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betsbola apostas Famíliabetsbola apostasBellini doa cérebro para estudos sobre perigos da cabeçada

Ex-capitão da Seleção Brasileira teve Malbetsbola apostasAlzheimer, família desconfia que choquesbetsbola apostascabeça podem ter contribuído e faz doação do cérebro para USP estudar

Por São Paulo

 


É cada vez mais comum o choquebetsbola apostascabeças entre jogadoresbetsbola apostasfutebol e isso começa a preocupar a comunidade esportiva. Segundo estudo realizado pela CBFbetsbola apostas2012, aproximadamente 18% das lesões são na cabeça dos jogadores. Os microtraumas e as concussões cerebrais resultantes desses choques podem estar influenciando o desenvolvimentobetsbola apostasdoenças degenerativasbetsbola apostasex-jogadores. Foi pensando nisso que a família do ex-zagueiro Bellini, falecido recentemente por contabetsbola apostascomplicações do Malbetsbola apostasAlzheimer, doou seu cérebro à Universidadebetsbola apostasSão Paulo, para que estudos mais aprofundados possam ser feitos. (clique no vídeo e confira a reportagem de Guilherme Roseguini)  

Giselda Bellini, viúva do ex-zagueiro de Vasco, São Paulo, Atlético Paranaense e Seleção Brasileira explica a razão da doação do cérebro.  

-  Se ele puder deixar algo pra sanar a saíde dos desportistas, os netos, bisnetos, pra humanidade, que maravilha. E ele, que era muito altruísta, se soubesse disso, seria o primeiro a concordar - conta Giselda.  

O tema está sendo fortemente discutido nos Estados Unidos pelos atletas profissionaisbetsbola apostasfutebol americano da NFL, esporte em que os choquesbetsbola apostascabeça são ainda mais comuns, e também pelos jogadores de hóquei da NHL. No futebol apesar do impacto e contato físico, esse debate não é tão intenso. Mesmo com o estudo da CBF mostrando que joelhos (8%), tornozelos (13%) tem menos lesões que a cabeça (18%). Isso significa que um jogador de futebol machuca mais a cabeça do que os joelhosbetsbola apostascampo.  

Por isso chamou muita atenção a atitude dos parentes do ex-jogador Bellini, que morreu no último dia 20. A família anunciou na semana passada a doação do cérebro dele para pesquisas da USP. Capitão da primeira conquista brasileira na Copabetsbola apostas1958, Bellini foi diagnosticado com o Malbetsbola apostasAlzheimer, uma doença progressiva e sem cura, que destrói os neurônios e compromete funções cerebrais. A família quer saber se o que ele fezbetsbola apostascampo pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença. Ou se até causou outro tipobetsbola apostasdemência, relacionada apenas aos impactos no crânio, conforme cogita seu filho.  

Bellinibetsbola apostasfoto antiga com curativo na cabeça (Foto: Reprodução TV Globo)Bellinibetsbola apostasfoto antiga com curativo na cabeça (Foto: Reprodução TV Globo)

- Ele era um zagueiro que usava muito a cabeça. Pode sim ser por conta das cabeçadas, não só na bola. Mas também cabeça com cabeça, braço com cabeça. São impactos que podem provocar lesões. Você vê essas fotos que estão saindo do jornal, tem uma do tempo do Vasco que o mostra com curativo e o sangue escorrendo – explica Hideraldo Bellini Jr., filho do Bellini.  

Esse é apenas o primeiro passo para investigar um tema complexo. Cientistas já sabem que pancadas na cabeça no futebol não são nem raras e nem banais, como explica o neurologista Ricardo Nitrini, que será o responsável por estudar o cérebrobetsbola apostasBellini.  

- É possível que exista algum dano cerebral ou que isso facilite o aparecimento tardiobetsbola apostasdoenças degenerativas. É um assunto que merece exploração, estudo, que se investigue. Porque o nosso futebol é o esporte mais praticado no mundo todo – conta Nitrini.  

O também neurologista Ítalo Suriano explica que muitas vezes as lesões passam despercebidas.

- Na grande maioria das vezes eles são negligenciados. O cérebro vai sofrendo microtraumas, que são lesões pequenas. Isso quando se torna repetitivo  acaba lesando o cérebrobetsbola apostasmaneira crônica e lá na frente esse atleta vai ter uma repercussão muito grave. Mas não é o casobetsbola apostasse proibir, pode cabecear, pode jogar bola normal - conta o Dr. Suriano.

arte cérebro (Foto: Reprodução TV Globo)

Numa batidabetsbola apostascabeça, o cérebro se choca fortemente contra as paredes cranianas. Esse impacto é suficiente para gerar pequenas lesões, que podem passar desapercebidas ou se manifestar com desmaios, tonturas ou perdas passageirasbetsbola apostasmemória. Se o jogador baterbetsbola apostasnovo a cabeça antes daquela lesão cicatrizar, a situação vai ficando cada vez mais séria, podendo evoluir para quadros graves, como explica a neurologista Márcia Radanovic.    

- Pequenos traumas repetidos tem um efeito igual ou até pior do que um único trauma grande. Então, se o cara sofrer um acidentebetsbola apostascarro e entrarbetsbola apostascoma ele pode ficar com menos sequelas do que um indivíduo que vai sofrendo esses traumas repetidos. Mas não é o momento, cientificamente falando,betsbola apostasser alarmista, dizer 'ah, não vai mais se jogar futebol, ou vamos jogarbetsbola apostascapacete', não é o momento disso. O importante é que se procure respostas. Vamos estudar as pessoas que jogam futebol. Num país como o nosso, uma força tarefabetsbola apostaspessoas envolvidas nisso encontraria muitas respostas, porque o númerobetsbola apostaspessoas que jogam futebol aqui é uma coisa absurda. – diz a Dra. Radanovic.