Eduardo Bauermann, do Santos, foi afastado pela diretoria do clube nesta terça-feira, após a revelaçãosmash casa de apostasque o zagueiro teria recebido R$ 50 mil da quadrilha investigada pelo Ministério Público do Goiás por manipulaçãosmash casa de apostasjogos. São pelo menos 20 partidas sob análise.
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O jogador teve revelados trechossmash casa de apostassuas conversas com um apostador, que primeiro pedia para que Bauermann levasse cartão amarelo no jogo contra o Avaí, no último Brasileirão.
Ele teria feito o pagamento antecipado, e como o defensor não cumpriu o acordo, a cobrança foi pela expulsão na rodada seguinte, contra o Botafogo, comosmash casa de apostasfato ocorreu (só que após o apito final).
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Ameaçado pelos apostadores após não cumprir o acordo, o zagueiro do Santos cogitou a ser negociado para poder pagar o valor investido pelo grupo na aposta. Bauermann chegou a devolver R$ 50 mil referente ao pagamento antecipado feito pelos apostadores, que ameaçaram o jogadorsmash casa de apostasmorte.
Alémsmash casa de apostasuma possível punição desportiva, o zagueiro pode responder por três diferentes crimes: associação criminosa, lavagemsmash casa de apostasdinheiro e corrupçãosmash casa de apostasâmbito esportivo.
De acordo o artigo 243 do Código Brasileirosmash casa de apostasJustiça Desportiva (CBJD), Eduardo Bauermann pode ser penalizado com multa, suspensão e até exclusão do futebol:
- Artigo 243: atuar, deliberadamente,smash casa de apostasmodo prejudicial à equipe que defende. Pena: multa,smash casa de apostasR$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensãosmash casa de apostas180 a 360 dias.
- 1º parágrafo: se a infração for cometida mediante pagamento ou promessasmash casa de apostasqualquer vantagem, a pena serásmash casa de apostassuspensãosmash casa de apostas360 a 720 dias e eliminação no casosmash casa de apostasreincidência, alémsmash casa de apostasmulta,smash casa de apostasR$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
- 2º parágrafo: o autor da promessa ou da vantagem será punido com penasmash casa de apostaseliminação, alémsmash casa de apostasmulta,smash casa de apostasR$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
- Artigo 243-A: Atuar,smash casa de apostasforma contrária à ética desportiva, com o fimsmash casa de apostasinfluenciar o resultadosmash casa de apostaspartida, prova ou equivalente. Pena: multa,smash casa de apostasR$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensãosmash casa de apostasseis a 12 partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazosmash casa de apostas180 a 360 dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código; no casosmash casa de apostasreincidência, a pena serásmash casa de apostaseliminação.
- Parágrafo único. Se do procedimento atingir-se o resultado pretendido, o órgão judicante poderá anular a partida, prova ou equivalente, e as penas serãosmash casa de apostasmulta,smash casa de apostasR$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensãosmash casa de apostas12 a 24 partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazosmash casa de apostas360 a 720 dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código; no casosmash casa de apostasreincidência, a pena serásmash casa de apostaseliminação.
Há, ainda, o artigo 242: "dar ou prometer vantagem indevida (...)smash casa de apostasqualquer modo influencie o resultadosmash casa de apostaspartida, prova ou equivalente". Neste, a multa vaismash casa de apostasR$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), além da exclusão do esporte direta, sem necessidadesmash casa de apostasreincidência.
As investigações colocam os clubes como vítimas, assim como as casassmash casa de apostasapostas. A possibilidadesmash casa de apostasanulaçãosmash casa de apostaspartidas não é considerada viável. Os jogadores envolvidos é que poderão ser julgados, assim como aliciadores e apostadores.
Quando foi revelado que era alvosmash casa de apostasinvestigação, no fimsmash casa de apostasabril, Eduardo Bauermann se posicionousmash casa de apostasnota oficial, negando "vigorosamente qualquer envolvimento com apostas esportivas ou esquema fraudulentosmash casa de apostasmanipulaçãosmash casa de apostaspartidassmash casa de apostasfutebol ou qualquer outro esporte".
O Santos vinha dando respaldo ao zagueiro, que se manteve como titular da equipe e só não atuou na derrota do fimsmash casa de apostassemana para o Cruzeiro, pois estava suspenso. O clube vai avaliar nesta terça qual decisão tomarsmash casa de apostasrelação ao jogador.
Segundo o Ministério Públicosmash casa de apostasGoiás, o zagueiro teria recebido R$ 50 mil para levar cartão amarelo no empate entre Santos e Avaí, pelo Brasileirão do ano passado, mas não foi advertido. Ele teve uma conversa antes da partida e foi cobrado por ter terminado o jogo sem a punição.
Veja a transcrição da conversa:
Eduardo Bauermann: "Mano, só me avisa antes se realmente vai dar pra fazer, senão nem tomo cartão a toa, entende".
Apostador: "Ficasmash casa de apostaspaz, irmão. Vai dar certo. Nois (sic) sempre dá um jeito. Mano se você falou pra alguém (da) aposta manda não apostar mais, demoro (sic). Tmj vamos pra cima".
Eduardo Bauermann: "Não, não, nem falei nada mano... quem comentou que faria uma aposta também foi o Luiz Taveira (empresário do zagueiro), mas ele falou brincando.. acho que não iria fazer. Mas se alguém me chamar aqui pra fazer vou cortar já".
(Horas depois)
Apostador: "Truta, o que você fez dasmash casa de apostasvida, mano? Qual a fita? Truta, você foi pago para fazer o que, mano???? Você vai pagar todo meu prejuízo, mano. E aí, truta?????".
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Como já tinha recebido o dinheiro e não cumpriu o esperado pelo apostador, o zagueiro do Santos aceitou outra aposta: seria expulso no jogo seguinte, contra o Botafogo. Elesmash casa de apostasfato recebeu o cartão vermelho, mas após o término da partida, o que irritou novamente o apostador.
Apostador: "Olha a porra da merda que você fez. Mano, pq você não fez a porra que eu te falei. Mano, pq não tomou essa porra no primeiro tempo. Pq não deu uma porrasmash casa de apostasuma cutuvelada (cotovelada). Mano, pq você não me escuta, mano. Você me fudeusmash casa de apostasnovo mano. Mais (sic) dessa vez você vai resolver. Mano, você vai me pagar, tudo. Eu te pedi, eu confieismash casa de apostasvocê mano. E você me desonrou. De novo mano. Não tô acreditando nisso. Não deu certo porque você não escuta os outros. Era uma porrasmash casa de apostasuma curuvelada (sic), um tapa na cara do jogador. Só isso, você não fez mano, pq você não quis".
Eduardo Bauermann: "Mano,smash casa de apostascoração, não foi porque eu não quis, eu te juro! Senão não tinha tomado nem no final e teria inventado uma desculpa para você...".
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Apostador: "Pq você não deu uma cotovelada no cara???? O barato vai ficar louco para você".
Eduardo Bauermann: "Mas estou correndo atrás pra conseguir te pagar esses 800 mil que você falou".
Apostador: "Cadê os 50 (mil) que eu já te mandei mano?".
Eduardo Bauermann: "Tá aqui, nem mexi nesse dinheiro".
Apostador: "Já vê aí pra já mandar esse dinheiro mano".
Em contato com o ge, o empresário Luiz Taveira, citado por Bauermannsmash casa de apostasuma das mensagens, disse que nunca realizou apostas, reforçou a confiança no jogador e garantiu que não sabia que o atleta havia sido procurado por apostadores.