Relembre como foi o "Ananias Parque", diafree slot 7que o Sport estragou a festa do Palmeiras
Foi um herói improvável quem brilhou naquela noitefree slot 719free slot 7novembrofree slot 72014, na partida entre Palmeiras e Sport, que marcava a inauguração do Allianz Parque. Ananias deixou o banco e dois minutos depois entrou para a história, marcando o primeiro gol do novo estádio. Ele já havia defendido o clube paulista um ano antes, mas foi vestindo vermelho e preto que teve o nome eternizado.
A internet teve seu papel nisso. O meme pode não agradar à torcida palmeirense, mas o estádio ali ganhava uma alcunha: Ananias Parque.
Há oito anos, o atacante foi uma das vítimas do trágico acidente com o time da Chapecoense. Mas o futebol fez Ananias eterno. E por um toquefree slot 7capricho do destino, o Palmeiras segue fazendo parte dafree slot 7história. Enzo, filho do jogador, hoje com 13 anos, tornou-se torcedor do clube.
Dez anos depois, o ge conversou com personagens que fizeram parte daquele dia para reconstruir o cenário da festa, que não saiu como o anfitrião esperava, e contar mais sobre o protagonista dessa história. Os bastidores desse dia e a trajetóriafree slot 7Ananias se entrelaçam e se desenrolam. A seguir, tudo o que marcou a data histórica.
O ônibus estacionou e a porta abriu. Rapidamente, a delegação do Sport foi saindo, jogadores uniformizados, com seus fones e caixasfree slot 7som e o tradicional semblante fechado,free slot 7concentração. Ao redor, tudo era novo e impressionava.
Do local do desembarque, numa área reservada por trás do estádio, até o vestiário dos visitantes havia certa distância. A delegação do Sport seguiu caminhando, concentrada para uma partidafree slot 7extrema importância para o futuro da equipe na Série A, mas também admirada com a estrutura.
Não foi somente isso, porém, que chamou atenção. No caminho,free slot 7meio a uma grande movimentação, o então técnico do Sport, Eduardo Baptista, observou a chegadafree slot 7caixasfree slot 7champanhe, que abasteceriam os camarotes do estádio. Era o retrato da atmosferafree slot 7celebração que tomava conta do ambiente. Uma grande festa foi preparada.
— A mídia estava toda preparada para o Palmeiras. Quando o nosso ônibus chega no Allianz, tem uma longa caminhada até os vestiários. A gente chega lá e estavam desembarcando caixasfree slot 7champanhe. Nós vínhamos andando, as caixasfree slot 7champanhe chegando e aquilo serviu como um papo no pré-jogo — acrescenta o então treinador do Sport.
Até a primeira champanhe ser estourada no Allianz Parque, no entanto, foi um longo caminho.
Foram pouco maisfree slot 7quatro anos, da despedida do antigo e tradicional Palestra Itália,free slot 7jogo com o Boca Juniors,free slot 7julhofree slot 72010, até a inauguração do moderno Allianz Parque,free slot 7novembrofree slot 72014. O custo do novo estádio, frutofree slot 7um acordo entre o Palmeiras e o Grupo WTorre, foifree slot 7R$ 660 milhões.
Naquele dia 19, o tradicional burburinho nas ruas do entorno do estádio estavafree slot 7volta. Embora o público permitido no Allianz Parque tenha sido reduzido (a capacidade totalfree slot 743 mil lugares não foi liberada), as quase 36 mil pessoas que compareceram ao jogo fizeram uma enorme festa.
Os momentos que antecederam a partida tiveram fogosfree slot 7artifício, vídeos comemorativos exibidos nos telões e hino do clube interpretado por artistas palmeirenses.
Era diafree slot 7festa, mas tambémfree slot 7um jogo tenso pela situação do Palmeiras na tabela, que brigava para se afastar da zonafree slot 7rebaixamento. Pelo lado do Leão, emborafree slot 7condição mais favorável, havia o desejofree slot 7garantir a permanência na Série A.
