Luiz Suárez já despertava a curiosidade e a atençãocassino all inclusivepais, treinadores e olheiroscassino all inclusiveum campo acanhado no bairro Larrañaga,cassino all inclusiveMontevidéu, bem diferente dos luxuosos palcos da carreiracassino all inclusivesucesso, antes mesmocassino all inclusiveser prospectado pelo Nacionalcassino all inclusive2000.
Rebelde e obcecado por vencer desde o "baby fútbol" (categoria dos 4 aos 13 anos), Luisito superou expectativas e manteve durante a carreira uma virtude que sempre o diferenciou: a fixação pelo gol. Os primeiros passos do ídolo uruguaio se fundem com a história do Urreta F.C, local dos primeiros chutes do craque.
Conheça as raízescassino all inclusiveSuárez no Uruguai
Naturalcassino all inclusiveSalto, cidade localizada a cercacassino all inclusive425 quilômetroscassino all inclusiveMontevidéu, na fronteira com a Argentina, Suárez teve contato com a bola desde cedo por influência do pai e dos irmãos. Aos cinco anos, ainda no interior uruguaio, fazia parte da escolinha do Deportivo Artigas.
Em 1994, quando tinha sete, mudou-se com a família para a capital uruguaia. O pequeno Luisito foi levado pelo tio a um clubecassino all inclusivebairro pertocassino all inclusiveTrês Cruces, onde morava, para um teste.
– Ele chega no anocassino all inclusive1994cassino all inclusiveSalto, da categoria 1987,cassino all inclusiveuma família humilde. O clube aqui o recebeu. Quando veio fazer um teste, ficou. Ele chegou com sete ou oito anos. O primeiro clube que ele jogou foi nossa instituição, o Urreta – conta Fernando Di Candia, presidente do Urreta F.C, ao ge.
A reportagem do ge estevecassino all inclusiveMontevidéu para conhecer as raízescassino all inclusiveSuárez e entender como foi o desenvolvimento do jogador da categoria sub-8 até ser vendido pelo Nacional para o Groningen, da Holanda,cassino all inclusive2006, quando tinha 19 anos. A obsessão pelo gol e a rebeldia andavam juntas.
Durante a visita à sede social do Urreta F.C, o ge teve acesso a um item raro: uma entrevistacassino all inclusiveLuisito a um jornal localcassino all inclusive1997 (veja abaixo), após marcar sete golscassino all inclusiveum jogo. Na curta conversa, o garoto citou Enzo Francescoli, meia uruguaio dos anos 80 e 90, como ídolo e revelou o sonhocassino all inclusiveum dia vestir as cores do Nacional, clube do coração.
- Jogocassino all inclusiveUrreta faz três anos, mas antes jogava no Deportivo Artigas,cassino all inclusiveSalto. Quando me mudei para Montevidéu, meu tio me disse que havia um clube perto da minha casa e fui. Era o Urreta – disse Suárez, aos 10 anos, a um jornal local.
Suárez chegou aos sete anos no Urreta F.C, clube do bairro Larrañaga fundadocassino all inclusive1958 por Adolfo Bañales e Blanca Gómez. É um dos timescassino all inclusiveBaby Fútbol com mais títulos e premiações no Uruguai.
Atualmente, conta com maiscassino all inclusive140 crianças na categoria até 13 anos e cercacassino all inclusiveoutros 100 nos juvenis, com times masculinos e femininos. Em março deste ano, o Urreta foi convidado para participar da partida inaugural do Complexo Luis Suárez.
Todos os colaboradores - dirigentes, treinadores e funcionários - são pais ou pessoas dispostas a ajudarem nas demandas diárias do clube. O dinheiro arrecadado é usado para manter a infraestrutura, comprar bolas e equipamentos. Na copa, a vendacassino all inclusivechorizos é uma das fontescassino all inclusivelucro.
A fome pelo gol impressionou logo no primeiro testecassino all inclusive1994. Os relatos dão contacassino all inclusiveque o meninocassino all inclusiveSalto encantou. Embora aprovado, não havia vagas. O treinador insistia para que fosse integrado à categoria. Por sorte ou destino, outro garoto não pôde ser inscrito e abriu brecha para Luisito.
Nos documentos guardados na sede social do Urreta, há uma foto preciosa. O momento exatocassino all inclusiveum gol. Aparentemente, um chutaçocassino all inclusiveesquerda. À época, com sete ou oito anos, utilizava a camisa 14. A partir do segundo anocassino all inclusiveclube, recebeu a 9.
É consenso entre todos os personagens ouvidos pelo ge - seja do Urreta ou do Nacional - que Luisito sempre foi obcecado por fazer gols e ganhar. Fazia um e não se contentava. Queria mais e mais. Quando não marcava gols ou não vencia, chorava. São memórias recordadas com carinho.
– Meu irmão (Antônio Di Candia) teve a possibilidadecassino all inclusivecomandá-lo por um ano e me contava que era excelente. Era um goleador, não gostavacassino all inclusivesair, ficava com raiva da arbitragem – lembra Fernando.
Os gols e títulos pelo Urreta F.C atraíram olheiros para as redondezascassino all inclusiveLarrañaga. Entre eles, o grupocassino all inclusiveprospecção do Nacional. Os captadores do Gran Parque Central identificaram que o clube estava diantecassino all inclusiveum garoto diferenciado, especial e com inteligência acima da média.
