Surfista Prateado, “padre” fãroleta cassino profissionalSócrates: Corrida Integração inspira superação e criatividade entre atletasroleta cassino profissionalRibeirão Preto

Moradorroleta cassino profissionalLuís Antônio chamou atenção ao disputar prova com prancha e corpo pintado. Corredores com maisroleta cassino profissional80 anos deram exemploroleta cassino profissionallongevidade

Por Hugo Luque* — Ribeirão Preto, SP


Surfista Prateado chamou atenção e fez alegria da galera na 6ª Corrida Integraçãoroleta cassino profissionalRibeirão — Foto: Hugo Luque

Após dois anosroleta cassino profissionalespera por conta da pandemia, a volta da Corrida Integraçãoroleta cassino profissionalRibeirão Preto inspirou não só o sentimentoroleta cassino profissionalsuperação entre os amantes do esporte como também a criatividade nos 1,2 mil corredores que encheram as ruas do Jardim Olhos D'Água no domingo.

Em meio à multidão que se preparava para percorrer entre cinco e dez quilômetros, uma imagem cinza chamava atenção. Com direito a prancha e muito estilo, Evandro Coelho saiuroleta cassino profissionalLuís Antônio rumo a Ribeirão Preto todo fantasiadoroleta cassino profissionalSurfista Prateado.

O trabalhão que daria para lavar o corpo encobertoroleta cassino profissionaltinta não importava naquele momento.

– Para pintar é rapidinho, dez minutos, mas para tirar a tinta dá trabalho. É à prova d’água, então pode correr, suar, hidratar que não sai. Só com água bem quente, uma bucha bem boa, que aí depoisroleta cassino profissionaltrês banhos 'fica filé' e sai tudo – disse, aos risos.

Alémroleta cassino profissionalse colocarroleta cassino profissionalmovimento, José Márcio Zanetti aproveitou a corrida para deixar uma mensagemroleta cassino profissionalconscientização. Para mostrar a importânciaroleta cassino profissionalainda se tomar os cuidados contra a Covid, ele fez uma fantasia inspirada no próprio vírus.

– Dá um pouquinhoroleta cassino profissionaltrabalho fazer a fantasia. Pego alguns materiais recicláveis, a bolaroleta cassino profissionalisopor e vou adaptando com tampinharoleta cassino profissionalgarrafa. Fui fazendo e chegou nisso, a réplica do coronavírus. Usei essa fantasia para alertar a população que o coronavírus ainda está por aí, então a gente tem que se cuidar – disse.

José Márcio Zanetti com seu "capacete" do coronavírus — Foto: Hugo Luque

roleta cassino profissional "Padre" fãroleta cassino profissionalSócrates

Elias Soaresroleta cassino profissionalOliveira foi alémroleta cassino profissionalsimplesmente se fantasiarroleta cassino profissionalpadre para correr os dez quilômetros do circuito. Ao centro da bata preta, o corredor amador, corintianoroleta cassino profissionalcoração, aproveitou o espaço para prestar homenagem ao eterno Dr. Sócrates, um dos maiores ícones da história do Timão.

Ele garante que, antes da competição, já tinha percorrido outros dez quilômetrosroleta cassino profissionalaquecimento, com a fantasia no corpo.

– Estouroleta cassino profissionalum hotel-fazenda e saíroleta cassino profissionalmadrugada correndo, fiz uns 10 km antes da corrida. Já corro há 40 anos – afirmou.

Elias Soaresroleta cassino profissionalOliveira, o Frei Jabá, homenageou Sócrates — Foto: Hugo Luque

Naturalroleta cassino profissionalSanta Cruz das Palmeiras, a cercaroleta cassino profissional100 kmroleta cassino profissionalRibeirão Preto, Elias viveroleta cassino profissionalSão Paulo, onde teve a ideiaroleta cassino profissionalcriar a fantasiaroleta cassino profissional2009, quando notou que seus companheirosroleta cassino profissionalcorrida tinham mais destaque por conta das roupas.

– A imagem do Sócrates é o seguinte: para mim não existe nem vai existir outro ídolo como ele, que fez minha geração. Eu ia para o Morumbi ver o Sócrates, nem o Corinthians direito eu ia ver, admirava muito ele. Acompanhava as entrevistas dele, a inteligência, a frieza pra fazer gol, aquela liderança, a defesa à democracia. Sempre vou ter ele no meu peito.

Mais do que uma atividade física, correr é uma necessidade na rotinaroleta cassino profissionalElias, que atua como vendedor ambulante na Avenida Paulista, na capital.

