“Aquilo me consumia. A vontade eraodds sports betsubir nelas e bater na cara”. A fraseodds sports betVirna resume o que foi a tensão entre as seleções femininasodds sports betBrasil e Cuba no vôlei da décadaodds sports bet1990. Confrontosodds sports betalto nível técnico, provocações e até mesmo brigas físicas entraram para a história e viraram tema do último episódio da série Rivalidades do Vôlei, no “Esporte Espetacular” (assista abaixo).
Xingamentos, brigas e deboches: a rivalidade entre Brasil e Cuba no vôlei
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Enquanto as brasileiras passavam a alcançar resultados cada vez mais expressivos, as cubanas viviam o auge. Entre 1992 e 2000, a seleção caribenha se sagrou tricampeã olímpica, sob a regência técnicaodds sports betMireya Luis, considerada uma das maiores jogadoras da história do vôlei.
– Éramos imbatíveis, recordistasodds sports betvitórias seguidas,odds sports bettítulos mundiais sem perder um set sequer – lembrou Mireya, ao EE.
O primeiro confronto que marcou a rivalidade entre Brasil e Cuba aconteceu na final do Campeonato Mundialodds sports bet1994, disputadaodds sports betsolo brasileiro. De acordo com Ana Moser, um dos destaques da seleção verde e amarela na época, a equipe estava cansada, já que, no dia anterior, tinha disputado uma semifinalodds sports betcinco sets contra a Rússia. Mais inteiras, as cubanas triunfaram facilmente na decisão, com parciaisodds sports bet15/2, 15/10 e 15/5.
– Um jogo horrível. Não conseguimos colocarodds sports betprática nada do que foi estudado, treinado. Estávamos com uma expectativa muito grande, porque eraodds sports betcasa – lamentou a ex-central Ana Flávia.
Mas a derrota não foi o que mais irritou as brasileiras naquela partida, até porque a medalhaodds sports betprata já vinha como um feito inédito. A revolta maior aconteceu ao ver que as cubanas entraramodds sports betquadra com rolos nos cabelos.
– Como sabíamos que podíamos ganhar, resolvemos jogar essa final com aqueles rolos para manter o penteado, porque, imediatamente depois do jogo, voltaríamos para Havana. Queríamos chegar a Cuba com o título, mas também elegantes, bonitas. Sabíamos que o presidente estaria nos esperando – explicou Mireya, aos risos.
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A resposta do Brasil poderia vir na primeira fase das Olimpíadasodds sports betAtlanta,odds sports bet1996, e a levantadora Fernanda Venturini admitiu que toda a preparação da seleção, sob o comandoodds sports betBernardinho, foi voltada ao confronto contra Cuba. A estratégia funcionou, porque as brasileiras ganharam por 3 sets a 0.
– Nós sabíamos que elas eram superiores. E, para ganharmos, tínhamos que estar as 12 impecáveis – comentou Virna.
A atuação brasileira também ficou guardada na memóriaodds sports betAna Flávia:
– Todo mundo jogou muito bem. Foi uma partida gostosa, com tudo funcionando.
Além da derrota para o Brasil, Cuba foi superada pela Rússia na primeira fase das Olimpíadas. A campanha com reveses inesperados fez com que as cubanas voltassem ao caminho das brasileiras nas semifinais, e ali aconteceu um dos episódios mais marcantes da rivalidade entre as seleções.
– Eu só queria ganhar. Sabia como, mas também sabia que precisavaodds sports betalgo a mais, e nossa equipe estava acostumada a me escutarodds sports betmomentos críticos assim. Elas me perguntaram o que íamos fazer, e eu disse: ‘vamos tirar a concentração das brasileiras’. Elas me perguntaram como, e eu disse: ‘nós vamos ofender’. E aí surgiu essa tática verbal (risos). Se acertávamos um ataque, xingávamos. Se bloqueávamos, xingávamosodds sports betnovo – disse Mireya.
Em meio aos xingamentos pesados, uma frase – a princípio não tão ofensiva – se destacou: “salta, chica” (na tradução literal, “salta, menina”).
– A Mireya era um fenômeno, porque tinha um metro e meio, passava, atacava, bloqueava, saltava. Parecia que tinha uma mola no pé e atacava onde queria. Ela dizia ‘salta, chica’, como se fosse um ‘salta para você me bloquear. Vai, garota. Vê se você me alcança’. Aquilo ali consumia a gente – contou Virna.
Os gritos e encaradas surtiram efeito. Cuba venceu por 3 sets a 2. Justamente após o último ponto cubano, a tensão atingiu o ápice. Como as provocações não cessavam, Ana Moser foi à rede e discutiu com as adversárias. Instalou-se, então, uma briga generalizada.
– Mesmo com o jogo acabado, tendo nos derrotado e chegado à final, elas não pararamodds sports betgritar na rede. Eu fiquei louca e disse ‘chega'. A arbitragem devia coibir e não coibia. A coisa rolava solta, e, contra o Brasil, era muito forte. Incomodava bastante, e a confusão que aconteceu no fim do jogo foi meio que o basta para isso. Respeitamos o esforçoodds sports betvocês, mas respeitem o nosso – recordou Ana.
Aquela semifinal garantiu Cubaodds sports betmais uma decisão, na qual a equipe caribenha garantiria o bicampeonato olímpico. O Brasil bateu a Rússia logo depois e conquistou um histórico bronze – primeira medalha da seleção femininaodds sports betvôleiodds sports betquadraodds sports betOlimpíadas.
Pouco depoisodds sports betAtlanta, Brasil e Cuba voltaram a se encontrarodds sports betum momento decisivo – na fase final do Grand Prixodds sports bet1996. As brasileiras levaram a melhor por 3 sets a 2. Logo depois da confirmação da vitória, Ana Paula bateu na rede e provocou as adversárias.
As cubanas, que tinham feito o mesmo nas Olimpíadas, se revoltaram. Regla Torres, inclusive, partiu para cimaodds sports betAna Paula e precisou ser contida pela comissão técnica do Brasil. Por pouco, os torcedores presentes no ginásioodds sports betShanghai, na China, não viram cenasodds sports betMMAodds sports betquadra.
Aquela seria a última grande demonstraçãoodds sports betrivalidade entre Brasil e Cuba, mas os confrontos seguirão vivos na memória dos fãsodds sports betvôlei. E também das ex-jogadoras brasileiras.
– Apesar de, na época, se ter a briga atéodds sports betviasodds sports betfato, existia um respeito e um desejoodds sports betsuperar o outro. Isso fez muito bem para a história do vôlei – garantiu Ana Moser, que ganhou coroodds sports betVirna:
– O Brasil é essa potência hoje graças a Cuba.