Hexa mundial, Guilherme Tâmega sonha com bodyboard nas Olimpíadas: "Tem tudo a ver"

De passagem pelo Rio, onde conquistou o São Conrado Classic, lenda das ondas comenta sobre o pós-carreira, panorama atual da modalidade e a profissão atualprevisões de apostassalva-vidas no Havaí

Por Flávio Dilascio — Rioprevisões de apostasJaneiro


Hexacampeão mundialprevisões de apostasbodyboard, Guilherme Tâmega sonha com a entrada do esporte nas Olimpíadas. De passagem pelo Rio, onde conquistou o São Conrado Classic Master no último domingo, o cariocaprevisões de apostas52 anos acredita que o ingresso do surfe no cronograma olímpico pode ser um caminho para que o "primo-irmão" também tenha, um dia, o seu lugar nos Jogos. Praticado com uma prancha menor e com o surfista deitadoprevisões de apostasbruços, o bodyboard tem o seu próprio Circuito Mundial e regras diferentes do surfe.

Guilherme Tâmega fala da carreira e do resgateprevisões de apostasChumbinho

Em conversa com o geprevisões de apostasum hotelprevisões de apostasSão Conrado, Tâmega opinou sobre como o esporte deveria fazer para entrar nos Jogos Olímpicos:

- Temos que correr atrásprevisões de apostaspatrocinadores fora do bodyboard, porque os que estão dentro não têm capacidadeprevisões de apostasbancar um levante no esporte. É um processo longo. (...) Nosso sonho é ter o bodyboard nas Olimpíadas. Tem tudo a ver ser uma das modalidades do surfe nas Olimpíadas, como acontece com outros esportes, que têm suas modalidades embaixo dele. Acho que encaixaria perfeitamente. Espero que um dia isso aconteça, porque é um esporte grande, que temprevisões de apostastodo lugar do mundo e o Brasil é um ultracampeão mundial - disse Tâmega.

Na conversa, o carioca também falou sobre a vida pós-carreira e a profissão atualprevisões de apostassalva-vidas no Havaí. Num dado momento, Tâmega lembrou do resgate do surfista brasieiro João Chianca, o Chumbinho,previsões de apostasdezembro do ano passado.

- O acidente do Chumbinho foi grotesco. A gente estava na torre e viu o surfista (...) e ele não subiu naquele momento. Então saímos com o quadriciclo a todo vapor e pegamos o Chumbinho. A onda foi bem forte, então ela o puxou para beira da praia. (...) O Chumbinho estava muito nervoso, se debatendo toda hora, mas nada como um bom brasileiro do lado para acalma-lo com palavras. Toda hora que ele ficava nervoso, eu falava: “João, eu tô aqui, vai dar certo.” Graças a Deus conseguimos trazê-loprevisões de apostasvolta - relatou.

Guilherme Tâmega posaprevisões de apostasfrente à Praiaprevisões de apostasSão Conrado — Foto: Flávio Dilascio

previsões de apostas Confira a entrevista:

Ge: Como você avalia o momento atual do bodyboard no Brasil e no mundo?

Guilherme Tâmega: O bodyboard, eu creio, está numa ascendênciaprevisões de apostasnovo. Está crescendo. Todos nós temos que nos unir. Temos um Circuito Mundial muito organizado. Temos uma boa representação do Brasil lá fora, o Gabriel e o Uri, então eu acho que a gente está numa subidaprevisões de apostasnovo. O nosso esporte sempre foi uma montanha russa e agora a gente está subindoprevisões de apostasnovo e eu espero não sair mais.

O bodyboard e o surfe são primos-irmãos, ambos são esportesprevisões de apostaspraia, praticados na onda e envolvem prancha. O surfe cresceu muito, virou esporte olímpico e movimenta muito dinheiro através do Circuito Mundial da WSL. Por que o bodyboard não acompanhou esse crescimento?