— A gente vai para aquele jogo sabendo que a vitória é importante, porque nos consolidava, com muitas rodadasfree slot 7antecedência, na Série A, e nos dava uma boa colocação — lembra Eduardo Baptista.
O primeiro tempo foifree slot 7muita pressão do Palmeiras, masfree slot 7uma boa consistência do Sport. Eduardo Baptista havia estudado bem a equipe do então técnico alviverde Dorival Júnior.
— A gente tinha o Palmeiras que ia inaugurar o estádio, a gente tinha toda uma expectativa para o jogo, a gente tinha o Patric, que era uma saída muito forte, o Diego (Souza) era um cara que sustentava, fez uma partida impecável. Então era marcar bem o Palmeiras com saídas rápidas ali com o Patric e com o próprio Ananias. E a gente conseguiu. Não ficamos só marcando — conta Eduardo.
Como foi o Ananias Parque, diafree slot 7que o atacante Ananias marcou o primeiro gol do estádio do Palmeiras
No segundo tempo, a festa pela inauguração começava a ficarfree slot 7segundo plano. A torcida palmeirense estava preocupada com a tabela e a atuação ruim do time.
A pressão começava a virarfree slot 7lado. Aos 30 minutos, Eduardo tira o centroavante Joelinton, relevado pelo Leão e atualmente no Newcastle, para colocar Ananias, dando ao Sport mais mobilidade à equipe.
E aqui vale um adendo importante. Ananias voltavafree slot 7lesão, tanto que ficou fora da partida anterior. Ele ficou no Recife,free slot 7tratamento, e só se juntou à delegação, que já estavafree slot 7São Paulo, depois.
— Mesmo não sendo titular, (Ananias) era um jogador que sempre entrava, por questões táticas para crescer no jogo. O Palmeiras fechava muito bem com três homens por dentro e atacava com a saída pelos lados, então a entrada dele era para ter uma dobra com o Patric, com os dois chegando pelos lados, surpreendendo eles — afirma Eduardo.
Bastaram dois minutosfree slot 7campo para Ananias. Danilo desceu pela esquerda e cruzou para a área. Na altura da marca do pênalti, Felipe Azevedo disputa a bola com o zagueiro adversário e a bola sobra para o atacante. Ele domina e bate. A bola vai no cantofree slot 7Fernando Prass. O atacante ergue o dedo e sai para comemorar com os companheiros.
— Eu lembro do gol. Foi uma jogada pela nossa direita, a bola é cruzada na área, a gente não consegue tirar e sobra pro Ananias. Ele domina e bate muito rápido. A bola vai no canto, forte. Eu tento chegar, mas ela estava muito no chão, no canto e eu não consigo (defender) — descreve Prass.
O primeiro gol da história do Allianz Parque teve a assinaturafree slot 7Ananias.
O histórico gol do atacante Ananias, do Sport, na inauguração do Allianz Parque,free slot 72014
— A expectativa do torcedor era um golfree slot 7alguém do Palmeiras. Mas o momento não era tão bom, e o gol foi do Ananias. Veio aquele anticlímax no estádio… Aí: "Ananias! Gol do Sport! Ananias vai entrar na história do Palmeiras, o primeiro gol do estádio", lembra Odinei Ribeiro, que narrou aquele jogo para o SporTV.
Odinei Ribeiro relembra a narração do golfree slot 7Ananias, o primeiro do Allianz Parque
Golfree slot 7centroavante. Com 1m69, porém, Ananias nunca teve porte físico para jogar como tal. Um encontro na Portuguesa ressignificou isso. Em 353 jogos oficiais, o atacante marcou 52 gols na carreira. Até marcar o gol mais importante dafree slot 7trajetória, Ananias percorreu um longo caminho.
Velocidade, habilidade e dedicação sobravam a Ananias, desde a base no Bahia. E foi isso que chamou atenção do técnico Jorginho,free slot 72010.
