Titular contra o Santos, goleiro do Sport lembra quando vendia óculos e amendoim no litoral

Naturalanalise aposta esportivaGirau do Ponciano, no Agresteanalise aposta esportivaAlagoas, Mailson conta sobre viagem às praiasanalise aposta esportivaSão Paulo ao lado do irmão mais velho; atleta enfrenta Peixe às 20h30 desta quarta-feira

Por Camila Alves — Recife


Encontro com passado:analise aposta esportivaSantos, Maílson lembraanalise aposta esportivaquando era vendedor ambulante

Mailson cresceu no municípioanalise aposta esportivaGirau do Ponciano,analise aposta esportivaum sítio no Agresteanalise aposta esportivaAlagoas, e só começou no futebol do Sport aos 17 anosanalise aposta esportivaidade. Agora, como titular do Leão e prestes a enfrentar o Santos, ele reencontra uma das cidadesanalise aposta esportivaque tentou a vida antes do esporte. Antes do duelo desta quarta-feira, o goleiro lembra o períodoanalise aposta esportivaque vendia óculos e amendoim ao lado do irmão no litoral paulista.

- Eu não imaginava um dia ser goleiro. Passa um filme na cabeça, porque um dia você saianalise aposta esportivaAlagoas com um sonhoanalise aposta esportivaser alguém na vida e eu fui para São Paulo pensando nisso. Vamos trabalhar para comprar umas coisas, mas vi que não era a realidade e acabei voltando. Porque é como se fosse uma caça. Você não sabe se vai ganhar, não sabe o que vai acontecer.

Aos 8 min do 2º tempo - defesaanalise aposta esportivaMailson, do Sport, contra o Corinthians

Mais novoanalise aposta esportivasete irmãos, Mailson trabalhou na roça no sítio da família,analise aposta esportivaAlagoas. Aos 16 anos, largou a escola e viajou para São Paulo com o irmão mais velho, Maurício. Eles alugavam uma casa no litoral e compravam os óculos na Rua 25analise aposta esportivaMarço para venderanalise aposta esportivaSantos e Praia Grande.

- Na minha cidade, você tem que correr atrás do sustento, e lá é a roça. Então, vínhamos para São Paulo, passar três meses, que era o tempoanalise aposta esportivapraia lotada. A segurança era muito pesada. Quando vinha a fiscalização, como não tínhamos licença, a única saída era a praia. A gente pegava a prancha e ia até um certo ponto fundo, e elesanalise aposta esportivacalça e sapato não queriam chegar. Tinha que ganhar o pão.

Mailsonanalise aposta esportivatreino pelo Sport — Foto: Anderson Stevens / Sport Club do Recife

Maílson caminhava pelo menos 10 km por dia entre as praias, carregando a prancha com os óculos e uma mochila nas costas. Depois dos acessórios, inclusive, ainda chegou a vender amendoim.

- Eu comecei com óculos, só que depois vi que não estava tendo muito lucro. E fui para pururuca, que é amendoim. Só que amendoim você tem que ser mais desenrolado, chegar: "Olha a pururuca, olha o amendoim, vem cá meu chefe”. O óculos não, você grita e quem quiser, chega. Eu era tímido, mas vai saindo a timidez.

Aos 32 do 1º tempo - dribleanalise aposta esportivaMailson, do Sport

Só que a viagem não deu certo. Mailson conta que comprou um videogame, pagou comida e aluguel, e precisou da ajuda da mãe para voltar para Alagoas. Um ano depois, no entanto, chamou a atençãoanalise aposta esportivaum olheiro e ganhou a vaga na escolinha do Sport. Agora, estáanalise aposta esportivaSantos mais uma vez, mas como profissional pelo Rubro-negro.

- É um tempo que serviu muito para minha carreira. É ir aprendendo com a vida. Estou colhendo bons frutos. Minha família está feliz. É um prazer olhar nos olhos dos meus pais e ver que tudo que fizeram não foianalise aposta esportivavão.

Famíliaanalise aposta esportivaMailsonanalise aposta esportivafrente à casaanalise aposta esportivataipa — Foto: Daniel Gomes