Corredor amputado participabingo online pixprovasbingo online pixcorrida com muleta
Oito medalhas e seté troféus conquistadosbingo online pixprovasbingo online pixcorridas ficam expostas e decoram o quartobingo online pixCesar Caetano,bingo online pix35 anos. Mas estes objetos vão além da premiaçãobingo online pixsi: eles ajudam a contar a históriabingo online pixsuperação do atleta amador.
O esporte não é só a práticabingo online pixatividade física para ele. Na vida do amputado, que perdeu a perna direita após um acidente, a corrida foi uma válvulabingo online pixescape e uma “viradabingo online pixchave” na luta contra a depressão.
O atleta, que morabingo online pixCapão Bonito, no interior paulista, já era adepto ao esporte antes do seu acidente. Mas,bingo online pixdezembrobingo online pix2020, toda abingo online pixrotina foi modificada e ele se viu preso dentrobingo online pixcasa, sem perspectivabingo online pixvida. Foi aí que ele se lembrou da sensaçãobingo online pix“ser livre” que a corrida proporcionava e decidir dar a volta por cima.
Em entrevista ao ge, o corredor amador contou a históriabingo online pixcomo superou a depressão e voltou a ter alegria e vontadebingo online pixviver com a ajuda do esporte.
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Cesar já havia conquistado incontáveis medalhas e troféus na corrida antesbingo online pixsofrer o acidentebingo online pixmoto. Assíduo no esporte, ele não imaginava que teria que pararbingo online pixfazer o que tanto amava. E isso o levou a um quadro depressivo, onde ele só tinha pensamentos negativos.
– Eu já corria antigamente e tudo mais. Eu estava trabalhandobingo online pixuma segunda-feira, era dia 20bingo online pixdezembrobingo online pix2020, e me perdibingo online pixuma curva e acabei batendo a moto. Eu era entregadorbingo online pixágua e nessa ocorreu tudo isso, acabei perdendo a perna, perdi muito sangue, necrosou minha perna. Fiquei no hospitalbingo online pixItapetininga por 16 dias, vibingo online pixtudo lá. Gente morta e tudo mais. Aí passou um tempo e eu comecei a cair na realidade, que não tinha o que fazer, que eu não tinha mais perna.
– Eu fiquei dois anos parado, sem pensarbingo online pixnada e sem querer viver, não tinha justificativa nenhuma para estar vivo. Aí assistindo a São Silvestre bateubingo online pixmim, pensei, ‘se eu já corria, vou voltar agora’. Foi um alívio para mim, um peso enorme que tirei das costas. O esporte me ajudou muito. Para mim foi o ideal. Sem o esporte seria muito difícil. Eu corro para incentivar mais as pessoas, para eles verem que dá para continuar, por mais que seja difícil, eu sofri no começo, mas me arrependobingo online pixnão ter começado antes. Foi uma viradabingo online pixchave, com a corrida me sinto livre.
Depoisbingo online pixter vontadebingo online pixmudar, Cesar começou a preparação ainda no começo do ano visando a São Silvestre no dia 31bingo online pixdezembro. O atleta já participou três vezes da famosa provabingo online pixcorrida no fim do ano, mas será a primeira vez após a amputação.
– Eu estava assistindo a São Silvestrebingo online pixcasa no ano passado e senti, falei 'acho que vou começar a correr', e comecei. Falei com um amigo meu, Diego Ferreira, que é professor, e ele falou para eu começar. Dia 8bingo online pixjaneiro foi o início. Comecei a fazer funcional com o Fábio Ferreira, aí peguei a muleta e comecei a correr, mas deu uns problemas, começou a sangrar. Meu amigo disse para eu fazer academia, me ajudou bem. Entrei na nutricionista Andressa Tallarico, que me ajudou muito, e aí comecei a perder mais peso, foram 15kg. Fui me animando e peguei um outro tipobingo online pixmuleta, comecei a me desenvolver bem na corrida, estou focado. Preparadíssimo para a São Silvestre – contou ao ge.
A rotina dos treinos intensos estão sendo cruciais para Cesar chegar no dia 31bingo online pixdezembrobingo online pixboa forma para correr. E, desde o acidente, ele já soma oito medalhas e cinco troféus na corrida.
No meio do processo, nem mesmo as dificuldades o fizeram desistir do grande sonhobingo online pixvoltar a praticar o esporte. Uma delas foi a apariçãobingo online pixvários machucados por conta do tipobingo online pixmuleta que usava para correr. Ele trocou e utiliza agora uma mais confortável para seus desempenhos na prova.
– Eu treino todos os dias, menos domingo. E a academia eu faço duas vezes por dia. É por causa da muleta que sangrava, foi no axila, porque eu usava a muleta axilar antigamente. Forçava muito no braço, daí chegava a sangrar até. Fiquei cheiobingo online pixhematoma no braço, agora que está melhorando. Eu uso a canadense que é uma muleta diferente, que vai no antebraço. O apoio vai tudo na mão e no antebraço, não chega a machucar daí. Eu uso uma luva e uso tipo um manguito.
– Eu vou sozinho. Se bem que na São Silvestre nunca eu vou ficar sozinho. Sempre tem alguém que passa, depois eu passo a pessoa na corrida, masbingo online pixconhecido, não vai ninguém. Sou eu e meu tempo e minha briga com o pensamento.
Cesar ainda lamentou a faltabingo online pixapoiobingo online pixquem organiza as provasbingo online pixcorridas. Segundo ele, as organizações "não dão muito valor" aos atletas portadoresbingo online pixdeficiência.
– Estou firme e forte. Mas queria pedir para os organizadoresbingo online pixcorrida darem mais atenção nessa partebingo online pixdeficiência, que é muito largada. São poucas pessoas que correm, sabe? Mas os PCDs que vão, eles não dão muito valor. Eles dão valor mais para as outras pessoas e nós pagamos a mesma coisa, não tem desconto, nada. Pagamos e não tem nenhuma premiação, só a medalha. Podia ter um troféu pelo menos.
– Falta um apoio, uma visão maior. Isso chega a nos desanimar um pouco, mas depoisbingo online pixtudo isso eu não vou desanimar não. Vou lutar por essa causa agora. Quero ajudar os outros, porque dá pra tentar. Dá pra conseguir. Lutando, nós conseguimos – concluiu o atleta amador.
* Bárbara Bruno colaborou sob supervisãobingo online pixArcílio Neto.