– A corrida faz parte do meu trabalho como vendedor ambulante, faz parte do meu almoço, da minha janta e do meu café. Saí do alcoolismo nos anos 80, eu dormia na rua e hoje faço trabalhoroleta cassino profissionalcima disso. Eu era alcoólatra e hoje estou há 27 anos sem colocar uma gotaroleta cassino profissionalálcool na boca. Quando meu filho nasceu, eu abandonei o álcool. Minhas metas agora são participar da ultramaratona eroleta cassino profissionaluma corridaroleta cassino profissionalOrlando, nos Estados Unidos, antes dos 70 anos.

roleta cassino profissional Amor sem idade pelo esporte

Além do humor e da criatividade, a Corrida Integração ficou marcada pela superaçãoroleta cassino profissionalseus participantes, com atletas que provaram que não há idade certa para o esporte.

Aos 87 anos, Antônio Paulo Pereira abriu a prova dos 5k mesmo com o joelho enfaixado eroleta cassino profissionalbengala. Corredor desde 1950, com maisroleta cassino profissionalmil provas na carreira, entre elas algumas no exterior, e passagens por clubes como Atlético-MG e América-MG, o Cuiabano, como é conhecido, já competiuroleta cassino profissional250 cidades no estadoroleta cassino profissionalSão Paulo.

– Mororoleta cassino profissionalJardinópolis e tenho uma doença no joelho que não tem cura, mas eu falei com a minha família e decidi que iria correr essa prova. Já corri tantas outras, faltava essa. Falei que iria correr nem que fosse arrastado, porque Deus me ajudaria. Senti dores do começo ao fim, mas não me entreguei. É uma honra ter participado pela primeira vez e não podia perder essa. Meu genro, que é um grande amigo, e minha filha me ajudaram muito, e graças a Deus eu corri e cheguei ao final – celebra.

Aos 87 anos, Antônio Paulo Pereira, o Cuiabano, se emociona no pódio da Corrida Integração — Foto: Hugo Luque

Mesmo com a vasta experiênciaroleta cassino profissional72 anos nas pistas, Antônio não conteve a emoção ao passar a linharoleta cassino profissionalchegada e ser chamado ao palco para receber o troféu, a medalha e uma emocionada salvaroleta cassino profissionalpalmas do público.

– Chorei, porque só quem já correu tanto como eu sabe da emoção que é subirroleta cassino profissionalum palco e ser aplaudido. Tem que dar o retorno. Fiz essa prova e espero estar ainda melhor para fazer a próxima,roleta cassino profissionalCampinas. Eu vou lá novamente, porque já corri os 10 km e chegueiroleta cassino profissionalprimeiro na minha categoria – projeta.

Therezinha Nazario Martucci,roleta cassino profissional86 anos, celebra chegada na provaroleta cassino profissional10k da Corrida Integração — Foto: Hugo Luque

Aos 86 anos, Therezinha Nazario Martucci viajouroleta cassino profissionalJaboticabal a Ribeirão Preto, dois meses após operar uma varize, para, nas palavras dela, tirar o percursoroleta cassino profissional10k "de letra”.

Há 33 anos participandoroleta cassino profissionalprovas, a competidora contou que o principal “segredo” para a longevidade nas pistas está na cabeça. Hoje, com o apoio da família eroleta cassino profissionaladmiradores desconhecidos, que também a ovacionaram na ida ao palco do pódio, Therezinha se vê mais preparada para longas distâncias do que quando começou.

– Tem que ter calma, coragem e insistir com a vida, lutar, porque nem todo dia você está bem, mas tem que lutar. Comecei com 53 anos e, na minha primeira corrida, eu não tinha tênis, então comprei um par usado e um pé era maior do que o outro. Doía demais, mas falei que não iria parar. Eu quero, eu posso, eu faço. Eu corriroleta cassino profissionalSantos no último mêsroleta cassino profissionalmaio e fiqueiroleta cassino profissionalsegundo lugar – relembra.

Com a rotinaroleta cassino profissionalcaminhar 10 km diariamente, a corredora ainda tem muitos planos pela frente. Pronta para quebrar mais barreiras, ela quer, acimaroleta cassino profissionaltudo, se divertir.

– Se Deus quiser, vou voltar à Integração do ano que vem. Eu digo que vou correr até o fim da minha vida, assim como trabalhar, tocar violão, nadar e tudo, até quando Deus permitir. Agora, já estou pensando na São Silvestre. Quanto mais desafio, melhor.

Therezinha e Cuiabano se encontram após homenagens na chegada — Foto: Hugo Luque

* Sob supervisãoroleta cassino profissionalRodolfo Tiengo