ge.globo disseca trabalhoroleta das profissõesFábio Carille
A estreia com vitóriaroleta das profissõesFábio Carille no Athletico é um recorte pequeno, mas já dá pequenos sinais do que o técnico pretende para a temporada. Contra o The Strongest, pela Libertadores, o Furacão já teve o "dedo" do comandante, que tem uma carreira na beira do camporoleta das profissõestítulo brasileiro e tri paulista.
Como Carille pode montar a versão 2022 do Athletico? Quais são suas ideiasroleta das profissõesjogo? O sistema tático preferido? O Furacão pode brigar por quais competições com o treinador?
O ge traz uma análise do primeiro jogo e do histórico do técnico ex-Corinthians e Santos. Confira na conversa e no texto do setorista Guilherme Moreira e do jornalista Leonardo Miranda, do blog Painel Tático.
Com a demissãoroleta das profissõesAlberto Valentim, o novo técnico Carille teve apenas 55 minutosroleta das profissõestreino na véspera. De fato, muito pouco para dizer que o resultado positivo teve grande influência, mas teve sim "seu dedo".
A escalação, por exemplo, trouxe três mudançasroleta das profissõesrelação à estreia na Liberta. Matheus Felipe tirou Lucas Halter da zaga, enquanto Bryan García entrou no lugarroleta das profissõesChristian - foi o primeiro jogo da jovem dupla na competição. Por fim, Canobbio assumiu a vagaroleta das profissõesMarcelo Cirino.
Em campo, a equipe não utilizou a "saídaroleta das profissões3", quando um jogador recua entre os zagueiros ou lado deles para iniciar a jogada. Hugo Moura ou Abner tinha essa função. Visualmente, o Athletico atacavaroleta das profissõesum 4-2-3-1, sistema preferido do comandante.
Assim, os zagueiros mantinham seus posicionamentos. O lateral-direito Orejuela ficava aberto perto do meio-campo, com o lateral-esquerdo Abner mais por dentro. Os volantes estavam à frente dos defensores.
Terans mais à frente, com muita liberdade para buscar o jogo. Cuello espetado pelo lado esquerdo do ataque, colado na linha lateral, e Canobbio por dentro do lado direito. Por fim, o atacante Pablo na referência e saindo para dar apoio.
O comandante atleticano recebeu apoio do torcedor, que gritou seu nome após a partida. O respaldo inicial, diferente do climaroleta das profissõesdesconfiança com Valentim desde o ano passado, dará tempo para Carille aplicar uma ideiaroleta das profissõesjogo e fazê-la evoluir.
Histórico e sistemaroleta das profissõesCarille
Auxiliar por oito anos no clube da capital, Carille foi fortemente influenciado por Mano Menezes e Tite e deu continuidade ao que foi chamadoroleta das profissões“DNA corintiano”: um time muito compacto na defesa, marcando por zona e com uma linharoleta das profissõesquatro defensores sempre retinha e alinhada na frente da área. Conceitos presentesroleta das profissõestodos os times vencedores na décadaroleta das profissõesouro do Timão, até na brilhante equiperoleta das profissões2015 comandada por Tite.
O técnicoroleta das profissõesfato priorizou a defesa num 4-2-3-1 com Jô mais à frente, numa importante funçãoroleta das profissõesfazer o pivô e segurar as bolas da defesa, e Rodriguinho mais solto no ataque. Nos jogos na Arena, Fágner e Arana saíam mais ao ataque e o time trabalhava mais a bola. Foraroleta das profissõescasa, muita consistência defensiva como a vitória por 1 a o no Grêmio, no Rio Grande do Sul, considerada a melhor atuação do time no primeiro turno impecável.
Essa consistência defensiva não era fruto apenas das crençasroleta das profissõesCarille como técnico, mas também foi espelho do momento e contexto que o Corinthians vivia. O clube estavaroleta das profissõesprocessoroleta das profissõesdesmonteroleta das profissões2016. Oswaldoroleta das profissõesOliveira e Cristóvão Borges não conseguiram remontar a equipe. Chamadoroleta das profissões“quarta força” no início do ano, Carille tentou implementar uma equipe mais ofensiva, mas o início tuimroleta das profissõesano, com derrota para o Santo André na Arena Neo Química, mostrou que o caminho seria pensar primeiro na defesa e só depois no ataque.
Em 2018, sem Jô, Carille testou e encontrou um 4-2-4 que potencializava Jadson e Rodriguinho. Jogando mais à frente, eles não ficavam entre os zagueiros ou na área. Tinham total liberdaderoleta das profissõesmovimentação nos espaços livres, e assim, podiam receber a bola dos zagueiros/meias e pensar o jogoroleta das profissõesfrente para o gol.
Tática que potencializa o talento: a mecânicaroleta das profissõester dois “falsos noves” foi complementada com Romero, transformado pelo técnico num jogador que pisava mais a área e dava a chamada profundidade: era quem mais avançava quando o time tinha a bola, para incomodar a zaga adversária. Papel dividido com Clayson e depois Vital até Carille sair para fazer o péroleta das profissõesmeia, mas cuja ideia foi aproveitada nos melhores momentosroleta das profissõesOsmar Loss e Jari Ventura naquele ano.
De volta ao Corinthiansroleta das profissões2019, Carille teve a chanceroleta das profissõesmontar um time do zero e projetou um time mais ofensivo, que funcionava a partirroleta das profissõesRichard, Sornoza e Ramiro. Foi o time mais cadenciado que montou, com duas mecânicas bem marcantes: Ramiro abrindo o corredor para o apoioroleta das profissõesFágner e Jadson e Sornoza se complementando no papelroleta das profissõesarmar as jogadas.
Foi também a versão que mais oscilou. Em movimento pouco comum, Carille concedeu várias entrevistas durante a febreroleta das profissõeslives ano passado, na pandemia, e reconheceu que mudou demais o Corinthiansroleta das profissões2019, apesarroleta das profissõester sido campeão paulista. A faltaroleta das profissõessequênciaroleta das profissõesalguns jogadores,roleta das profissõesespecial Pedrinho - que jogava quase sempre pelo lado, e não por dentro - foi decisiva para a demissão no meio do ano.
O Athletico volta a campo contra o Atlético-MG no domingo, às 18h, na Arena da Baixada, pela segunda rodada do Brasileirão. Na Libertadores, o Furacão visita o Libertadroleta das profissões26roleta das profissõesabril, pela terceira rodada do grupo B.