquilo ali. Para nós, vivendo aquilo ali, foi muito intenso. É difícil você jogar no Brasil esses campeonatos longos e jogar com a certeza... Era difícil imaginar que tinha alguém melhor que nós. Não. A confiança era tão grande que a gente até brincava. O Gabigol falava que ia fazer dois, o Bruno Henrique também, então vai ser quatro. Era garantido.

– O Flamengo ganhou a Libertadoresbetx freebet2022, mas quem fala? E com uma campanha até melhor. Ganhamos Supercopa, Recopa, Carioca, Guanabara, Libertadores, Brasileiro, e jogando bem, o que é difícil. Manter um padrão no Flamengo, que é um clube gigante. Hoje, temos noção do que representa e que ficamos marcados não só pelos títulos, que é gostosobetx freebetclube grande, mas pelo que a gente jogava, se divertiabetx freebetcampo, pelo que desempenhamos no Flamengo, a preparação, a caminhada...

A decisão da Libertadores completou cinco anos recentemente e mobilizou os torcedores nas redes sociais. Há ainda alguma históriabetx freebetbastidores daquele diabetx freebetLima que nunca foi contada?

– Para mim, foi a primeirabetx freebetLibertadores, mas tinha jogado na Europa, Liga dos Campeões, Mundial, um montebetx freebetjogo grande, já tinha vivido e para alguns não. Um dia antes do jogo, eu falei: "Fizemos samba o ano inteiro, churrasco ano inteiro, e agora na final não vamos fazer? Na boa nós vamos quebrar o patuá? Não, não, não". Falei com os roupeiros para levarem os instrumentos para o vestiário e quando acabar o treino ia ter samba, as dez mais para quebrar o gelo e ficar tranquilo.

– Estava todo mundo tenso e preocupado, mas os caras não queriam. Cada um foi para o chuveiro, banheira, todo mundobetx freebettoalha, e eu comecei o samba. O mais legal naquele momento foi que precisávamos quebrar aquela ansiedade. Saímos do Rio com a torcida levando a gente até o Galeão, avião saindo, helicóptero no Ninho. Nem eleição nos EUA tinha aquilo ali. Para sairbetx freebetVargem Grande foi quase duas horas. Não dava para fazer nada. Isso gera o quê? Ansiedade.

– Foi bacana demais, foi muito legal. Esse samba também foi maravilhoso, todo mundo veio, o Mister veio, o Braz participou, diretoria, comissão... Foi um samba legal mesmo e deu uma quebrada. Foi isso que ganhou o jogo? Não, mas deixou a gente mais tranquilo para a situação que estávamos vivendo e ficamos maisbetx freebetboa para o dia do jogo.

Teve samba também na final da Copa do Brasil, um título que o São Paulo nunca tinha vencido?

– Fizemos também, fizemos ali no barbeiro antes do jogo. Alguns não gostaram, ficaram meio tensos achando que estávamos contando vitória, mas não... Isso faz bem, dá uma descontraída, foi um samba legal.

E qual foi a pressão naquele momento?

– Aqui foi pior ainda. O que eu vivi no Flamengo na Libertadores, o São Paulo fez na final da Copa do Brasil. O que fizeram na saída para o primeiro jogo, nunca existiu no São Paulo na história, nem quando foram campeões do Mundial.

Na véspera da semifinal com o Corinthians, havia uma decisão da Polícia para impedir esse tipobetx freebetmanifestação e soubemos que você tentou reverter isso...

– Na verdade, foi o (Carlos) Belmonte (diretorbetx freebetfutebol do São Paulo). Eu e o Calleri falamos com ele que precisávamos da torcida. A torcida do São Paulo faz essa recepção como ninguém. Na arquibancada, eles dão show, sem querer fazer média com a torcida. Mas o que eles fizeram ali, pelo amorbetx freebetDeus, os caras incendiaram o Morumbi. Não tinha como. Estávamos a uns 300 metros do estádio e começou os caras empurrando o ônibus, rojão, bandeira para tudo quanto é lado.

Rafinha ergue a taça da Copa do Brasil, vencida pelo São Paulo — Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

Você falou que participou da vindabetx freebetjogadores para o São Paulo, houve também o caso do James... Vai trabalhar muito nas fériasbetx freebetbuscabetx freebetmais reforços?

– (risos) Quando o pessoal da diretoria pede ajuda, a gente liga, mas temos dirigentes e diretores muito competentes para isso, analistas. Quando dá, a gente liga... Liguei para o James, Lucas, Ferreirinha, Luiz Gustavo, para todo mundo. Mas o pessoal do clube é muito capacitado para isso, está monitorando todo mundo. Se precisarbetx freebetuma ajuda, pode ter uma ligação chamando para o nosso lado. Isso faz diferença também.

