Durante entrevista concedida para o programa Ge na Rede na última terça-feira, dia 12, a árbitra assistente Nayara Lucena falou sobre o machismo vindo das arquibancadas.
Para árbitra, o que mais chama atenção é o fato que as ofensas mais pesadas são proferidas por torcedoras. De acordo Nayara, falta sororidade – termo que significa respeito e acolhimento entre mulheres.
- Infelizmente lidamos com o machismo jogo após jogos. Todo jogo eu escuto vindo das arquibancadas “vai lavar uma louça”, “vai lavar uma roupa”, e, infelizmente, as vozes femininas ecoam mais alto. As ofensas das mulheres são um pouco mais severas. Fala-se muitofazer apostas esportivassororidade, mas quando chegamos ao estádio e vemos uma torcida feminina, obviamente que não são todas e tem uma parte que vão ao estádio para torcer e respeitam nosso trabalho, mas uma minoria é machista e nos ofende da pior maneira possível.
A pesquisadorafazer apostas esportivascomunicação, futebol, mulheres e gênero, Milene Sousa, comentou que o machismo também ocorre no meio acadêmico, principalmente quando mulheres pesquisam sobre esporte, particularmente futebol.
- Ver casosfazer apostas esportivasmachismo vindofazer apostas esportivasmulheres nos causa mais espanto, porque nós esperamos que mulheres não tenham atitudes dessa forma. Mas o machismo marca a sociedade e no meio acadêmico percebemos bastante esse preconceito. Sentimos dificuldade para entrar no mundo acadêmico, para falar desses assuntos, ainda mais quando o assunto é o futebol. Muitos acham que por sermos mulheres não deveríamos estar falando sobre isso e vez ou outra temos que conviver com certos comentários preconceituosos.