Quem é Tadic? Camisa 10 da Sérvia já trocou socos com bandidos e "ensinou" Antony a catimbar

Fã do francês Zidane e do tenista Novak Djokovic, capitão sérvio ficou marcado por atuação primorosa pelo Ajaxmajestic treasures2019, ao eliminar o Real Madrid, na Champions League

Por Marcel Merguizo — São Paulo


Dusas Tadic fez aniversário no último domingo, no diamajestic treasuresabertura da Copa do Mundo. O pedido ao assoprar as velinhasmajestic treasures34 anos? Não revelou. Mas é possível saber sobre alguns os desejos que devem passar pela cabeça do camisa 10 da Sérvia para os próximos dias: vestir a "camisa sagrada", lutar até o fim e dar assistências.

E a primeira chancemajestic treasurescolocar o sonhomajestic treasuresprática é nesta quinta-feira, às 16h (de Brasília), na estreia contra o Brasil, no Catar. Tadic tem uma história que envolve batalhas, assistências e até uma cena insólita com Antony, um dos atacantes da seleção brasileira na Copa.

Dusan Tadic, da seleção da Sérvia — Foto: Divulgação

Capitão da seleção que defende desde os 20 anos, canhoto, habilidoso, é um dos craques do Ajax, da Holanda, desde 2018. E apesarmajestic treasuresjá ter disputado uma Copa do Mundo, na Rússia, foi um ano depois que aconteceu o grande jogo da carreira do meio-campista. Nas oitavasmajestic treasuresfinal da Champions Leaguemajestic treasures2019, Tadic deu duas assistências e fez um gol na vitóriamajestic treasures4 a 1 que eliminou o Real Madridmajestic treasurespleno Santiago Bernabéu.

– Esse é provavelmente o melhor jogomajestic treasuresfutebol que já joguei. Zidane [então técnico do Real Madrid] sempre foi meu jogador favorito. De repente vi muitos vídeos dele – disse Tadic,majestic treasuresentrevista à "Veronica TV", à época.

Tadic comemora gol pelo Ajax — Foto: Getty Images

Além do francês Zidane, Tadic também é fãmajestic treasuresoutro craque, mas do tênis: Novak Djokovic. O camisa 10 sérvio, inclusive,majestic treasurestorneios importantes, já frequentou o boxe -- onde ficam comissão técnica e parentes -- do compatriota donomajestic treasures21 Grand Slams, como são chamados os quatro principais torneiosmajestic treasurestênis do mundo.

– Tenho muito orgulho que Djokovic é do meu país emajestic treasurestudo o que ele conseguiu. Admiro a mentalidade dele e o que ele consegue fazermajestic treasuresum esporte individual – disse Tadic,majestic treasures2019, após mais um títulomajestic treasuresDjokovicmajestic treasuresWimbledon.

Na mesma entrevista à TV Ajax, aliás, Tadic disse que, no futebol, muitas vezes é mais fácil dar desculpasmajestic treasurescampo, pois o jogador tem mais 10 companheiros para compartilhar a responsabilidade. Por isso, muitas vezes, ele mesmo pede para cobrar pênaltis no time e na seleção.

– Eu gostomajestic treasurester responsabilidades. Ali dependemajestic treasuresvocê – afirmou.

majestic treasures Luta com bandidos

Há menosmajestic treasuresquatro meses, Tadic mostrou outra característica pessoal: a luta. Mesmo que não tenha pensado muito nas consequências.

A estrela do Ajax passou por uma noite aterrorizantemajestic treasures28majestic treasuresjulho deste ano. Tadic deixou um restaurante, onde jantou com um amigo, e pegou o carro para voltar para casa. Mas havia um rastreador no veículo. E dois bandidos seguiram o sérvio.

– Quando chegueimajestic treasurescasa, dois homens tentaram me atacar. Em seguida, corri 400 metros. Eu estava vestindo terno e sapatos, e ainda assim era mais rápido que eles. Então eles subirammajestic treasuresuma scooter e conseguiram me alcançar. Depois disso, uma briga começou. Dei alguns socos. Um cara me agarrou por trás, na minha garganta, mas dei uma cotovelada. Depois, dei outro pique e foi quando os perdi – contou a um jornal holandês.

– Naquele momento você está cheiomajestic treasuresadrenalina e simplesmente começa a lutar – justificou.

Tadic comemora o gol da Sérvia contra Portugal pelas Eliminatórias — Foto: Reuters

É assim que ele pretende defender a Sérvia nesta Copa, após ser eliminado na primeira fasemajestic treasures2018,majestic treasuresum grupo que também tinha Brasil e Suíça, que avançaram às oitavasmajestic treasuresfinal. Desta vez a seleção sérvia chega mais forte e experiente ao Mundial, segundo Tadic. E ele não quer dar adeus à Copa tão cedo.

– Vestir a camisa da seleção significa tudo. Acho que jogar pelo seu país é uma coisa sagrada, vestir as cores é a melhor coisa do mundo. Quando você ouve os primeiros compassos do hino, vê a torcida e veste aquela camisa sagrada, é realmente uma sensação única. Temos orgulhomajestic treasuresrepresentar nosso país e só queremos nos divertir e entreter todos que assistem e apoiam – dissemajestic treasuresentrevista à Fifa.

– Nosso grupo é quase o mesmo que tínhamos há quatro anos, quando enfrentamos Brasil e Suíça. A diferença é que desta vez temos Camarõesmajestic treasuresvez da Costa Rica. Acho que é um grupo muito difícil, mas cada equipe tem uma chance e vai ser fascinante. Estamos ansiosos para competir e estar no nosso melhor. Não vai ser fácil, mas vamos estar lá – afirmou.

majestic treasures Rei das assistências e "professor"majestic treasuresAntony

Nesta temporada 2022/2023, Tadic tem 14 jogos, três gols e nove assistências. E os passes para gols são o que ele mesmo consideramajestic treasuresprincipal característicamajestic treasurescampo.

– É minha assinatura. Quando você diz meu nome, já sabe: assistência. É algo especial. E, para mim, é tão bom quanto um gol – afirmou à Ajax TV.

E quem mais se beneficia desses passes na seleção da Sérvia é o artilheiro Aleksandar Mitrovic, que joga no Fulham, da Inglaterra.

– Sim, tenho uma ligação especial com Mitrovic e gostomajestic treasuresjogar com ele. Ele marcou muitos gols e eu dei a ele muitas assistências. Sempre digo a ele que minha tarefa é torná-lo o maior artilheiro da história do futebol sérvio. Nós nos conhecemos há muito tempo. Podemos até prever algumas coisas antes que aconteçam, temos um entendimento intuitivo. É um prazer jogar com ele – destacou Tadic.

Então o Brasil já sabe que precisa se preocupar com os gols (mesmo quemajestic treasurespênalti) e as assistências do camisa 10 da Sérvia, mas também há uma última característica que Tadic tem e já tentou ensinar até para um atacante da seleção brasileira: a catimba.

Em um clássico do Campeonato Holandês no início deste ano, o atacante brasileiro Antony havia virado o placar contra o Feyenoord (3 a 2) e tinha acabadomajestic treasuresreceber uma falta na beira do campo. Antony caiu e logo se levantou. Foi quando Tadic empurrou o brasileiro para ele "ganhar tempo" no gramado, deitado. Não deu certo. Antony recebeu o segundo amarelo e foi expulso. E o capitão do Ajax e da Sérvia ainda ficou inconformado. Diasmajestic treasuresluta, dias nem tão gloriosos.