Você é um cara marcado pela liderança. Estamos falandobetx freebettabus no meio do futebol e um deles é a dificuldade que jogadores gays têmbetx freebetexternar a orientação deles. Em um caso hipotético, se um colega no vestiário te pedisse uma opinião, você aconselharia a sair do armário?

– Eu não tenho preconceito nenhum com essas coisas, não. Eu vi na Alemanha, um país que o futebol feminino é gigante, mas aqui fica issobetx freebetfutebol ser só masculino e tem esse problema. Mas cada um tembetx freebetvida. O cara está feliz e quer seguir a vida assim? Respeito. Eu vou saber o que o cara faz da vida pessoal? Não me interessa.

– O ambiente atrapalha, porque tem muita gente que não tem essa maturidadebetx freebetum vestiário só com homem. Não vou ser hipócrita, eu sei que é difícil e passei por isso na Alemanha. Alguns jogadores assumiram no Sttutgart e depois tiveram problemas até entre eles. O futebol é uma escola da vida e às vezes o cara tem um preconceito e não gosta. Falando por mim, se um dia alguém perguntar, eu falo para levar a vida feliz, mas os caras têm medo também da sociedade, o torcedor...

– Não vamos ser hipócritasbetx freebetfalar que tudo é bonzinho, porque não é. Temos um país que tem a mentalidadebetx freebetfutebol para homens e tem gente que não aceita. Falando por mim, cada um levabetx freebetvida, se é gay ou não, se quer se abrir ou não, eu respeito. Quem sou eu para julgar ou falar o que cada um tem que fazer. Se viesse me consultar, eu daria minha opinião na boa sem preconceito. Às vezes, tem alguém com a gente ali no dia a dia, é gay, e ninguém sabebetx freebetnada.

Voltando para essa reta finalbetx freebetcarreira, você já decidiu o que fazer depois que parar? Pensabetx freebetficar no futebol?

– Eu quero virar a chave do atletabetx freebetfutebol profissional, sair e me preparar. Fazer estágio na Alemanha, Inglaterra, Espanha, ir nos treinadores que trabalhei e fazer estágio. Aqui no Brasil também... Em 2026, quero começar minha carreira como treinador. Sei que a caminhada é difícil, mas vou trabalhando, me dedicar, fazer o que tiver que fazer, parabetx freebet2026 estar na beira do campo como treinador.

Você já comentou sobre trabalhar com o Filipe Luís. É realmente uma possibilidade?

– Tem a possibilidadebetx freebetum dia trabalhar junto. O Filipe é meu irmão, mas tenho convite do Jorge Jesus, do Xabi no Leverkusen... Tenho bastante convite para ser segundo, estar junto e aprender. Vou decidir ainda, começar como auxiliar, fazer estágio.

São 32 títulos, entre eles Champions, Mundial e Libertadores. Qual o tamanho do Rafinha para o mundo do futebol?

– Em relevância? Sou suspeito para falar isso, mas tem que respeitar o velhinho, né?!

Como o Márcio definiria o Rafinha?

– É cobra criada, né?! É um vencedor, tem que respeitar. Um privilegiado. É difícil você ser campeão uma vez, tem jogador com dois, três títulos na carreira toda, olha quantos eu tenho? Eu agradeço muito a Deus e não peço nada. E tem que respeitar o nego velho, para ganhar tudo isso aí não é fácil, não. Dá para contar história. Até brinco com o Doutor Sanchez que se juntar nós dois, todos os títulos, dá para enrolar umas cinco múmiasbetx freebettanta faixa.

– Eu sou um privilegiado e vencedor na minha vida, principalmente. Os títulos são consequência do que fiz na carreira, mas sou privilegiado. É o que eu falo para os moleques que eu sou um cara chato, mas se eles forem chatos como eu e vencedores, ótimo. Sou chato, cobro, mas sou vencedor. Tiro onda, faço um samba, mas quando é para pegar doído, eu pego.

– De que adiante ser simpático e não ser vencedor, não ganhar título? Aí, não. Sou chato, cobro, procuro ser exemplobetx freebettodos os sentidos, chegar cedo, dedicação, eu sou chato e todo mundo do São Paulo sabe. Pego no pébetx freebettudo, reclamobetx freebettudo, mas sou campeão. Prefiro ser assim: um chato vencedor do que um simpático que não ganha nada.

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