Ricardo Drubscky encerrou a carreirabet will apptécnicobet will appfutebol. O profissionalbet will app59 anos, que treinou clubes como Fluminense, Atlético-MG, Athletico e Goiás, e que conquistou títulos nacionais, como a Série D do Brasileirão pelo Tupi,bet will appJuizbet will appFora, decidiu colocar um ponto final na trajetória na área técnica. Porém, ele não vai se aposentar do futebol.
Drubscky quer se dedicar integralmente a uma carreira que ele já exercia paralelamente àbet will apptreinador. De acordo com ele, que foi diretorbet will appCruzeiro, Atlético-MG e América-MG, no profissional e na base, se tornar gestorbet will appfutebol é algo que tem sido pensadobet will appforma recorrente nos últimos tempos.
– Nos últimos três, quatro anos, venho refletindo muito sobre minha sequênciabet will appcarreira e sinceramente acho que com a carreirabet will appgestor, tanto eu, quanto o futebol brasileiro podemos tirar maior proveito. Adquiri conhecimento vasto do futebol e acho que como gestor posso intervir e trabalharbet will appvários segmentos. É preciso trabalharbet will appforma muito abrangentebet will appvárias frentes. À beirabet will appcampo estarei sempre na defensiva quando perder, cortejado quando ganhar e não é essa a necessidade do futebol brasileiro, que precisabet will appdesenvolvimento no jogo, na gestão e entendimento das pessoasbet will apptodas as áreas – disse ele, cujo último clube como técnico foi o Tombense na Série C do Brasileiro.
Na gestão, o último trabalhobet will appDrubscky foi no América-MG,bet will app2017. Depois disso, ele seguiu dois anos como técnico até tomar a decisãobet will appencerrar a carreira. Ele diz que foi algo complicado, por gostar do que fazia.
– Justamente por essa dificuldade que cheguei na idadebet will appque estou tomando essa decisão. Amo o jogo, o treinamento, sou apaixonado pelo futebol, assisto aos jogos todos os dias, seja do futebol brasileiro, sul-americano ou europeu... gosto muito. Mas, bastante amadurecido, posso interferir na qualidade do jogo agindo nos bastidoresbet will appmaneira honesta, correta, científica, dando suporte – falou.
"Como treinador, você fica muito preso ao campo e acaba se transformando maisbet will appvítima do quebet will appprotagonistabet will apptrabalhos."
Drubscky diz ter uma mescla no conhecimento entre teoria e prática do futebol. De estilo acadêmico, ele tem contribuições para o futebol nacional na área técnica, sendo cofundador do cursobet will apptreinadores da CBF, ministrando aulas e cursos sobre o futebol no Brasil e no exterior. De acordo com ele, o grande desafio na direçãobet will appum trabalho no Brasil é fazer com que todos os agentes do processo entendam as etapasbet will appum programa multidisciplinar, que vaibet will appcampo e bola, passando pela estrutura e bastidoresbet will appclubes até entidades esportivas.
O profissional tem assistido ao processobet will appque muitos treinadores deixaram a carreirabet will applado para gerir o esporte. Paulo Autuori, hoje no Santos, Ricardo Gomes, com passagensbet will appoutros clubes e hoje no Bordeaux, e Antônio Lopes, no Figueirense, são exemplos. Mundialmente, Carlos Alberto Parreira e Franz Beckenbauer geriram o futebol da seleção brasileira e do Bayernbet will appMunique, respectivamente. Drubscky entende que o caminho é natural, mas pondera que o fatobet will appter sido técnico não é garantiabet will appsucesso na outra função.
– Minha formação como treinador vai me ajudar, mas não é tudo. Não vejo como separar as coisas. Aliás, tentarmos fazer isso separadamente é o motivobet will appnão dar certo. Está tudo interligado. Ter sido treinador é uma faceta importante, que pode contribuir para um gestor, mas tem que ter aptidão para gerir pessoas, processos – disse, lamentando o esquecimento do "jogo jogado".
"O que assistimos no futebol brasileiro é uma grande confusão. Estamos desprezando o futebol jogadobet will appcampo e atacando muitas outras áreas que envolvem um clube, deixando o jogobet will applado, perdendo a conexão com o desenvolvimentobet will apprelação a outras escolas. Nosso jogo está adormecido."
Dentro do universo futebolístico, o choque entre gerações também existe e é pauta comum entre técnicos, dirigentes, jogadores e a imprensa. Drubscky não vê motivos para uma segregação entre o velho e o novo. Para ele, todos necessitam compartilhar conhecimento. Aos 59 anos, ele não se sente ameaçado pelos mais jovens no mercado e encara a concorrência e a convivência como motivação para seguir a carreira.
– O jovem é vida, oxigênio, ar fresco que se respirabet will apptodos os ambientes, mas precisamos separar o joio do trigo. Assim como entre os coroas vemos bons e ruins, também acontece entre os jovens. Me julgo com cabeça muito jovem, com vivênciabet will app36 anos no futebol. Muitos jovens com quem convivi beberam da água que eu trouxe, valorizam isso, mantêm contato e recorrem a mim para tomadabet will appdecisões. Isso vai ser salutar e estimulante. Não tenho receio nenhum. Tenho prazerbet will appestarem ao meu lado ou até competindo comigo, porque isso vai me fazer crescer, evoluir na profissão – fechou.