Polícia procura presidente, vice e diretor da Mancha para prendê-los após emboscada a cruzeirenses

Eles são investigados por suspeitablazer com appparticiparem do ataque a ônibus da torcida do Cruzeiro na Grande SPblazer com appque um torcedor do Cruzeiro morreu. Justiça decretou seis prisões temporárias

Por Kleber Tomaz, Lucas Jozino, Pedro Henrique Moreira, G1 e TV Globo — São Paulo


Torcedoresblazer com appPalmeiras e Cruzeiro brigam na Rodovia Fernão Diasblazer com appMairiporã

A políciablazer com appSão Paulo faz buscas nesta quinta-feira para tentar encontrar e prender o presidente, o vice-presidente e um diretor da Mancha Alviverde alémblazer com appmais três integrantes da principal torcida organizada do Palmeiras. A Justiça decretou na quarta as prisões temporárias, por 30 dias, dos seis palmeirenses.

Até a última atualização desta reportagem nenhum dos membros da Mancha Alviverde haviam sido presos ou se entregaram. Todos são considerados foragidos da Justiça.

Procurados da Mancha Verde — Foto: Arquivo pessoal

Um torcedor do Cruzeiro morreu e outros 17 ficaram feridos após a emboscada na Rodovia Fernão Dias,blazer com appMairiporã. Dois ônibus que levavam torcedores da Máfia Azul para Minas Gerais foram vandalizados: um acabou incendiado e outro foi depredado.

Os pedidosblazer com appprisões contra os seis torcedores do Palmeiras haviam sido feitos pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (MP). Alémblazer com appdecretar as prisões, a Justiça também determinou que a polícia cumprisse mandadosblazer com appbusca e apreensão. Um dos endereços é o da sede da organizada.

São procurados:

  • Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Alviverde;
  • Felipe Mattos dos Santos, o "Fezinho", vice-presidente da Mancha Alviverde;
  • Leandro Gomes dos Santos, o "Leandrinho", diretor da Mancha Alviverde;
  • Henrique Moreira Lelis, membro da Mancha Alviverde;
  • Aurélio Andradeblazer com appLima, membro da Mancha Alviverde;
  • Neilo Ferreira e Silva, o "Lagartixa", professorblazer com appartes marciais e membro da Mancha.

Até a última atualização desta reportagem, dois cruzeirenses continuavam internadosblazer com apphospitaisblazer com appMairiporã e Franco da Rocha, na região metropolitana.

A Delegaciablazer com appPolíciablazer com appRepressão aos Delitosblazer com appIntolerância Esportiva (Drade) identificou oito pessoas ligadas à Mancha Alviverde que participaram da emboscada contra torcedores do Cruzeiro.

A Promotoria apura o envolvimentoblazer com apptorcidas que agem como "facções criminosas". Segundo a Drade e o Gaeco, três dos suspeitos investigados têm postosblazer com appliderança dentro da Mancha Alviverde.

150 torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro brigam na Rodovia Fernão Diasblazer com appSP

Seis dos palmeirenses tiveram as prisões temporárias por 30 dias pedidas pela delegacia. O Grupoblazer com appAtuação Especialblazer com appCombate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, que acompanha a investigação policial, concordou com os pedidos.

As autoridades estão analisando vídeos que circulam na internet e filmagensblazer com appcâmerasblazer com appsegurança para identificar mais autores do ataque a ônibus dos torcedores da Máfia Azul.

O caso foi registrado incialmente na Delegaciablazer com appMairiporã como homicídio, incêndio, associação criminosa, lesão corporal e tumulto com violência — este no âmbito da Lei Geral do Esporte. A investigação passou a ser feita depois pela Drade, com sede na capital paulista.

O g1 e a TV Globo apuraram que o Ministério Público foi favorável aos pedidosblazer com appprisões feitos pela polícia por causa do riscoblazer com appfuga dos suspeitos e que eles destruam provas dos crimes. Os promotores destacaram que as imagens refletem banalização da violência e crença absoluta na impunidade.

Ainda segundo a Promotoria, a emboscada dos palmeirenses aos cruzeirenses demonstra escárnio com o poder público e com a sociedade e a audácia da ação planejada e executada à luz do dia.

De acordo com o MP, a Mancha Alviverde ainda tentou refutar o vínculo com os fatos, publicando nota oficial isentando a responsabilidade, apesar do evidente interesse e envolvimento da cúpula nos crimes.

Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Alviverde — Foto: Arquivo pessoal

blazer com app Torcida organizada proibidablazer com appir a estádios

"Atender integralmente a recomendação do Ministério Público do Estadoblazer com appSão Paulo, para que seja PROIBIDA a entrada, nos estádiosblazer com appfutebol do Estadoblazer com appSão Paulo,blazer com appqualquer indumentária e objetos (faixas, bandeiras etc.) que identifiquem os associados da torcida organizada “GRÊMIO RECREATIVO E CULTURAL TORCIDA MANCHA ALVIVERDE” a contar desta data", informa trecho do documento assinado por Fabio Barbosa Moraes, diretor executivo do Departamentoblazer com appSegurança e Prevençãoblazer com appViolência da entidade.

"A Federação Paulistablazer com appFutebol oficiará aos Órgãosblazer com appSegurança do Estado, Ministério Público do Estadoblazer com appSão Paulo, para finsblazer com appfiscalização no cumprimento desta Portaria. Esta Portaria entrablazer com appvigor na presente data, revogadas as disposiçõesblazer com appcontrário", informa outra parte do comunicado.

blazer com app O que dizem torcidas e clubes

Em suas páginas na internet, a direção da Mancha Alviverde negou que tenha organizado, participado ou incentivado qualquer ação relacionada a emboscada contra os cruzeirenses. E que não se responsabiliza por ações isoladasblazer com apppalmeirenses envolvidos no ataque.

A torcida informou ainda que lamenta profundamente o que ocorreu e que repudia com "veemência" a violência.

A direção da Máfia Azul se manifestou tambémblazer com appsuas redes sociais. No Instagram, a torcida fez postagens com mensagens repudiando o ataque dos palmeirenses contra cruzeirenses. Numa delas, escreveu que "o choro da mãe do seu rival não traz a alegria da sua".

O Palmeiras informou por meioblazer com appnota que repudia as cenasblazer com appviolência do finalblazer com appsemana envolvendo torcedores do clube contra a torcida do Cruzeiro. E defendeu uma punição rigorosa para os criminosos.

O Cruzeiro também se manifestou informando porblazer com apprede social que "lamenta profundamente" mais um episódioblazer com appviolência. E que é preciso dar um basta a atos criminosos.

Brigablazer com apptorcidas interditou trânsitoblazer com appMairiporã, Grande São Paulo — Foto: Reprodução/Redes sociais

blazer com app Brigablazer com app2022 pode ter motivado emboscada

Filmagens feitas pelos próprios palmeirenses viralizaram nas redes sociais. Eles mostram como eles atacaram cruzeirenses.

O cruzeirense morto é José Victor Miranda, torcedor da Máfia Azul. Ele tinha 30 anos e, segundo seus parentes informaram à reportagem, a vítima estava dentroblazer com appum ônibus que foi incendiado e acabou sofrendo queimaduras fatais. Um laudo pericial da polícia irá apontar a causa da morte.

Catorze dos cruzeirenses feridos foram socorridos por ambulâncias e levados para o Hospital Anjo Gabriel,blazer com appMairiporã. Outros três torcedores do Cruzeiro seguiram para um hospitalblazer com appFranco da Rocha, município vizinho.

A polícia também investiga qual foi a motivação para o ataque do torcedores do Palmeiras contra os do Cruzeiro.

Foram apreendidas 12 barrasblazer com appferro, dois pedaçosblazer com appmadeira, cinco rojões e duas bolasblazer com appsinuca. Os palmeirenses também usaram "miguelitos", que são pregos retorcidos, para furar os pneus dos ônibus dos cruzeirenses e obrigá-los a parar na estrada.

À época, integrantes da Máfia Azul atacaram membros da Mancha Alviverde. O confronto deixou quatro pessoas baleadas e outras dez feridas, entre elas o presidente da torcida palmeirense, num pedágio numa rodoviablazer com appCarmópolisblazer com appMinas, no Centro-Oesteblazer com appMinas Gerais.

Ônibus queimado após confronto entre torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro, segundo a PRF — Foto: Reprodução/Redes sociais

As organizadasblazer com appPalmeiras e Cruzeiro têm históricoblazer com appconflito, desde 1988, entre a Mancha Verde e a Máfia Azul, quando um dos fundadores da Mancha, Cléo Sóstenes Dantas da Silva, foi assassinado baleado com dois tiros.

Na partida seguinte ao ocorrido, disputada contra o Cruzeiro, a Mancha fez homenagens a Cléo, mas que terminou interrompida por cânticosblazer com appinsulto da Máfia Azulblazer com appreferência ao fundador - resultandoblazer com appuma briga no setor destinado à torcida visitante.

Desde então, as organizadas guardaram um históricoblazer com appbrigas, aliando-se, inclusive, às respectivas torcidasblazer com appseus rivais - a Mancha com a Galoucura, do Atlético-MG, e a Máfia Azul com a Independente, do São Paulo.

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