Como um chute no ângulo mudou a vidamáquina caça níquel de 25 centavosLuiz Henrique: conheça as origens do atacante do Botafogo

Hoje na Seleção, jogador deu seus primeiros chutesmáquina caça níquel de 25 centavoscampinhomáquina caça níquel de 25 centavosfutebol no Vale do Carangola, região humildemáquina caça níquel de 25 centavosPetrópolis

Por Jéssica Maldonado — Petrópolis - RJ


Voz do Setorista: conheça o local onde Luiz Henrique deu seus primeiros passos no futebol

Chegar ao Vale do Carangola não é uma missão rápida ou fácil. Mais complicada ainda é a rotinamáquina caça níquel de 25 centavosuma criança que sai do local diariamente para treinar no centromáquina caça níquel de 25 centavosPetrópolis, região serrana do Riomáquina caça níquel de 25 centavosJaneiro. Esse foi o dia a diamáquina caça níquel de 25 centavosLuiz Henrique durante alguns anos. Com pouca ofertamáquina caça níquel de 25 centavostransporte público, as ruas estreitas com subidas e descidas tornam demorado o trajetomáquina caça níquel de 25 centavos12 quilômetros,máquina caça níquel de 25 centavosparte cercado pelo Rio Piabanha.

No tempo livre, Luiz Henrique saía da casa onde moravamáquina caça níquel de 25 centavosfamília humilde e descia a ladeiramáquina caça níquel de 25 centavosterra batida até um dos camposmáquina caça níquel de 25 centavosfutebol do bairro para se divertir com os amigos. A lembrança dos tempos difíceis arrancou lágrimas do jogador emmáquina caça níquel de 25 centavosapresentação ao Botafogo,máquina caça níquel de 25 centavosfevereiro.

- Um moleque que sai do Vale do Carangola sem sabermáquina caça níquel de 25 centavosnada e está sendo o jogador mais caro da história. Orgulho. Sofremos muito, choramos muito, sinto orgulho por isso....(para e chora) - disse.

Com o passar do tempo, Luiz Henrique encontrou pessoas que encurtaram a distância do Vale do Carangola até o sonhomáquina caça níquel de 25 centavosse tornar jogador profissional. Uma das figuras fundamentais na trajetória do atacante, hoje decisivo no Botafogo e convocado para a Seleção, foi Jhonny Max, professormáquina caça níquel de 25 centavoseducação física que ajuda a lapidar talentos no futebol. Ele é o dono da Escola Max, localmáquina caça níquel de 25 centavosque o garoto começou no futsal.

Aos 7 anos, o pé esquerdo resolveu dar o ar da graçamáquina caça níquel de 25 centavosuma ação esportiva comunitária no local, liderada pelo primeiro professor e, depois, empresário. O jovem magrinho emáquina caça níquel de 25 centavoscanelas sujas apareceu próximo da quadra para ver a movimentação, a bola se aproximou e ele arriscou um chute. Forte no ângulo.

Luiz Henrique se emociona ao lembrar das origensmáquina caça níquel de 25 centavosapresentação no Botafogo

- Eu o encontreimáquina caça níquel de 25 centavosum projeto na comunidade onde ele morava. Fui fazer um trabalho social com umas 400 crianças. O trabalho estava fluindo e,máquina caça níquel de 25 centavosuma bola, o Luiz, descalço, bem "canelinha russa", com a "meleca" escorrendo, pega e bate lá na gaveta. Com isso, nós o trouxemos para o nosso projeto, na escola, para poder fazer parte até o momentomáquina caça níquel de 25 centavosir para o Fluminense, quando ele tinha 11 anos.

Jhonny aponta para onde foi o chutemáquina caça níquel de 25 centavosLuiz Henrique quando foi descoberto — Foto: Jéssica Maldonado / ge

As pessoas que frequentavam o ginásio do Sindicato dos Metalúrgicosmáquina caça níquel de 25 centavosPetrópolis, local onde fica a escolinha, elogiavam Luiz Henrique. Nos treinos, o garotomáquina caça níquel de 25 centavospoucas palavras e sorriso constante volta e meia recebia a visita do pai, hoje falecido, que era cozinheiro.

Luiz Henrique com troféumáquina caça níquel de 25 centavosartilheiro na escolinhamáquina caça níquel de 25 centavosPetrópolis — Foto: Arquivo pessoal

A dificuldade financeira fez Jhonny se emocionar ao lembrar a primeira vezmáquina caça níquel de 25 centavosque levou Luiz Henrique para comer o sanduíchemáquina caça níquel de 25 centavosuma famosa rede americanamáquina caça níquel de 25 centavosfast food. Os olhos do menino brilhavam.

- Com o Luiz Henrique, depois da escolinha eu ficavamáquina caça níquel de 25 centavoscontato quase 24 horas com ele. Graças a Deus eu posso falar que deu certo. Às vezes a gente trabalha e não consegue, mas conseguir é algo muito grande. Poder ajudar um garotomáquina caça níquel de 25 centavosuma comunidade e, principalmente, saindo daquimáquina caça níquel de 25 centavosPetrópolis.

máquina caça níquel de 25 centavos Primeira descoberta por olheiros

Em um torneio pela escolinha, Luiz Henrique foi observado por olheiros do Fluminense, seu primeiro clube. Mas ele só podia ir para Xerém quando completasse 11 anos. Nos meses que faltavam, o garoto se preparou para chegar bem à base tricolor.

