Salasjogos que dao bonus gratisaula, camposjogos que dao bonus gratisfutebol e até comida: torcedor leva o Santos e alegria a vilarejo na África

Santista visita região da Tanzânia e carrega bandeira do clube ao ponto mais alto do continente

Por Bruno Giufrida e Carol Andrade — São Paulo


Torcedor fanático do Santos veste camisas do Peixejogos que dao bonus gratiscrianças africanas

“Falta o quê? Eu tenho saúde, minha família tem saúde. Eu tenho o que comer. Eu tenho tudo. Essas coisasjogos que dao bonus gratisque vocês correm atrás, a gente não precisa.”

É assim, com aparentemente muito pouco, que vivem as quase 600 pessoas no vilarejojogos que dao bonus gratisLukwambe, na Tanzânia. O local é diferentejogos que dao bonus gratispraticamente tudo que você já deve ter visto. Não há sinaljogos que dao bonus gratistelevisão e muito pouco acesso à tecnologia. Quem vive lá sequer sabe o que é chocolate.

Não tem saneamento básico. Não tem energia elétrica. Não tem dinheiro. Os moradores locais estranham o usojogos que dao bonus gratismáscara – essa tão tradicional nas nossas vidas há um ano. Mas agora, há algumas semanas, Lukwambe tem mais alguns motivos para sorrir. Graças ao Santos e ao santista Clayton Silva.

Crianças africanas brincam com camisa do Santos — Foto: Arquivo pessoal

O torcedor do Peixe conheceu o vilarejojogos que dao bonus gratisLukwambejogos que dao bonus gratis2019, por meiojogos que dao bonus gratisum programajogos que dao bonus gratistrabalho voluntário na África. À época, levou camisas com o símbolo do clube desenhado à mão para presentear as crianças. O presente, porém, teve um significado ainda maior: virou uniforme escolar.

– Eles não tinham uniforme reserva. Quando lavavam, ficavam sem uniforme – lembra Clayton.

O santista voltou ao Brasil com a missãojogos que dao bonus gratisvisitar novamente o vilarejo o quanto antes. A pandemia do novo coronavírus atrapalhou os planos, mas Clayton conseguiu reencontrar Lukwambejogos que dao bonus gratis2021. É aí que a nossa história começa.

Crianças cercam Claytonjogos que dao bonus gratisvilarejo africano — Foto: Arquivo pessoal

A frase que abre esta reportagem foi dita por um moradorjogos que dao bonus gratisLukwambe a Clayton há algumas semanas, ao ser questionado sobre a faltajogos que dao bonus gratiscondições básicasjogos que dao bonus gratissobrevivência no vilarejo. Mesmo diante da felicidade aparente, o santista, que vivejogos que dao bonus gratisFlorianópolis, concluiu que as crianças e os adultos precisavamjogos que dao bonus gratismais. Mais diversão, mais estrutura, mais tudo.

Com a ajuda do Santos, que doou uniformes, bolas e uma camisa autografada para ser leiloadajogos que dao bonus gratisuma vaquinha virtual, Clayton voltou a Lukwambe para ajudar os habitantes a construírem dois camposjogos que dao bonus gratisfutebol e duas salasjogos que dao bonus gratisaula, arrumar uma ponte no caminho até a escola do vilarejo e contribuir com um projeto que levará água potável ao local.

– Eu prometi que faria dois camposjogos que dao bonus gratisfutebol. Falei que ia fazer um para a escolinha e um oficial para o vilarejo, para que todo mundo tivesse uma opçãojogos que dao bonus gratislazer no fimjogos que dao bonus gratissemana. Eles me disseram que queriam aprender futebol. Eles amam futebol. E tem muita criança boajogos que dao bonus gratisbola lá, mas eles não têm nada. Levei bola, levei coisas para aprenderem. Coisas básicas do futebol – conta Clayton.

– Eles tinham cinco turmasjogos que dao bonus gratisdiferentes estágios e somente três salasjogos que dao bonus gratisaulas. Então sempre ficavam dois professores e duas turmas ociosos. Eles tinham que revezar, ficavam pouco tempo na sala. Agora, como eu construí duas salas, todos os professores têm onde dar as aulas.

Salajogos que dao bonus gratisaula construída com ajudajogos que dao bonus gratisClayton — Foto: Arquivo pessoal
Campojogos que dao bonus gratisfutebol construído com ajudajogos que dao bonus gratissantista na África — Foto: Arquivo pessoal

De volta a Lukwambe, Clayton encontrou novos santistas. O uniforme que havia deixadojogos que dao bonus gratis2019 continua sendo utilizado às quartas e sexta-feiras para as crianças irem à escola. O Santos virou o time oficial do vilarejo.

– Até hoje, está todo mundo com o uniforme lá. Eu trouxe mais algumas (camisas) também. É legal para caramba. É engraçado que todos falam Santos, Santos, Santos, mas eles nunca viram televisão.

Garotosjogos que dao bonus gratisvilarejo africano com bandeira e uniformes do Santos — Foto: Arquivo pessoal

Em Lukwambe, Clayton viveu como um local, sem água potável, sem vaso sanitário, sem energia elétrica e se alimentando do que todos se alimentam por lá: o tradicional arroz e feijão.

