Piquerez se vêbetsul amecasa no Palmeiras, sonha com mais títulos e quer Copa pelo Uruguai

Lateral-esquerdo é donobetsul amebons números com a camisa do Verdão. Há quase um ano no Brasil, ele fala sobre adaptação ao país, rotinabetsul ameSão Paulo e saudade da família

Por Felipe Zito — São Paulo


Piquerez, do Palmeiras, é bombetsul amexadrez e "entende"betsul amefísica

Com quase um anobetsul ameBrasil, Piquerez vive momentobetsul ameafirmação dentro e forabetsul amecampo. Titular absoluto do Palmeiras, o lateral-esquerdo já consegue se fazer compreender no português e, recuperadobetsul amelesão, voltou a ter participação importante no timebetsul ameAbel Ferreira.

Destaquesbetsul ameum Verdão que vembetsul amebons momentos no Brasileirão, na Copa do Brasil e na Libertadores, ele tem a sensaçãobetsul ameestar maisbetsul amecasabetsul ameSão Paulo.

– É muito diferente. O Uruguai é um país pequeno. Sóbetsul ameSão Paulo tem 20 milhõesbetsul amehabitantes. A diferença é muito grande. Tem um tempobetsul ameadaptação. Agora estou bem, aqui tem muitos jogos e isso faz com que o dia a dia passe mais rapidamente. Estou bem no Palmeiras, feliz e adaptado – afirmou Piquerez,betsul ameentrevista ao ge.

Piquerez e as taças conquistadas pelo Palmeiras — Foto: Felipe Zito

– Quando eu cheguei tinha só dois gringos, Gómez e Kuscevic. No começo falava mais com eles e depois comecei a fazer novas amizades, tipo com Scarpa e Veiga... Falar português fez as coisas serem mais fáceis. Português e espanhol são similares, com fluidez vai saindo.

A adaptação ao Brasil foi mais difícil no início por causa do idioma e também pela ausência da família. Aos 22 anos, ele decidiu viver a primeira experiência longe dos pais e da irmã, a quem ele carregabetsul ameuma tatuagem e tambémbetsul amefotos espalhadasbetsul ameseu apartamento. Até o cachorro Tabo é lembradobetsul ameum quadro exposto ao lado dos troféus conquistados pelo Verdão.

– O vínculo familiar é forte, somos unidos. A minha saída foi esperada. Era um sonho sair do Uruguai para jogar futebolbetsul ameoutro país. Mas o Uruguai é perto, quase duas horas e meia (de voo). Eles vêm sempre para cá, meu pai gosta muito do Brasil. É diferente, lógico, por não estar todos os dias lá, mas estou bastantebetsul amecontato com eles e por isso a saudade não é tão grande – citou o jogador.

Piquerez tem um quadro do cachorro e fotos da famíliabetsul amecasa — Foto: Felipe Zito

Longebetsul amecasa, Piquerez deixou para trás o statusbetsul ameaposta da diretoria do Verdão e virou realidade. Os números provam abetsul ameimportância para a equipe comandada por Abel Ferreira.

Desde abetsul ameestreia, o lateral participoubetsul ame42 dos 67 jogos do Verdão no período. Com o uruguaiobetsul amecampo, são 71,4%betsul ameaproveitamento (27 vitórias, nove empates e seis derrotas) e médiabetsul ame0,73 gols sofridos,betsul ameacordo com levantamento do Espião Estatístico*. Sem ele, o desempenho palmeirense cai para 62,7%betsul ameaproveitamento (14 vitórias, cinco empates e seis derrotasbetsul ame25 partidas) e médiabetsul ame0,88 gols sofridos.

– O Piquerez do ano passado para obetsul ameagora tem uma evolução muito grande. O futebol brasileiro é muito forte, tanto que brigamos com o Chelsea no Mundialbetsul ameClubes e perdemos nos últimos minutos. O futebol brasileiro está no nível das ligas da Europa. Meu crescimento tem sido bom, e agora a equipe vem bem. Temosbetsul ameseguir lutando.

– Quando eu cheguei já conhecia o Palmeiras, vinha bem há algum tempo. Mas para falar a verdade não imaginava viver o que estou vivendo agora. Depoisbetsul amedois meses já fui campeão da Libertadores e logo depois joguei o Mundial contra o Chelsea. Mais recentemente teve essa virada histórica no Paulista. Foi algo muito bonito que não imaginava, temos que seguir por esse caminho para lutar e ganhar mais títulos – acrescentou.

