Análise: Portugal se liberta sem Cristiano Ronaldo e mostraknec cbetforça

Fernando Santos coloca o craque português no banco pela primeira vezknec cbetum jogoknec cbetCopa do Mundo. E mostra que está certo. O time foi mais leve, fluído e produtivo sem o camisa 7

Por Daniel Mundim — Lusail, Catar


Portugal fez o seu melhor jogo nesta Copa do Mundo na vitória por 6 a 1 contra a Suíça. Leve. Sem peso. Com toques rápidos, muitas chances criadas e vitória fácil. Está nas quartasknec cbetfinal pela terceira vez emknec cbethistória. Tudo isso sem Cristiano Ronaldo.

Fernando Santos se impôs e deixou o maior jogador da história do futebol português no bancoknec cbetreservas pela primeira vezknec cbetum Mundial. Ignorou os milharesknec cbettorcedores no Lusail que levavam o nomeknec cbetRonaldo às costas e estavam ali só para vê-lo. E achou uma formação que faz Portugal sonhar. Mostrou que está certo.

Sem Cristiano Ronaldo.

Melhores momentos: Portugal 6 x 1 Suíça pelas oitavasknec cbetfinal da Copa do Mundo 2022

Esse dia parecia que nunca chegaria. Mas, aos 37 anos, Cristiano Ronaldo vê seu espaço na seleção portuguesa dá lugar aos moleques. Abre caminho para João Félix,knec cbet23 anos, que jogou como não consegue jogar no Atléticoknec cbetMadrid. Para Gonçalo Ramos,knec cbet21 anos, o autor do primeiro hat-trick da Copa do Mundo.

A classificação portuguesa contra a Suíça será um marco na história do futebol português. É um antes e depois. É o começo do fimknec cbetuma era. A atuação não deixa dúvidasknec cbetque o time vai melhor sem Cristiano Ronaldo. E foi bem sem João Cancelo, outra presença no banco que chamou atenção.

Portugal pareceu jogar sem a responsabilidadeknec cbetter que servir sempre o seu camisa 7. João Félix pela esquerda, Bernardo Silva por todo o meio, e Bruno Fernandes na direita foram máquinasknec cbetcriar espaços. Especialmente o camisa 11, que há muito tempo não se sentia tão à vontade.

Cristiano Ronaldo,knec cbetseus minutos no segundo tempoknec cbetPortugal 6 x 1 Suíça — Foto: Rolex dela Pena/EFE

Félix pareceu ter se realizado como há muito tempo não conseguia. Sob a mãoknec cbetDiego Simeone no Atléticoknec cbetMadrid, o ex-Benfica parece se sentir amarrado. Na seleção portuguesa, faltava ter esse brilho. E assim deu duas assistências para Gonçalo Ramos.

Sem Cristiano, Portugal criou e fechou espaços. Foi mais veloz na pressão e não deixou a Suíça jogar. Goleou uma seleção reconhecida pelaknec cbetpoderosa defesa. E poderia ter feito mais que seis. Parece contraditório, mas a seleção que tinha um dos maiores goleadores da história precisavaknec cbetum goleador. E hoje, no timeknec cbetPortugal, ele é Gonçalo Ramos.

Cristiano Ronaldo nunca vai se acostumar com essa condição. Não consegue mais ter o protagonismo técnicoknec cbetanos atrás. É coadjuvante. Mas nunca vai se comportar como tal. Portugal mostrou que pode ser campeão e precisaknec cbetseu líder. Mesmo que sentado no bancoknec cbetreservas.

Finalizaçõesknec cbetPortugal na Copa do Mundo: contra a Suíça, à direita,knec cbetbaixo, o maior númeroknec cbetbolas no gol e chutesknec cbetdentro da área — Foto: Reprodução/Fifa