Squash nas Olimpíadas 2028: Brasil ainda falhacassino dadosestrutura para atletas, diz número 3 do país

Medalhista no Pancassino dados2018, Juliana Pereira vê esporte nos Jogos como oportunidadecassino dadosvisibilidade e investimentos, mas lamenta trajetórias que se perderam: "Muitos atletas desistiram do sonho", afirma

Por Rodolfo Tiengo — Ribeirão Preto, SP


O squash será um dos novos esportes a serem disputados a partir dos Jogos Olímpicoscassino dados2028 e abre uma janelacassino dadosoportunidades para investimentos na modalidade, mas o Brasil ainda tropeçacassino dadosuma estrutura considerada ruim por atletas como Juliana Pereira, medalhista do Pancassino dados2018 e listada como a número 3 do ranking nacional.

A faltacassino dadosrecursos, segundo ela, com certeza foi determinante para o fimcassino dadosvárias trajetórias no esporte agora incorporado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para a competiçãocassino dadosLos Angeles.

COI inclui mais cinco esportes nos Jogos Olímpicoscassino dadosLos Angeles,cassino dados2028

- Muitos atletas desistiram do sonho, pois chega um momentocassino dadosque fica insustentável trabalhar para bancar mais os gastos das competições. É quase impossível no Brasil um atleta que vive 100%cassino dadospatrocínio e que tenha condiçõescassino dadosse dedicar a treinar e competir - diz.

Derivadocassino dadosum jogocassino dadosraquetes praticado dentrocassino dadosprisões britânicas no século 18, o squash consistecassino dadosuma disputa rápida e intensa, geralmente realizada entre dois atletascassino dadosuma quadra retangular demarcada e cercada por quatro paredes, com locais específicos para saque e para serem atingidos,cassino dadosque a bola pode quicar apenas uma vez no chão.

Squash será disputado nos Jogos Olímpicoscassino dadosLos Angeles,cassino dados2028 — Foto: Divulgação

Bastante disseminado no mundo como lazer e práticacassino dadosalto rendimento, o esporte tem ao menos 1,4 mil atletas inscritos na Associação Profissionalcassino dadosSquash (PSA), entidade internacional responsável por homens e mulheres que atuam profissionalmentecassino dadostodo o planeta, com destaque para países como Egito e Peru.

Apesar disso, ao longocassino dados20 anoscassino dadostentativas, nunca foi disputadocassino dadosuma olimpíada, apenas sendocassino dadosdemonstração nos Jogos Olímpicos da Juventudecassino dadosBuenos Aires,cassino dados2018.

Em outubro do ano passado, a entrada da modalidade nos Jogoscassino dadosLos Angeles, ao ladocassino dadoscríquete, flag football, beisebol/softball e lacrosse, foi aprovada por 88 dos 90 membros do COI. Uma inclusão que deve não só aumentar a visibilidade na mídia, como também o fluxocassino dadosinvestimentos e a adesãocassino dadospraticantes do esporte, avalia Juliana Pereira.

- O squash foi recusado várias vezes. Nas Olimpíadas são 32 esportes e 48 modalidades, eu tinha certezacassino dadosquecassino dadosalgum momento nosso esporte seria aceito. (...) Representa uma realização para mim e vários atletas que durante anos se dedicaram a defender o squash brasileiro. Demorou, mas finalmente teremos nosso esporte na mais importante competição global esportiva, o sonho olímpico - afirma.

Presidente do COI dá discursocassino dadosevento oficialcassino dadosMumbai, na India — Foto: Greg Martin/COI

Apesar disso, ela vislumbra um longo caminho a ser percorrido no país, o que passa pelo estímulo às categoriascassino dadosbase e pela garantiacassino dadosque os atletas brasileiros não só disputem campeonatos nacionais, como também competições ligadas ao circuito da PSA.

- Hoje as melhores seleções sul-americanas têm intercâmbios e treinamentos periódicoscassino dadosoutros países onde o squash tem seus maiores talentos. Temos já alguns juvenis que se destacam como Laura Silva, Isaías Melo, entre outros. Por outro lado, alguns atletas experientes, como eu, gostariamcassino dadoster a oportunidadecassino dadosaproveitar a última oportunidadecassino dadosum ciclo olímpico - diz.

Isso porque, segundo a terceira do ranking nacional, o Brasil ainda tem baixa adesãocassino dadoscrianças, poucas academias especializadas no esporte e a faltacassino dadossalários para que os atletascassino dadosalto rendimento possam se dedicar exclusivamente ao squash.

- A maioria dos atletas se sustenta como professores, tem pouco tempo e recursos para se preparar e treinar para as competições e conta com pequenos apoiadores privados que amam o esporte. Temos excelentes profissionais que se dedicam e vestem a camisa do esporte com muito orgulhocassino dadoscada competição. Os prêmios das competições não cobrem muitas vezes sequer os gastoscassino dadoslocomoção para a disputa.

Juliana Pereira, terceira no ranking do squash brasileiro — Foto: Divulgação

Para que essa situação melhore e o esporte evolua no Brasil, tantocassino dadosqualidade quantocassino dadosvolumecassino dadosparticipantes, Juliana defende a importância das políticascassino dadosincentivo por partecassino dadosentidades esportivas, assim como do poder público ecassino dadosempresas.

- É preciso projetos sociais urbanos, squash nas escolas, squash vinculado à Secretariacassino dadosEsporte das cidades, quadras urbanascassino dadospartes da cidade, temos exemploscassino dadosprojetos incríveis que trariam a oportunidadecassino dadosfomentar a modalidade no país com certeza.