Luiz Henriquemáquina caça níquel de 25 centavostorneio, antesmáquina caça níquel de 25 centavosser descoberto pelo Fluminense — Foto: Arquivo pessoal

- Descíamos e subíamos a serra, era nosso caminhomáquina caça níquel de 25 centavoscada dia. Entre lanches, carro quebrado no meio do caminho, sono, calor, chuva, horário apertado, o sonho ia se construindo. Depois dos treinos, um biscoito, um suco, um pão para lanchar - lembra Jhonny.

Luiz Henrique ainda morava no Vale do Carangola quando foi para o Tricolor, e o trajeto levava cercamáquina caça níquel de 25 centavosduas horas e meia, somando a ida e a volta, com quase 100 quilômetros percorridos. Quando não era acompanhadomáquina caça níquel de 25 centavosJhonny, seguiamáquina caça níquel de 25 centavosônibus.

máquina caça níquel de 25 centavos Garoto quase trocou o futebol pelo judô

Diante da rotina exaustiva emáquina caça níquel de 25 centavosmais cobrança interna no Fluminense, Luiz pensoumáquina caça níquel de 25 centavosdesistir. Comentou com pessoas próximas que queria mudarmáquina caça níquel de 25 centavosesporte e se aventurar no judô. Assim, ficaria mais próximo da família, dos amigos, da comunidade e poderia, simplesmente, brincar.

Contrariado por quem estava próximo dele, Luiz foi,máquina caça níquel de 25 centavoscerta forma, forçado a seguir.

- Naquele momento achei que tinha sido muito duro, passando dos limites, obrigando ele a treinar, mas hoje vejo que foi a melhor coisa que fiz - conta o professor.

máquina caça níquel de 25 centavos Força física e consciência tática era um problema

Dos 11 anos aos 21 anos, quando foi vendido ao Betis, da Espanha, Luiz subiu degrau por degrau no Fluminense. Na base, teve altos e baixos dentro e foramáquina caça níquel de 25 centavoscampo. Estudar não era o seu forte, tanto que repetiu algumas vezes o sexto ano. Também gostavamáquina caça níquel de 25 centavosjogar videogame, que muitas vezes tirava seu foco dos gramados.

Dentro das quatro linhas, não era unanimidade, apesar da boa técnica, com dribles e chutes precisos. Ele ficava no banco com frequência, e uma das justificativas era a faltamáquina caça níquel de 25 centavosconsciência tática. O garoto tinha dificuldade para ocupar espaços quando o time não tinha a bola.

Além disso, Luiz precisou se desenvolver fisicamente. A força evidente vista hoje demorou anos para aparecer., quando já estava no sub-17. Antes, ele chegou a ser um dos menores jogadoresmáquina caça níquel de 25 centavosdiferentes categorias (foto abaixo).

Luiz Henrique era o menor do time do Fluminense nos primeiros anos — Foto: Arquivo pessoal

- Evoluímáquina caça níquel de 25 centavosmuitas coisas, no profissional e no pessoal também. Antes, eu era mais franzino, o mais fraco do time sempre, não tinha muita força, mas eu hoje eu vejo que tenho um porte físico bom, e vi que evoluímáquina caça níquel de 25 centavosmuitas coisas - comentoumáquina caça níquel de 25 centavosentrevista ao gemáquina caça níquel de 25 centavossetembro.

Luiz Henriquemáquina caça níquel de 25 centavostrabalhos físicos virtuais na pandemia — Foto: Arquivo pessoal

máquina caça níquel de 25 centavos Projeto futuro para o Carangola

Quando perguntado sobre as maiores dificuldades, Luiz destacou o ir e vir para treinar no Fluminense como principal obstáculo. Além disso, a origem humilde não o fazia enxergar um futuro promissor. Hoje bem-sucedido, ele faz planos para ajudar o lugar que foi criado.

- Às vezes eu ia para a escola, pegava o ônibus, só almoçava e pegava o mesmo ônibus para descer e treinar. Eu não tinha muitas condições, nem dinheiro para ter as coisas que eu considerava importantes para mim.

- Eu tenho um planomáquina caça níquel de 25 centavosmente, junto com quem trabalha comigo que é fazer a Instituição Luiz Henrique, como tem o Vinicius Junior e vários outros jogadoresmáquina caça níquel de 25 centavosque me inspiro. Quero ajudar as crianças, sei que elas se inspirammáquina caça níquel de 25 centavosmim por eu ter saídomáquina caça níquel de 25 centavoslá. Então, eu tenho issomáquina caça níquel de 25 centavosmentemáquina caça níquel de 25 centavosajudar a comunidade, com escolinhamáquina caça níquel de 25 centavosfutebol,máquina caça níquel de 25 centavosballet, quero ajudar onde eu vim - destacou.

Luiz Henrique está no Botafogo desde fevereiromáquina caça níquel de 25 centavos2024. Até agora, foram 43 jogos e nove gols feitos, alémmáquina caça níquel de 25 centavosquatro assistências.

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