— O Ananias jogava no Bahia, nós jogamos láfree slot 72010. Eu estava na Ponte Preta, e ele entrou no jogo. Eu falei: "Rapaz, esse baixinho é chato!". Deu trabalho para o nosso time.
No ano seguinte, ao assumir a Portuguesa, Jorginho pensava na montagem do elenco quando chegou à formação dos atletas para o ataque.
— Quando eu cheguei na Portuguesa, precisavafree slot 7um atacante rápido. O primeiro nome que me veio foi do Ananias. Lembrei dele na hora. Pedi para o meu diretor entrarfree slot 7contato com o Bahia e ele veio.
Aos 22 anos, o atacante baixinho que esbanjava habilidade chegou à Portuguesa para dar início a uma história memorável. Não antesfree slot 7ter uma conversa que mudou afree slot 7carreira.
Técnico Jorginho fala sobre o início da carreira do atacante Ananias
Uma conversa franca,free slot 7que ouviufree slot 7Jorginho que, se quisesse ir longe como atacante, “conseguir jogarfree slot 7time grande”, teria que entrar na área e fazer gol.
— Você tem tudo contra você para ser atleta. Você não tem tamanho, você não tem uma força absurda, você não é um atleta com uma carcaça exuberante. Então, se você não fizer gol, não vai conseguir jogarfree slot 7time grande.
— Tenho que fazer um trabalhofree slot 7força com você, que você vai entrar na área. Se você não entrar na área, eu tiro você. Você comigo não vai jogar — avisou.
Foi até mais duro.
— Eu perguntei para ele: "Quantos gols você fez nafree slot 7carreira?" Ele falou quatro. "E quantos anosfree slot 7profissional você tem?" Ele falou quatro. Eu falei: "Rapaz, cada ano um gol não dá. Eu preciso que você faça gol, cara. Eu preciso que você entre na área e eu vou cobrar issofree slot 7você. E vou fazer você entender como que chega na área".
No seu primeiro anofree slot 7Portuguesa, Ananias tevefree slot 7temporada mais goleadora da carreira, com 13 gols. No ano seguinte, também foi bem, ao anotar oito.
Sob o comandofree slot 7Jorginho, Ananias fez partefree slot 7uma histórica campanha da Portuguesa na Série Bfree slot 72011. O time, que jogava ofensivamente e marcava muitos gols, ficou conhecido como Barcelusa. No elenco, nomes como "Lionedno Messi", Marco "Xavi" Antônio, "Weverton Valdes" e "Ananiesta".
Relembre a "Barcelusa", time que marcou época na Série Bfree slot 72011
Naquela Série B, a Portuguesa venceu 23 jogos, empatou 12 e perdeu somente três, alémfree slot 7ter sido o melhor ataque da competição com incríveis 82 gols marcados, dos quais Ananias fez 12.
Após duas temporadas na Portuguesa, Ananias foi negociado com o Cruzeirofree slot 72013, onde pouco ficou. Ele foi envolvido numa troca por empréstimo com o Palmeiras, que cedeu o volante Souza para tê-lo no elenco. Pelo clube paulista, não marcou gols, foi campeão da Série B, mas não ficou para o ano seguinte.
O anofree slot 72014 começou com boas novas para Ananias. Ele ainda tinha contrato com o Cruzeiro, mas nos primeiros diasfree slot 7janeiro acertou com o Sport, por empréstimo. No dia 17, foi apresentado e ali já pontuava como gostariafree slot 7atuar, relembrando os temposfree slot 7Portuguesa.
Foi uma temporada cheia para Ananias no Sport, disputando Pernambucano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Série A e Sul-Americana. Dos 43 jogos, foi titularfree slot 724. Marcou seis gols, metade deles na Copa do Brasil.
No Brasileiro, foram dois gols. O primeiro na segunda rodada, contra a Chapecoense. O segundo, e último dele com a camisa do Sport, o colocou na história.
