André Rizek explica negociação para compra da SAF do Botafogo
Faltam detalhes para John Textor, dono da Eagle Holdings, entrarup bet sportvez na realidade do Botafogo. O registro da SAF, empresa que passará a comandar o futebol alvinegro, e a convocação da reunião do Conselho Deliberativo que avaliará as condições da venda foram passos largos dados nessa segunda-feira rumo à consolidação da nova estruturaup bet sportgestão do clube.
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O empresário norte-americano desembarcará no Rioup bet sportJaneiro não só com um aporte financeiro, mas também com ideias que pontuam um novo jeitoup bet sportpensar futebolup bet sportGeneral Severiano. Em entrevista ao jornalista britânico Matt Slater, no podcast "The Athletic Football", John Textor enfatizou dois pilaresup bet sportque diz acreditar muito: a captaçãoup bet sporttalentos no mundo inteiro e o controle das dívidas.
Na conversa, que aconteceuup bet sportnovembroup bet sport2021, antesup bet sportas notícias ligarem o americano ao Botafogo, o empresário deu pistasup bet sportcomo pode agir à frente do clube alvinegro. Ele citou soluções para o Crystal Palace, da Inglaterra - ele adquiriu ações do clubeup bet sport2021 - e para o Benfica, cuja tentativaup bet sportcompraup bet sport25% da gestão do futebol por parteup bet sportTextor fracassou.
— Dívida é a primeira lição. Se você não quer perder um grande negócio, seja uma empresa ou um grande clubeup bet sportfutebol, não pegue dinheiro emprestado. Se você tem dívidas, tenha uma estratégia para pagá-las. O modeloup bet sportnegócios no futebol atualmente é bastante tradicional e bastante restrito: direitosup bet sporttelevisão, bilheteria e merchandising. Se você tem limitação naup bet sportcapacidadeup bet sportcompetir, contratar jogadores e vencer jogos, faça alguma coisa sobre as suas receitas, mas não pegue dinheiro emprestado — explicou.
O empresário, que começou a trabalhar com finanças depoisup bet sportse apaixonar por tecnologia ainda na escola, sentiu na pele os efeitos do endividamento no inícioup bet sportsua vida profissional — e por isso reforça tanto a ideia do controle do prejuízoup bet sportseus negócios.
— Pegar dinheiro emprestado é a única maneiraup bet sportperder um negócioup bet sportqualidade e vê-lo destruído bem naup bet sportfrente, como aconteceu comigo na Digital Domain, com 344 funcionários. Torcedores são fabulosos, mas,up bet sportalguns lugares, a cobrança é construídaup bet sportuma forma que significa vencer a qualquer custo, mesmo se você pegar empréstimos até não poder mais — explicou.
— Encontrar o equilíbrio é um dos maiores desafios no futebol. O que o torcedor quer, o que os acionistas querem, o que a comunidade quer, o que a história quer, sustentabilidade... Frequentemente esses objetivos competem um com o outro — continuou.
Para o investidor, o planejamentoup bet sportpagamentoup bet sportdívidas deve andar junto com um projetoup bet sportexpansão das receitas. Na entrevista, ele cita a necessidadeup bet sportentender que, muitas vezes, o impacto gerado pelo clube é até mais importante do que a equipe formada para disputar um campeonato.
— O valor do time é condicionado por contratoup bet sporttelevisão, patrocínios, verbasup bet sportmarketing, vendaup bet sportingressos... Há muita coisa que o clube pode fazer para chegar ainda mais perto do torcedor do que só o time — explicou.
A visãoup bet sportnegócio, gestão e finanças adquirida ao longo da vida profissionalup bet sportTextor têm relação direta ao que acontece também dentroup bet sportcampo. A tentativaup bet sportcompraup bet sportparte do Benfica e a aquisiçãoup bet sportações do Crystal Palace fizeram o empresário se debruçar sobre o mercado do futebol. Segundo ele, a captaçãoup bet sportjovens promessas ao redor do mundo inteiro é essencial para tornar competitivo um time cujo orçamento é mais enxuto.
Questionado se os talentos poderiam ser encontradosup bet sportLisboa, capital portuguesa e sede do Benfica, Textor concordou e ainda citou o Brasil como grande fonteup bet sporttalentos — alémup bet sportFrança e Bélgica. Ele destacou, porém, que identificou um problema na liga portuguesa que provoca uma debandadaup bet sportjovens jogadores a custo mais baixo do que poderia ser cobrado se houvesse uma estrutura direitosup bet sporttransmissão como a da liga inglesa.
— Infelizmente, o Benfica tem uma economia muito limitada, não é aberta a muitos lugares do mundo. Embora tenha uma marca muito forte, como o Porto e o Sporting, eles têm contratosup bet sportTV irrisórios, se comparados aos valores da Premier League. Consequentemente, anualmente têm que vender muitos jogadores para manter as contasup bet sportdia. Com isso, fica muito difícil alinhar a realidade do clube com a expectativa dos torcedores.
— As categoriasup bet sportbase do Benfica são uma das mais confiáveis no mundo, têm uma capacidade muito grandeup bet sportgarimpar jogadores. Muitos vão do Brasil eup bet sportoutros lugares do mundo para lá e depois partem para o restante da Europa — finalizou o empresário.