Nick Albiero: conheça nadador que deixou carreira nos EUA para defender o Brasil nas Olimpíadas

Há alguns anos, Nicolas Albiero era considerado uma das promessas da natação dos Estados Unidos. Foi vice-campeão mundial junior representando o país e ganhou duas vezes os jogos universitários, mas não estava feliz. Em 2023, deu uma reviravolta emf12 bet sinaisvida ao vir para o Brasil, o paísf12 bet sinaisseu pai. A viagem para reencontrar o amor pelo esporte e suas raízes o fez não só retomar a carreira, mas lhe rendeu uma vaga para a Olimpíadaf12 bet sinaisParis.

Nick, como também é conhecido, carrega outra bandeira, a do orgulho. Ele é o primeiro nadador do país a se assumir gay, e luta por uma maior representatividade LGBTQ+ no esporte.

Raízes

Filhof12 bet sinaispais muito conectados à natação, Nick cresceu na piscina. Ele e seus irmãos deram as primeiras braçadas com a mãe, a americana Amy Comerford, que foi nadadora na universidade. Anos depois, ele chegou a um dos principais programas universitários do esporte,f12 bet sinaisLouisville, que é comandado pelo pai, o técnico Arthur Albiero, que nasceu no Brasil.

Nick se recorda com carinho das viagens à terra do pai e da vontadef12 bet sinaisnão voltar aos Estados Unidos, quando criança. A aproximação da cultura e o desejof12 bet sinaisconhecer a família brasileira fizeram que voltasse no momentof12 bet sinaisque ele quase desistiu do esporte.

- Por 20 anos, nadei na mesma piscina. Via as mesmas pessoas praticamente por vinte anos. Honestamente, cheguei ao pontof12 bet sinaisestar tão infeliz, que estava pensandof12 bet sinaisdesistir. E isso estava refletindo na minha performance - contou Nick, ao podcast do também nadador Arthur Cury.

Ele chegou a arriscar uma nova carreira fora do esporte, e deu os primeiros passos para se tornar corretor imobiliário. Antesf12 bet sinaisdesistir largarf12 bet sinaisvez a natação, fez uma última tentativa muito longe do Kentucky. Ele foi para Belo Horizonte, defender o Minas Tênis Clube.

- Era uma aposta: "ou vou desistir ou tentar uma nova experiência". Acho que as pessoas acreditam que vim para entrar na equipe olímpica. As manchetes diziam: "Nick se muda para o Brasil para disputar as Olimpíadas". Mas elas não entendem que eu tive passar por tanta coisa, mudarf12 bet sinaisnacionalidade. Vim com duas malas, e não sabia se seria capazf12 bet sinaisme classificar para representar o Brasil. Eu vim para salvar minha carreira, conhecer o país que sempre amei desde criança, aprender o idioma, a cultura, ver minha família. Foi muito mais que "vou para as olimpíadas" - completou.

Na adaptação ao Minas e à natação brasileira, Nick contou com o apoio do técnico Sergio Marques, amigof12 bet sinaislonga dataf12 bet sinaisseu pai. Ele passou por um períodof12 bet sinaisadaptação no clube e chegou a disputar o Troféu Brasilf12 bet sinais2023 como convidado, sem marcas expressivas.

Até que conseguiu obter a nacionalidade esportiva brasileira, e chegou forte na última edição do Troféu Brasil deste ano, ganhando duas medalhasf12 bet sinaisouro, nos 200m costas e 200m borboleta. Na última, alcançou índice olímpico, com o tempof12 bet sinais1:55.52.

Ao fim da prova, meio sem fôlego, ele revezou entre o português e o inglês para descrever seu sentimento.

- Foi uma prova boa, estava me sentindo bem, mas comecei a morrer um pouco no fim. Então acho que ainda tenho o que melhorar até Paris e espero ir muito melhor lá - disse, ao canal do Time Brasil, depois da prova.

Cabeça erguida

Em 2022, antesf12 bet sinaischegar ao Brasil, Nick deu outro passo importante para se encontrar. Em uma publicação na rede social, com uma foto na parada LGBTQ+ ele assumiuf12 bet sinaissexualidade publicamente. E desde então ele não abre mãof12 bet sinaisse posicionar na luta por mais representatividade e direitosf12 bet sinaishomens gays dentro e fora do esporte.

Depoisf12 bet sinaisse declarar, ele passou a receber mensagensf12 bet sinaistécnicos e outros atletas apoiando a decisão e se identificando com a causa.

- Hoje eu tenho mais apoio do que tinha antes - disse Nick.

- Eu não quero uma história triste, que as pessoas fiquem com pena. Eu só quero ser aceito como eu sou, não preciso me explicar. Se não concorda, problema seu. Eu vou ser quem eu sou - completou.

Infos:

• Nome: Nicolas James Albiero
• Origem: Loisville, Kentucky, Estados Unidos
• Idade: 25 anos
• Medalhas: 2 ouros no Troféu Brasil (Minas Tênis Clube), 1 prata no Mundial Júnior (EUA), dois ouros da Divisão 1 da NCAA (Universidadef12 bet sinaisLouisville).