Fimsemana tem índice olímpico no atletismo, título mundial no boxe e medalhas no judô

Mulheres do Brasil novamente comandaram as principais conquistas do país, com Beatriz Ferreira, no boxe, Izabela Silva, no lançamentodisco, Ana Sátila, na canoagem slalom, e Juma, no taekwondo, entre outras

Por Redação do ge — São Paulo


A três meses das OlimpíadasParis, o fimsemana dos atletas brasileiros teve índice para os JogosParis conquistado por Izabela Silva no lançamento do disco, título mundialboxe profissional ganho por Beatriz Ferreira, sete ouros e título geral da seleção brasileirajudô no Pan do Rio, entre outras conquistas mundo afora.

De acordo com a última atualização do Comitê Olímpico do Brasil (COB), são 196 vagas já garantidas pelos atletas do Time Brasil para as OlimpíadasParis, que tem a cerimôniaabertura marcada para 26julho, com o desfile das delegaçõesbarcos no Rio Sena. E nessa contagem regressiva até o início dos Jogos, os brasileiros e brasileiras seguembuscapontos, índices e pódios.

Bia Ferreira conquista título mundial da Federação InternacionalBoxe — Foto: Mark Robinson/Matchroom Boxing via Getty Images

BIA CAMPEÃ

Favorita ao ouro olímpicoParis, Beatriz Ferreira conquistou o título mundial da Federação InternacionalBoxe (IBF) no último sábado,Liverpool, na Inglaterra. Bicampeã mundial no boxe amador e medalhistaprata nos JogosTóquio,2021, Bia também está participandolutas profissionais neste ciclo olímpico e foi campeã mundial ao vencer a argentina Yanina Lescano, por nocaute técnico no sexto round, para ficar com o cinturão vago do peso-leve (até 61kg).

Aos 31 anos, Bia ainda vai disputar as OlimpíadasParis, na categoria até 60 kg, antesse aposentar do boxe olímpico e ficar definitivamente apenas no profissional. Em novembro2022, após o sucesso olímpicoTóquio, a boxeadora brasileira estreou profissionalmente com vitória. Desde então, permanece invicta após cinco combates.

Brasileiros medalhista no Panjudô no RioJaneiro — Foto: Anderson Neves/CBJ

JUDÔ DOMINANTE

Cheiacandidatos à medalhasParis, a seleção brasileirajudô fechou o Pan-AmericanoJudô com sete ouros. A competição, que aconteceu no RioJaneiro, reuniu os melhores judocas das Américas e da Oceania, incluindo boa parte dos brasileiros que estarão nas Olimpíadas.

Na sexta-feira e no sábado, o Brasil faturou seis ouros, três pratas e seis bronzes. Destaque para os títulosMichel Augusto, Larissa Pimenta, Willian Lima, Rafaela Silva, Guilherme Schimidt e Beatriz Souza. Alémsubirem no lugar mais alto do pódio, eles somaram pontos importantes para o ranking olímpico. No domingo, faturou o ouro contra Cuba pelas disputas das equipes mistas, encerrando o campeonato com sete ouros.

A próxima grande competição da equipe é o MundialJudô, entre os dias 19 e 24maio. A competição é a última chance para carimbar o passaporte rumo a Paris. O Brasil ainda tenta vagaquatro categorias: três no feminino (-48 kg, -63 kg e -70 kg) e uma no masculino (-60 kg).

Ana Sátila comemora medalhaouro na provacaiaque cross no abertocanoagem slalom

ANA SÁTILA COM OUROS

Ana Sátila ganhou três medalhas no abertocanoagem slalomIvrea, na Itália, neste fimsemana. No domingo, a brasileira conquistou o ouro na nova prova olímpica do caiaque cross. No sábado, ela já havia conquistado outros dois pódios: ouro no K1 (caiaque) e bronze no C1 (canoa). A competição internacional contou com vários atletasdiversos países e faz parte do ciclotreinamentos do Brasil para os Jogos Olímpicos Paris 2024. Pepê Gonçalves também participou do evento, mas não chegou ao pódio.

Caroline Gomes, a Juma, com mais uma medalha conquistada na Europa — Foto: Divulgação

JUMA NO PÓDIO

Caroline Santos Gomes, a Juma, foi vice-campeã da President´s Cuptaekwondo, neste fimsemana. No caminho até a final da competição que contou com as principais lutadoras do mundo, a brasileira derrotou a belga Sarah Chaari, campeã mundial2022. Na final, Juma perdeu para a Mengyu Zhang, mesma chinesa quinta colocado do ranking mundial que a brasileira havia derrotado na final do Aberto da Estônia, dias antes, quando ficou com o ouro.

Izabela Silva durante a prova do lançamentodisco dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 — Foto: Wagner Carmo/CBAt

IZA COM VAGA EM PARIS

Izabela Silva conquistou a quarta colocação na etapaXangai (China) da Diamond League, no lançamentodisco, e alcançou o índice olímpico para Paris 2024. No sábado passado, Iza lançou o disco a 64,66m, ultrapassando a marca mínimaclassificação para as Olimpíadas (64,50m). Foi a melhor marca da carreira da brasileira28 anos, finalista olímpica nos JogosTóquio e campeã dos Jogos Pan-Americanos no ano passado.

Com o desempenho na China, Izabela se igualou a Fernanda Martins com a segunda melhor marca da história do Brasil no lançamento do disco. Andressa Morais é a recordista, com 65,34m feito2019.

Marco Grael e Gabriel Simões conquistam vaga olímpica na vela — Foto: reprodução

BRONZE E VAGA NA VELA

Na Semana OlímpicaHyères, os brasileiros Marco Grael e Gabriel Simões terminaram na terceira colocação na classe 49er e atingiram a posição que precisavam para assegurar a vaga olímpica para o Brasil nesta classe. A Confederação BrasileiraVela (CBVela) vai anunciar durante a semana todos os atletas convocados para os Jogos Olímpicos -- no caso da vela, as regatas serão disputadasMarselha, no sul da França. Esse era o último evento classificatório da vela rumo à Olimpíadas.

João Chianca quer estar 100% para Paris 2024 — Foto: Reprodução/Instagram

CHUMBINHO DE VOLTA

Para fechar as boas notícias olímpicas da semana, João Chianca, o Chumbinho, voltou a competir neste fimsemana, na Austrália. O retorno do surfista, já classificado para as Olimpíadas, aconteceu no Challenger SeriesGold Coast, quase cinco meses após o grave acidente que ele sofreu durante uma sessãotreinosPipeline, no Havaí.

Surfista número 4 do mundo2023 e um dos três brasileiros classificado para os Jogos Olímpicos (Filipe Toledo e Gabriel Medina também têm a vaga) que, no caso do surfe, serão no Taiti, Chumbinho caiuuma onda e foi arrastado para a praia, onde foi resgatado desacordado por membros daequipe, no iníciodezembro passado.

Desde então, o atleta naturalSaquarema deixoucompetir na primeira divisão do surfe mundial (CT) e se divide entre treinos e sessõesfisioterapia, principalmente para recuperar a força lado esquerdo do corpo, a mais afetada pela pancada na cabeça. Ele também chegou a perder o paladarum primeiro momento.

Os phryges serão os mascotes das olimpíadas e das paralimpíadas