Depoisarbety siteassegurar autossuficiência, Vasco reajusta orçamento e vive crise no futebol feminino

Parte do patrocínio da Ambev precisou ser usada para quitar dívidas da categoria, e o cobertor ficou curto, voltando a acumular despesas ao fim da temporada 2021

Por Emanuelle Ribeiro e Tébaro Schmidt — Rioarbety siteJaneiro


Em julhoarbety site2021, o Vasco publicouarbety siteseu site oficial a ampliação da parceria com a cervejaria Ambev, que previa tornar o futebol feminino do clube autossustentável. Seis meses depois, a categoria está longearbety siteser financeiramente independente. Pelo contrário: convive com salários atrasados e cortearbety sitedespesas.

Vasco anunciouarbety site2021 parceria com a Ambev para o futebol feminino — Foto: Divulgação

Com sérios problemas financeiros, que afetam também o time profissional masculino, que completa nesta sexta-feira dois meses sem receber os vencimentos mensais, alémarbety site13º e férias, o Vasco só mantém o futebol feminino hoje por conta da obrigatoriedade. O clube diz entender a importância da categoria, mas as atuais condições não permitem o investimento. A realidade é parecida com outras equipes brasileiras.

Sem condiçõesarbety siteinvestir na categoria, o clube foi atrásarbety siteum parceiro que bancasse a sobrevivência das meninas. A missão é fazer do futebol feminino um "não problema" para o Vasco. Mas o que aconteceu com o dinheiro repassado pela Ambev?

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De fato, o contrato previa destinar parte do recurso para o futebol feminino, e assim aconteceu, como explicou o vice-presidentearbety sitemarketing do Vasco, Vitor Roma, ao ge. O problema é que houve um "erroarbety sitecálculo" do clube para sustentar o time no último semestrearbety site2021. Houve um reajuste no orçamento, uma parcela do dinheiro que entrou precisou ser gasta com dívidas da categoria, e o cobertor ficou curto, voltando a acumular despesas ao fim da temporada.

O departamento, portanto, anunciou a autossuficiência do futebol feminino sem levararbety siteconsideração essas contas.

As denúncias que surgiram no inícioarbety sitesemana sãoarbety siteproblemas que vão desde a faltaarbety sitealimentação e uniformes até alojamento precário para as jogadoras na Barreira, comunidade vizinha do Estádioarbety siteSão Januário. A situação pesou para a saídaarbety sitejogadoras como Bebel, Anny e Dani Barão, que se destacaram com a camisa vascaína.

Anúncio feito pelo Vascoarbety site2021 não foi concretizado — Foto: Reprodução

arbety site O que fazer?

O orçamentoarbety site2022 prevê gastar pouco maisarbety siteR$ 40 mil por mês com a folha do futebol feminino. A reportagem apurou que,arbety site2020, a folha salarial do elenco e comissão técnica custava maisarbety siteR$ 70 mil mensais. A folha do masculino no ano passado estava próximaarbety siteR$ 2,5 milhões, com mais R$ 1 milhão destinado ao pagamentoarbety sitedívidas com atletas que saíram.

A saída da administração é seguir o mesmo acordo feito com a Ambev. O clube atualmente negocia com um novo patrocinador para sustentar as despesas do futebol feminino. O Vasco aposta no crescimento da categoria no país para atrair parceiros interessados na causa. Outra possibilidade é um novo pacto com a cervejaria nas negociações pela renovaçãoarbety sitemarço.

- Não houve desvio do dinheiro. O dinheiro foi pra lá. O que aconteceu com o contrato da Ambev foi que o dinheiro acabou. É uma situação triste, mas simples. A pasta do futebol feminino não está abaixo do marketing, mas existe uma crença minhaarbety siteresolver esses problemas para aliviar a administração. Estou negociando com um novo patrocinador para sustentar o futebol feminino. É sempre um desafio, mas temos números melhoresarbety siteretorno da categoria. Existe a boa vontadearbety siteresolver, mas o clube hoje não consegue bancar - declarou Vitor Roma.

Pretinha foi a principal artilheira da história do Vasco, que prometeu parceria e ainda não cumpriu — Foto: Arthur Ribeiro/GloboEsporte.com

A valorização da categoria era uma das promessasarbety sitecampanha do presidente Jorge Salgado, que não conseguiu colocararbety siteprática as ações pretendidas. Alémarbety sitefazer o futebol feminino autossuficiente, a diretoria disse que Pretinha, uma das maiores jogadoras do Brasil e a principal artilheira da história do Vasco, seria a líder do departamento. A atleta, porém, não chegou a ser procurada pelo clube, que ainda sonha com a parceria, mas alega faltaarbety siterecursos.

A reapresentação do elenco feminino está prevista para o dia 17arbety sitejaneiro. Os treinos das meninas acontecem na Vila Olímpicaarbety siteCaxias, no Artsul earbety siteSão Januário. Em 2022, o Vasco vai disputar novamente a Série A2 do Brasileirão, com início marcado para 21arbety sitemaio, além do Campeonato Carioca no segundo semestre.

O ge enviou as perguntas abaixo à Ambev:

- Até que ponto a Ambev se envolve no investimento no futebol feminino do Vasco? A aplicação do dinheiro no futebol feminino está prevista no contrato com o clube?

- Já que a Ambev foi anunciada pelo próprio Vasco como principal parceira no investimento no futebol feminino, a empresa pretende tomar alguma providência diante do quadroarbety sitedescaso com a modalidade? Existe algo que se possa fazer?

A resposta da empresa foi a seguinte:

“Por questões contratuais, seguimos a confidencialidade dos nossos contratos. Estamos acompanhando e esperamos que a situação seja regularizada o mais rápido possível”.

— Foto: Divulgação