O calendário com sequência intensabetsul amejogos e viagens ainda mantém o atletabetsul ameuma rotina mais caseira na região da Academiabetsul ameFutebol. Se a comunicaçãobetsul ameportuguês já é uma realidade, ele ainda não encarou o tradicional pratobetsul amearroz com feijão. Mas o mate – uruguaio, é claro – o acompanhabetsul amecasa e na concentração.

Joaquín Piquerez, lateral-esquerdo do Palmeiras, embetsul amecasa — Foto: Felipe Zito

O idioma, que já foi uma barreira no início, hoje o faz ser importante para a adaptaçãobetsul ameoutro uruguaio: o atacante Miguel Merentiel, reforço contratado que só poderá estrear após o dia 18betsul amejulho, na abertura da janela.

– Passo muito tempo no CT. Depoisbetsul ametreinar sempre fico para almoçar, fazer recuperação. Eu gostobetsul ameficarbetsul amecasa, tenho videogame, xadrez, cubo mágico, tenho livros e estou lendo sobre histórias das guerras. Já sabia e estou relembrando. Sou mais tranquilo,betsul ameficarbetsul amecasa – disse o jogador, que falou também sobre os primeiros momentos do compatriota no clube.

– Ele (Merentiel) não fala nadabetsul ameportuguês, é pior que eu quando cheguei (risos). Estou perto para ajudar ele. Uruguaio tem que ajudar uruguaio, né? No decorrer dos dias vai melhorando.

Piquerez, lateral-esquerdo do Palmeiras, jogando xadrez — Foto: Felipe Zito

O Palmeiras enfrenta o São Paulo nesta segunda-feira, às 20h (de Brasília), pelo Brasileirão, e depois volta ao Morumbi na próxima quinta-feira para abrir as oitavasbetsul amefinal da Copa do Brasil contra o time tricolor. A sequênciabetsul ameclássicos é valorizada, mas não há preferência por uma ou outra disputa, como o técnico Abel Ferreira já deixou clarobetsul ameentrevista.

– Para nós não muda a nossa formabetsul amejogar. O Palmeiras vai jogar sempre para ganhar. Tem esse "plus" por ser um clássico (na Copa do Brasil), já ganhamos a final do Paulistão deles. Vai ser jogobetsul ame180 minutos. Tem que estar focado para fazer acontecer – contou o atleta, que destacou o momento da equipe no Brasileirão.

– É saber o momento que estamos vivendo, que é bom, mas lembrar que no ano passado não estávamos muito bem no Brasileiro antes da final da Libertadores. Temos que saber que agora que estamos bem não somos os melhores, e não éramos os piores quando estávamos mal. Temos que manter o foco, fazer o trabalho que o treinador pede. O Brasileiro é uma campanhabetsul ameresistência e nãobetsul amevelocidade. Precisamos manter o foco.

Na briga por mais três títulos na temporadabetsul ame2022 com a camisa palmeirense, Piquerez tem projetos para o futuro dabetsul amecarreira. O lateral sonha tambémbetsul amejogar uma Copa do Mundo. Nome presentebetsul ameconvocações recentes do Uruguai, ele quer manter o bom nível com a camisa palmeirense para ser lembrado e ter a oportunidadebetsul amerepresentar seu país no Catar, no fim do ano.

– A expectativa é grande. Eu tenho 23 anos, seria minha primeira Copa do Mundo. Estou tranquilo e sei que para ter a possibilidadebetsul amebrigar por uma vaga para a Copa tenho que fazer as coisas bem no Palmeiras. Acho que venho fazer as coisas bem, mas preciso continuar. O Palmeiras tem que continuar brigando por títulos e ganhando coisas importantes. Tenho que estar focadobetsul amejogar no Palmeiras, jogando bem tenho mais possibilidades. Para um jogadorbetsul amefutebol, chegar a uma Copa do Mundo é a coisa mais importante que tem – contou o lateral, que valoriza seu momento no clube. 

– Sem dúvida que é um sonho para mim jogar na Europa também, mas cheguei (no Brasil) e não achava que o Palmeiras era tão grande. Estou feliz aqui e quero ficar mais tempo aqui, ganhar mais títulos. Tenho que continuar fazendo as coisas aqui para fazer o Palmeiras vencer mais.

*pesquisabetsul ameRoberto Maleson, do Espião Estatístico

— Foto: ge