– Eles tomam banhojogos que dao bonus gratiscaneca. O banheiro é um buraco. Eu comia o mesmo que eles, arroz e feijão todo dia. Nunca mudava a alimentação. Não tem acesso a nada gelado. Geralmente, eles plantam a própria comida. Os que não fazem isso usam bastante moto-táxi. É um dos poucos trabalhos que se tem lá. Ele leva para as pessoas o que elas pedem. Muito é no escambo. Os que trabalham vendem carvão. Eles vão para um lugar, cortam árvore, vendem carvão. O trabalho desses 15 dias gerajogos que dao bonus gratistornojogos que dao bonus gratis20, 30 dólares – explica.

Criançasjogos que dao bonus gratisvilarejo africano mostram prato típico do local — Foto: Arquivo pessoal
Mães carregam filhos no colo e pouco se misturam com homensjogos que dao bonus gratisvilarejo africano — Foto: Aquivo pessoal

Apesarjogos que dao bonus gratister conseguido cumprir a promessajogos que dao bonus gratislevar diversão às crianças com os camposjogos que dao bonus gratisfutebol, Clayton sabia que o vilarejo precisavajogos que dao bonus gratismais, incluindo comida para os alunos e um caminho minimamente estruturado do vilarejo à escola.

Ponte para crianças irem para a escolajogos que dao bonus gratisvilarejo na Tanzânia — Foto: Arquivo pessoal

Algumas crianças caminham cercajogos que dao bonus gratis10kmjogos que dao bonus gratiscasa até a escola. A maioria precisa atravessar um rio. A solução encontrada pelos adultos foi derrubar um troncojogos que dao bonus gratisárvore e transformá-lojogos que dao bonus gratisponte. Mas Clayton comprovou: não era o suficiente.

– Eu não consegui chegar à metade. Travei. Colocamos como se fosse corrimão dos dois lados. Agora pode atravessar apoiando. Ficou tranquilo. Era um absurdo a outra ponte. E já tinha morrido uma criança lá no ano passado – conta.

Esse, porém, estava longejogos que dao bonus gratisser o único problema dos alunos. Eles ficavam na escola das 7h às 14h sem comer. Agora, têm refeição diária.

– Com 100 dólares, eles comem por um mês. A escola inteira come. Eu me responsabilizei pela alimentação deles para sempre. Os próprios alunos fazem a comida.

Agora, crianças têm refeições diáriasjogos que dao bonus gratisescolajogos que dao bonus gratisvilarejo africano — Foto: Arquivo pessoal

As regrasjogos que dao bonus gratissobrevivência no vilarejo são muito simples. Os mais velhos cozinham e cuidam dos mais novos. Na escola, não tem quem cozinhe ou cuide da merenda. Os próprios alunos são os responsáveis pela alimentação.

Nas casas, a pobreza fica ainda mais evidente, segundo Clayton.

– Você olha e vê uma miséria absoluta. As casas são feitasjogos que dao bonus gratisbarro e estrume. As paredes são dessa forma. É um calor absurdo dentro dessas casas.

– Eles vivemjogos que dao bonus gratisum jeito que eu sequer imaginava que existisse. Você muda a formajogos que dao bonus gratisver a vida. Eles são felizes. Eles são bons. Você volta a acreditar na humanidade – diz Clayton.

Torcedor do Santos ganha presentejogos que dao bonus gratiscriançasjogos que dao bonus gratisvilarejo africano — Foto: Arquivo pessoal

jogos que dao bonus gratis Promessa é dívida

Antesjogos que dao bonus gratisvoltar a Lukwambe, Clayton fez uma promessa. Se conseguisse entregar os camposjogos que dao bonus gratisfutebol e as salasjogos que dao bonus gratisaula, subiria ao topo do monte Kilimanjaro, o Pico Uhuru, local mais alto da África, com 5.895mjogos que dao bonus gratisaltitude. Ele encarou a aventura depoisjogos que dao bonus gratisse despedir do vilarejo.

Caminho até o topo do lugar mais alto da África — Foto: Arquivo pessoal

Durante quase uma semana, Clayton encarou uma variaçãojogos que dao bonus gratistemperaturajogos que dao bonus gratis30ºC positivos a 30ºC negativos, ventos fortes que o deixaram cegojogos que dao bonus gratisum olho por alguns dias...

– Era o tempo todo o vento me tirando o equilíbrio. Eu estava com três calças, quatro paresjogos que dao bonus gratismeia. Só que nossas paradas não podiam passarjogos que dao bonus gratisdois minutos, porque a gente congelava. A gente dormia na barraca, com um cobertor liso. Eu dormia com roupa. Dormi com três calças no último dia – lembra.

– Fiquei cego por causa do vento. Meu olho direito só via vulto. No lado direito, eu não via nada. O vento era tão absurdojogos que dao bonus gratisforte que se tirasse a luva você não conseguia movimentar os dedos. Ele não dobrava,jogos que dao bonus gratistão frio que era.

Torcedor do Santos leva bandeira ao lugar mais alto da África — Foto: Arquivo pessoal

Na bagagem, o santista levou ao topo da África uma bandeira do Santos e uma cartinha entregue pelos alunosjogos que dao bonus gratisLukwambe como lembrança.

A metajogos que dao bonus gratisClayton, agora, é construir uma biblioteca para os alunosjogos que dao bonus gratisLukwambe. O santista está realizando mais uma vaquinha virtual para levar aos alunos mais cultura. O perfil dele no Instagram é @claytontjs7, para quem quiser ajudar.

— Foto: Divulgação