Filosofia Luís Castro: veja como pensa o técnico do Botafogo foraronaldo 9 bwincampo

Após a vitória sobre o Corinthians, treinador deu mais uma entrevistaronaldo 9 bwinque abordou (com muito entusiasmo) temas que fogemronaldo 9 bwindentro das quatro linhas

Por Redação do ge — Rioronaldo 9 bwinJaneiro


A inspiração do Botafogo para vencer o Corinthians por 3 a 0, quinta-feira, no estádio Nilton Santos, e retomar a liderança do Brasileiro com 100%ronaldo 9 bwinaproveitamento, contagiou o técnico Luís Castro, que depois da partida deu mais uma entrevista marcante.

Com sorrisos, caras fechadas e muitos gestos com os braços, o português mostrou entusiasmo para falarronaldo 9 bwintemas que saem do campo e bola tradicional.

Luis Castro dizronaldo 9 bwincoletiva: "Direito a viver não é só para quem tem dinheiro"

Sobre a transformação das vaiasronaldo 9 bwinaplausos:

- O ser humano esquece muito rápido das coisas. O tempo é precioso, muito mais precioso do que as palavras. E o tempo se encarregaronaldo 9 bwincolocar algumas pessoas no seu lugar.

- Fico muito mais feliz quando me acariciam do que quando me dão pontapés. Sou essa pessoa, sou como todos. Não parece, mas sou uma máquina que ali para dentro (campo) eu tenho que aguentar tudo, mas, depoisronaldo 9 bwin30 mil, 40 mil pessoas, abro a minha porta e sou eu e a solidão. Tudo ecoa na minha cabeça. Aqui às vezes sou obrigado a não sentir, mas quando estou na solidão da minha casa, sinto. Hoje vou dormir feliz. Sei que mais à frente vou perder, os meus jogadores vão ganhar, depois vou perder, depois meus jogadores vão ganhar... Tem pessoas que só ganham. Quando perdem não são daqui (Botafogo), mas quando vencem são Botafogo. É a minha vida (risos). É boa, eu gosto.

Luís Castroronaldo 9 bwinBotafogo x Corinthians — Foto: André Durão

O treinador aproveitou uma pergunta direcionada à comunidaderonaldo 9 bwinsurdos e disse:

- A sociedade precisa abrir a portas a todos, e muitas vezes elas são fechadas devido a estarmos aquém das nossas faculdades plenas, e não devamos olhar isso como algo que possa nos penalizarronaldo 9 bwintermosronaldo 9 bwinoportunidades na vida.

Depois,ronaldo 9 bwinuma resposta disse que para ele a dignidade e honestidade são mais importantes na vida do que os resultados:

- Eu já deixeironaldo 9 bwinrir? Eu não deixoronaldo 9 bwinrir para minha filha se ela for malronaldo 9 bwinum teste na escola. Ela dá o melhor dela, mas às vezes não consegue o melhor resultado. Por isso que eu nunca deixeironaldo 9 bwinrir para os meus jogadores. A minha vida não é só resultados. Para mim a vida é trabalho com dignidade, e isso deve se sobrepor aos resultados, por mais que se queira colar os resultados às vidas das pessoas. Só quem tem dinheiro que tem direito a viver? Eu que nasci sem capacidade financeira não tenho direito a viver, tenho que ficar encostado no canto? Não, amigos. Para mim é o trabalho com dignidade e honestidade intelectual que conta.

Perguntado se o alvinegros deveriam irronaldo 9 bwinmaior número ao Nilton Santos, Luís Castro citou até a Revolução dos Cravos,ronaldo 9 bwinPortugal, para defender a liberdaderonaldo 9 bwinescolharonaldo 9 bwincada indivíduo

- Sobre a torcida... Para mim, no meu país, a liberdade deu-se no dia 25ronaldo 9 bwinabrilronaldo 9 bwin1974 (Revolução dos Cravos). Há muitos anos que o Brasil é livre. No estádio vem quem quer, vem a torcida que quer. Quem não quer, não vem. A todos que vieram, obrigado pelo apoio. Aos que não vieram porque não podem, porque não tem condições econômicas, ou pelo horário... quem sou eu para comentar a vida das pessoas? Aquilo que eu não domino eu não comento.

Luís Castro, técnico do Botafogo, pede paciência no futebol brasileiro

Essa, claro, não foi a primeira entrevista que Luís Castro deu com brilho nos olhos para comentar sobre o contexto que cerca o futebol. Quando ele teve a chanceronaldo 9 bwinpromover a estreia profissionalronaldo 9 bwinJanderson, que tem uma históriaronaldo 9 bwinvida marcada pelas dificuldades, o treinador fez essa declaração:

- As pessoas olham para nós como máquinas. Como seres que não sentem, não viveram, não têm história. E por isso podem ser agredidos por tudo e por todos. E esquecem que muitas vezes a agressão que nos fazem nos passa ao lado porque nós passamos por situações na vida que nos agrediram muito mais. Por isso que dizem “ele é resiliente, ele aguenta”. Porque muitas vezes muito pior do que um estádio contra nós, é uma pessoa que fez parteronaldo 9 bwinnossa história, queronaldo 9 bwindeterminado momento quase nos feriuronaldo 9 bwinmorte.

O Janderson é mais uma históriaronaldo 9 bwinvida. Fico muito feliz por ele. Isso que nos marca na vida. Felizmente, tive a sorteronaldo 9 bwinproporcionar ao Janderson momentoronaldo 9 bwinfelicidade que todos os seres humanos deviam viver desde que nascem. Mas infelizmente vivemos numa sociedade que é egoísta, é… vou me calar. Parabéns ao Janderson.

Luís Castro rebate críticas do início do ano: "Nos jogaram no lixo"

No clássico com o Flamengo, no Carioca, a entrevistaronaldo 9 bwinLuís Castro ficou marcada pela contundência que ele reclamou do fatoronaldo 9 bwina polícia ter entradoronaldo 9 bwincampo durante uma confusão.

- Agora faço eu a pergunta. Assistimos a jogosronaldo 9 bwintodos os continentes, e há políciaronaldo 9 bwincampo? Me respondam. O Flamengo x Botafogo estava sendo visto na Europa, e que imagem estamos vendendo? Políciaronaldo 9 bwinChoqueronaldo 9 bwincampo? Eu não cheguei para mudar nada, só para fazer meu trabalho. Mas como um técnico é empurrado pelos bastões da polícia para não falar com o árbitro? Eu sou assassino? Vou roubar o árbitro? Vou agredir? Mesmo que eu vá insultar, há a justiça esportiva para isso. Não é espaço para a polícia! É uma vergonha o que aconteceu hoje - destacou o técnico, queronaldo 9 bwinseguida voltou suas críticas para a CBF.

A CBF não deveria permitir políciaronaldo 9 bwincampo. Passa a imagemronaldo 9 bwinque somos selvagens e não somos. Todos os jogadores meus que chamarem o árbitroronaldo 9 bwinfilho da... devem ser expulsos, e os do Flamengo também. Eu assumo a culpa da derrota, sou o líder. Mas todos os agentes do jogo precisam assumir a responsabilidade. O estado do campo é outra coisa, tem que ser cuidado.

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