O Ministério Público1xbet nacionalSão Paulo instaurou inquérito civil para a investigação1xbet nacionalcasos1xbet nacionalracismo e outras formas1xbet nacionaldiscriminação no futebol paulista.
O inquérito está sob responsabilidade do Gecradi (Grupo Especial1xbet nacionalCombate aos Crimes Raciais e1xbet nacionalIntolerância), mas reúne promotores também da promotoria1xbet nacionalDireitos Humanos e do Jecrim (Juizado Especial Criminal), responsável por casos relacionados ao Estatuto do Torcedor.
– Estádio não pode ser lugar1xbet nacionalpermissividade, não pode ser uma terra sem lei. A atividade desenvolvida ali é lícita, um bem cultural, mas como1xbet nacionalqualquer lugar, a lei impera e vige e deve ser aplicada nos mesmos termos do lado1xbet nacionalfora do estádio – afirma o promotor Bruno Orsini, do Gecradi.
A intenção do inquérito é entender o que tem motivado ações racistas e quais medidas foram implementadas para evitar que elas ocorram. A partir daí, definir responsabilidades e propostas1xbet nacionaleducação e prevenção. O prazo da investigação é1xbet nacionalum ano, a princípio.
– (No fim) a gente espera ter rastreado, junto às associações civis que atuam no futebol, os principais gatilhos1xbet nacionalprática1xbet nacionalracismo nos estádios. A partir da compreensão desses elementos, pensar estratégias para ter um olhar e atuação direcionados com vistas a debelar esses elementos. Para tornar o estádio um lugar seguro a todos que o frequentam, e especialmente a grupos vulneráveis – completa Orsini.
Na portaria1xbet nacionalabertura do inquérito, os promotores citam dados1xbet nacionalorganizações como o Observatório1xbet nacionalDiscriminação Racial no Futebol. Semana passada,1xbet nacionalevento na CBF, a entidade revelou que já foram registrados 64 casos1xbet nacionalracismo no futebol brasileiro até agosto1xbet nacional2022, o mesmo número1xbet nacionaltodo o ano anterior. A tendência é1xbet nacionalalta nesses números.
– Acho que o momento que a gente vive, com uma conscientização maior da população sobre os malefícios do racismo, as denúncias aumentaram, já que as pessoas passaram a entender que o racismo não é tolerado – diz o promotor.
– Um dos objetivos do inquérito é entender se houve realmente um escalonamento do número1xbet nacionalcasos ou se esses dados eram invisibilizados até então e, portanto, não havia interesse ou meios1xbet nacionalinfluir nessa realidade.
Por enquanto, o Ministério Público enviou ofícios à Federação Paulista1xbet nacionalFutebol, à Secretaria1xbet nacionalJustiça e à Secretaria1xbet nacionalSegurança Pública para questionar sobre as medidas preventivas e demais ações relacionadas. Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo também foram informados do inquérito para que possam se manifestar.
Nesse ano, por exemplo, foram registrados casos1xbet nacionalracismo nos estádios do Corinthians,1xbet nacionalque torcedores do Boca Juniors foram presos, e no Morumbi,1xbet nacionalque os torcedores negam gestos racistas, mas estão sob investigação da Polícia Civil.
Orsini entende que a legislação penal precisa ser atualizada, mas afirma que há outros meios1xbet nacionalpunições efetivas, como os que obrigam o pagamento1xbet nacionalindenizações:
– Existem outros sistemas1xbet nacionalresponsabilização que permitem adoção1xbet nacionalmedidas mais robustas, principalmente no campo da responsabilidade civil,1xbet nacionaldanos morais coletivos, que tem potencial1xbet nacionalatingir resultados para não permitir que práticas como essa se perpetuem.
Ele afirma que espera ter a colaboração1xbet nacionalclubes, federações e demais entidades ligadas ao esporte para implementar ações1xbet nacionalprevenção. E diz que o Ministério Público pode acionar a Justiça se houver resistência.
– A atuação primeiro é preventiva,1xbet nacionalentender a realidade, engajar os atores a adotar medidas transformativas, construir com eles essas medidas,1xbet nacionalcooperação para buscar respostas, mas esperando que essas respostas sejam implementadas. Se isso não acontecer, outro caminho não resta que não iniciar uma ação civil contra quem não tenha aderido a essas diretrizes.
Orsini completa:
– Se existe esse sentimento1xbet nacionalimpunidade no futebol, isso é uma das coisas que precisam ser mudadas. São esses atores do futebol que têm a responsabilidade primordial1xbet nacionalimpedir que esses pensamentos se perpetuem.
Na semana passada, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, propôs que clubes percam pontos1xbet nacionalcampeonatos quando registrados casos1xbet nacionalracismo1xbet nacionaltorcedores.
O ge consultou os 40 times das séries A e B, e apenas seis deles concordaram com a propostas sem fazer ressalvas.