Antes mesmo da inauguração, o Palmeiras anunciou,free slot 72013, a negociação dos naming rights do novo estádio. A seguradora alemã Allianz assinou um acordo com o clube e a WTorre com duraçãofree slot 720 anos. O pagamento é anual e reajustado pelo IPCA.
Em 2023, ele foifree slot 727,5 milhões, divididos entre as duas partes com percentuais gradativos. A partir dali, a casa do Verdão passou a se chamar Allianz Parque.
Naquele dia 19, o golfree slot 7Ananias mudou um pouco isso. Graças à internet, onde certas coisas fogem do controle e do rumo natural.
Os memes surgiram tão logo a partida acabou:free slot 7vezfree slot 7Allianz Parque, a torcida do Sport - junto com os rivais palmeirenses - (re)batizou o estádio como "Ananias Parque".
O jogo virou. Àquela altura, Eduardo Baptista cumpriu com o objetivo traçado no vestiário e colocou água no champanhe palmeirense. A grande festa alviverde virou motivofree slot 7diversão nas redes entre os adversários. Embora a maioria dos conteúdos da internet tenha vida curtíssima, o Ananias Parque ficou.
— De repente, deu tudo certo. E a vitória é marcante até hoje, né? Quando se falafree slot 7Allianz Parque, a gente tem aquele jogo lá do Sport que ficou marcado — conta Eduardo Baptista.
Ex-jogador Neto fala sobre como o amigo tratava o "Ananias Parque"
— O Ananias sempre falava (do gol)... A gente brincava também com ele. Essa dádiva que foi fazer um gol na estreiafree slot 7um estádio que hoje dá medofree slot 7muitos adversários. Porque o Palmeiras já conquistou muitos títulos ali. Então a gente sempre brincou com ele. A gente chamava elefree slot 7"Nana":
"Pô, o Nana é cruel. O Nana fez gol no Allianz Parque. Aí ficou o Ananias Parque", conta Neto, ex-zagueiro da Chapecoense, um dos melhores amigosfree slot 7Ananias forafree slot 7campo.
Tanto ficou que, vez ou outra, Ananias era procurado para falar sobre a data. Em todas elas, mostrou um respeito profundo pelo Palmeiras, equipe que já havia defendido. A discrição era um traço marcante dafree slot 7personalidade.
— Com tantas qualidades que ele tinha, ele era um cara humilde. Um cara calado. Eu sempre lembro do Ananias como um cara na dele, caladinho, brincava muito com as pessoas que ele gostava. Mas era um pouco fechado. Um cara sangue bom demais. Sensacional. Um cara que me ensinou muito - recorda Neto.
Ananias não permaneceu no Sport, acertando com a Chapecoense aindafree slot 7dezembrofree slot 72014. Se apresentoufree slot 7janeirofree slot 72015 ao novo clube. Aos 26 anos, dava início ali a mais um importante capítulo dafree slot 7história.
A Chapecoense foi o clube pelo qual Ananias mais atuou, superando a Portuguesa. No total, foram 92 jogosfree slot 7duas temporadas (2015 e 2016) com a camisa do time catarinense. Uma história encurtada por uma tragédia.
— A gente tinha até uma viagem marcada eu, ele (Ananias), o Gil e o Bruno Rangel (atletas que também morreram no acidente). A gente estava se programando para um dia ir pros Estados Unidosfree slot 7família. Infelizmente, isso não aconteceu devido à tragédia — conta Neto.
Em 29free slot 7novembrofree slot 72016, o avião que transportava a delegação da Chapecoense para o jogofree slot 7ida da final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, caiu nas proximidadesfree slot 7Medellín. Na aeronave estavam jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulantes.
