Barbara Domingos, maior medalhista do Brasil no Pan, tem Daiane dos Santos como inspiração

Ginasta da rítmica conquistou três ouros e duas pratassite aposta csSantiago, 18 anos depois da iniciaçãosite aposta csCuritiba, onde conheceu a campeã mundial na artística: "Me inspirou muito"

Por Marcel Merguizo — Santiago, Chile


Babi exibe classe da ponta do pé à piscadinha. Com graça e talento, conquista notas cada vez melhores e medalhas cada vez mais importantes. Com fita, arco, bola ou maças, a ginasta paranaensesite aposta cs23 anos ganha também cada vez mais fãs com a naturalidadesite aposta csquem saisite aposta csum samba para dançar ao somsite aposta csLady Gaga.

Daiane dos Santos e Barbara Domingos no início dos anos 2000site aposta csCuritiba — Foto: Arquivo pessoal

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No Pansite aposta csSantiago, Bárbara Domingos mostrou mais uma vez porque está entre as melhores do mundo na ginástica rítmica. Ganhou três ouros e duas pratas nas cinco finais que disputou. Assim, deixa os Jogos na capital chilena como a atleta brasileira mais laureada da delegação.

Ouros, marcas e ineditismo. Nunca na história dos Pans o Brasil tinha conquistado um ouro sequersite aposta csuma prova individual da ginástica rítmica. Coube a Babi o feito.

Bárbara Domingos é ouro no Pansite aposta csSantiago — Foto: Miriam Jeske/COB

- Foram quatro diassite aposta cscompetição muito intensos, normalmente são três dias. Dei as últimas energias que eu tinha e estou muito feliz. Cincosite aposta cscinco, independentemente da cor, me deixaria muito feliz já – disse Babi depoissite aposta csconquistar o terceiro ouro no Pan.

Para quem veiosite aposta csuma cirurgia no quadril e conseguiu a vaga olímpica e a 11ª colocação no Mundial deste ano, o Pan veio como a celebraçãosite aposta csum ano marcante da carreira. Prêmio depoissite aposta cs18 anos no esporte.

Babi Domingos se apresenta no Pansite aposta csSantiago — Foto: Miriam Jeske/COB

- Eu comecei na ginástica artística com cinco anos, na mesma época do Pansite aposta csGinástica no Rio. Eu a vi e falei: quero fazer ginástica. E lásite aposta csCuritiba tem poucos centrossite aposta csginástica, tanto que eu comeceisite aposta csuma praça da prefeitura. Dois meses depois fiz um teste para entrar na equipe e, nesse ano, a CBG (Confederação Brasileira e Ginástica) erasite aposta csCuritiba, a seleçãosite aposta csginástica artística treinava lá. Quando eu fui pro centrosite aposta cstreinamentosite aposta csalto rendimento lá, já deisite aposta cscara com a Daiane do Santos. Foi muito legal – recorda Babi.

Assim, logo nas primeiras acrobacias começava uma relaçãosite aposta csadmiração. A inspiração virou amizade, e Daiane ainda hoje é referência para Babi.

Babi Domingos se apresenta no Pansite aposta csSantiago — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

- Ela dava treino para a gente. E, hojesite aposta csdia, quando ela me vê, ela fala “Meu Deus, como os tempos mudaram”. Foi muito legal ter esse contato. Às vezes ela me manda mensagem. É bem legal – diz Babi, que tem o carinho retribuído por Daiane.

- Eu me lembro. Estava falando com ela há um tempo sobre isso. Que legal. Nossa, é emocionantesite aposta csver esse crescimento da Babi. A ginástica rítmica cresceu muito. Resultadosite aposta csinvestimento, dedicação. Que gostoso poder vê-la. Conheci a Babi pequenininha na artística e, hoje, é lindo ver ela ter se encontrado para o que ela nasceu para fazer: ser essa ginasta incrível – disse Daiane dos Santos, campeã mundialsite aposta cs2003, ao ge.

Barbara Domingos, ouro na provasite aposta csfita da ginástica rítmica no Pan — Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Referência dentro e fora da ginástica, Daiane também inspirou Babi por ser negra, como ela. Aliás, pioneirismosite aposta csambossite aposta csum esporte onde as meninas negras muitas vezes não veem.

- Meu pai é negro e minha mãe é polaca do olho claro. Infelizmente, desde criança, a gente vê essa diferença na ginástica. E a Daiane me inspirou muito. E eu poder inspirar outras ginastas também, não tem como explicar. É saber que todo mundo que pode estar ali. Tem ginastinhas também que pensam assim: “Poxa, vida. Será que vou chegar?” Chega, sim. É só treinar bastante, confia que vai dar certo – afirma Babi, com classe, como se estivessesite aposta cssapatilha e collant,site aposta csumasite aposta cssuas belas apresentações.

Dona Roseli e seu Lopes, mãe e paisite aposta csBárbara Domingos da ginástica rítmica — Foto: Arquivo pessoal
Babi Domingos com os pais após a conquistasite aposta csmedalhasite aposta csbronze no Pansite aposta csLima 2019 — Foto: Arquivo pessoal

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