Análise: Santos mostra pouca evolução após um mês e não pode se enganar com vitória na Bolívia

Peixe joga mal contra o Blooming, penúltimo colocado no Campeonato Boliviano, e estreia na Sul-Americana com gol nos minutos finais

Por Bruno Giufrida — São Paulo


O Santos ficou quase um mês só treinando depoisjogos blaze comser precocemente eliminado do Campeonato Paulista, mas a volta aos gramados, na última terça-feira, foi decepcionante. A vitória por 1 a 0 sobre o Blooming, na estreia da Sul-Americana, diz muito pouco (ou quase nada) sobre a atuação santista na Bolívia.

Antesjogos blaze comentrarjogos blaze comcampo, o Santos tinha jogado pela última vez no dia 9jogos blaze commarço, quando venceu o Iguatu, pela segunda fase da Copa do Brasil, por 3 a 0. Desde então, foram semanasjogos blaze comtreinosjogos blaze combuscajogos blaze comevolução depoisjogos blaze comum estadual abaixo da média. O resultado, porém, certamente não foi o esperado – mesmo que publicamente não se admita isso.

É sempre preciso pontuar algumas contrapartidas antesjogos blaze comuma análise crítica: o técnico Odair Hellmann não teve diversos titulares ou postulantes a um lugar no time durante toda ou parte da preparação para a estreia na Sul-Americana. Ângelo, Mendoza, Lucas Braga, Soteldo, Joaquim, Maicon, Carabajal e Alex ficaram muitos dias no departamento médico.

Goljogos blaze comBauermannjogos blaze comBlooming x Santos — Foto: Raul Baretta/Santos FC

Mas é preciso ter um olhar crítico à estreia do Santos na Sul-Americana, porque Odair Hellmann usou as semanas sem jogos para treinar justamente o time que foi a campo contra o Blooming. Com ou sem opções, foi essa equipe que tanto trabalhou, que tanto buscou evolução e que deveria ter mostrado muito mais futebol diante do penúltimo colocado do Campeonato Boliviano.

Mas as escolhas foram contestáveis. Sem jogadoresjogos blaze comvelocidade à disposição, Odair Hellmann montou o meiojogos blaze comcampo com Camacho, Dodi, Ivonei e Lucas Lima. Os dois atletasjogos blaze comarmação, porém,jogos blaze comalgumas fases da partida, jogavam abertos nas duas pontas do campo, fugindo completamentejogos blaze comsuas características.

Lucas Lima e Ivonei nunca se destacaram jogando pelas pontas. A dupla costuma atuar centralizada, servindo os atacantes.

Outra estratégia que não deu certo foi ajogos blaze comadiantar quase todos os meio-campistas e atacantes quando o Santos tinha a bola para que eles pressionassem a última linha boliviana.

Por exemplo: com Dodi à frente da zaga, Lucas Lima, Camacho, Ivonei, Lucas Barbosa e Marcos Leonardo se posicionavamjogos blaze comcostas para o gol do Blooming para tentar superioridade numérica sobre a zaga adversária.

Os jogadores do setor ofensivo do Santos, porém, não têm características para jogaremjogos blaze comcostas. Ivonei é um bom armador, assim como Lucas Lima. Lucas Barbosa já mostrou qualidade ao partirjogos blaze comvelocidade para atacar espaços. O único que pode jogarjogos blaze comcostas é Marcos Leonardo, que se destacou assim na estreia.

As escolhasjogos blaze comOdair Hellmann contra o Blooming foram contestáveis. E a atuação santista é prova disso, apesarjogos blaze como treinador dizer,jogos blaze comentrevista coletiva, que gostou do que viu:

– Não, eu não concordo com você. Acho que não foi um grande jogo das duas equipes, mas o Santos fez uma boa partida. Sustentamos a pressão inicial, que era importante, e depois foi ganhando espaço, criou algumas oportunidades clarasjogos blaze comfazer o gol antes até da expulsão. Nos 90 minutos, deixamos o adversário criar uma situação clara, numa bola longa, um desvio. O jogo foi caracterizado por nós tentando a posse, a aproximação, progredir no campo, e eles usando muito essa transição e bola longa – analisou Odair.

Além das dificuldades para fazer gols contra o penúltimo colocado do Campeonato Boliviano, o Santos mostrou que não melhorou nada nas finalizações. Ângelo teve uma chance cara a cara com o goleiro adversário; Marcos Leonardo desperdiçou cabeceio na pequena área; Lucas Barbosa espanou a bola com a cabeça e com os pés...

Se não quiser ter dificuldadejogos blaze comtoda a temporada, o Santos precisa (com certo atraso) melhorar. A magra vitória sobre o Blooming não pode iludir ninguém: jogadores, comissão técnica, torcida e diretoria.

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