O bodyboard tem alguma ligação com o surfe, mas ele é completamente separado. Nós somos completamente independente deles. Temos que correr atrásprevisões de apostaspatrocinadores fora do bodyboard porque os que estão dentro não têm capacidadeprevisões de apostasbancar um levante no esporte. É um processo longo. Pouco a pouco a gente vai se unindo para levantar o bodyboard. Existe uma rixa com o surfe, mas é uma rixa natural. Nós todos somos surfistas e a questão é qual prancha você vai escolher para surfar. Então tem as pessoas do bodysurf, que não tem prancha nenhuma; as pessoas do bodyboard; o surfista que ficaprevisões de apostaspé; o SUP; o long board... Qual aprevisões de apostasescolha? Depois que você vira salva-vidas você se torna um waterman, então a escolha fica com você.

Você acredita que o bodyboard um dia pode virar esporte olímpico? Qual seria o caminho para isso?

Nosso sonho é ter o bodyboard nas Olimpíadas. Tem tudo a ver ser uma das modalidades do surfe nas Olimpíadas, como acontece com outros esportes, que têm suas modalidades embaixo dele.

Acho que encaixaria perfeitamente. Espero que um dia isso aconteça, porque é um esporte grande, que temprevisões de apostastodo lugar do mundo e o Brasil é um ultracampeão mundial. Por tudo isso, nós merecemos estar nas Olimpíadas um dia.

Quem você apontaria como destaques atuais do bodyboard? Quais atletas te impressionam?

Tem alguns novos, tem franceses, tem brasileiros... Temos também alguns nomes que vêm láprevisões de apostastrás e estão no topo ainda, caso do Pierre Louis, do Maxime, francês; do Brasil tem o Guilherme, o baiano, o Uri, o Luciano do Sul, que está representando todos os anos... É isso, é uma luta difícil e espero que o Brasil volte logo ao topo. Tem a Maíra, capixaba, que foi campeã mundial esse ano. Conquistamos esse título no feminino e precisamos conquistar no masculinoprevisões de apostasnovo.

Hexacampeão faz pose engraçada durante a entrevista ao ge — Foto: Flávio Dilascio

Como e quando foi aprevisões de apostasaposentadoria do bodyboard?

Eu me aposenteiprevisões de apostas2008/2009, quando o meu filho nasceu. Eu já estava morando no Havaí com a minha esposa e nós tivemos os nossos filhos lá. Eu tive que retrocederprevisões de apostastermosprevisões de apostascompetição, porque quando você ganha um filho a vontadeprevisões de apostasviajar diminui bastante, então foi assim que eu resolvi parar com o bodyboard.

Como está aprevisões de apostasvida atualmente? Onde mora e o que faz?

Estou morando no Havaí há 19 anos. Hoje sou salva-vidas, operadorprevisões de apostasjet-ski da zona do North Shore, então lá eu tomo conta das ondas mais perigosas do mundo, que são Pipeline, Waimea e Sunset. O que é um milagre, porque são as melhores ondas do mundo, uma do lado da outra. E nós somos os ocean savers, então o nosso dia começa e termina com a genteprevisões de apostasolho nos surfistas que vão se aventurar no Havaí. Amo a profissão, amo fazer aquilo e é um desafio novo todo dia. Todo dia eu acordo e penso: “Como vai ser hoje?”. É um mar gigante e eu vou ter que colocar o jet-ski dentro d’água, cuidandoprevisões de apostastodas as ondas do North Shore e isso é muito legal.

E aprevisões de apostasfunção é bem remunerada no Havaí?

Não é uma função tão bem remunerada. Você não vai ser rico sendo salva-vidas no Havaí. A minha riqueza ali é outra. É a satisfaçãoprevisões de apostassalvar vidas,previsões de apostasestar num paraíso que é o Havaí eprevisões de apostasestar surfando Pipeline, que é a minha onda favorita. Então é a perspectivaprevisões de apostascada um. A minha vida é no mar, sempre foi pegando ondaprevisões de apostasbodyboard e ser salva-vidas me proporciona ter essa ligação com o mar, vivendo do jeito que mais gosto. Posso dizer que eu sou rico salvando vidas.