– Suárez tinha 12 anos. Havia um grupocassino all inclusivecaptação no Nacional. Este grupo andou por todo o Uruguai para captar meninoscassino all inclusive11, 12 e 13 anos. E encontramos Suárez. O trouxemoscassino all inclusive2000. Ele entrou no sub-13 – conta Daniel Enríquez, à época coordenador dos juvenis do Nacional.
– Era muito inteligente para fazer os gols. A bola sobrava e ele fazia gol. Sempre tinha oportunidadecassino all inclusivefazer gol. Não era fortecassino all inclusivepegar a bola e correr e passar por todo mundo, tampouco era veloz, era muito inteligente e vivo. Para fazer gols e conversar conosco - completou.
Suárez chegou ao Nacionalcassino all inclusive2000 como uma joia a ser lapidada. Na hierarquia, porém, ficou atrás para as promessas Fornaroli e Cauteruccio. Por ser "magro", "fraco fisicamente" e "verde", recém saído do baby fútbol, recebia menos chances. Mesmo assim, mostrava virtudes: "oportunismo e destreza para o gol distintos do resto".
A "explosão" físicacassino all inclusiveLuisito aconteceu aos 16 anos, quando já frequentava a categoria sub-17. Ficou mais forte e ganhou peso. Até demais. Existia uma briga com a balança e, além disso, uma questão comportamental, definida como "conduta intensa para ganhar".
Certa feita, o sub-17 do Nacional, antescassino all inclusiveum duelo com o Peñarol, teve um jogo com caráter menos importante. A equipe vencia tranquilamente por 3 a 0. Nos minutos finais, um gol foi anulado. Suárez se rebelou contra o árbitro, foi expulso e desfalcou o time no clássico. Exemplo usado por Daniel Enríquez para ilustrar um momentocassino all inclusivedestempero do atacante.
– Tive que chamar atenção várias vezes. Era indisciplinado, nervoso. Protestava contra os árbitros. Queria ganhar sempre. Ficava incomodado quando perdia. Tínhamos que controlarcassino all inclusiveconduta intensa para ganhar. Nunca tivemos problema por sair na noite, beber ou fumar. Ele comia doce e tomava refrescos. Ele tinha problemacassino all inclusivepeso. Mas no campo era como é hoje: intenso – relembra Daniel.
– Com 16 anos, evoluiu fisicamente. Cresceu rapidamente. Mas não tinha boa alimentação. Ele culturalmente não comia bem. Por mais que nós tentássemos, ele tinha dois ou três quilos a mais. Foi assim nos juvenis e no profissional. O uniformecassino all inclusivejogo ficava mais apertado. Não estava como está agora, todo marcado. Ele entrou na linha quando foi ao Groningen – acrescentou.
Suárez foi alçado ao time principal aos 18 anoscassino all inclusive2005. O Nacional tinha como objetivo dar oportunidades aos atletas mais jovens. Ex-zagueiro campeão da Libertadores e do Mundial, Daniel Enríquez, já como diretor esportivo na época, conversou com a comissão técnica para estabelecer um planocassino all inclusiveutilização dos garotos.
– Era explosivo, forte, mas errava muitos gols. Criava muitas chances por potência e força, não porcassino all inclusivehabilidade. Enfrentava o goleiro e errava. Perdia três e fazia um. Não decaia no primeiro fracasso. Suárez encarava o goleiro e chutava no peito ou chutava para fora. Hoje, é gol – afirmou o ex-dirigente.
– Gosto semprecassino all inclusivedestacarcassino all inclusivevontade, seu desejocassino all inclusivetriunfar, as jogadas que saíam mal no fimcassino all inclusivesemana, recriava durante a semana para fazer bem, treinar pênaltis, faltas, escanteios, cabeceio. Realmente uniu seu talento natural com grande vontade por querer melhorar – contou Martín Lasarte, técnico do Nacionalcassino all inclusive2006, ao ge.
Apesarcassino all inclusivetodos os elogios e reconhecimento ao domcassino all inclusivefazer gols e ao talentocassino all inclusiveLuisito, muitos não acreditavam que ele se tornaria um astro do futebol mundial. O sonhocassino all inclusivejogar no Barcelona soava como um ponto fora da curva. A ida à Inglaterra teve Tévez como referência.
– Quando foi para o Liverpool, perguntei se não seria melhor França, Espanha ou Itália e ele disse: "Sou como Tévez. Se Tévez foi bem e sobressaiu, eu também vou". Ele tinha razão. Quando foi ao Barcelona, lembramos todoscassino all inclusivesete, oito anos atrás, quando era um menino e tinha o sonhocassino all inclusivejogar lá – sorriu Daniel.
A estreia no profissional do Nacional foicassino all inclusiveum jogocassino all inclusiveLibertadores, na derrota para o Juniorcassino all inclusiveBarranquilla por 3 a 2, quando atuou por 14 minutos. Em 2006, emplacou sequênciacassino all inclusivejogos, teve destaque e participou da campanha do título uruguaio. Não demorou para ser vendido ao Groningen, da Holanda, por 800 mil euros.
O que foi visto nos camposcassino all inclusivebaby fútbol no Uruguai se repetiu pelos principais palcos do futebol mundial. A fome pelo gol e pelas vitórias o colocou entre os quatro maiores artilheiroscassino all inclusiveatividade no mundo, alémcassino all inclusiveter o selocassino all inclusivemaior goleador da história da seleção uruguaia. O resto é história.
– Estão impressionados no Grêmio? Nós também! O Uruguai também – finaliza Daniel Enríquez.
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