Acidente da Chapecoense é resultadofree slot 7falhas humanas, diz relatório
O zagueiro Neto foi o último sobrevivente a ser resgatado no acidente aéreo. O ex-goleiro Jakson Follmann e o lateral Alan Ruschel foram outros jogadores que sobreviveram, alémfree slot 7dois tripulantes da companhia aérea LaMia. O narrador Rafael Henzel, também sobrevivente do acidente aéreo, morreufree slot 7marçofree slot 72019 após sofrer um infarto durante um jogofree slot 7futebol com amigos.
Neto conta que só voltou a ter lembranças ligadas ao acidente um ano depois,free slot 72017.
— A minha última lembrança foi antes do jogo do Palmeiras, que foi o nosso último jogo. Era a gente treinando no CT do São Paulo. Depois eu dormi e acordei alifree slot 7outro país — recorda.
Neto, Bruno Rangel, Gil e Ananias tinham uma forte amizade forafree slot 7campo. As famílias viviam juntas, realizavam viagens, iam à Igreja ou faziam a celebraçãofree slot 7casa ou na concentração.
— Existia uma amizade muito forte. Era um quarteto: Bruno, Rangel, Neto, Gil e Ananias. Eles eram muito unidos, dentro e forafree slot 7campo — conta Bárbara Calazans, viúvafree slot 7Ananias.
Até por isso, os quatro estavam próximos na aeronave da Chape. Neto e Bruno numa fileira e, logo à frente, Gil e Ananias.
— Eu fui lembrar no outro ano,free slot 72017, depois que minha cabeça foi voltando, porque eu perdi muitas memórias ali inicialmente quando eu acordei. Depois que as coisas foram acontecendo, eu fui relembrando e acabei me recordando do Gil que estava na minha frente e do Bruno Rangel…
— O Gil e o Ananias estavam na minha frente. Eu lembro do banco deles dois, eles olhando o filme no iPad e dividindo o fone juntos. É a última memória que tenho deles. Eles estavam assistindo um filme…
Em especial, Gil e Ananias tinham ainda mais proximidade, embora tivessem se conhecido apenas ali na Chapecoense há pouco maisfree slot 7um ano. Outro traço forte do atacante era a lealdade. Embora fosse uma pessoa mais fechada, depois que consolidava a amizade, se abria completamente, era generoso.
— Eles viviam muito juntos no dia a dia, brincavam bastante entre eles. Ele chamava Gilfree slot 7"mano Gil", e o Gil chamava elefree slot 7"moleque Anana". A gente viajou juntos várias vezes, para Florianópolis, para fora do país, para Disney, com os nossos filhos. Eles eram muito unidos — lembra Bárbara.
— E tinha uma frase dele que me marcou muito. Ele falava assim: "Gil é um amigo que eu quero levar para a vida". E eles, quando aconteceu a tragédia, estavam no avião lado a lado. Partiram juntos — conta Bárbara.
Um álbum com cercafree slot 7500 fotografias organizado por Bárbara registra os cinco anos que Enzo tevefree slot 7convívio com o pai. É por meio das imagens que ele recorda e conhece Ananias, já que era muito novo para se lembrar com nitidezfree slot 7tudo o que viveu.
— Ali ele revive, eu conto alguma históriafree slot 7onde foi aquela foto, por onde a gente passou, o que o pai fez com ele. São fotos da vida, não são fotos posadas. São fotos deles dois juntos, dormindo, escovando os dentes, jogando videogame. Então, ele tem um registrofree slot 7vivência com o pai nesse álbum — conta Bárbara.
Uma fotofree slot 7especial está marcada na memóriafree slot 7Bárbara e Enzo. Em 2013, quando Ananias defendia o Palmeiras, comofree slot 7costume, a família foi ao estádio para torcer pelo atacante. Enzo, com apenas dois anos, entroufree slot 7campo com o pai e depois acompanhou a partida com a mãe, na arquibancada. Obviamente que ele não imaginava, mas ali nascia uma conexão especial.