Em dezembroprevisões de apostas2023 você participou do resgate do João Chianca, o Chumbinho,previsões de apostasPipeline. O que exatamente aconteceu e como foi o seu trabalho naquele momento?

O acidente do Chumbinho foi grotesco. A gente estava na torre e viu o surfista. É difícil ver quem é o surfista no momento da onda, e aquele surfista não subiu naquele momento. Então saímos com o quadriciclo a todo vapor e pegamos o Chumbinho. A onda foi bem forte, então ela o puxou para beira da praia. O que também ajudou foi que o strep da prancha estava preso nele. Na praia eu vi a pulsação do Chumbinho e nós iniciamos o processoprevisões de apostasressuscitação. Usamos oxigênio para trazê-loprevisões de apostasvolta e fizemos o que já estamos acostumados. Foi o trabalhoprevisões de apostasum, dois, três, quatro... De toda a equipe que já trabalha junto.

O Chumbinho estava muito nervoso, se debatendo toda hora, mas nada como um bom brasileiro do lado para acalma-lo com palavras. Toda hora que ele ficava nervoso eu falava: “João, eu tô aqui, vai dar certo.” Graças a Deus conseguimos trazê-loprevisões de apostasvolta.

Guilherme Tâmega comenta o resgate do surfista João Chianca

O João é um cara nota 10, uma família maravilhosa e que merece tudoprevisões de apostasmelhor. Tenho certeza que o Chumbinho vai nos dar muita alegria ainda.

Naquele momento do resgate, você chegou a temer que acontecesse alguma coisa mais séria com ele?

A gente faz o nosso procedimento na praia, no nosso limite, depois a gente passa a vítima para a ambulância para as pessoas mais habilitadas, no caso os paramédicos, prestarem atendimento. A gente ficou na torcidaprevisões de apostasnão ter sido nada além. Ele teve a pancada na nuca, que depois eu soube que teve sangramento, não sei o que aconteceu. Mas o mais importante é que ele está aí com a gente, graças a Deus deu tudo certo e hoje ele está aí surfandoprevisões de apostasnovo.

Chegou a conversar com o Chumbinho e com a família dele depois do acidente?

Com certeza. Todas as vezes que eu via o Lucas (Chumbo, irmão e surfistaprevisões de apostasondas gigantes) eu perguntava a ele. A família também me agradeceu no Instagram pelo procedimento. A namorada dele, a Luana (Silva, surfista da WSL), está sempre no Havaí, então ela sempre me dava um update da situação dele. Eu ainda não encontrei o João, não o vi no Havaíprevisões de apostasnovo, mas o importante é que está tudo bem hojeprevisões de apostasdia.

Tâmega emprevisões de apostasépoca como atleta do Vasco — Foto: Reprodução

Você foi atleta do Vasco, é torcedor do clube e sempre exalta aprevisões de apostaspaixão nas redes sociais. Você continua acompanhando o Vasco mesmo morando no Havaí? Está satisfeito e esperançoso com o momento atual do clube?

Acho que o Vasco está igual ao meu esporte, o bodyboard, ele está numa ascendente. O clube profissionalizou a gestão do futebol, o Pedrinho assumiu o clube, o Coutinho, uma cria do Vasco, voltou para a equipe e deve encerrar a carreira aqui. Então são fatores importantes que estão acontecendo no Vasco. Hoje estamos ganhando mais do que perdendo e isso é um sinal bom. Estamos ganhando mais confiança e os jogadores ganhando confiança isso fortalece o time.

Para finalizar, que dica você dá para a pessoa que quer praticar ou ser atletaprevisões de apostasbodyboard?

O bodyboard é maravilhoso, é o melhor esporte do mundo. Você fica completamente alucinadoprevisões de apostaspraticar. Hoje tem escolinhas pelo Brasil e pelo mundo todo. Tem muitos vídeos pela internet também. No Rio tem a escolinha do Bruno Pão no Arpoador. É um projeto que eu apoio. Tem escolinha do Jaca, no Arpoador também. Então tem escolinhas pelo Brasil inteiro. Procure uma, porque com certeza a pessoa que está dando aula é competente e capacitada para isso.