Rival nega protestopódio1ª trans campeã universitária nos EUA

Após polêmica foto excluindo medalhistaouro, terceira colocada afirma que foto com amigas da seleção americana das OlimpíadasTóquio foi confundida com protesto

Por Redação do ge — Atlanta, Estados Unidos


Uma foto no pódio gerou uma polêmica na natação dos Estados Unidos. DepoisLia Thomas se tornar a primeira mulher trans campeãuma prova da NCAAtodos os esportes da tradicional liga universitária americana, as rivais Emma Weyant, Erica Sullivan e Brooke Forde se juntaram para uma foto sem a presença da medalhistaouro. A atitude foi vista como um protesto contra a participaçãoLia na competição da última quinta-feira,Atlanta. Sullivan, porém, negou ter protestado e explicou que foi apenas uma celebraçãocompanheiras da seleção americana das OlimpíadasTóquio.

Lia Thomas é alvoprotesto no pódio da natação da NCAA — Foto: Justin Casterline/Getty Images

- Ser submetida a falsas alegações na mídia conservadora devido a esta foto com minhas amigasTóquio não é algo que acontece todos os dias. Como a foto ainda está circulando, achei que seria mais fácil postar a foto pretendida junto com outra foto minha apertando a mãoLia depoissua INCRÍVEL prova500 jardas livre. Realmente não poderia ter passado por esse caos sem minha incrível equipe que me defendeu quando senti que estava sendo deturpada e trabalhando tão duro quanto eles para me motivar a fazer o meu melhor pelo Texas. Também agradeço à minha namorada incrível que editou meu artigo com a Newsweek apoiando Lia. Não teria sido capazsoar tão eloquente ou poderosa semmente e voz incríveis - postou Erica.

Havia uma expectativaque Lia poderia quebrar o recorde universitário das 500 jardas livre que pertence à campeã olímpica Katie Ledecky. No entanto, a nadadora ficou quase nove segundos acima da marca4m24s06. O tempo4m33s24 ainda lhe rendeu o título inédito, à frenteEmma Weyant (4m34s99), Erica Sullivan (4m35s92) e Brooke Forde (4m36s18).

Conheça Lia Thomas, nadadora que reacendeu a discussão sobre atletas transcompetições

Poucas pessoas na torcida aplaudiram quando Lia Thomas foi anunciada campeã da prova. Ela foi alvoinsultosalgumas torcedoras que não concordavam comparticipação na NCAA.

Lia Thomas no pódio da NCAAnatação — Foto: Brett Davis-USA TODAY Sports

Lia Thomas, que está no seu último ano na Universidade da Pensilvânia, competiu por três anos na equipe masculina antespassar pelo processotransiçãogênero. De acordo com as regras da National Collegiate Athletic Association (NCAA), ela ficou apta a competireventos femininos quando completou o períodoum anotratamentosupressãotestosterona. As regras da USA Swimming (federação americananatação), por outro lado, são mais rígidas e pedem que a atleta trans tenha no máximo 5 nmol/Ltestosterona durante 36 meses - mulheres cisgênero têmmédia entre 0,21 e 3 nmol/L. Por isso, Lia não é uma nadadora federada e não poderia ter recordes homologados.

ApesarErica ter negado o protesto contra Lia Thomas, a campeã universitária foi alvoreclamações da húngara Reka Gyorgy, 17ª colocada e primeira fora das finais. Em uma carta aberta à NCAA, ela afirmou que perdeu a vaga na final por causaum "atleta masculino".