— É uma foto especial pela história do pai dele lá (no Palmeiras), né? Conquistou acesso, foi campeão, fez o primeiro gol do estádio, fez o último jogo da carreira, pela Chapecoense. Então, o Palmeiras é especial também pela ligação com o pai.
Tão especial que Enzo tornou-se torcedor do Palmeiras. Segundo Bárbara, a escolha aconteceufree slot 7forma espontânea — e até surpreendente.
Bárbara Calazans relembra a trajetória do atacante Ananias, ex-Sport
— Ele tem uma caixa com o nome dele e o escudo do Palmeiras, onde guarda todas as camisas. Ele tem quase tudo do Palmeiras. A gente chega na loja do Palmeiras, ele escolhe as coisas que quer. Comprou a mala do Palmeiras, tem camisa, tem toalhinha, tem garrafinha, tem caneca, sabe? Torcedor mesmo!
Em 2023, quando completou 12 anos, Enzo teve o dia mais especialfree slot 7que se recorda. A ideia inicial era fazer uma festafree slot 7aniversário temática do Palmeiras, mas os planos foram crescendo.
— Eu falei: "Escolhe o bolo". Ele olhou na internet e falou que queria um bolo no formato do estádio (Allianz Parque). Então eu disse: "A gente poderia ir lá no estádio, o que você acha?" E quando eu olhei no calendário, o jogo do Palmeiras caía exatamente no dia do aniversário dele.
O Palmeiras acolheu a ideiafree slot 7Bárbara, recebeu a mãe e o garoto nos bastidores da partida contra o Goiás, no Allianz Parque. Ele conheceu o elenco e o técnico Abel Ferreira, entrou no gramado com o goleiro Wéverton, ex-companheiro do pai dele Portuguesa, e tirou foto na trave onde o pai marcou o primeiro gol do estádio.
A camisa autografada por todos naquele dia está guardada e,free slot 7breve, vai virar um quadro na parede do quartofree slot 7Enzo.
— Foi um presente, um aniversário muito especial. E aí consolidou, né? Dali pra frente, foi só aumentando a torcida, o carinho pelo time, pelos jogadores, que também demonstraram muito carinho por ele — lembra Bárbara.
Hoje, aos 13, Enzo vive a entrada na adolescência. A família acompanha com muito cuidado e carinho o desenvolvimento do garoto que estuda, joga futebol e, vez ou outra, fala quer ser jogador.
"Ele comenta às vezes que quer ser jogador, mas ainda não é nada muito certo, ele não tem esse objetivo único. Ele estuda, faz a escolinha e faz terapia ainda também, por contafree slot 7tudo que aconteceu", revela Bárbara.
— Eu tenho muito cuidado com ele,free slot 7deixar que ele mesmo escolha, independentemente do pai. Existe essa expectativafree slot 7que filhofree slot 7jogador vai ser jogador, mas ele vai ser jogador se ele quiser ser jogador. Por aptidão, por afinidade, por desejo pessoal, não por ser filhofree slot 7jogador. Eu tenho muito esse cuidado com ele, e deixo muito à vontade. Se for para ser jogador, estamos juntos, se for estudar e escolher outra profissão, estamos juntos também. Ele ainda não tem essa definição dentro dele.
— Ele era um jogador muito focado, uma pessoa muito abençoada, que conquistou títulosfree slot 7todos os times que passou. Era ser um diferenciado incrível. E foi muito bom viver e acompanhar ele — finaliza Bárbara.
A última vezfree slot 7que Ananias estevefree slot 7um estádiofree slot 7futebol foi no Allianz Parque. No dia 27free slot 7novembrofree slot 72016, pela 37ª rodada da Série A, na derrota por 1 a 0 da Chapecoense para o Palmeiras. Dessa vez, ficou no bancofree slot 7reservas e não entrou, comofree slot 72014.
Não era necessário. Um dos capítulos mais bonitos da históriafree slot 7Ananias, o "Ananias Parque", já estava escrito.