Presidente do Cuiabá pede medida contra dívidas e vê desorganização dos clubes: "Falha no sistema"

Cristiano Dresch vê implementação do fair play financeiro ainda distante e disse que regras mais rígidas contra calote fogem do interesse geral

Por Redação do ge — Cuiabá


Presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, fala do calote do Corinthians

Na opiniãofutebol ao vivo netCristiano Dresch, presidente do Cuiabá, há uma falha no futebol brasileirofutebol ao vivo netpermitir a criaçãofutebol ao vivo netdívidas entre clubes. Em meio às cobranças públicas ao Corinthians no caso da venda do volante Raniele, o mandatário pediu novas regras para inibir a inadimplência.

Em entrevista exclusiva ao ge, Dresch sugeriu que os times que não pagam por suas contratações devem ser barradosfutebol ao vivo netutilizá-lasfutebol ao vivo netcampo. Além disso, evitou justificar a luta contra o rebaixamento à situação financeira e disse que a engrenagem também é movida por timesfutebol ao vivo netmenor investimento.

Existe uma falha no sistema do futebol que precisa ser corrigida. A gente precisa criar uma regra no futebol que, se o jogador for contratado e o pagamento não for feito, ele não pode jogar, porque o clube está usufruindofutebol ao vivo netum ativo que traz a ele pontos, que traz dinheiro e que não está pago. O outro clube, como o Cuiabá, deixoufutebol ao vivo netter o seu ativo. Não tem o jogador, não tem ponto, nem dinheiro. E o que acontece? A situaçãofutebol ao vivo netque estamos (zonafutebol ao vivo netrebaixamento) não é culpa disso, mas ajuda, vai criando um ambiente mais difícil pra gente.

Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá — Foto: AssCom Dourado

— O futebol precisafutebol ao vivo netclubes como Cuiabá, Criciúma, Atlético-GO, Sport, Ceará, Goiás, América-MG, Coritiba. Não é só feitofutebol ao vivo netCorinthians, Flamengo e Palmeiras. Esses clubes precisam sobreviver também e para isso precisamosfutebol ao vivo netdinheiro. Nesses casos não estamos recebendo.

A diretoria auriverde ainda tem valores a receber do Atlético-MG pela vendafutebol ao vivo netDeyverson, também com parcela atrasada. Questionado se é favorável à implementaçãofutebol ao vivo netfair play financeiro, ele analisou a ferramenta como uma realidade distante e criticou a faltafutebol ao vivo netorganização dos clubes no país.

— No Brasil, a gente está muito longe disso. Estamos vivendo um momentofutebol ao vivo netque tentou-se formar uma liga, mas os clubes não conseguem. Não é culpa da CBF, da Fifa,futebol ao vivo netninguém, é culpa dos clubes que não conseguem se juntar. Para implantar fair play financeiro, antesfutebol ao vivo nettudo os clubes precisam se entender. Eu acho que colocar uma limitaçãofutebol ao vivo netgastos vai ser muito difícil, mas vamos dizer que o Bahia quer comprar um jogador do Coritiba. O Coritiba recebe esse dinheiro, reinveste e continua crescendo. Se o Bahia pagar, excelente. Os clubes não podem comprar e não pagar. Isso é uma coisa mais simplesfutebol ao vivo netresolver.

O mandatário rechaçou culpa da CBF no tema e apontou faltafutebol ao vivo netinteresse das equipes na criaçãofutebol ao vivo netmedidas rígidas contra calotes. Citou o caso da venda do atacante Marquinhos ao APOEL, do Chipre,futebol ao vivo netque houve intervenção da Fifa.

— Esse tema não é culpa da CBF, só faz o que os clubes votam, ela não decide nada. Por que não existem uma regra mais eficiente no Brasil para cobrançafutebol ao vivo netdívidas entres clubes? Porque os clubes não querem. Não é do interesse que isso seja mais eficiente. Tivemos o caso do Marquinhos,futebol ao vivo netque o APOEL não pagou a parcelafutebol ao vivo netabril. Entramos com processo na Fifa e 60 dias depois o APOEL pagou. A Fifa rapidamente bloqueia os registros no sistemafutebol ao vivo nettransferências. É muito mais rápido, mas não é culpa da CBF. Essa manifestação vai causar pelo menos um motivo para que os clubes comecem a pensarfutebol ao vivo netcriar métodos para que sejam mais responsáveis financeiramente.

— Não adianta o torcedor do Corinthians ficar bravo comigo, eles têm que ficar preocupados com o futuro do clube deles. Não é o Cuiabá que é o problema. Temos exemplosfutebol ao vivo netclubes que não tinham dinheiro para pagar contafutebol ao vivo netenergia e veio um mecenas para salvar o clube. Eu não quero que aconteça isso aqui, por isso corto na carne todos os dias para manter o Cuiabá vivo.