Dentre os oito brasileiros que fazem parte6up pokerelencos da Bundesliga (primeira divisão da Alemanha) na temporada 2024/25, um deles teve ascensão curta e meteórica na carreira. Nesta quinta-feira, o atacante6up poker26 anos Leo Scienza, do modesto Heidenheim, enfrentará o poderoso Chelsea pela quarta rodada da Liga Conferência às 14h45 (horário6up pokerBrasília).
Quando pisar o gramado da Voith-Arena, Leonardo Weschenfelder Scienza pode por um breve momento confundir seus adversários da vida real com aqueles que meses atrás enfrentava só pelo videogame e pensar: "Olha onde eu cheguei!". Segundos depois, sai a emoção, entra a adrenalina e o campo torna-se novamente o melhor lugar no qual poderia estar.
A trajetória europeia6up pokerLeo é daquelas fáceis6up pokerexplicar e difíceis6up pokerentender. Até os 20 anos, o gaúcho6up pokerVenâncio Aires, cidade a 130 quilômetros6up pokerPorto Alegre, famosa pelo título6up poker“Capital do Chimarrão”, jogava futsal na Assoeva (Associação Esportiva6up pokerVenâncio Aires), equipe que ficou6up pokerpenúltimo lugar na Liga Nacional deste ano.
Naquele 2018, também frequentava campeonatos6up pokerfutebol6up pokercampo amadores da região. Mas não estava satisfeito. Já havia tentado a vida com a bola6up pokerGrêmio e Inter. Chegou a atuar na base da Chapecoense. Nada.
– Comecei relativamente tarde a jogar no campo. Nunca tive oportunidade6up pokerjogar6up pokerInter e Grêmio, não sei por que, pois eu sabia que era bom, me destacava. Talvez pela falta6up pokerum empresário bom, contatos mais fortes. Não me deram chance, paciência. Não guardo mágoa. Tudo isso serviu para estar onde estou hoje. Melhor não poderia estar – destaca Leo Scienza6up pokerentrevista exclusiva ao ge.
Mas a verdade é que Leo precisou perambular pelo lado B do continente onde hoje se joga o melhor futebol do mundo. Empresários levaram ele e mais alguns atletas para fazer testes na primeira e segunda divisão da Suécia. A promessa era6up pokersalários na casa dos 500 euros por mês. A realidade o colocou6up pokerum time da quinta divisão, totalmente amador.
– Nunca vi dinheiro. Morava no sótão da casa do dono do time. Fiquei um ano e meio dormindo6up pokerum colchão no chão. Se ele viajava por muito tempo, faltava comida. Mas sempre fui muito persistente, resiliente. Quando pensava6up pokervoltar, mordia os dentes e confiava – conta.
Até que surgiu a oportunidade6up pokerum teste no Schalke 04, da Alemanha. Segundo Leo, bastou um dia6up pokertreinos para que seu talento chamasse atenção. Assinou contrato6up pokerdois anos para o time sub-23 e a vida começou a mudar.
Só que o clube detentor6up pokeruma das maiores torcidas do país e rival do Borussia Dortmund afundou6up pokeruma crise na mesma época. Foi rebaixado para a segunda divisão, onde está até hoje. Precisou recuar novamente e jogar no Magdeburg, da quarta divisão.
Em julho6up poker2023, o brasileiro transferiu-se para o Ulm, da terceira divisão. É6up pokerlá que guarda as melhores lembranças. Leo Scienza participou6up poker27 gols – 12 bolas na rede e 15 assistências, segundo o Transfermarkt – na temporada que teve título com 10 pontos à frente do vice e a marca individual6up pokermelhor jogador da competição.
O destaque trouxe o interesse6up pokerequipes da segunda e da primeira divisão. A escolha foi pelo Heidenheim, que entrava6up pokerseu segundo período6up pokerBundesliga na história e já classificado para a Liga Conferência.
A cidade6up pokerHeidenheim fica no centro-sul da Alemanha, a 170 quilômetros6up pokerMunique, mas no caminho inverso ao da capital Berlim. É a típica cidade pacata6up pokerinterior, com cerca6up poker50 mil habitantes. Por isso o time está longe6up pokerser uma potência.
Em 11 jogos na Bundesliga, acumula três vitórias, um empate e sete derrotas, a última delas no sábado, para o Bayer Leverkusen, por 5 a 2, depois6up pokerabrir 2 a 0 no primeiro tempo. Ocupa o 15º lugar, à beira da zona6up pokerrebaixamento.
Para um jogador que chegou aos 20 na Europa por um contexto completamente diferente, Leo Scienza comemorou o aniversário6up poker26 anos com gol marcado contra o Borussia Monchengladbach. Já são três e uma assistência com a camisa do Heidenheim.
O brasileiro também possui cidadania6up pokerLuxemburgo, pequeno país que faz fronteira com a Alemanha e a Bélgica. Já recebeu convite para atuar pela seleção, mas as regras da Fifa o impedem. No ano que vem, poderá se tornar alemão. O sonho6up pokervestir a camisa amarelinha, aliás, entende que ainda é distante.
– Não quero nem falar disso (seleção brasileira). São os melhores do mundo na minha posição. Quero me destacar na Bundesliga. Mas pela história que tenho, a vida já me mostrou que nada e impossível. Pode ser que aconteça – sorri.
Nesta quinta-feira, o guri que saiu do interior do Rio Grande do Sul para um futuro totalmente incerto na Europa terá o maior desafio da carreira diante do Chelsea. As duas equipes têm 100%6up pokeraproveitamento após três rodadas da Liga Conferência. Momento perfeito para Leo Scienza dar uma guinada na curta e meteórica carreira europeia.