Ex-jogadora da seleção defende o Operário no Estadual Feminino
Experiente. Referência. Pérola do futebol feminino. É assim que a zagueira Tânia Maranhão é descrita pelos atuais colegastime. Aos 50 anos, a medalhista olímpicaAtenas 2004 e Pequim 2008 defende o Operário (Campo Grande) e disputa a artilharia do Campeonato Estadual Feminino 2024.
Carregando o nomeseu estado natal, Maranhão representou o Brasil nos gramados por duas décadas. Em 1996, entrou para a história ao integrar a primeira geração olímpica da seleção feminina na estreia do futebol feminino nos Jogos.
Maranhão foi convocada para as três edições seguintes, conquistando as primeiras medalhas do Brasil no futebol femininoAtenas 2004 e Pequim 2008. Além disso, a jogadora disputou pelo país três Jogos Pan-americanos e cinco Campeonatos Mundiais.
Com cinco décadashistória, a maranhense atualmente moraCampo Grande (MS) e veste a camisa do Operário, maior e atual campeão do estadual feminino.
“É o que eu amo. Falo pra todo mundo e falo para Deus: ‘Enquanto eu tiver vida e saúde com certeza eu vou estar ajudando a minha modalidade’”, garante Maranhão.
Com um histórico respeitável no campo, Maranhão é considerada um exemplo para todo o elenco, como aponta o técnico do Operário, César Fuscão. “O currículo dela fala por si. Atleta com experiência, jogou na Seleção Brasileira. Acho que não tem que ter nenhuma dúvida sobre a capacidade dela. No dia a dia eu sempre falo pra ela que ela é um exemplo: pela idade que ela tem, pelo currículo que ela tem”.
Logo na estreia da disputa estadual, Maranhão balançou a rede duas vezes na goleada do Operário sobre o Cefac por 6 a 0. Graças a excelente atuação, a zagueira disputa a artilharia do campeonato, que é liderada pelaparceiraequipe Ana Jéssica e por Aline (Costa Rica), ambas com 3 gols na conta.
Por falar na maior goleadora do Operário, é praticamente indescritível para a atacante dividir os gramados com Maranhão. “É quase que a gente estar jogando com uma Marta. É uma pérola do futebol feminino, é bem conhecida e traz muitas experiências legais para gente”, conta Ana Jéssica.
Sensação que é compartilhada pela colegaelenco Brenda: “Ela é uma referência no esporte. A gente se espelha muito nela, nas informações que ela traz para nós. Ela é muito experientetudo que faz, tanto dentrocampo, quanto fora. Pra a gente tudo que a gente puder absorverrelação a ela, a gente procura estar absorvendo.”
Líder do grupo A com 6 pontos, o Operário busca manter a invencibilidade e carimbar nas próximas rodadas a vaga para a semifinal. Comgrande bagagem, Maranhão espera conduzir o time rumo ao tetracampeonato.
“Cada jogo é uma final pra gente, a gente sempre encara muito dessa forma. Então, graças a Deus, a gente praticamente está classificada, a responsabilidade aumenta, porque o Operário é o atual campeão”, destaca Maranhão.
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